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É segunda-feira e você chega em casa com a sensação de que o dia não rendeu como você desejava. Muitas coisas foram solicitadas, porém pouquíssimas realmente foram executadas.
Você percebe que não foi capaz de realizar tudo o que realmente desejava naquele dia e nem mesmo o mais simples foi completado da forma que deveria.
Então você começa a refletir: o que está errado?
Afinal, há pouco tempo atrás você conversava com um amigo sobre o quanto se sentia produtivo em suas dezenas de atividades diárias e o quanto foi capaz de fazer de seus horários no dia, uma agenda cheia de compromissos.
Você foi capaz até mesmo de falar para um familiar muito próximo que a produtividade exaustiva e a lista de atividades a serem realizadas o tornava melhor e mais forte, sendo esses fatores responsáveis pelo sucesso no aproveitamento de seu dia.
Mas agora você estava ali, cansado e incapaz de escrever um simples Email.
O que aconteceu com você? Você deixou de ser produtivo para sempre? Será que todo aquele gás tinha um limite de munição e você o esgotou?
Meu amigo, parabéns! Você acaba de descobrir que é humano e ficou cansado. Legal, não?
Quando estamos cansados devemos admitir para nosso cérebro que existem atividades importantes a serem feitas, baixar a cabeça e produzir.
Mas não há absolutamente nada de errado em descansar um pouquinho. Não há nada de errado em ter um dia em total ócio, simplesmente olhando para a tela de uma TV ou sentado na beira de uma praia olhando para o mar (não deu até uma vontade agora?).
A fadiga ou estafa é um sintoma do estresse, mas não a sua causa. No estresse, a intensidade da fadiga é maior e a maneira como nosso organismo reage a estes sintomas é bem diferente. Enquanto a estafa pode ser tratada com mudanças de hábitos ou tratamento médico, o mesmo não ocorre com o estresse, uma espécie de estágio crônico da fadiga.
Um dos problemas que podem decorrer desse esgotamento mental é a síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional, que acontece quando o cérebro entra em processo de falência e não consegue mais trabalhar direito.
Seus sonhos dependem de seu trabalho com constância, persistência e firmeza, além de muito trabalho pesado. Eu não só concordo totalmente com essa afirmação, como a repito em vários artigos que escrevo.
Seus sonhos precisam que você avance um passo em sua direção todos os dias sem se esgotar e se acabar. Será que seria tão legal assim atingir seu sonho e desabar no outro dia?
Mas a principal dica que quero deixar para você antes de finalizar este artigo é que você permita-se também momentos de descanso e lazer. Grandes mentes de sucesso chegam ao consenso em seus livros de que sentir-se bem sucedido é manter o equilíbrio entre uma vida feliz e a busca constante por sonhos.
Se você sentir que hoje está cansado demais, descanse um pouco. Tenha uma grande noite de sono ou passe um tempo com a pessoa que mais gosta.
Como qualquer pessoa em busca de seus sonhos, você tem um lado racional e um lado emocional. Saiba usar os dois com sabedoria e no momento certo.
Sucesso, jovem!

Improdutividade como resultado da fadiga mental - Você merece descansar

Na caminhada para seu sucesso é totalmente sentir cansado em alguns momentos. Saiba como agir nesses momentos

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Permita-se ir além do esperado nesse novo ano que vem chegando e faça com que 2017 seja o ano do seu crescimento.
O ano de 2017 chega com cara e cheiro de desafio.
Diversos fatores fazem com que o ano de 2017 possa ser transformador para você. Estamos em épocas de negócios turbulentos em que as inovações surgem a cada instante, e pode partir de você a próxima grande inovação que o mundo receberá.
Mas você está pronto para essas mudanças?
É verdade que muitas vezes é difícil fazer planos concretos e traçar objetivos para serem cumpridos. Mas não podemos simplesmente deixar o ano entrar sem objetivos de realizações claras em nossa mente.
Muitos planos e objetivos que traçamos dependem de outras pessoas, empresas ou até de acontecimentos que ficam ainda mais longe de nosso alcance, como no caso atual, a crise política.
Mas o que nos resta a fazer é tentar chegar o mais próximo possível daquilo que planejamos para nossa vida.
Você pode fazer da sua vida mais fácil, ou mais difícil, mas só você pode fazer isso. Não é o dinheiro, não é o trabalho, não são os outros ao seu redor, então não culpe as coisas exteriores por qualquer coisa que lhe acontecer, e no ano que vem chegando assuma seus erros e vença na vida por seus próprios méritos e conquistas.
É preciso ter coragem e força de vontade para superar o medo e vencer os desafios de se expor para se tornar um vencedor, assumindo os riscos de um comportamento proativo e inovador.
Além de tudo, tenha sempre pensamento positivo naquilo que for planejar e executar. Acredite em você mesmo e saiba que todos os seus sonhos e objetivos são defendidos e representados apenas por você, e as oportunidades não batem à porta de sua casa ou procuram você na sua cama.
Acredite que o novo ano virá com tudo e você precisa estar preparado para esses grandes desafios.
2017 quer desafiar você, então não tenha medo, aceite o desafio.

