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Na atualidade, a Administração se releva como campo repleto de complexidades e desafios, onde cabe ao administrador estabelecer metas cruciais ao sucesso do negócio. No desempenho das suas atividades, o administrador define estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, resolve problemas, gera inovação e competitividade (CHIAVENATO, 2003).
&#13;
Mediante o planejamento bem apurado das estratégias a serem adotadas pela empresa, incluindo a missão, valores do negócio, organização de toda a estrutura para a execução dos procedimentos, direção e mobilização dos talentos da empresa, para a concretização das metas pré-estabelecidas, visando o alcance dos resultados e o controle e verificação de todo o processo, o administrador da atualidade consegue levar o empreendimento ao caminho do sucesso.
&#13;
O administrador, através das suas habilidades técnicas, humanas e conceituais, deve ter a capacidade de interagir com todas as áreas da empresa, pois a harmonia entre os setores é também preponderante ao desenvolvimento do negócio.
&#13;
Outro fator característico é a habilidade do gestor/líder/administrador em estabelecer as diretrizes do negócio condizentes com as necessidades do mercado, pois, o consumidor está cada vez mais exigente quanto a prestação de serviços e produtos de qualidade.
&#13;
Além dos métodos supracitados, o negócio deve estar relacionado à sustentabilidade, pois, os empreendimentos voltados à conservação e otimização dos recursos naturais disponíveis, que não impactem no meio ambiente, obedecendo normais governamentais, bem como produtos voltados à economia verde e a responsabilidade social, tendem a ser mais prósperos e aceitos pela sociedade, . Este modelo de gestão é a tendência das empresas contemporâneas.
&#13;
Sobre o tema, o administrador do século XXI deve ter ciência de que a conservação e preservação do planeta são importantes. Sobre o tema, o site da CNI (Confederação Nacional da Indústria), diz:
&#13;
Inovação e sustentabilidade devem caminhar em paralelo, defende a diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg. (&#8230;) Messenberg disse que a criação de um ambiente propício ao crescimento empresarial é fundamental para o desenvolvimento de uma economia com práticas e metas voltadas para o uso mais eficiente do meio ambiente. (&#8230;) Um país em desenvolvimento não pode abrir mão, neste momento, da questão social e de emprego. O setor industrial brasileiro enxerga a questão ambiental não como problema ou restrição, mas como oportunidade. (&#8230;) Além de conferir sustentabilidade às empresas na transição para uma economia verde, a inovação pode ser decisiva para alcançar metas de mitigação ambiental. (Site da CNI, 16/04/2012).
&#13;
Portando, o administrador da atualidade deve atuar de maneira a atender às necessidades internas dos seus colaboradores (talentos), por intermédio da gestão eficiente bem como do mercado, visando sempre a otimização dos recursos do negócio, dos recursos disponíveis da natureza, além de agir com responsabilidade social, essencial para o desenvolvimento do país.

