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Nos primeiros dias do ano de 2015, nos deparamos com a divulgação de novos ajustes na economia brasileira. Depois de anos de farras orçamentárias, gastos desenfreados, escândalos de desvio de dinheiro, o governo com sua nova equipe econômica decide apertar os cintos.
Entretanto, creiamos que esse aperto seria feito através da redução dos exorbitantes gastos públicos. Porém, nos deparamos com medidas de ajustes que repercutirão não no governo e sim na população brasileira. Entre elas, está mais uma vez o aumento de impostos, que prevê uma determinada arrecadação que ajudará a atual gestão a tapar o rombo orçamentário oriundo de vários anos de total descontrole e planejamento.
O descaso com a população brasileira é notável. Comparando com países como a Irlanda, que recentemente, depois da crise de 2008, para realizar um ajuste fiscal imposto pela União Europeia realizou uma consulta, através de referendo a população para a aceitação de medidas de austeridade fiscal. Também, podemos citar o exemplo dos EUA, que depois da crise adotou medidas para fomentar o crescimento econômico, através de controle fiscal sem impactar na população, ou seja, o governo americano ajustou os gastos governamentais, reduziu os impostos e aumentou os investimentos para o aumento do consumo.
Sendo assim, a adoção de tais medidas implementadas pelo governo atual, nos demonstra claramente a mudança do discurso político adotado na campanha eleitoral. Tal medida faz com que a atual gestão perca a sua credibilidade perante aos seus eleitores.
O Brasil, com uma das maiores cargas tributárias do planeta, comparável a dos países escandinavos, não oferece às mesmas qualidades de serviços. O chamado bem estar social brasileiro na verdade é uma mera oferta financeira sem inclusão de saúde de qualidade, educação de excelência e segurança à população.
Como as empresas, principalmente as micro e pequenas, sobreviverão? Como é possível torna-las mais competitivas para o mercado externo? Como irão gerar emprego e renda para a população brasileira? Essas são perguntas que creio o governo não tem como responder. Afinal, sabemos que, para um país crescer o primordial é o investimento em educação de qualidade, porque índice de quantidade não é qualidade; redução da carga tributária; desenvolvimento da infraestrutura do país, que hoje é precária; elaborar projetos de curto, médio e longo prazo, afinal nosso país somente trabalha com o imediatismo, buscando tapar os buracos; Desenvolver projetos eficazes para as empresas se tornarem competitivas no mercado externo, ou seja, fazer com que as empresas nacionais exportem mais, afinal a 8º economia do mundo não pode amargar 22º colocação em exportações.
Se analisarmos nossos vizinhos da América do Sul, podemos destacar o exemplo do Chile, que possui acordos comerciais com quase todos os países e possui um papel de destaque mundial no que se refere ao comercio internacional, sendo considerado o país mais competitivo da América Latina, onde apresentou um PIB 2013 de 4,1%, segundo o Banco Mundial.
Enfim, como um novo aumento de impostos contribuirá para o país voltar a crescer? Porque o nosso governo, que apresenta um PIB, de 0,2% segundo o IBGE, não corta os gastos públicos astronômicos, como os salários de alguns setores públicos? Para termos uma ideia nossos políticos custam aos cofres públicos 75 milhões de reais por mês. O custo de um parlamentar brasileiro por 23 dias equivale ao que o governo sueco gasta por ano com seus congressistas.
Sinceramente, nosso país não voltará a apresentar um PIB relevante, com a adoção de medidas que travam o crescimento e o desenvolvimento. O Brasil precisa adotar estratégias de redução do protecionismo em diversos segmentos, realizar investimento pesado em políticas de tecnologia e educação, estabelecer a redução de gastos públicos a fim de reduzir a máquina pública e claro à sempre falada infraestrutura.
Em suma, nosso país deverá buscar ferramentas de desenvolvimento criativo para fomentar o mercado interno e principalmente o mercado externo, objetivando sempre um padrão de excelência e competitividade, para assim, o Brasil apresentar níveis de crescimento satisfatórios.

Crescimento x aumento de impostos, como isso é possível?