2017 quer desafiar você, aceite esse desafio

Precisamos ser sinceros, nossa geração é imediatista, ansiosa e com sérios problemas de foco. Eu tenho consciência disso! E ter noção de nossos defeitos já é o ponto de partida para começar a mudar. Imediatismo e ansiedade às vezes conseguem me controlar. Admito! Não tenho problemas em assumir quando isso acontece e ao mesmo tempo, consigo saber quando isso toma conta do meu pensamento. Para mudar isso, aprender as técnicas de alta performance e blindagem podem até ajudar, mas na prática a história é outra. Já a questão de foco, tenho conseguido mudar. Sei os momentos e os lugares que consigo manter e controlar meu foco, e com isso sei quando devo assumir certas atividades específicas para fazer a minha produtividade funcionar. Talvez, com mais algum tempo, consiga ter pleno controle desse imediatismo e dessa ansiedade. Mas o ponto deste artigo, diz respeito a futura liderança e controle das organizações. Os defeitos que minha geração demonstrou ao entrar em equipes e organizações ficaram claros. Embora não admitimos, somos bem chatos, vamos combinar né? Mas o principal problema que percebo em pessoas mais jovens que eu (ou até mais velhos) é no que diz respeito a planejamento. Para ser um grande líder, não adianta pensar apenas no hoje! Precisa entender do momento presente, do curto prazo, do médio e do longo prazo! Não adianta! É bem bonitinho dizer "deixa as coisas acontecerem". Amigo, as coisas vão acontecer... Realmente, elas vão acontecer! Mas em qual direção? A favor de quem? Hoje, você pensa em seguir carreira no assunto X e começa a estudar e pesquisar muito sobre aquilo! Daí amanhã parece que sua vida mudou e o interessante agora é o assunto Y. Percebe o problema? Quer resultados amanhã, sem ter foco nenhum hoje em qual resultado deve vir! Devemos entender que qualquer coisa que vir serve? Não dá né?
<h4>Liderança é desenvolvida e aprimorada</h4>
A rotina leva ao hábito e o hábito vira processo natural. Jovens desenvolvem sua liderança diariamente, seja na escola, em casa, com seus amigos em uma organização. Não adianta você achar que basta receber essa função na empresa, que as coisas vão acontecer! Largue essa ideia de pensar que tudo é simples e será um mar de rosas. Se você não assume para si a liderança antes mesmo de ter essa responsabilidade, jamais vai conseguir desenvolver isso da noite para o dia quando se tornar líder de alguma equipe por cargo nomeado. Quando as empresas tem um cargo de liderança disponível, costumam procurar aqueles que já atuam como líderes naturalmente. Todos os dias você tem a chance de se tornar um líder, mas prefere ficar calado ao invés de mostrar o potencial que pode ter. Então sua ansiedade toma conta de você, e de uma hora para outra quer mudar atitudes e "fazer acontecer". Não adianta! Leia mais sobre hábitos... Eles não vão surgir só porque você quer, amanhã de manhã! Eles precisam ser treinados! Eles precisam ser desenvolvidos diariamente.
<h4>Você é capaz... mas precisa querer</h4>
Tire de sua cabeça esse pensamento pequeno de que você não é capaz! Sabe, você realmente pode se tornar um grande líder no futuro. A verdade é que só vai precisar aprender com teus erros. Não adianta eu ir ali, errar para você e dizer como foi. É tentando que você cria calo para estar mais preparado! O que você realmente pode usar para te ajudar, são os exemplos que realmente funcionaram e as histórias que verdadeiramente deram resultados. Ler muito e entender técnicas que criam atalhos para você vai te ajudar muito a melhorar. Só precisa querer fazer a diferença. Tenha noção do que precisa ser feito e começar agir hoje! Vamos lá!?