O papel do administrador

O administrador é elemento fundamental para o sucesso das organizações

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Um dos grandes desafios na atualidade é lidarmos com nossas emoções. Diante de tantas situações pelas quais passamos, desenvolver o equilíbrio emocional não se apresenta, apenas, como uma estratégia para autodesenvolvimento na carreira ou para aprimoramento dos relacionamentos pessoais, mas sim como uma necessidade recorrente para se enfrentar e superar os mais diversos desafios que aparecem em nossas vidas.
Isto implica dizer que aprimorar e fortalecer o equilíbrio das emoções proporciona controle dos pensamentos, sentimentos e ações que determinam o seu comportamento diante de situações adversas, dando clareza e foco na solução de problemas, buscando-se melhores alternativas, levando-se a tomar decisões mais assertivas, com consciência, calma e ponderação.
Dentre alguns benefícios deste instrumento importante para todas as áreas da nossa vida, estão: prevenção de depressão e ansiedade; auxílio na regulação das emoções negativas; desenvolve relacionamentos interpessoais; promove o autodesenvolvimento, autoconhecimento e automotivação; e compreensão das suas emoções.
E como desenvolver o equilíbrio emocional?
Algumas dicas que podem auxiliar no desenvolvimento do equilíbrio emocional são:
a) Identifique suas emoções negativas e quais situações elas mais se apresentam.
b) Não se deixe dominar pelas emoções ruins. Ao sentir algo desconfortável, deixe fluir, vivencie por um momento, extravase! Porém, não permita que isto tome conta do seu ser.
c) Busque compreender as causas das suas emoções tóxicas (ruins, que te fazem sofrer) de modo racional, ou seja, se os motivos foram importantes ou insignificantes.
d) Após sentir algo desconfortável, tenha a atitude de mudar o seu estado emocional, substituindo por uma emoção positiva. Por exemplo, se estava triste, busque motivos para se alegrar.
e) Respire fundo. A respiração auxilia muito no controle emocional. Antes de “explodir”, respire bem fundo e conte até 10.
f) Tenha uma lista de emoções positivas como instrumento para combater as emoções tóxicas</strong&gt;;
g) Acredite na sua capacidade de equilibrar suas emoções. Tudo começa pelo acreditar que é possível. Você está no controle da direção da sua vida.
Então, desenvolva o seu equilíbrio emocional e busque o seu sucesso de modo sólido e próspero, com sabedoria, foco e determinação. Lembre-se: você está no controle e é responsável pela sua vida.

O equilíbrio emocional na vida pessoal e profissional

A imagem de qualquer instituição, seja na esfera pública ou privada, é o fruto do sentimento que ela irradia no público em geral e, em especial, no público em que se relaciona. É predominantemente relacionada à qualidade de suas atividades, bem assim a sua fidelidade aos preceitos éticos e morais que a envolve.
Assim, os setores públicos e privados, nos moldes atuais, reformulam suas estratégias a fim de transmitir uma imagem positiva, que consiga chegar ao seu público alvo de forma contributiva para instituir no mercado uma reputação cristalizada, que sirva de referência à sociedade e aos ambientes corporativo e governamental.
A busca por uma boa imagem deve ser algo contínuo, sendo compartilhada em toda organização, ou seja, integrada na cultura organizacional, da missão, valores e princípios, da visão e demais estratégias que vislumbrem o sucesso da gestão, em todos os seus aspectos.
No entanto, a perpetuação deste fator depende dos talentos que compõem empresas e os órgãos públicos, os quais devem estar comprometidos como os objetivos organizacionais. Mas, para que isso aconteça, os gestores devem propiciar um ambiente harmônico, com foco no endomarketing, o que cria estímulos para que os profissionais estejam motivados.
A IMAGEM PARA O PROFISSIONAL
Um profissional deve zelar por sua imagem, de sorte a inspirar credibilidade, confiança e eficiência à sua clientela e a todos os que com ele se relaciona. A imagem profissional resulta da avaliação de sua maneira, postura, cortesia e aparência.
Os alicerces da imagem profissional são: comportamentos, hábitos, posturas, ética e moral, conhecimentos e competência. Estas características basilares estão intrinsecamente ligadas aos profissionais em excelência, que são cada vez mais disputados no mercado.
No ambiente público, o reflexo disso é a satisfação da sociedade com a prestação de serviços oferecidos pelo Estado, nos seus variados setores, dando aos cidadãos garantias de que o governo está comprometido em atender suas necessidades e expectativas. Com isso, de modo geral, o Estado cumpre sua função social, de tornar o ambiente público acessível a todos.
No que tange ao impacto de uma boa imagem profissional, o primeiro reflexo dela é a credibilidade. Em relação à aparência, o que mais chama a atenção, além dos traços de higiene pessoal, é a expressão facial e postura corporal, como também o uso de uma comunicação eficiente e eficaz.
Sobre a higiene pessoal, todo e qualquer profissional tem a obrigação de zelá-la, pois, num país como o Brasil, que além da sua elevada temperatura cotidiana, possui uma grande quantidade de recursos hídricos. Desse modo, é inadmissível que alguém possa privar-se dessa informação e não cuidar da sua higiene pessoal.
A COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Usar tanto o tom quanto a velocidade da voz do interlocutor, para garantir a sintonia necessária e forma como se expressa faz grande diferença, pois se identifica de imediato, quando se age com respeito, cordialidade, gentileza, ironia, grosseria ou arrogância.
A adequação das palavras utilizadas significa principalmente a atenção no uso de palavras condizentes e pertinentes ao momento, sem erros de pronúncia, vícios de linguagem, gírias, expressões que denotem intimidade, frases feitas sem originalidade e piadinhas. Estes elementos são eficazes para uma perfeita comunicação.
Outro fator importante da comunicação é na solução de conflitos, em virtude das diferenças que existem no ambiente de trabalho. Assim, agir com cautela, saber ouvir, agir com empatia e respeito são algumas maneiras de solucionar uma situação tensa, sendo estas causadas, às vezes, pela ausência do diálogo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A imagem é algo bastante valioso e é um fator determinante nos negócios. Sua construção depende de uma série de fatores e o comprometimento deve ser de todos os envolvidos (stakeholders), pois a prosperidade do empreendimento é alcançada com a participação de todos e a busca pela excelência tem que ser algo constante, pois somente os melhores sobrevivem, como também são disputados no cenário concorrencial.

