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Você já se perguntou por que a hora do almoço passa tão rápida ou por que uma tarde no shopping com os amigos voa, em contra partida, a mesma quantidade de horas parecem intermináveis no trabalho ou na fila do banco? Como o tempo consegue ser tão relativo se uma hora tem sempre 60 minutos?
Essa sensação de que o tempo para ou corre mais do que deveria está diretamente relacionado ao bem-estar que determinada tarefa nos proporciona. Mihaly Csikszentmihalyi (PhD, professor da Universidade de Chicago e psicólogo) realizou pesquisas com os americanos para tentar medir o nível de felicidade da população, este estudo o ajudou em sua teoria chamada Teoria de Flow (fluxo), onde afirma que estar em fluxo “é um estado mental onde a pessoa está totalmente emerso no que está fazendo, proporcionando um sentimento de envolvimento e satisfação com o que está fazendo”. Essa sensação experimentada de “êxtase” é que faz você não sentir a hora passar.
Frequentemente observamos esta experiência no campo artístico e esportivo, principalmente por se tratar de atividades relacionadas ao prazer e superação pessoal, no entanto, podemos e devemos vivenciar tais momentos no campo profissional e corporativo. O professor Sergio Behnken (Psicólogo, Coach e Consultor em RH, sendo ex-diretor da ABRH &#8211; Associação Brasileira de Recursos Humanos &#8211; e membro da SBPOT &#8211; Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho) em sua palestra/aula &#8211; Fundamentação Teórica: Teoria do Flow e Psicologia Sociocultural, afirma que: o Flow “acontece quando o Desafio não é tão difícil que estresse e nem tão fácil que entedie”. Trocando em miúdos, para que a satisfação seja plena é preciso que o desafio seja motivador e a capacidade para cumpri-lo exista. Caso contrario, situações de desmotivação, angustia e tédio certamente ocorrerão.
Algumas medidas podem aumentar sua satisfação no trabalho desde que leve a sério as dicas a seguir:
1 – Analisar sua real condição
 O que de fato tira sua satisfação e concentração? Você está qualificado para a atividade? Acha-se capaz para realiza-la? Sente que poderia fazer mais do que está sendo proposto?
Essa primeira fase consiste em identificar seu grau de competência em relação ao desafio dado, é importante entender como você se enxerga no quadro para que os remédios corretos sejam aplicados. Seja sincero contigo! Pense em quais aspectos você poderá melhorar, não espere que a reação venha de outros.
2 – Aumentar competência ou aumentar o Desafio
Importantíssimo perceber que não poderá haver diminuições e regressões depois que o desafio for recebido, ou seja, de forma alguma você poderá ter uma reação negativa ou diminutiva. Por isso que a fase 1 deve ser feita com muita análise. Aumentar competência técnica exige esforço e superação. Mudanças de hábitos também podem ser exigidas. Nesta fase, pode ser necessário um reforço no processo como cursos de extensão, Coaching e línguas. As perguntas agora são: Como consigo tal objetivo? Quais caminhos trilho? Agora que você já sabe o que precisa, correr atrás para alcançar. Você gerenciando sua carreira de modo a alcançar um objetivo!
Se a questão for aumentar o Desafio é bom rever também as competências exigidas e a sua imagem diante seus companheiros profissionais. Já pensou que talvez as competências existam no seu perfil, porém seu comportamento não demonstra maturidade ou assertividade para a atividade? Será que você mostra engajamento no projeto? As mesmas dicas para quem necessita aumentar a competência técnica vale para quem necessita aumentar o desafio, uma vez que, na maioria dos casos o problema está relacionado à competência comportamental. Quando o desafio não vem precisamos correr atrás e principalmente estar preparado para quando ele pintar.
3 – Cada meta é uma vitória
O estado de Flow começa já na primeira meta, por isso a importância de se criar metas curtas para galgar seus objetivos. A satisfação será experimentada a cada passo dado, a cada conquista. O desânimo, a angustia e a desmotivação irão embora porque você deixará de estar passivo a situação e começará a agir em prol do seu engajamento profissional.
A felicidade plena é composta por incontáveis momentos felizes, sempre que olharmos para nós mesmos e buscarmos melhorias poderemos viver um momento deste. Fazer do ambiente profissional caminho para a felicidade significa querer ser feliz todos os dias, deste modo, comece agora!

