1) HISTÓRIA DA MATEMÁTICA FINANCEIRAComo conseqüência do interesse pela educação e do crescimento enorme da atividade comercial no Renascimento, começaram a aparecer muitos textos populares de aritmética. Três centenas desses livros foram impressos na Europa antes do século XVII. Essas obras eram de dois tipos, basicamente aquelas escritas em latim por intelectuais de formação clássica, muitas vezes ligados a escolas da igreja, e outras escritas no vernáculo por professores práticos interessados em preparar jovens para carreiras comerciais. A mais antiga aritmética impressa é a anônima e hoje extremamente rara Aritmética de Treviso, publicada em 1478 na cidade de Treviso. Trata-se de uma aritmética amplamente comercial, dedicada a explicar a escrita dos números, a efetuar cálculos com eles e que contém aplicações envolvendo sociedades e escambo. Como os “algoritmos” iniciais do século XIV, ela também inclui questões recreativas. Foi o primeiro livro de matemática a ser impresso no mundo ocidental. Bem mais influente na Itália que a Aritmética de Treviso foi a aritmética comercial escrita por Piero Borghi. Esse trabalho altamente útil foi publicado em Veneza em 1484 e alcançou pelo menos dezessete edições, a última de 1557. Em 1491 foi publicada em Florença uma aritmética menos importante, de autoria de Filippo Calandri, porém interessante para nós pelo fato de conter o primeiro exemplo impresso do moderno processo de divisão e também os primeiros problemas ilustrados a aparecerem na Itália. Conceito de Juros É bastante antigo o conceito de juros, tendo sido amplamente divulgado e utilizado ao longo da História. Esse conceito surgiu naturalmente quando o Homem percebeu existir uma estreita relação entre o dinheiro e o tempo. Processos de acumulação de capital e a desvalorização da moeda levariam normalmente a idéia de juros, pois se realizavam basicamente devido ao valor temporal do dinheiro. As tábuas mais antigas mostram um alto grau de habilidade computacional e deixam claro que o sistema sexagesimal posicional já estava de longa data estabelecida. Há muitos textos desses primeiros tempos que tratam da distribuição de produtos agrícolas e de cálculos aritméticos baseados nessas transações. As tábuas mostram que os sumérios antigos estavam familiarizados com todos os tipos de contratos legais e usuais, como faturas, recibos, notas promissórias, crédito, juros simples e compostos, hipotecas, escrituras de venda e endossos. Há tábuas que são documentos de empresas comerciais e outras que lidam com sistemas de pesos e medidas. Muitos processos aritméticos eram efetuados com a ajuda de várias tábuas. Das 400 tábuas matemáticas cerca de metade eram tábuas matemáticas. Estas últimas envolvem tábuas de multiplicação, tábuas de inversos multiplicativos, tábuas de quadrados e cubos e mesmo tábuas de exponenciais. Quanto a estas, provavelmente eram usadas, juntamente com a interpelação, em problemas de juros compostos. As tábuas de inversos eram usadas para reduzir a divisão à multiplicação. O papel do dinheiro na história da humanidade Na época em que os homens viviam em comunidades restritas, tirando da natureza todos os produtos de que tinham necessidade, sem dúvida devia existir muito pouca comunicação entre as diversas sociedades. Mas com o desenvolvimento do artesanato e da cultura e em razão da desigual repartição dos diversos produtos naturais, a troca comercial mostrou-se pouco a pouco necessária. O primeiro tipo de troca comercial foi o escambo, fórmula segundo a qual se trocam diretamente (e, portanto sem a intervenção de uma “moeda” no sentido moderno da palavra) gêneros e mercadorias correspondentes a matérias primas ou a objetos de grande necessidade. Por vezes, quando se tratava de grupos que entretinham relações pouco amistosas, essas trocas eram feitas sob a forma de um escambo silencioso. Uma das duas partes depositava, num lugar previamente estabelecido, as diversas mercadorias com as quais desejava fazer a troca e, no dia seguinte, encontrava em seu lugar (ou ao lado delas) os produtos propostos pelo outro parceiro. Se a troca fosse considerada conveniente levavam-se os produtos, senão retornava-se no dia seguinte para encontrar uma quantidade maior. O mercado podia então durar vários dias ou mesmo terminar sem troca quando as duas partes não podiam encontrar terreno para