A importância da imagem às instituições e aos seus colaboradores

O mundo da ficção está
repleto de personagens que servem como referências às pessoas do mundo real,
pois elas representam situações do cotidiano delas, pelo simples fato de
mostrarem sentimentos, atitudes, desejos, vontades, sendo estes momentos
vivenciados a todo instante.

Destarte, muitos se veem
ali: quando surge uma cena em que se perde ou ganha um emprego; quando se
conquista uma grande vitória na vida pessoal ou profissional; naquele instante
em que se salva alguém; quando se perde um ente querido ou no momento em que se
passa numa faculdade renomada; quando revoluciona o mundo das ciências; quando
se fica rico e famoso; ou quando se supera todas as dificuldades, mesmo aquelas
impossíveis. Assim, são tantas emoções que estes “seres animados” mostram a
todos os telespectadores, leitores, aos amantes deste mundo. 

Neste contexto, se faz
necessário apontar alguns personagens, de tantos magníficos, que mostram
situações reais vivenciadas pelas pessoas. No quesito dificuldades, limitações,
obstáculos, John Nash, no filme Uma Mente Brilhante, de 2001, protagonizado por
Russell Crowe, é um gênio, porém, portador de uma doença. Apesar disso, ele
conseguiu superar seus limites e ser reconhecido com um prêmio Nobel. 

Ainda sobre esta temática,
Maximus, do filme o Gladiador, 2000, comandante do exército romano, também
interpretado por Russel, teve uma grande reviravolta em sua vida: sofreu uma
conspiração e perdeu sua família. Entretanto, quando tudo se encaminhava para o
fracasso, mesmo com todas estas adversidades, conseguiu reconquistar sua honra,
mostrando que é sim possível romper quaisquer barreiras que estejam à frente
dos seus objetivos.

Michaela e Augusto Odone,
do filme O Óleo de Lorenzo, de 1992, interpretado por Susan Sarandon e Nick
Nolte, também passaram por “maus bocados” em suas vidas: eles batalham para encontrar
a cura para a ALD, uma doença extremamente rara, que provoca uma incurável
degeneração no cérebro, em que seu filho, Lorenzo, sofria constantemente.
Porém, conseguiram, mesmo sendo leigos no assunto da genética, biomedicina,
elaborar, juntamente com outro especialista, um óleo capaz de reduzir os
impactos da doença, auxiliando milhares de famílias que passavam pela mesma
situação.

Guido, no filme A vida é
Bela, de 1997, interpretado por Roberto Benigni, vive no período nazista,
sofrendo inúmeras humilhações e torturas, uma realidade aterrorizante. Porém, mesmo
com as atrocidades ocorridas em seu momento, consegue, com maestria, inserir
seu filho Giosué num cenário de jogo, fazendo-o sonhar, acreditar e sorrir.

Chris Gardner, em À
Procura da Felicidade, de 2006, protagonizado por Will Smith, é um homem que
luta pelo sustento e sobrevivência do seu filho. Tem problemas financeiros e
conjugais e lida com o fracasso da escolha dos seus investimentos. Apesar
disso, aproveita uma oportunidade numa grande corretora, sobressaindo-se e
tornando-se um dos maiores investidores no ramo, o qual transformou sua
realidade e conseguindo a felicidade, de acordo com sua visão.