Satisfação profissional: só depende de você

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O ano de 2018 estava no fim, tive o privilégio de participar de uma palestra sobre qualidade de vida no trabalho, momento que com muita maestria a palestrante nos passou uma tarefa para casa, a principio era algo simples, precisaríamos refletir a respeito de quem somos de verdade, para tal precisaríamos utilizar uma ferramenta criada na psicologia, um quadro para o Auto conhecimento. Eu não havia levado bloco de notas, então não guardei todas as informações com clareza, somente sabia com certeza que a palestrante havia comentado que adaptou o quadro para o exercício proposto no curso. 
Já em casa, procurei o tal quadro na internet e me propus utilizar a ferramenta. O esquema é bem simples, numa folha desenha-se um quadrado grande e dentro dele uma cruz, de modo que dentro do quadrado surja outros 4 quadrantes, cada quadrante terá um título para que a pessoa escreva dentro dele as atividades relacionadas aos títulos. No primeiro quadrante o título é “Gosto e Faço”. No segundo quadrante na lateral deve se escrever o título “Gosto e não faço”. No 3° quadrante abaixo do 1° o titulo é “não gosto e Faço” e no 4° e último nomeia-se com “Não gosto e não faço”. A partir disso, devemos escrever as atividades conforme os nossos interesse pessoais, a fim de observar o quanto gostamos do que fazemos, do quanto fazemos coisas que gostamos, o quanto não fazemos o que gostamos e porque não gostamos e não fazemos algumas coisas. O exercício foi surpreendente, apesar de me julgar extremamente conhecedora de mim, nunca havia me dado conta do quanto não faço coisas que gosto! E o pior como minha rotina esta abarrotada de coisas que faço sem gostar. Algo precisava ser feito e com urgência! Fiquei de fato bem intrigada... porque eu não dançava mais, não lia mais, não escrevia mais e tantas outras coisas que tanto gosto? Porque perdia meu preciso tempo com atividades domésticas e trabalhando para outras pessoas? 
Num primeiro momento culpei o tempo, meu trabalho, a sociedade moderna, o fato deu ter nascido pobre... culpei o governo, as instituições, mas quanto mais procurava um culpado , mais entendia de quem era a culpa e inevitavelmente cheguei a única conclusão plausível, a culpa era única e exclusivamente MINHA. O tempo passa igualmente para todos, todos os dias possuem 24 horas, a maioria das pessoas têm um emprego e na atual conjuntura as que não têm estão desesperadas! Estou inserida na mesma sociedade que tantos outros e o dinheiro não compra: dançar, ler tão pouco escrever. Por hora vivemos numa democracia e o governo pouco opina na minha vida pessoal. A única pessoa que me impede de fazer coisas que gosto sou eu mesma. Mas porque me boicoto? Porque não me permito situações felizes e saudáveis?
Estes questionamentos me levaram a mais reflexões e espero sinceramente que te inspire a pensar também. Dentre dilemas que descobri ao meu respeito e que na minha concepção chamei de bloqueios da felicidade, encontrei alguns comportamentos corriqueiros que poderiam me tirar do foco, dentre estes a utilização excessiva de redes sociais, o excessivo acesso a informações sem o senso crítico de análise e a famosa preguiça. De todos bloqueios acima citado o primeiro que resolvi encarar foi a utilização excessiva de redes sociais, essas em resumo, facilitam e muito a nossas vidas, você não precisa mais sair de casa para ter notícias da família e visitar amigo. A qualquer momento é possível se conectar com qualquer pessoa no mundo. Isso é maravilhoso, integrador e social. No entanto, a demasia em relacionamentos virtuais, acabou por tirar os encantos dos encontros na vida real! Vivemos conectados em grupos na rede, e pouco nos rendemos à conexão com os nossos grupos, trocando em miúdos, nossos celulares são bombardeados com mensagens lindas de bom dia e amizade com desenho de cafés da manhã, paisagens ou qualquer imagem apelativa para situações boas, mas raramente vivenciamos a experiência de tomar um café com um amigo, fazer uma caminhada no parque ou assistir à um por do sol. Isso sem falar do tempo desperdiçado em frente as telas, em média 5 horas por dia que simplesmente passamos rolando, teclando, curtindo ou compartilhando. E eis ai... horas de leitura, dança e estudos que eu simplesmente reclamava que não tinha!
Radicalmente, exclui minhas contas do Facebook, Instagran e Twitter, mantive o LinkedIn e Whatsapp por questões óbvias. Agi dessa forma, porque como qualquer vício o período de abstinência é o mais difícil ( risos ), resultado: consegui ler algumas revistas semanais, assisti alguns filmes, visitei o bebê de uma amiga que já está com 9 meses, comecei a caminhar e estou aqui escrevendo este texto. Na época da escola, costumava ter excelentes notas em redação, agora já não sei...o importante é a retomada das atividades que me fazem feliz e o controle ativo da minha vida. Pretendo voltar as redes sociais, pelos inúmeros benefícios que estas nos proporcionam, mas por hora pretendo me conectar cada dia mais à minha necessidade de realização pessoal. Quero viver experiências e não somente vê-las em fotos maquiadas no Photoshop.
Se você ainda estiver lendo este texto, te convido a fazer seu quadro de melhorias, tal como expliquei no início. Se descubra, se reinvente, talvez haja um você melhor ai dentro, oprimido por atividades que te consomem e não fazem sentido. Procurar entender os motivos que nos fazem agir como agimos é o primeiro passo para uma grande mudança de comportamento. Isso é cansativo e precisa treino! Todos os anseios e angustias que sentimos estão ligados às insatisfações que muitas vezes as origens são desconhecidas, por isso faz necessário essa auto-analise, onde poderá enxergar em que pontos agir, Encontre seus bloqueios de felicidade e os bloqueiem da sua vida!