entendimento. Cenas como tais puderam ser observadas, por exemplo, entre os aranda da Austrália, os vedda do Ceilão, os bosquímanos e os pigmeus da África, os botocudos do Brasil, bem como na Sibéria e na Polinésia. Com a intensificação das comunicações entre os diversos grupos e a importância cada vez maior das transações, a prática do escambo direto tornou-se bem rapidamente um estorvo. Não se podiam mais trocar mercadorias segundo o capricho de tal ou qual indivíduo ou em virtude de um uso consagrado ao preço de intermináveis discussões. Houve, portanto a necessidade de um sistema relativamente estável de avaliações e de equivalências, fundado num princípio (vizinho daquele da base de um sistema de numeração) dando a definição de algumas unidades ou padrões fixos. Nesse sistema é sempre possível estimar tal ou qual valor, não somente para as operações de caráter econômico, mas também (e talvez, sobretudo) para a regulamentação de problemas jurídicos importantes e, todas as espécies de produtos, matérias ou objetos utilitários serviram nessa ocasião. A primeira unidade de escambo admitida na Grécia pré-helênica foi o boi. Não é por acaso que a palavra latina pecúnia quer dizer “fortuna, moeda, dinheiro”: provém, com efeito, de pecus, que significa “gado, rebanho”; além disso, o sentido próprio da palavra pecunia corresponde ao “ter em bois”. Mas nos tempos antigos a operação de escambo, longe de ser um ato simples, devia ser, ao contrário, envolta de formalidades complexas, muito provavelmente ligadas à mística e às práticas mágicas. É em todo caso o que revela a análise etnológica feita nas sociedades “primitivas” contemporâneas, que se viu confirmar por certo número de descobertas arqueológicas. Pode-se, portanto, supor que nas culturas pastorais a idéia de boi-padrão (moeda de sangue) sucedeu à idéia de “boi de sacrifício”, ela mesma ligada ao valor intrínseco estimado do animal. Em contrapartida, nas ilhas do Pacífico as mercadorias foram estimadas em colares de pérolas ou de conchas. Após certo período, começou-se por trocar faixas de tecido por animais ou objetos. O tecido era a moeda; a unidade era o palmo da fita de duas vezes oitenta fios de largura. Tais métodos apresentavam, contudo, sérias dificuldades de aplicação. Assim, à medida que o comércio se desenvolvia, os metais desempenharam um papel cada vez maior nas transações comerciais, vindo a tornar-se no fim das contas a “moeda de troca” preferida dos vendedores e compradores. E as avaliações das diversas mercadorias passaram a ser feitas quantitativamente pelo peso, cada uma delas referindo a uma espécie de peso-padrão relativo a um ou a outro metal. Igualmente no Egito faraônico, os gêneros e as mercadorias foram freqüentemente estimados e pagos em metal (cobre, bronze e, por vezes, ouro ou prata), que se dividia inicialmente em pepitas e palhetas. A avaliação era feita também sob a forma de lingotes ou de anéis, cujo valor se determinava em seguida pela pesagem. Até o momento não somente tratamos de um simples escambo, mas também um verdadeiro sistema econômico. A partir de então, graças ao padrão de metal, as mercadorias passaram a não mais ser trocadas ao simples prazer dos contratantes ou segundo usos consagrados freqüentemente arbitrários, mas em função de seu “justo preço”. Até então, tratava-se somente de introduzir nas transações e nos atos jurídicos uma espécie de peso-padrão, unidade de valor à qual o preço de cada uma das mercadorias ou ações consideradas era referido. Partindo desse princípio, tal metal ou tal outro podia então servir em toda ocasião como “salário”, “multa” ou como “valor de troca”, e no caso da “multa”, algum tipo de cálculo de juros primário era utilizado para se obter certo valor para a mesma. Aprendendo a contar abstratamente e agrupar todas as espécies de elementos seguindo o princípio da base, o homem aprendeu assim a estimar, avaliar e medir diversas grandezas (pesos, comprimentos, áreas, volumes, capacidades etc.). Aprende igualmente a atingir e conceber números cada vez maiores, antes mesmo de ser capaz de dominar a idéia do infinito. Pôde elaborar também várias técnicas operatórias (mentais, concretas e, mais tarde, escritas) e erguer os primeiros rudimentos de urna aritmética inicialmente prática, antes de tornar-se abstrata e conduzir à álgebra – onde hoje temos a Matemática Financeira amplamente desenvolvida. Foi-lhe também aberta a via para a elaboração de um calendário e de uma astronomia, bem como para o desenvolvimento de uma geometria estruturada inicialmente em medidas de comprimento, áreas e volumes, antes de ser especulativa e axiomática. Numa palavra, a aquisição desses dados fundamentais permitiu pouco a pouco à humanidade tentar medir o mundo, compreendê-lo um pouco melhor, colocar a seu serviço alguns de seus inúmeros segredos e organizar, para desenvolvê-la, sua economia. 