Analisando a vida de cada
um, o que eles têm em comum? A situação que compartilham é que tiveram a chance
de acreditar na derrota, na incapacidade de mobilizarem seus esforços para o
alcance dos seus objetivos, de permitirem quaisquer dificuldades assombrarem
suas vidas, impedindo-os de realizarem seus projetos e sonhos, de serem
impotentes enquanto protagonistas na solução dos seus problemas.

No entanto, o que fizeram?
Simplesmente, decidiram acreditar. Escolheram transformar as barreiras
intransponíveis em oportunidade de vitória. Disseram para si mesmos que, com todas
as limitações impostas em suas vidas, nada seria capaz de influenciá-los a
abandonar seus princípios, valores, a vontade de vencer e que a única escolha a
ser feita é a luta pela vitória.

Isto é para evidenciar que a vida é sempre moldada de
momentos felizes e tristes, alegrias e decepções. Cabe a cada um aceitar as
condições impostas ou lutar por dias melhores, no alcance dos seus horizontes. Não
adianta se lamentar, pois este modo não trará a mudança de realidade. Portanto,
a grande contribuição que os personagens dão é: diante das adversidades da
vida, há sempre a chance de vitória; basta uma grande dose de entusiasmo, força
de vontade e determinação, pois os limites somente existem dentro de cada um.

Os personagens como referencial de motivação

90% das empresas antecipam impactos em suas operações e 66% preveem aumento de investimentos em tecnologia para se adaptarem a jornada de transição fiscal do país



Aprovada por meio da Emenda Constitucional nº 123/23, a Reforma Tributária inaugura um novo capítulo na dinâmica de apuração, fiscalização e gestão de processos fiscais no ambiente de negócios brasileiros. Ao mesmo tempo, em que se pesem seus potenciais ganhos em termos de simplificação e transparência de nosso sistema, não há dúvidas de que a reforma traz consigo impactos que vão muito além das alíquotas definidas para o IVA Dual que passa a ser aplicado no país já a partir de 2026.



Como se sabe, no ano que vem entram em vigor com percentuais de 0,9% para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e 0,1% para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).



Essas alíquotas, residuais neste primeiro momento, no entanto, não devem iludir os empresários: mais do que um custo tributário, o verdadeiro peso nesse início da jornada de transição do país estará no investimento operacional necessário para a devida adaptação ao novo modelo.



Esse ponto é reforçado, por exemplo, por uma pesquisa recente da Thomson Reuters a qual indica que 90% das empresas veem um impacto de médio a muito alto em suas operações para que possam se adaptar às diretrizes da Reforma Tributária.



E esse impacto passa também pelo aumento de custos, com 66% dos entrevistados entendendo que o investimento em soluções de gestão tributária deve ter crescimento no período de seis meses e dois anos – expansão que deverá se manter nos próximos nove anos para mais de 40% das empresas.



Ou seja, mais do que pensar no peso das alíquotas do CBS e do IBS nesse primeiro momento, o que se impõe às organizações é a necessidade de repensar processos, sistemas e estruturas para lidar com um cenário de regras em mutação. E esse movimento, naturalmente, não vem sem custos.



Ato contínuo, a complexidade do período de transição não decorre apenas da mudança legislativa em si, mas da simultaneidade de dois sistemas convivendo por quase uma década.



Entre 2026 e 2033, empresas terão que operar com o regime antigo e, em paralelo, implementar gradualmente as regras do novo modelo. Esse duplo esforço tende a aumentar consideravelmente os investimentos em tecnologias capazes de se adaptar a regras de modo contínuo que, aliás, ainda estão sendo desenhadas; ao mesmo tempo em que coordenam as exigências atuais, de modo que possam aproveitar créditos e atuar em conformidade com o antigo regime.