Elabore o seu quadro de melhorias e reinvente-se

É sempre muito bom ajudar! O mundo é movido pela ação da solidariedade. Os seres humanos não vivem sem formar comunidade. Até os monges que preferiram se afastar do mundo em voto de silêncio, vivem comunitariamente. Como então nos transformamos em pessoas tão egoístas e solitárias no individual se no coletivo necessitamos uns dos outros para viver?
Moeda, mercado, competitividade... Essa ideia real de que precisamos ser melhores que os outros para conseguirmos ser alguém está levando a humanidade à ruína. Numa época em que networking, trabalho em equipe e relacionamento interpessoal estão no foco das organizações, não dá mais para pensar somente em você. Ajudar a desenvolver pessoas tanto no profissional, quanto no pessoal é a chave para uma boa e sólida carreira.
Em qualquer campo da vida sempre haverá alguém que poderá precisar da sua ajuda, ainda que sua situação seja precária: basta olhar à sua volta que perceberá pessoas em situações muito piores que a sua! Você já se preparou para estender as mãos quando for procurado? Não há como ser lembrado sem ter formado ao longo da caminhada uma corrente na qual alguém te puxe na frente e alguém te empurre atrás.
Dê a mão aos que precisam de você, para que estes te empurrem ou te puxem no momento correto!
A obrigação de desenvolver um ser humano não é somente dos setores de Treinamento e Desenvolvimento de uma empresa ou de sua liderança, mas de todos e quaisquer envolvidos nas operações.
Não desperdice seu tempo ou sua força de trabalho, se ocupe com as pessoas, motive seus amigos, companheiros de trabalhos e familiares. Alimente sua rede profissional com solidariedade e atenção. Deixe como marca pessoal sua capacidade de trabalhar em prol de todos.
O retorno pode não ser instantâneo, mas certamente chegará... Não há fundo do poço para aquele que está bem firme nas cordas de uma boa rede de amigos. Solidariedade é a corrente que cuidará de você.

