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Se você vem acompanhando o meu conteúdo há algum tempo, já está familiarizado com minhas ideias sobre a famosa zona de conforto. Tem até um artigo aqui meu no Administradores falando apenas sobre isso. 
A questão é a seguinte: no cérebro, o medo foi o primeiro sentimento a surgir e a sua antítese é a segurança. Tudo isso graças ao nosso instinto número 1: a sobrevivência. Portanto, se temos como foco primordial da nossa mente inconsciente sobreviver, é natural buscarmos criar situações que sejam as mais seguras possíveis, evitando ao máximo o inesperado e, consequentemente, não gerando tantos perigos. 
Você pode pensar &#8220;mas às vezes até o que fazemos rotineiramente pode ter riscos severos&#8221;. É claro que sim, porém ele é maior quando não sabemos o que esperar. 
Por esse fato, é muito fácil criarmos hábitos e mais hábitos: ir sempre pelo mesmo caminho para o trabalho, tomar o mesmo café da manhã, falar com as mesmas pessoas, ir no mesmo horário na academia, ver os mesmos programas de TV, reagir da mesma maneira a notícias negativas e por aí vai. Somos uma máquina incrível para criar rotinas. 
Porém, já pensou que as suas ações, sendo extremamente previsíveis, podem ser usadas a favor das outras pessoas e talvez contra você? 
Se alguém sabe que você tomará decisões imediatas quando pressionado, pode fazer isso justamente esperando alguma posição mais rápida, causando o erro. Ou que você tende a pedir sempre os prós e contras em primeiro lugar e quando lhe apresentam uma ideia, alguém pode já vir com isso preparado, valorizando exatamente aquilo que você gosta para lhe persuadir. 
É preciso estarmos cientes que conforme nossas ações são altamente premeditadas pelos outros, fica fácil para as pessoas tomarem decisões a partir do que vamos fazer e assim somos mais manipulados e persuadidos, consequentemente mais vulneráveis à vontade alheia. 
Abra mais seus ouvidos e mente: quando as pessoas comentam sobre os seus hábitos, é algo que está visível e pode ser usado contra você. Verifique bem que tipo de ação rotineira é essa e se teria como as pessoas utilizarem de uma forma a lhe prejudicar. 
Ok, você pode acreditar que é um pouco de teoria da conspiração, ou que é muito maldoso pensar isso dos outros. No entanto, é melhor você estar ciente das possibilidades e como sua previsibilidade lhe torna vulnerável, do que apenas torcer para as pessoas não serem ardilosas e usarem isso contra você. 
Deixo essa frase para seus próximos dias: “Tenha bons hábitos, mas não se habitue a eles. Tenha bons costumes, mas não se acostume a eles”.

Quanto mais previsível, mais vulnerável você se torna

Já pensou que as suas ações, sendo extremamente previsíveis, podem ser usadas a favor das outras pessoas e talvez contra você?

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A situação ficou mais complexa para todos nós. A ideia de que crise é uma oportunidade disfarçada é linda, mas ainda assim é crise e a maioria vai ter que lidar com dificuldades para conseguir se manter e depois, quem sabe, pensar nesse mar de rosas. O que me chamou muito a atenção nesse período é justamente a necessidade ainda maior de agir em equipe. Afinal, as empresas não são suas equipes? Quando a equipe está com uma boa dinâmica, agindo junto na adversidade, resolvendo bem os problemas, cada um alcançando suas responsabilidades que se completam no todo é ótimo. Assim a empresa consegue a superação na crise e obviamente nas boas marés. O problema é que dificilmente conseguimos estar sempre com as pessoas nesse formato descrito acima. Acontecem diversas situações que acabam minando o relacionamento da equipe e acarretando em decisões mais individualistas. O que notei, ao longo de anos em consultoria, foi que uma das primeiras coisas que acontecem é simples e infelizmente mortal: o ato de não escutar. As pessoas, nesses momentos adversos, conturbados, de grande pressão, que estão cobertos de muita intensidade, acabam muitas vezes querendo fazer sobressair a sua opinião e, aqui, a dinâmica da equipe muda. "Por que muda?”, você deve estar se perguntando... É neste instante que os profissionais começam a querer defender seus cargos, apresentar a sua importância e acreditam que impor seus pontos de vista e suas ideias pode ser uma maneira de justificar isso. Essa busca de provar o seu valor faz com que o processo de ouvir e chegar a uma compreensão mútua, ações mútuas, responsabilidades mútuas e vitórias mútuas… dê lugar às minhas ideias, minhas ações, minhas responsabilidades e minhas vitórias. O meu toma lugar da nossa equipe, porque as pessoas começam a não escutar umas às outras. Claro que várias outras atitudes acarretam nisso, mas o início dessa queda está justamente em fechar os ouvidos. Para agir em equipe é preciso que as pessoas se comuniquem e a comunicação exige que as mensagens sejam ditas e escutadas. Que exista uma troca e assim uma harmonização nos objetivos e planos. As pessoas se comprometem mais com aquilo que criam juntas e, para isso acontecer, todas falam e escutam, todas sugerem e decidem, todas pensam e planejam... Isso faz com que elas se unam e façam acontecer as estratégias e, às vezes, até além disso. E isso sim é uma equipe.