Nesse pacote, entram ainda os custos com treinamento de equipes e consultorias especializadas para garantir que não haja falhas no cumprimento das obrigações conjuntas. Não por acaso, a pesquisa da Thomson Reuters também indica que 62% das empresas esperam um crescimento dos investimentos em atualizações de processos e consultoria externa, ao passo que 51% preveem um aumento de custos em treinamento de colaboradores nos próximos seis meses.



Dentro desse contexto, a jornada de digitalização das empresas também tende a ser acelerada. Negócios que ainda operam com sistemas fragmentados ou manuais sentirão mais intensamente o peso da transição. Isso porque a Reforma não se resume a ajustar planilhas: ela exigirá integração de dados, parametrizações sofisticadas e capacidade de gerir regras em tempo real.



É nesse ponto que reside o paradoxo da Reforma. O discurso oficial enfatiza simplificação e transparência, e, de fato, no longo prazo, os benefícios podem ser palpáveis. No entanto, até que esse horizonte seja alcançado, a curva de aprendizado trará inevitavelmente custos e riscos. Estamos, assim, diante de um cenário em que a questão operacional se sobrepõe, neste momento, à discussão puramente dos custos fiscais.



Isso significa, por fim, que o impacto da Reforma não será uniforme. Grandes organizações, mais estruturadas e com recursos para absorver investimentos em tecnologia e assessoria, estarão em posição de vantagem. Pequenas e médias empresas, por outro lado, sentirão com mais força os custos de adaptação, o que pode gerar um novo tipo de desigualdade competitiva.



Esse olhar não invalida os possíveis ganhos da Reforma Tributária, mas busca frisar a necessidade de um possível apoio a uma parcela importante do mercado para que a adaptação ao novo sistema fiscal do país ocorra de modo mais equilibrado.



Ao mesmo tempo, para as organizações, cabe agir desde já, repensando processos e buscando caminhos estratégicos para que os custos operacionais da Reforma não se transformem em obstáculos competitivos. A promessa de simplificação pode até se concretizar, o desafio agora é se integrar com inteligência a maior transição fiscal do século.

O custo operacional da Reforma Tributária

Do mesmo jeito que um “empurrão invisível” enche o carrinho sem você perceber, ele também pode empurrar decisões importantes para o limbo



Você só queria pilhas.



Saiu com um kit de shampoo, dois pacotes de bolacha, uma caixa de ovos… e ainda pescou um Trident na gôndola do caixa.



Já aconteceu com você?



Pois é. Às vezes o desvio acontece no corredor do mercado. Outras, na sua vida financeira.



Do mesmo jeito que um “empurrão invisível” enche o carrinho sem você perceber, ele também pode empurrar decisões importantes para o limbo.&nbsp;



Tipo aquela ideia de começar a poupar para a aposentadoria, que vive sendo adiada. Não porque você não quer, mas porque o caminho até lá parece feito de senhas, formulários e burocracias.



Se isso soa familiar, saiba: você já foi alvo de um sludge. E nem percebeu.



Mas nem todo empurrão invisível é armadilha. Quando usado do jeito certo, ele pode ser exatamente o que faltava para uma boa decisão sair do papel. É disso que trata o nudge.



Quer ver um exemplo?&nbsp;



Em alguns prédios, a sinalização para a escada é colocada em destaque, com setas e cores chamativas. Um ajuste que aumenta as chances de alguém optar pelos degraus em vez do elevador.



Não há regra ou alarde. Apenas uma pequena alteração no ambiente que influencia o comportamento sem tirar a liberdade de ninguém.



<h2 class="wp-block-heading">Mas afinal, o que são esses “empurrões”?&nbsp;</h2>



Imagine observar o comportamento das pessoas por décadas e perceber que, mesmo diante de escolhas simples, elas frequentemente tomam decisões ruins.



Foi exatamente isso que os economistas Richard Thaler e Cass Sunstein fizeram.&nbsp;



Ao estudar como as pessoas escolhem no mundo real, fora dos modelos perfeitos da economia clássica, encontraram um problema crônico: decisões ruins não nascem da falta de informação, mas da forma como as opções são apresentadas.



A partir disso, propuseram uma mudança sutil, mas eficaz:



Em vez de tentar consertar o ser humano, que tal ajustar o ambiente em que ele interage?&nbsp;



Assim surgiu o conceito de nudge (empurrão), uma mudança discreta no design que dá um empurrãozinho para que você tome uma decisão melhor.