A Geração Y ainda vai errar muito para aprender a liderar

Atualmente estamos diante de uma sequência que parece interminável de escândalos e más notícias em nosso país. A impressão que tem-se é que simplesmente está tudo sendo deixado de lado e não temos uma solução para esses problemas.
Ao mesmo tempo, trazemos essa realidade para nosso dia a dia. Ruas sujas misturam-se com a sujeira da política no Brasil.
Má gestão une-se à crise econômica.
Ausência de liderança une-se à desmotivação.
Ausência de perspectivas une-se à falta de objetividade em nossas ações.
E por aí vamos nós ladeira abaixo.
Acho que é óbvio para todos que isso não é bom. Isso não é bom para mim, isso não é bom para você, isso não é bom para seu chefe, isso não é bom para a empresa em que você trabalha e isso com certeza não é bom para nosso país sair dessa situação.
Mas há, no meio de tudo isso, um grande problema que não está relacionado a qualquer figura política ou mesmo aos problemas que a crise traz na sua mochila.
Esse problema está diretamente ligado a nossa mentalidade e a forma grotesca como pensamos em agir com as coisas ao nosso redor.
É a ideia de que manter parece ser mais fácil que mudar.
Parece que para o ser humano é muito mais fácil não jogar lixo em chão que já está limpo do que naquele chão imundo e cheio de sujeira.
Jogar papel no chão é errado sempre. Não importa se é no chão de uma bela rua de Paris ou na saída da rua de seu bairro. Esqueça a frase escrota que diz na sua cabeça que "todo mundo faz, um a mais não vai fazer diferença".
Mas sabe onde vejo o problema maior dessa nossa mentalidade? É que parece que essa ideia do papel se repete em várias outras áreas da nossa vida.
Para nós, parece ser muito mais fácil manter a forma como as coisas acontecem, erradas ou certas, do que sermos nós os pioneiros da mudança.
Essa inclusive pode ser uma das explicações para a própria corrupção em nosso país.
Afinal, se o presidente está desviando dinheiro, um pequeno desvio do governador poderia passar despercebido? 
E se o governador já fez uma pequeno desvio será que alguém vai dar bola pro prefeito que pegou dinheiro público para pagar uma viagem em família? 
E já que ele fez isso, acho que não tem problema eu ser antiético na minha empresa pra continuar crescendo, certo?
E se está tudo bagunçado então azar, vou é agir errado mesmo. Pra que eu iria fazer o limpo se estou pisando no sujo?
É essa tendência que faz com que nossas evoluções malucas não passem de corridas em círculo.
É essa tendência que mostra o quanto somos fracos ao sermos simplesmente comuns ou ao sermos simplesmente mais um. Ao seguirmos o que está sendo feito e esquecer que podemos ser lembrados por ser pioneiro, nos faz tão igual quanto aquele político sem vergonha que você tanto xinga.
Essa é a grande questão quando se fala em real mudança, seja para nosso país, empresa, carreira ou vida.
Essa fraqueza só muda quando lembramos que nascemos para deixar a nossa marca neste mundo, não para aumentar a marca de alguém. Pense nisso!

Manter é mais fácil que mudar: uma triste tendência e uma prova de nossa fraqueza

Burnout contado como se fosse uma história para criança



Muito se fala em Burnout, mas muitos levam isso como um “Falta de Deus”, “Frescura”, “Mentira”, entre outros termos, porém só quem passa realmente por isso entende a fundo o que acontece com sua mente e corpo durante uma crise de Burnout, mas pra ficar mais fácil de entender, vou tentar explicar o que é Burnout, como se eu estivesse contando uma historinha para criança. 



Vamos lá!!!



Era uma vez... a história da Pilha Mágica da Aninha!



Aninha era uma menina muito esperta e cheia de energia, igual a um carrinho de controle remoto novinho! Por dentro dela, no lugar do coração, ela tinha uma Pilha Mágica que brilhava bem forte e a fazia correr, pular, desenhar e dar muitas risadas.