Com a divulgação das novas medidas econômicas e dentre elas a elevação de tributos. Surge a incógnita de como o país poderá alavancar um crescimento econômico em níveis satisfatórios

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Dando seguimento ao tema o Brasil das reformas, precisamos falar sobre a reforma da previdência, que é considerada uma das mais importantes e polêmicas reformas que nosso país deverá passar num futuro bem próximo.
Quando o tema é abordado, é comum que ele cause pânico, dúvidas e incertezas na sociedade, além de gerar inúmeras discussões com pontos de vistas distintos no âmbito político, econômico e social do país.
Existem muitos leigos e até mesmo especialistas que afirmam que nossa previdência não é deficitária, ou seja, que não causa prejuízo aos cofres públicos. Seguindo essa lógica, o problema previdenciário alegado pelo governo é justificado pelos inúmeros rombos financeiros ocasionados pela corrupção, além das dívidas gigantescas que muitas empresas de grande porte possuem com a previdência.
É sabido que a previdência brasileira sofreu diversos rombos devido à enorme corrupção no setor, e que muitas empresas são devedoras da instituição, mas podemos garantir que a previdência social brasileira é deficitária e que necessita urgentemente de uma reforma justa que abranja todas as camadas da sociedade, contribuintes públicos e privados.
Vários países que passaram recentemente por crises econômicas também realizaram reformas no âmbito previdenciário. Um exemplo é a Espanha, que atravessou uma crise financeira grave e que, mesmo com clamores e protestos, utilizou a reforma como um dos pilares do processo de restruturação econômico-financeiro do país.
A reforma é polemica, mas é necessária, visto que as mudanças propostas fariam com que as despesas parem de crescer na velocidade atual.
O sistema previdenciário brasileiro precisa urgentemente ser reformulado, pois, vivemos em outros tempos e o perfil do contribuinte mudou.
Também não podemos nos esquecer de apontar que um novo sistema previdenciário precisa ser rigoroso e imparcial, a fim de evitar tantas fraudes e injustiças. Quantos casos conhecemos de benefícios concedidos indevidamente e de tantos outros, onde contribuintes que realmente deveriam ser amparados pelo sistema não o são.
No momento, o sistema previdenciário brasileiro é obsoleto e deficitário. Ele contempla um regime de arrecadação equivocado que o torna cada dia mais negativo. Se a reforma não for feita o mais breve possível, observando as premissas técnicas e não políticas, o sistema poderá sofrer consequências como com o que houve na previdência grega: um colapso total.
É preciso agir rápido, com medidas técnicas de redução de despesas e aumento de receita para os que os beneficiários que já são aparados pelo sistema sigam recebendo seu benefício e que os que estão contribuindo possam usufruí-lo no futuro.

O Brasil das reformas - a polemica reforma da previdência

O Brasil está atravessando, nos últimos anos, a mais severa recessão econômica já registrada na história. É sabido que tal processo não surgiu da noite para o dia, os problemas econômicos do país vêm de anos, devido à medidas econômicas, estruturais e políticas adotadas de forma arbitrária.
Os gastos públicos desenfreados do Brasil há anos estão se tornando uma bolha que está prestes a explodir. São anos de máquina pública inchada e protecionista.
Assim, para que a bolha não exploda, o país está buscando alternativas urgentes para conter os gastos públicos e, para tal, as temidas reformas estão em pauta, gerando conflitos entre governo, oposição e sociedade.
Uma das reformas mais temidas, a trabalhista, está em votação em caráter de urgência e busca flexibilizar as leis trabalhistas do Brasil. Claro que a aprovação da reforma não visa somente a modernização da legislação, mas também demonstrar para o mercado que o país está agindo para melhorar sua imagem e estrutura, que está abalada.
Nossa legislação trabalhista é antiga e muito paternalista, ou seja, ela é bastante onerosa para as empresas, o que dificulta a contração e a geração de novos postos de trabalho.
Os países mais desenvolvidos do mundo não possuem leis tão protecionistas quanto as nossas. Claro que os trabalhadores estão preocupados, com receio de perder direitos, mas a reformulação é necessária para flexibilizar a relação entre empregados e empregadores e garantir a geração e manutenção de empregos.
A reforma propõe que as leis sejam mais flexíveis e que facilitem a contratação, tal medida é importante, pois, nosso país sofre com um alto desemprego e com onerosos custos trabalhistas, o que minimiza drásticamente as contratações em tempos de recessão. Tal prática é extremamente prejudicial para a retomada do crescimento econômico, visto que sem a geração de empregos a retomada do crescimento se torna inviável.
É claro que uma boa reforma tem que ponderar os dois lados da moeda, ou seja, viabilizar condições que tentem satisfazer as necessidades de ambas as partes ou que encontre um senso comum.
Portanto, esperamos que a reforma seja votada com imparcialidade e que busque modernizar a legislação para que ambas as partes possam ser beneficiadas. Em resumo, a votação da reforma deverá ser estratégica e não política, buscando a geração de novos empregos e a flexibilidade da relação empregatícia, a fim de que o país retome a geração de novos postos de trabalho.