Segundo Thaler e Sunstein, um nudge é qualquer mudança no ambiente que ajuda a influenciar uma decisão de forma previsível, sem restringir sua liberdade de escolha e sem precisar de recompensas ou punições.



A intenção é clara: facilitar o caminho certo e deixar o errado acessível (só que com um pouco mais de atrito).



Mas se o nudge abre portas, o sludge faz o contrário. Ele tranca. Ou pelo menos emperra a maçaneta.



O termo sludge surgiu quando os próprios pesquisadores notaram que os empurrões usados para ajudar também podiam ser usados para atrapalhar.



E pior. Em muitos casos, não por descuido, mas por interesse.



Sludge é quando o ambiente é desenhado para dificultar uma decisão ou atrasar uma ação que deveria ser simples.&nbsp;



O nome (do inglês, lama) faz justiça.&nbsp;



Em vez de empurrar, o sistema puxa para trás. Com atrito, obstáculos, burocracias.&nbsp;



É o cancelamento de serviço de telefonia que exige três ligações, senha, espera longa e uma desculpa cínica de que “este não é o tipo de experiência que prezamos”;&nbsp;



É o aplicativo que oculta a opção mais vantajosa sob cinco camadas de menus;



É o contrato que esconde informações em letras miúdas no rodapé da página, e por aí vai…



A lógica aqui também é previsível: quanto mais cansativo o processo, menor a chance de a pessoa insistir.&nbsp;



Ou quanto mais confuso o caminho, maior a probabilidade de ela desistir. Mesmo que isso signifique perder dinheiro.



O sludge não impede. Só complica. E, muitas vezes, é exatamente esse o objetivo.&nbsp;



E agora, vem a pior parte:



<h2 class="wp-block-heading">É impossível passar ileso!</h2>



Já percebeu como é fácil fazer uma aposta esportiva no celular? Dois cliques e o seu dinheiro está em jogo.&nbsp;



Agora tente investir em uma previdência privada no seu aplicativo do banco. Boa sorte em achar o caminho.



Essas diferenças não são acidente. Fazem parte do design que molda seu comportamento todos os dias. E é exatamente aí que entram os nudges e sludges.



Esses empurrões atuam sobre os <a href="https://evandrocanello.com.br/por-que-e-tao-dificil-deixar-ir-uma-explicacao-racional?">vieses cognitivos</a>, padrões automáticos de pensamento que usamos para tomar decisões rápidas.&nbsp;



Um dos mais comuns é o viés do presente: a tendência de priorizar o agora e deixar o futuro pra depois. É ele que faz você gastar com o que traz prazer imediato (roupas, celular) e adiar o que exige paciência, como guardar dinheiro para a aposentadoria.



Outro bem conhecido é o efeito manada, que nos leva a repetir o comportamento da maioria como se fosse um caminho comprovadamente seguro.&nbsp;



Já a aversão à perda é aquele impulso que faz a dor de perder cinquenta reais parecer maior do que a alegria de ganhar cem.&nbsp;



Na prática, é deixar o dinheiro parado na poupança, mesmo sabendo que há opções melhores, só pra não enfrentar a sensação desconfortável de abrir mão do que já está ali.



Esses vieses funcionam como atalhos mentais. E é exatamente por esses atalhos que os nudges e sludges sabem trafegar muito bem.



O resultado dessas influências é instantâneo e praticamente impossível de ser ignorado.



Duvida? Veja só o exemplo que usei no início do texto: você entra no mercado pra comprar uma coisa e sai com doze. O que aconteceu? Você caiu num sludge camuflado em um ambiente de compras.&nbsp;



E a coisa só piora: seus filhos também são atingidos diretamente.



Ou você nunca se perguntou por que diabos tem gôndolas de doces na fila do caixa que nunca medem mais que um metro e meio?