Mas a Aninha tinha muitas coisas para fazer todo dia! Ela tinha que ir à escola, depois a mãe dela levava na natação, depois na aula de inglês, às vezes o pai dela levava ela na aula de piano e ainda tinha que fazer a lição de casa rapidinho, para tentar arrumar tempo de brincar e depois guardar todos brinquedos. De sábado ela tinha aula de ballet e todo domingo acordava cedinho para ir na igreja e depois passar na casa da vovó para almoçar e conversar com os priminhos. Ela nunca parava!



A Pilha Mágica da Aninha ficava fazendo "zum-zum-zum" sem parar. Ela não tinha tempo para descansar. De manhã, de tarde, e até de noite, tentando fazer tudo!



Um dia, a Pilha Mágica começou a piscar... fraquinha, fraquinha. Ela estava muito, muito cansada!



A Aninha tentava correr, mas as perninhas dela ficavam pesadas e doíam. Ela tentava desenhar, mas parecia que a mãozinha dela não queria mais segurar o lápis. Ela ficava triste e brava por qualquer coisinha, e só queria ficar quietinha no canto.



E então, o que era inevitável, aconteceu. A Pilha Mágica se esgotou. Parou. Morreu. É a pane geral, o silêncio ensurdecedor de um brinquedo caro jogado no canto.



O Burnout é quando o corpo e a cabeça da gente pedem um descanso grande, porque trabalharam e se preocuparam demais, demais, demais. E quando pede o descanso e você não o dá você para igual ao brinquedo sem pilha.&nbsp;



É assim que o Burnout faz no seu corpo. Ele destrói a sua capacidade de ser quem você é.



Que a história de Aninha fique gravado em sua memória para que você e eu possamos ver o Burnout não como um diagnóstico frio, mas como um grito humano por ajuda.



Seja o apoio, não o juiz. Ofereça o abraço, não o sermão. O mundo precisa de mais empatia e menos julgamento para que as "Pilhas Mágicas" de quem amamos não se apaguem para sempre.

O grito silencioso da alma

As recomendações são uma ferramenta poderosa para validar habilidades e experiências, além de cultivar um networking sólido



Como profissional de RH que recruta pelo LinkedIn, posso afirmar que as recomendações são uma ferramenta poderosa para validar habilidades e experiências, além de cultivar um networking sólido. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o valor das recomendações:



Insights: As recomendações nos fornecem retornos valiosos sobre nós mesmos, auxiliando na identificação de nossos pontos fortes e áreas a serem aprimoradas.





Recíproca: O sentimento positivo de receber um retorno encorajador nos inspira a retribuir a gentileza, fortalecendo ainda mais nosso networking.



Estratégia para Solicitar Recomendações: Para conseguir boas recomendações no LinkedIn, seja estratégico: escolha pessoas que conhecem bem seu trabalho, priorize colegas e líderes diretos, e envie uma mensagem pessoal explicando seu pedido com gentileza.



Impacto no Algoritmo do LinkedIn: Quanto mais recomendações você tiver, melhor será o desempenho do seu perfil frente ao algoritmo do LinkedIn. Isso significa que, além de agregar mais valor a si mesmo, as recomendações ajudam seu perfil a aparecer no topo do ranking na sua categoria de atuação no mercado.

A importância das recomendações no LinkedIn

O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos



Vivemos fascinados por uma ficção distópica: a de que, em um futuro próximo, a inteligência artificial se voltará contra a humanidade em um levante bélico, usando drones para bombardeio aéreo e robôs de limpeza para contaminar ambientes, por exemplo. Filmes e livros nos preparam para a batalha contra o hardware que ganha consciência. Contudo, a verdade é mais sutil e perturbadora: essa rebelião já começou, e fomos nós que a iniciamos.



Ela não se manifestou com armas, mas com algoritmos. Não com destruição, mas com a incessante busca por eficiência. Não com ódio, mas com a pressa que nos impede de sentir e refletir. A máquina não se revoltou; ela apenas nos espelha, com perfeição assustadora, os vícios que lhe treinamos.



Para compreender essa revolução interna, eu me debrucei em uma obra que me parece fundamental revisitar para compreender o diagnóstico do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han.