2) O Surgimento dos Bancos Existem relatos de sistemas financeiros desde a antiguidade, onde os povos fenícios já utilizavam várias formas diferentes de realizar pagamentos, como documentos de créditos. Mas, foi no século XVII que os bancos se firmaram, com o lançamento do dinheiro de papel (papel-moeda) pelo Banco de Estocolmo. Nesta época, vários países europeus começaram a produzir sua própria moeda. Outros tipos de bancos surgiram a partir do século XIX, quando o progresso econômico, provocado pela Revolução Industrial, ajudou na criação do banco industrial, cuja função era de mobilizar valores autos (grandes somas) de dinheiro para auxiliar o desenvolvimento industrial. Hoje, os bancos são regulados pelo Banco Central de cada país, o Banco Central possui a função de emitir dinheiro, capturar recursos financeiros e regularem os bancos comerciais e industriais. Assim, eles estabelecem regras e controlam o sistema financeiro geral de cada país. Além disso, hoje já existem os chamados – bancos internacionais – que concedem empréstimos a bancos centrais de países necessitados e ajudam no desenvolvimento de vários países (Bird – Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento). Como os Bancos ganham dinheiro? Os bancos são instituições financeiras que podem ser privadas ou públicas que fornecem serviços financeiros à sociedade. Os bancos conseguem obter lucros, através dos juros e das taxas cobradas pelas transações efetuadas. Exemplos: Taxa de manutenção de conta, juros de empréstimos, taxas de DOC e etc. O Crescimento dos Bancos (Rentabilidade) Os grandes banqueiros brasileiros estão em festa – de novo. Desta vez, a dança dos números tem um sabor especial para Roberto Setubal, do Itaú, Márcio Cypriano, do Bradesco, e Pedro Moreira Salles, do Unibanco. É que eles têm causado inveja aos pares estrangeiros. Enquanto os bancos americanos e europeus perdem fortunas com a crise do crédito imobiliário de alto risco, as instituições financeiras tupiniquins esbanjam resultados espetaculares. São bilhões atrás de bilhões, numa sucessão de cifras que chama a atenção das autoridades em Brasília e provoca reações adversas em grande parte da população e em empresários de outros setores. Aos balanços. O Itaú anunciou na terça-feira 12 um lucro líquido de R$ 8,5 bilhões, ainda maior que o do concorrente Bradesco, de R$ 8 bilhões. Na quinta, enquanto o suíço UBS revelava prejuízos de US$ 4 bilhões (R$ 7 bilhões) em 2007, o Unibanco divulgava um ganho de R$ 3,5 bilhões depois dos impostos. Somados, os lucros líquidos de 16 bancos que publicaram demonstrações financeiras até agora cresceram 78% no ano passado e alcançaram R$ 23,5 bilhões, segundo a Austin Rating. O do Santander, de capital espanhol, alcançou R$ 1,9 bilhão. BMG e BBM embolsaram meio bilhão de reais cada um. PREGÃO DA BM&F: IPO da empresa rendeu R$ 5,9 bilhões e engordou os lucros dos bancos. Não se trata de ilusão monetária, nem estatística: 2007 foi mesmo um ano de ouro para a banca nacional, especialmente para os gigantes do varejo. O índice de crescimento na última linha do balanço quase chegou a 100% no caso do Itaú e do Unibanco. Os bancos não só ganharam mais em cifras absolutas, o que é natural em economias em crescimento, como também tiveram um melhor resultado relativo. A rentabilidade média do patrimônio líquido anual cresceu de 16,7% para 26,5% no grupo de 16 instituições analisadas, que não inclui o maior banco do País, o Banco do Brasil, cujo balanço será publicado dia 26 deste mês. Mas, afinal, de onde vem tanto dinheiro? Um raio X dos lucros mostra que os bancos se beneficiaram do aumento da atividade econômica, ampliando as carteiras de crédito e recolhendo mais tarifas e taxas sobre os reais que passam por seus cofres. E também embolsaram fortunas com a venda de ações de companhias que abriram capital e