Isso é sludge agindo, porque o ambiente foi pensado para sabotar a sua atenção.&nbsp;



Você está na fila, distraído, esperando o caixa liberar. De repente, aquele chocolate aparece na altura perfeita do seu campo de visão. Ou melhor, no campo de visão do seu filho, que está ali ao lado, no nível exato da gôndola. O apelo visual é direto, quase impossível de recusar.&nbsp;



E agora, me explica: como negar um doce para uma criança entediada, enquanto ela aguarda impaciente por longos minutos na fila?&nbsp;



Não é à toa que é comum ver criança dando chilique na frente do caixa. E as pobres sequer têm culpa. Tudo ali foi desenhado pra favorecer o impulso e dificultar o controle… cada detalhe.



Mas nem só de obstáculos vive o design de escolhas.&nbsp;



Alguns empurrões jogam a favor, como a inscrição automática em planos de aposentadoria, que aumenta a adesão simplesmente por já vir como padrão.&nbsp;



Ou o adesivo com o desenho de uma mosca colado no vaso sanitário masculino no aeroporto de Amsterdã, que melhorou a pontaria e reduziu a sujeira em 60%.&nbsp;



<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://cms-prd.administradores.dev/app/uploads/2025/09/image-1-1024x686.jpg" alt="" class="wp-image-421607"/></figure>



Perceba que não há instruções ou qualquer publicidade, apenas um detalhe no lugar certo.



<h2 class="wp-block-heading">Mais nudges, menos sludges&nbsp;</h2>



Sabia que você também pode usar isso a seu favor? Aplicar nudges dentro de casa é mais simples do que parece.&nbsp;



Por exemplo, deixar as frutas à vista sobre a mesa em vez de escondidas no fundo da geladeira, ou colocar os alimentos que quer evitar em prateleiras menos acessíveis da despensa.



E outra: quer reduzir o tempo de telas?&nbsp; Então por que você tem três TVs, dois celulares e um tablet dentro de casa?



A mesma lógica funciona com finanças.&nbsp;



Programar a transferência automática para a previdência assim que o salário cai ou ativar a função que sugere aportes quando sobra dinheiro na conta…



Tudo isso facilita a ação, reduz o atrito e torna a boa escolha quase inevitável. A decisão continua sendo sua, só ficou mais fácil de tomar.



E o sludge, o gêmeo do mal?



Sair ileso dele, como eu já disse, é praticamente impossível. Mas sair mais preparado? Totalmente viável.



Se você chegou até aqui, já está com uma boa camada de blindagem, porque entender como esses mecanismos operam no seu cérebro já é um bom começo.&nbsp;



A partir de agora, é bem provável que você nunca mais veja do mesmo jeito o design de um app, uma gôndola no mercado ou um cancelamento de um plano.



Mas dá pra ir além.



Uma das estratégias mais eficazes é criar dificuldades onde o impulso costuma mandar.&nbsp;



Quer comprar algo fora do planejado? Estabeleça um tempo mínimo de espera antes de decidir.&nbsp;



Esse respiro permite que o seu sistema mais racional entre em cena e questione se o gasto realmente faz sentido. Simples? Sim. Mas funciona.



Outra é automatizar as boas escolhas. Se você já decidiu que investir em previdência é importante, agende a transferência assim que sua renda entrar. Jamais pense em fazer isso depois de pagar contas ou gastar mais, senão o sludge vai puxar seu pé durante a noite.



E o mais importante: aprenda a reconhecer os sludges à sua volta. Sempre que algo parece mais difícil do que deveria, vale se perguntar: por quê? Quem ganha com a minha desistência?&nbsp;



Se um cancelamento exige esforço desproporcional, se uma escolha simples parece cercada de obstáculos, desconfie. Provavelmente tem um sludge bem posicionado, fazendo o trabalho sujo.



No fim das contas, Educação Financeira também passa por isso. Não se resume a planilhas ou taxas de retorno.&nbsp;



É sobre enxergar o cenário onde suas decisões acontecem e moldar esse ambiente para que o caminho certo também seja o mais fácil de seguir.

O papel do administrador

Carlos Rafael Coelho Barros

Como o uso de benefícios flexíveis impacta sua marca, com Dan Josua | Café com ADM 462

Como o uso de benefícios flexíveis impacta sua marca, com Dan Josua | Café com ADM 462

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Carlos Rafael Coelho Barros

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