O Brasil das Reformas: a reforma trabalhista

Depois do afastamento definitivo, da agora ex-presidente Dilma Rousseff, o agora presidente Michel Temer terá a árdua tarefa de conseguir a aprovação do urgentíssimo ajuste fiscal, que é de extrema importância para que nosso país saia da crise e retome o crescimento.
As contas do governo estão no vermelho há algum tempo. A arrecadação reduziu, devido aos subsídios governamentais e os gastos seguiram altíssimos. As contas do governo são como as nossas não se pode gastar mais do que se ganha.
O ajuste fiscal é estabelecido através de uma serie de medidas que busca promover o equilíbrio macroeconômico das entidades públicas e privadas. Tal ajuste busca uma gestão estratégica realizada através do alinhamento contábil transparente, onde racionaliza as despesas, buscando ampliar as receitas e assim, atingir o equilíbrio das contas.
Os brasileiros pagam uma das maiores cargas tributarias do mundo, ou seja, a arrecadação do governo é altíssima, porém o retorno à população é muito baixo e deficiente. Visto que pagamos duas vezes por serviços de saúde e educação, por exemplo.
A princípio o governo descarta um aumento ou criação de impostos, e, para isso, é preciso que o governo corte na própria carne. Afinal, a população não suporta mais a elevado custo Brasil.
Os gastos públicos do país são elevadíssimos. Além dos subsídios destinados a diversos setores, a previdência do setor público é um gargalo enorme que abocanha uma fatia bem gorda das contas públicas brasileiras. Os salários e a aposentadoria do setor público brasileiro são totalmente discrepantes se comparados com os salários pagos pela iniciativa privada.
Estes onerosos pagamentos fazem com que o gasto público suba cada dia mais. Além do que, os salários altos oferecidos pelas entidades públicas alimentam a indústria do emprego público, afinal, todos querem garantir seu quinhão.
Claro que o déficit fiscal brasileiro não é oriundo somente do pagamento dos altos salários e aposentadorias do setor público. O ônus foi gerado por uma administração pública equivocada e total falta de planejamento e gestão dos recursos.
Mesmo com toda a polêmica envolvendo o ajuste fiscal, ele realmente se faz necessário. Estamos com um rombo bilionário nas contas públicas e o país está atravessando uma das piores recessões econômicas da história.
Assim, para que não haja aumento ou criação de novos impostos, ou até mesmo a volta de algum deles, o Brasil necessita da aprovação deste ajuste em todos os setores, indiscriminadamente, sem privilegiar nenhuma categoria. É necessário um ajuste justo e equilibrado para que o país saia do fundo do poço econômico.
Dessa forma, o ajuste fiscal realizado de forma equitativa em todos os setores da máquina pública, acompanhado de uma gestão pública estratégica e eficaz, proporcionará ao Brasil o equilíbrio das contas públicas a médio e longo prazo, o controle da inflação, a redução gradativa da taxa de juros e consequentemente a geração de empregos para que o país volte a crescer.

Crescimento x aumento de impostos, como isso é possível?

Viviane Valente

Empreendedorismo: como construir um legado, com Raquel Teixeira e Cleusa Maria | Café com ADM 461

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