Solidariedade é a corrente que cuidará de você

Recebi algumas sugestões de seguidores de temas para serem abordados, os mais solicitados foram: A questão da inteligência emocional para lidar com o desemprego, dificuldade de manter o controle e continuar motivado com um prognóstico negativo do cenário socioeconômico do Brasil e as expectativas e decepções criadas na dinâmica de muitas entrevistas algumas até mal conduzidas. O fato é que um tema vai puxando o outro, à medida que a Inteligência Emocional e o Autoconhecimento é a base para o entendimento da situação, para a reserva de energia e da própria criação de expectativas.
Primeiramente vamos entender o que é Inteligência Emocional. Esse conceito surgiu aproximadamente em 1990 e foi inserido ao campo acadêmico por meio de dois artigos publicados pelos pesquisadores Peter Salovery (Yale University) e Johm Mayer (Unisersity of New Hampshire), porém o assunto só tomou proporção quando o psicólogo Goleman publicou o livro “Inteligência Emocional” em 1995, onde ele explica que “a IE inclui características como a capacidade de motivar a si mesmo, de perseverar no empenho apesar das frustrações, de controlar os impulsos, de adiar as gratificações, de regular os próprios estados de ânimo, de evitar a interferência da angústia nas faculdades racionais, de sentir empatia, de confiar nos demais, etc”. No entanto, para o mundo acadêmico as colocações de Goleman foram consideradas vagas demais, então, 2007, Mayer e Salovey revisaram seu trabalho e consideram a IE como um conjunto de aptidões.
<blockquote>A Inteligência emocional implica a habilidade para perceber e valorar com exatidão a emoção; a habilidade para acessar e ou gerar sentimentos quando esses facilitam o pensamento; a habilidade para compreender a emoção e o conhecimento emocional, e a habilidade para regular as emoções que promovem o crescimento emocional e intelectual (Mayer &amp; Salovey, 1997/2007, p. 32).</blockquote>
Trocando em miúdos e facilitando o entendimento, IE é a aptidão em controlar os sentimentos de modo a promover o crescimento intelectual e emocional. Simples, né? Não é não!
Como se pode observar o conceito de Inteligência Emocional demorou 17 anos só para ser formulado, e a ideia só está no nosso meio a oito, por ai já dá para entender que não é tão simples assim. Principalmente quando o autocontrole deve ser praticado dentro de um cenário tão complexo e cheio de variáveis como o mercado de trabalho.
Hoje, logo pela manhã li o seguinte texto postado na rede social Linkedin, pela <a href="https://www.linkedin.com/profile/view?id=AAMAAAFz57MBd2P0jJu0w99LaVbBoJkeV8nzZJs&amp;authType=name&amp;authToken=S7ZJ&amp;trk=hp-feed-member-name" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Renata Voltolini</a> (<a href="https://www.linkedin.com/profile/view?id=AAMAAAFz57MBd2P0jJu0w99LaVbBoJkeV8nzZJs&amp;authType=name&amp;authToken=S7ZJ&amp;trk=hp-feed-member-name" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Profissional de DO e Coach - Autônoma e disponível para novas oportunidades</a>) - “Olá boa tarde . Gostaria de compartilhar uma questão importante para mim e talvez para muitos da minha rede. Eu recebi um contato recentemente para uma vaga e a pessoa me questionei porquê eu estava 13 meses fora do mercado? Oi? Fiquei um pouco estarrecida com a pergunta, pois deu a impressão que é uma opção estar "fora do mercado". Estou prestando alguns serviços que estão sob minhas competências , mas não parei um minuto sequer de me atualizar e buscar a recolocação tão desejada. Infelizmente as perspectivas não são muito boas, mas eu não perdi as esperanças e continuo luta” . Era de se esperar que um entrevistador, um recrutador, entendesse o quanto algumas perguntas ou afirmações podem influenciar negativamente um candidato e não praticar! Mas infelizmente a busca tem que ser interior.
Assim como a criatividade (assunto tratado no texto “Você já conseguiu um dia”) a Inteligência Emocional deve ser vivenciada diariamente. Uma forma para começar é praticando o autoconhecimento. Analisando seus pontos fortes e seus pontos fracos, caso sinta necessidade procure um profissional para ajudar, ou enquetes na internet (no site do Instituto Brasileiro de Coaching tem um teste bem bacana), converse com amigos a respeito, peça feedback das suas ações e comportamentos. Junte todas essas informações e comece a se perceber diante ao mundo. Não há como ter controle se você não identificar o stress e o que te motiva a se incomodar com a situação.
Depois que souber seus pontos fracos, está na hora da ação e a mudança vem de dentro! Essa é sem duvida a parte mais difícil. Reconhecer que somos nós que nos frutamos e não o outro que nos frustra é perturbador! Faz necessário toda essa reflexão para que atitudes coerentes sejam tomadas. Sair da posição de vitima e ir à luta. Uma das leitoras que sugeriu o tema (<a href="https://www.linkedin.com/profile/view?id=AAMAABDli-cB6Hkbv2npxRWVk7CTxUz9P5hnc4I&amp;authType=&amp;authToken=&amp;trk=mp-allpost-aut-name" target="_blank" rel="noreferrer noopener">ANDREIA DE SOUSA PEREIRA</a>- Formada em Gestão Ambiental, Cursando Pós Graduação MBA em Gestão Socioambiental e Sustentabilidade.) disse assim: “escrever sobre o desanimo que abate quem esta a procura de recolocação, algo que anime a manter a fé, mas nada desses clichês que "vai dar certo", tenha fé", "confie no seu talento", porque esses clichês todos falam”. Ela está totalmente certa, manter a fé de nada adianta se a ação não vir de encontro, não podemos esperar que o outro tenha o cuidado de não ferir nossos princípios, nós é que temos que criar mecanismos de defesa.
Até o próximo texto pessoal, “bora refletir nossas fraquezas?”.
Fontes e inspirações:
Artigo: http://www.uesc.br/cursos/graduacao/licenciatura/letras/nair2.pdf