participaram da febre dos IPOs (ofertas públicas iniciais) na bolsa de valores. As operações da Bovespa Holding, da BM&F e da Redecard engordaram os resultados extraordinários das instituições financeiras, pois estas são acionistas das corretoras que tiveram parte do capital vendido na bolsa e são donas da Redecard, empresa de prestação de serviços para as administradoras de cartões de crédito. Nos quatro maiores bancos de varejo que divulgaram balanços, os lucros extraordinários somaram R$ 3,7 bilhões (leia quadros). Como Bradesco, Itaú, Unibanco e Santander ainda detêm muitas ações dessas companhias, poderão ter mais ganhos no futuro, caso resolvam vendê-las. Os lucros não-realizados, que incluem essas participações e outros ativos, são igualmente surpreendentes: no Itaú, chega a R$ 8,5 bilhões (equivalente a todo o resultado líquido de 2007) e, no Bradesco, a R$ 4,7 bilhões. No futuro, farão a diferença se forem transformados em lucro efetivo. Esses ativos são um importante colchão para os bancos, diz Lia da Graça, analista do Banif Securities. PAGAMENTO ELETRÔNICO: Instituições faturam bilhões com os cartões A tendência nos próximos anos é que os bancos ganhem mais dinheiro ainda se o País mantiver-se na rota do crescimento econômico. Os conglomerados financeiros são complexos prestadores de serviços e têm tentáculos em diversas áreas. Desde o arroz com feijão dos bancos comerciais, como conta corrente, cartões de crédito, empréstimos e investimentos para todo o tipo de público, até a sofisticação dos bancos de investimento, com produtos financeiros para as empresas, os governos e os gestores de recursos institucionais, como os fundos de pensão. Além disso, oferecem seguros, planos de previdência privada e capitalização. No Brasil, os bancos ainda atuam como espinha dorsal dos meios de pagamento, recebendo e repassando recursos em todo o espectro da economia formal e, muitas vezes, informal. Herança dos tempos de inflação alta, oferecem agilidade e alta tecnologia nos grandes centros e nos pontos mais remotos. Estão, portanto, intimamente conectados a toda a atividade econômica no País. Remunerados muito bem pelos seus serviços, economizam custos a ferro e fogo e surfam como ninguém a onda dos juros mais altos do mundo, caprichando nos spreads (diferença entre os custos de captação e os empréstimos), os bancos brasileiros mais eficientes geram bilhões de reais para seus acionistas. Não só para banqueiros e investidores em ações, como também para o Estado, na forma de impostos. Na visão do governo, é tanta fartura de lucros que os banqueiros podem pagar o pato (ou parte dele) do fim da CPMF, aumentando a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSSL) do setor de 9% para 15%. Os bancos tiveram muito lucro nesses últimos anos. Agora, vão poder pagar um pouco mais, justificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Somado o Imposto de Renda, a mordida do Leão sobre os lucros dos bancos chegará a 40% este ano, se a medida não for derrubada no Congresso. Se depender de Brasília, que este ano regulamentou a cobrança de tarifas bancárias e prepara novas medidas de defesa do consumidor nas áreas de cartões de crédito e fundos de investimentos, a pressão sobre o setor vai aumentar. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os bancos devem pagar mais impostos sobre seus lucros e cobrar menos dos seus clientes, especialmente no caso dos empréstimos. Ele reconhece o papel importante do sistema bancário no crescimento de 5,3% do PIB no ano passado. Se nos tempos da alta inflação nos anos 80 e 90 do século passado os banqueiros atuavam mais como corretores e financiadores da dívida pública, hoje eles ganham mais dinheiro emprestando recursos para que seus clientes comprem a prazo bens de consumo, imóveis e, no caso das empresas, bens de capital. O lucro atual dos bancos é de melhor qualidade do que no passado, porque provém das operações de crédito, que beneficiam o aumento da atividade econômica. Antigamente, vinham da tesouraria, com base no lucro gerado pelos títulos públicos, afirmou Mantega à DINHEIRO. Mas eles podem contribuir um pouco mais para a sociedade, defende o ministro. Será melhor ainda quando a expansão nos lucros vier acompanhada da redução do spread, alfineta. Os spreads bancários nunca caem na mesma velocidade da queda da taxa básica de juros, a Selic. Em