Passada a euforia dos bens elaborados pelos artesãos e consequentemente com o advento da Revolução Industrial a produção artesanal chega ao fim, afinal em meados do século XVII James Watt*, cria a máquina a vapor. Sobre ele (Azevedo e Seriacopi, 2005, p. 242) dizem: Desde o começo do século XVII os cientistas procuravam encontrar uma aplicação prática para a propriedade que a água tem de produzir vapor quando entra em ebulição. Estudando essa propriedade, James Watt desenvolveu em 1769 um equipamento que utilizava a força do vapor da água para gerar uma energia forte o suficiente para impulsionar máquinas a uma velocidade considerável. Outra figura muito importante deste período foi Eli Whitney que constrói o conceito de padronização de peças, algo que até então era desconhecido à população da época. Sobre ele Davis, Aquilano e Chase (2001, p. 34) apontam: Em 1801, Eli Whitney apresentou o conceito de padronização de peças para o presidente Jefferson, com uma demonstração na qual ele selecionou peças as acaso para montar um rifle e então dispare-lo. (Antes disso, todo o rifle era feito a mão com peças específicas para cada cliente.) Este período ficou marcado na história por suas diversas particularidades 'Com ela surgiram novas ferramentas e má quinas capazes de substituir dezenas de braços humanos. Reunidas nas fábricas, as máquinas deram origem a novos processos de produção' (AZEVEDO; SERIACOPI, 2005, p. 240, grifo nosso). Segundo Moreira (2004) a Inglaterra principal país a participar desse movimento veio a se transformar na grande potencia econômica do século XIX, logicamente em virtude de seu poderio econômico, politico, além da enorme capacidade de produção de produtos manufaturados, trocados posteriormente por alimentos, minerais e matérias-primas, em geral sempre em condições favoráveis. Sobre a Revolução, Azevedo e Seriacopi (2005, p. 242) afirmam: Costuma-se empregar o termo Revolução porque todas essa novidades provocaram profundas transformações em todas as regiões do planeta, mesmo que, em diversos lugares, elas tenham se manifestado em períodos posteriores. De fato as mudanças foram diversas, principalmente na maneira que os produtos eram fabricados, acerca disso surgiram distintas exigências que Garcia e Laugeni (1998, p.2) ilustram com preciosismo: • Padronização dos produtos; • Padronização dos processos de fabricação;• Treinamento e habilitação da mão de obra direta;• Criação e desenvolvimento dos quadros gerenciais e de supervisão;• Desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle da produção;• Desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle financeiro;• Desenvolvimento de técnicas de venda; Outro fator a ser ressaltado é a superlotação de trabalhadores que acabou acontecendo no interior das muitas indústrias da época; para combater essa situação e organizar os trabalhadores de forma lógica e inteligente para fabricação dos bens, surge a divisão do trabalho. A publicação de A riqueza das nações, de Adam Smith, em 1776, avaliava os benefícios econômicos da divisão do trabalho, também chamada especialização de mão – de – obra, que dividia a produção em tarefas menores, especializadas, que eram atribuídas aos trabalhadores ao longo das linhas de produção. (GAITHER; FRAZIER, 2005, p. 7-8) * James Watt, nascido na Escócia em 1736, tendo falecido em HeathField Hall, Inglaterra a 25 de Agosto de 1819. Importante Matemático e Engenheiro Escocês, inventor da máquina a vapor, ficou mundialmente reconhecido quando seu nome foi dado à unidade de energia, o Watt.