Chega de “clichês” agora é a hora de ir à luta

Se uma criança usa lápis e cartolina para expressar “eu te amo”, “eu gosto”, “eu penso em você”, então oferecer robótica é dar a ela uma nova cartolina do século XXI



Quando falamos em habilidades fundamentais para a vida: ler, escrever, contar. Estamos falando de linguagens: maneiras de expressar, compreender e interagir com o mundo. Hoje, com o ritmo acelerado das mudanças tecnológicas, aparece uma nova linguagem que acompanha esse mundo: a robótica.&nbsp;



E essa não é uma linguagem reservada a engenheiros. É um modo de expressar ideias, sentimentos, imaginação. Tal como a criança usa o lápis para desenhar, a robótica permite que a criança “desenhe em movimento”, “programe o seu pensamento”.



<h2 class="wp-block-heading">Do desenho na cartolina à máquina que pensa</h2>



Imaginemos a cena: uma turminha de jardim de infância recebe uma cartolina para desenhar um presente para o Dia das Mães ou um cartão de Natal. Cada traço, cada cor, é a tentativa da criança de dizer “eu te amo”, “gosto de você”, “você é importante”. É a linguagem dela (ainda que simples) de expressão.



Agora, alguns anos depois, essa mesma criança poderia montar um robô que se move, reage, acende luzes, interage e com isso expressar “eu penso que posso”, “eu posso construir”, “eu posso criar”.



A essência é a mesma: comunicar-sentir-criar. Só que a robótica amplia o campo: ideias se transformam em ação concreta.





<h2 class="wp-block-heading">Por que a robótica importa desde cedo</h2>



Pesquisas recentes mostram que a robótica educacional não apenas desperta interesse em tecnologia, mas traz benefícios cognitivos concretos:



&nbsp;- Um estudo com crianças de 6 a 8 anos verificou que atividades de robótica melhoraram memória visuoespacial, raciocínio lógico e abstrato.



&nbsp;- Outra revisão encontrou forte evidência de que robótica em educação primária desenvolve computational thinking (pensamento computacional), habilidades de observação, manipulação, geração de hipóteses e trabalho em equipe.



&nbsp;- Além disso, pesquisas apontam que crianças com necessidades especiais, como TDAH ou autismo, têm mostrado ganhos em participação, foco e comunicação com o uso da robótica.&nbsp;



Esses achados reforçam que robótica não é “apenas um módulo extra”. É uma ferramenta de expressão, de cognição, de socialização.



<h2 class="wp-block-heading">Linguagem, pensamento e expressão</h2>



Para nós, que acreditamos que aprender ler e escrever não significa necessariamente se tornar escritor, e que aprender matemática não exige que se torne físico, a robótica deve ser vista sob o mesmo prisma:



&nbsp;- A criança não precisa aprender robótica para se tornar engenheira.



&nbsp;- Ela precisa aprender robótica para poder expressar, aprender, perguntar e construir. Para ter acesso a uma linguagem nova que permite: idealizar e realizar. Quando a escola oferece robótica, ela está oferecendo aos alunos mais do que máquinas: está oferecendo acesso a um sistema de pensamento, de construção, de expressão.



<h2 class="wp-block-heading">Quanto mais cedo, melhor</h2>



O momento ideal para introduzir essa linguagem é precisamente quanto mais cedo possível. Não porque os robôs “mais cedo” serão superavançados, mas porque a plasticidade mental da infância permite absorver a linguagem de forma natural, integrando-a ao repertório de expressão habitual da criança.