dezembro passado, segundo o Banco Central, os bancos captaram recursos a um custo de 11,5% ao ano e emprestaram a 33,8% ao ano, em média. Os spreads médios para as empresas foram de 11,9 pontos percentuais, e, para as pessoas físicas, de 31,9 pontos, Dá para cair mais? Provavelmente. Os bancos argumentam que por enquanto não, já que estão sujeitos a uma carga tributária elevada, recolhem compulsoriamente ao Banco Central muitos recursos com nenhuma ou pouca remuneração e, como o custo do dinheiro ainda é alto, os riscos dos empréstimos são elevados e precisam ser compensados. O retorno dos bancos é maior no Brasil, mas os riscos também são mais altos, afirma Silvio de Carvalho, diretor de controladoria do Itaú. Como a economia está em expansão e a inadimplência sob controle, os lucros suculentos são naturais, argumentam os executivos. Num país capitalista, todos os setores buscam aumentar os lucros. E não são apenas os bancos que estão ganhando mais dinheiro no atual círculo virtuoso. O governo está arrecadando mais, as empresas estão mais lucrativas e a população teve um aumento de renda importante, avalia Nicola Tingas, economista-chefe da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban). Os grandes bancos investiram pesado em tecnologia e em economia de escala e agora colhem os frutos da estabilização e da previsibilidade econômica, conclui. É verdade. Mas, como diz o ministro Mantega, todos ficarão mais felizes se pagarem cada vez menos pelos serviços bancários e pelos empréstimos. Porque tantas casas financeiras estabelecidas em nossas cidades? As casas financeiras existem com o objetivo próprio é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, a curtos e médios prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as pessoas físicas. Em resumo, são intermediários financeiros que recebem recursos de quem tem e os distribuem através do crédito seletivo a quem necessita de recursos, naturalmente criando moeda através do efeito multiplicador do crédito. Cuidados ao tomar dinheiro emprestado em casas financeiras Antes de tomar qualquer empréstimo, procure se informar sobre o mercado e as taxas de juros aplicadas. Atente sobre a política monetária, as características e linhas de crédito disponíveis e os intermediários que podem atender às suas necessidades. Escolha três financeiras e várias propostas. Não se contente com a primeira que lhe aparecer, pois quanto maior for o volume de recurso procurado, valerá a pena buscar opções e comparar preços e prazos. Relacionamento Conhecer a financeira em que você tomará empréstimo é importante, para saber como ela trabalha e quais as vantagens que poderá lhe oferecer. As financeiras procuram conhecer ao máximo as necessidades do futuro cliente para então poderem conquistá-lo. Depois de escolhida a financeira, leia atentamente as cláusulas do contrato e esclareça suas dúvidas. Um empréstimo deve ser feito por meio de acordo transparente e que não deixe questões abertas ou margem à dúvida. Necessidades Verifique suas reais necessidades e se a financeira as está atendendo. Antes de tomar o dinheiro, pense se ele gerará mesmo o resultado desejado. As opções de tomada de crédito são muitas, bem como os valores a serem adquiridos. Mas o tomador deve prestar muita atenção e combinar crédito com a capacidade de pagamento. As parcelas do empréstimo não devem afetar as demais contas. Vantagens Ao tomar dinheiro emprestado, o pagamento deste é feito com juros. Por isso, verifique quais os cálculos feitos no crédito tomado. Cada intermediário tem uma maneira de calculá-lo: efetiva, real, nominal, de dentro e de fora. Para comparar as taxas, transforme os juros para a mesma base e prazo (anual mensal). Depois de analisar os juros, veja se está tendo tratamento personalizado. Evite as instituições que mudam de gerentes a toda hora e sem explicações. Além disso, note se o intermediário divulga informações e dados sobre a sua operação, em data e prazo confortável. Credor Faça um perfil de risco do seu credor, com análise de seus atributos referentes à qualidade, poder, capacidade, respeitabilidade e estabilidade. Escolha quem tem conhecimento e técnica, fundamentos evidentes de liquidez e retorno institucional, capacidade de atender bem, está em dia com as obrigações (fiscais, monetárias, sociais), endereço certo e nome estabelecido na praça.