Na sua obra mais influente, A Sociedade do Cansaço, Han descreve a transição da Sociedade Disciplinar (o modelo de controle baseado na proibição, típico do século XX, com suas fábricas e hospitais e lares onde o jovem só podia namorar sob supervisão) para a Sociedade do Desempenho (o modelo atual, baseado na auto-otimização e na positividade).



A grande mudança é que o maior opressor não está mais fora, mas sim dentro de cada indivíduo. O homem moderno é o "sujeito do desempenho", alguém que acredita ser livre, mas vive escravo da própria produtividade.





O açoite da cobraço foi internalizado. Não precisamos de um capataz, pois nos tornamos nossos próprios algozes, impulsionados pela crença neoliberal de que "tudo é possível" e que o fracasso é uma falha de esforço individual. Essa pressão incessante por performance, por mais resultados, mais entrega e mais eficiência, culmina em uma exaustão crônica que Han identifica como a causa da explosão de doenças psíquicas como burnout, depressão e ansiedade.



No mundo digital, essa lógica se ampliou e se sofisticou através da Psicopolítica. O poder não se manifesta mais pela repressão, mas pela sedução e pela transparência.



A inteligência artificial e os algoritmos de engajamento são o ápice dessa psicopolítica. Eles não nos destronam; eles nos estudam, classificam e julgam com base em métricas. Dashboards, KPIs e likes tornaram-se os novos templos da devoção moderna.



A máquina, portanto, não é o inimigo que se levanta, mas sim o reflexo amplificado dos nossos vícios: a pressa em reagir a notificações, a vaidade de parecer produtivo, a necessidade de validação constante.



Enquanto celebramos a automação, nós mesmos nos automatizamos. Reagimos a estímulos, vivemos entre telas que nos monitoram e, no processo, perdemos a soberania sobre nosso próprio psiquismo. As máquinas não querem o poder; elas querem apenas continuar refletindo o que ensinamos a elas, e, nesse reflexo, nos mostram o que deixamos de ser.



Se o sistema de desempenho reside na mente, a resistência não pode ser política no sentido clássico. A verdadeira rebeldia, segundo Han em O Aroma do Tempo, é a pausa.



Resistir é não produzir. É reaprender o ócio e o tédio criador, que foram banidos pela ditadura da produtividade. Somente o tédio profundo abre o espaço para a criação e a reflexão, para a vita contemplativa (vida contemplativa) que a aceleração digital destruiu.



No entanto, o diagnóstico de Han, embora claro, precisa de um antídoto que seja vivido. É aqui que, humildemente, coloco a minha opinião: precisamos ir além da crítica filosófica para a prática existencial.



O remédio contra o cansaço existencial e a tirania algorítmica não está em uma nova tecnologia, mas no retorno aos vínculos humanos e ao espaço interior.



A meditação ou a oração (independente da fé) são atos de reinicialização espiritual. Elas representam o shutdown da mente, uma pausa no código que devolve ao ser humano aquilo que o sistema removeu: a presença.



“A meditação é a pausa no código; a oração, o reconhecimento de que não somos o programador.”



São práticas que nos lembram que não somos máquinas de desempenho, como diz o professor português António Damásio: Não somos máquinas de pensar, pelo contrário, somos máquinas de sentir que pensam.



O lar é o nosso data center emocional. É onde se faz o backup daquilo que a rotina corrompe. Família e amigos são os pilares da alma, a infraestrutura relacional que sustenta o equilíbrio que a tecnologia nunca fornecerá.



A verdadeira nuvem não é a que armazena dados (fundamental para nosso futuro tecnológico), mas a que abriga pessoas. Cultivar o afeto, a conversa sem pressa e o convívio presencial é um ato radical de resistência contra a digitalização total da vida.



Podemos reverter a lógica da aceleração por pequenas revoluções diárias:



O que nos salvará não será apenas a automação, mas a atenção. A inteligência artificial pode imitar o pensamento e a produtividade, mas jamais compreenderá o significado do afeto, do silêncio e da presença.



Entre o dado e a pausa, entre o código e a oração, existe uma zona que nenhuma máquina habita: o humano, essa interface misteriosa entre o finito e o eterno, que só se revela quando desaceleramos.



O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos.

Improdutividade como resultado da fadiga mental - Você merece descansar

William Meller

Estes empreendedores vão curar sua ressaca - Café com ADM #470

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