Em termos simbólicos: se a criança desenha um sentimento aos 4-5 anos, aos 8-9 anos poderia construir um robô que reage ao toque para expressar uma ideia de “ajuda” ou “amor”. Quanto antes ela tiver a linguagem à disposição, mais espontânea será sua utilização.



<h2 class="wp-block-heading">Trace conexões com a cartolina e com o pensamento</h2>



Voltando à cartolina: desenhar é uma linguagem que permite colocar o invisível (um sentimento) no visível (o papel). A robótica faz algo semelhante: permite colocar no “mundo dos objetos” aquilo que antes estava no “mundo da mente”.



&nbsp;- A criança imagina: quero que ele ande, que ele acenda, que ele ajude.



&nbsp;- A criança monta: sensores, motores, lógica.



&nbsp;- A criança programa: sequências, condições e vê aquilo mover-se, acender-se, virar expressão.



<h2 class="wp-block-heading">O papel da escola e dos educadores</h2>



Para que essa linguagem funcione, a escola tem papel central não apenas em disponibilizar kits de robótica, mas em tratar a robótica como linguagem curricular, como extensão das linguagens tradicionais, e não como “atividade extra”. Algumas práticas se destacam:



<h2 class="wp-block-heading">Impactos esperados</h2>



Para que essa linguagem funcione, a escola tem papel central não apenas em disponibilizar kits de robótica, mas em tratar a robótica como linguagem curricular, como extensão das linguagens tradicionais, e não como “atividade extra”. Algumas práticas se destacam:



&nbsp;- Projetos integrados: robótica ligada a desenhar, a narrar, a expressar um sentimento, e não apenas “montar o robô e programar”.



&nbsp;- Espaços de expressão: permitir que a criança use o robô para contar histórias, para projetar ideias, para simular situações de “eu quero ajudar”, “eu quero criar”, “eu quero explicar”.



&nbsp;- Erro como oportunidade: assim como no desenho a criança rasga, rabisca e reaplica tinta, na robótica ela desmonta, refaz e testa de novo. Isso promove resiliência, pensamento iterativo e coragem para se expressar.



&nbsp;- Linguagem compartilhada: permitir que a criança explique o que fez, por que fez, o que imaginou, e com isso transformar tecnologia em narrativa.



<h2 class="wp-block-heading">Impactos esperados</h2>



&nbsp;Quando adotamos essa visão, os impactos se estendem:



- Aumento da confiança da criança para lidar com sistemas complexos: pesquisa indica que programas de robótica aumentam a confiança de jovens crianças nas suas habilidades de programação e design.



&nbsp;- Ampliação de escolhas futuras: permitir que a criança veja tecnologia, construção e expressão como parte de seu repertório. Mesmo que ela não escolha engenharia, ela terá essa linguagem como meio de expressão.



&nbsp;- Redução da divisão técnica/social: robótica quando bem aplicada pode nivelar oportunidades, favorecer crianças de diferentes perfis e favorecer a diversidade de pensamento.



&nbsp;- Fortalecimento de competências atuais: criatividade, colaboração, pensamento crítico, comunicação. Competências que aparecem nas próprias pesquisas de uso da robótica.



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão</h2>



Em resumo: se uma criança usa lápis e cartolina para expressar “eu te amo”, “eu gosto”, “eu penso em você”, então oferecer robótica é dar a ela uma nova cartolina do século XXI. Na escola, ao invés de encarar a robótica como “o módulo que ensina tecnologia”, podemos vê-la como “a linguagem que permite à criança criar, expressar, pensar e, mais importante, realizar”.



E, quanto mais cedo essa linguagem for disponibilizada, com suporte, com sentido, com expressão. Mais natural será para nossos alunos utilizá-las, não só para “serem engenheiros”, mas para “serem autores do que imaginam”.



Porque, no fim, isso é educação: não formar especialistas, mas formar pessoas que sabem pensar, expressar, criar e se adaptar.



<h2 class="wp-block-heading">Referências externas e leitura complementar</h2>



Efeitos cognitivos da robótica em crianças de 6 a 8 anos Estudo mostra melhora em memória visuoespacial, raciocínio lógico e habilidades de abstração com atividades de robótica.



<a href="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37113265" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37113265</a>



👉 Robótica e pensamento computacional na educação primária Revisão que aponta ganhos em observação, manipulação, hipótese, lógica e trabalho em equipe.