Para agir em equipe, ouça

Não faz muito tempo li um livro que tinha esse título. Foi daqueles que comprei só pelo nome, pois só a ideia já me chamou muito a atenção a ponto de eu pensar – "Simples, e uma das maiores verdades que já vi”. No entanto, esse artigo resolvi escrever após uma entrevista em que uma jornalista me perguntou: - Alex, você conhece pessoas de sucesso, certo? Sem pensar, respondi naturalmente: - Claro, aquelas que têm muito foco né... Até eu me surpreendi com isso, foi tão espontâneo que parecia uma observação lógica - para ter sucesso precisa ter foco. A jornalista ficou meio sem reação e me olhou, perguntando sobre a importância do foco. O que realmente me chamou a atenção nesse dia foi essa questão de atribuir que pessoas de sucesso são focadas. Acredito, por ter visto em quase todas as pessoas de sucesso com as quais falei nos últimos tempos, que isso ficou marcado na minha mente a esse ponto. O grande link com o título, quando você pensa em sorte, é que as pessoas focadas prestam mais atenção, estão respirando aquilo que estão buscando, então é óbvio que têm mais chance de encontrar ótimas possibilidades. Se você estiver procurando emprego na área de contabilidade industrial, não será sorte quando aparecerem bem mais oportunidades, claro que até pode acontecer alguma situação incomum que abra algumas oportunidades a mais do que o normal, porém, a grande “sorte” aqui é sua atenção maior que começou a perceber o que normalmente você não notaria. Outra questão é que você começa, se realmente tiver foco, a descartar mais coisas que não tinham muito a ver com o seu objetivo. O natural é ficar ainda melhor no que está buscando, com mais energia, tempo e dinheiro sendo postos onde sua atenção está... Você irá evoluir. O que gostaria deixar para você nesse artigo é simplesmente que o mundo não conspira ao redor de pessoas sortudas, pois elas simplesmente são focadas a ponto de perceberem as oportunidades que a vida traz naquilo que elas realmente querem... Ainda que o foco dependa de você, a sorte, que tanto falam, não. Eu apostaria naquilo que você pode controlar...

O foco determina a sorte

São mais de 20 anos em eventos, e algo que acontece desde o início são as pessoas que começam a me contar o quanto gostariam de ter mais oportunidades, melhores realizações na vida. No entanto, elas relatam isso como se dependessem da sorte. Você deve estranhar: como assim, se dependessem da sorte? Se a pessoa só me fala o que gostaria de alcançar e conseguir, porém, não mostra nada que esteja fazendo e se preparando para isso, pressuponho que apenas a sorte é o meio até isso. O ser humano é mente. Para alcançar o sucesso, precisamos nos preparar para ele, isto é, ter uma mente mais adequada àquilo que se está almejando. Imagine você querer um cargo muito melhor, mas não consegue se imaginar nele, não consegue perceber a maturidade que será necessária, o exemplo que será exigido. São diversos fatores que surgem exatamente onde tudo começa, no pensamento. Para tanto, gostaria de dar algumas dicas rápidas: Alimente sua mente com aquilo que ela vai buscar – sendo o empreendedorismo ou uma vida saudável, você deve estar alimentando ela com isso, ou seja, com as informações, os bate papos, os vídeos, os livros. A maior parte de tudo que entra no seu cérebro deve estar voltada àquilo que você quer. Foco no que mais vai precisar – se coloque nas situações almejadas e analise friamente o que vai precisar ter para se sair melhor neste momento. Pode ser resiliência, flexibilidade, clareza… Algumas competências vão ser fundamentais e se você começar a se atentar em usá-las mais no dia-a-dia e perceber os momentos que poderia melhorar nisso, iniciará um processo de evolução das mesmas. Entenda os limites e preocupe-se com os ambientes – por diversas vezes você pode exigir mais do que deve, dores de cabeça não acontecem por nada, fadiga e outros sintomas também não. Sua mente precisa de bons alimentos, pausas e de relaxamento, portanto, respeite suas limitações para render mais. Neste caso, o ambiente pode ser de grande ajuda ou não. Se no lugar você se sente bem e tem pessoas as quais admira, terá influência positiva nos seus pensamentos. No entanto, o inverso também é verídico: estar onde você sente-se pesado e as pessoas não lhe passam sentimentos bons, a tendência é sua mente perder-se no caminho. São exemplos simples, mas bastante significativos para você começar a se atentar na sua vida. Caso estiver sempre pensando em coisas que gostaria, mas pouco consegue alcançar, note o que está fazendo para atingir esses objetivos: pode ser que sua aposta esteja na sorte. A minha dica é que comece a usar mais a sua mente, pois suas chances de conseguir o que quer aumentarão muito.

Quanto mais previsível, mais vulnerável você se torna

Alex Born

Como formar líderes na sua empresa, com Luis Vabo

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Sobre o autor

Alex Born

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