<a href="https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?</a>



👉 Robótica como ferramenta de inclusão Pesquisa destaca melhorias em foco, engajamento e comunicação em crianças com TDAH e autismo.



<a href="https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/2227-9709/6/4/43?</a>



👉 Robótica e autoconfiança em crianças Mostra como atividades com robôs aumentam a confiança das crianças em programação e design.



<a href="https://www.mdpi.com/1424-8220/23/23/9335?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.mdpi.com/1424-8220/23/23/9335?</a>



👉 Competências do século XXI e robótica educacional Artigo que relaciona robótica com criatividade, colaboração, pensamento crítico e comunicação.



<a href="https://tist.school/blog/top-reasons-why-kids-should-learn-robotics?" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://tist.school/blog/top-reasons-why-kids-should-learn-robotics?</a>



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Robótica como a nova linguagem da infância

A tecnologia pode automatizar quase tudo, menos a persistência humana



No universo da Tecnologia da Informação (TI), a imagem frequentemente projetada é a de dashboards impecáveis, sistemas funcionando com fluidez e inovações que transformam negócios. No entanto, por trás dessa fachada polida, existe um ecossistema complexo de desafios, tentativas e a resiliência incansável de profissionais que operam nos bastidores. Este artigo mergulha no lado menos visível da TI, explorando a realidade enfrentada por engenheiros de dados, DBAs e analistas de BI, e como a persistência humana e o propósito se tornam os verdadeiros motores da transformação digital.



Há uma parte do trabalho em tecnologia que quase ninguém vê. Ela não aparece nos dashboards prontos, nem nas apresentações com gráficos coloridos. Fica escondida entre logs intermináveis, erros de sintaxe e aquele silêncio que só quem já passou uma madrugada com o servidor caído entende. Essa realidade é corroborada por dados recentes que apontam para uma crise no setor, onde a sobrecarga e a insatisfação profissional são crescentes.



Uma pesquisa global encomendada pela Gi Group Holding e Politecnico di Milano revelou que quase 45% das empresas relatam dificuldade na contratação de profissionais de TI, enquanto 50% dos trabalhadores afirmam que os salários são insatisfatórios e as jornadas de trabalho, exaustivas. No Brasil, a situação é ainda mais crítica, com um déficit anual de 106 mil profissionais de TI, projetando um total de 530 mil em cinco anos (2021-2025).



Por trás de cada projeto bem-sucedido, existe uma sequência de tentativas, ajustes e pequenas vitórias que não cabem nos relatórios. É nesse bastidor que reside o verdadeiro valor do profissional de tecnologia, o humano por trás do técnico, lidando com a pressão e a complexidade que raramente são visíveis ao usuário final.



Em um dia comum, o profissional de TI pode estar ajustando o RMAN de um ambiente Oracle, configurando o gateway ODBC de um Power BI Service, ou tentando entender por que o banco de dados insiste em não iniciar com o comando mais simples. A jornada é repleta de obstáculos técnicos que exigem não apenas conhecimento, mas uma dose considerável de paciência e persistência.





Problemas de gerenciamento de dados e desempenho de bancos de dados são desafios constantes. Estatísticas indicam que 64% das organizações citam a qualidade dos dados como o principal desafio de integridade de dados, e 77% classificam a qualidade de seus dados como média ou pior. Organizações com baixa qualidade de dados enfrentam uma taxa de falha de projeto 60% maior, com custos anuais que podem variar de US$ 9,7 a 15 milhões devido a ineficiências operacionais e decisões falhas.



Erros específicos de banco de dados: Como o ORA-03113 em Oracle, ou falhas na inicialização em SGBDs que demandam um profundo conhecimento e depuração. Erros de conexão: Mensagens como connection refused indicam falhas de rede ou credenciais, exigindo investigação minuciosa.



Não é raro pensar: “Dessa vez, não vai.” Mas vai. Vai porque a lógica, a curiosidade e a persistência são mais fortes do que o erro. Cada falha é só mais uma oportunidade de entender o que está por trás do sistema, e também do próprio limite humano. A tecnologia é feita de precisão, mas o trabalho com ela é profundamente emocional: exige paciência, resiliência e um tipo de fé racional — aquela certeza de que, se você seguir o passo a passo, o resultado virá.



O cliente enxerga o dashboard bonito, o dado limpo, o botão funcionando. Mas não vê o que foi necessário até ali: os testes, os restores, as reinstalações, as configurações de disco ASM, as incompatibilidades entre versões e, muitas vezes, o improviso necessário para que tudo funcione no prazo. E está tudo bem. Não precisam ver. O que importa é saber que, por trás de cada entrega, existe alguém que não desistiu quando tudo parecia quebrado. E esse alguém, na maior parte das vezes, é um profissional que aprendeu a equilibrar técnica e emoção — sem perder o propósito no meio do caos.



Os profissionais de TI priorizam a remuneração (49%) e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (31,2%), mas enfrentam altos níveis de estresse (21%) devido à atenção constante a detalhes técnicos, rápida evolução tecnológica e instabilidade organizacional. A disparidade entre o volume de trabalho e a disponibilidade de profissionais resulta em sobrecarga e prazos apertados, levando a um desequilíbrio significativo.



Nos últimos anos, percebi que falar sobre bastidores é uma forma de resgatar o sentido do trabalho. Quando compartilhamos nossos erros, aprendizados e desafios, deixamos de ser apenas “o cara do BI”, “o DBA”, “o analista” — e passamos a ser pessoas que inspiram outras a não desistirem. Mostrar o que acontece fora do glamour das entregas é um convite à empatia: para os colegas que passam pelos mesmos desafios, para os líderes que às vezes esquecem o peso de um deadline, e para quem está começando e acha que só os “bons” conseguem acertar de primeira. Humanizar é admitir que, por trás do código, há cansaço, curiosidade e amor pelo que se faz.



A inteligência artificial (IA) surge como uma aliada nesse cenário, automatizando tarefas repetitivas e liberando tempo para atividades estratégicas, como análise de dados e segurança cibernética. Ferramentas de IA podem auxiliar na escrita de código, testes automatizados e gestão de infraestrutura, aumentando a eficiência e permitindo que os profissionais de TI se concentrem em inovações e melhorias de processos.



Hoje, depois de longas jornadas com bancos de dados, scripts e dashboards, entendi que a parte mais nobre do trabalho não é a entrega — é o processo. A forma como você lida com o erro define o tipo de profissional (e de pessoa) que você é. A cada tentativa, a cada “não deu certo”, você se torna mais preciso, mais calmo, mais maduro. E talvez essa seja a verdadeira transformação digital: não aquela que muda sistemas, mas a que muda pessoas.



A tecnologia pode automatizar quase tudo, menos a persistência humana. Por isso, toda vez que vejo um projeto pronto, lembro das horas de silêncio, das linhas de código, das frustrações e dos pequenos insights que o construíram. E penso: os dados contam a história do negócio. Mas quem dá sentido a essa história somos nós.

O lado invisível da tecnologia: propósito, persistência e a essência humana por trás dos dados

I&nbsp; - Lute pela coragem e permita a si mesmo que os sonhos sejam parte de um combinar entre coisas e vidas.



II - Respeite e aprecie os mínimos muito antes de se imaginar chegando ao máximo. Aprenda a viver com cada pequeno pedacinho capaz de te fazer feliz!



III - Estude matemática, mas não despreze a filosofia, pois a vida é um conjugar de culturas por onde para se vencer temos que desbloquear o que nos limita, pois o segredo está no lado oculto que pede para ser usado.



IV - Sendo a vida um contínuo adicionar e excluir de coisas. Nossa história dependerá do resgate do saldo positivo rumo a um querer ser e fazer melhor.



V - Que suas criações sejam iluminadas rumo a um encontro com as cores dos seus sonhos e que seus sonhos produzam sorrisos abrindo os dias, quando do nascer de todas as manhãs.



VI - Que você não se cobre por não entender de tudo, porque nem tudo na vida precisa ser explicado, mas tudo da vida deve ser sentido e valorizado.



VII - Que das diferenças prevaleçam o enriquecimento pelos encontros e que isso tudo te adicione com provocações, argumentos, modificações e motivações.



VIII - Que o novo te complete sem apagar o que te fez chegar.



IX - A vida é assim, recheada de motivos para que continuemos nos encontrando.



X - Um brinde a nós e a todas as coisas que podemos transformar em algo positivo e que possam recriar com adições rumo às renovações, do tipo: Valeu à pena!

Satisfação profissional: só depende de você

Ana Paula Marcal Fortunato

Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

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Ana Paula Marcal Fortunato

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