Principais Grandes Crises FinanceirasCompilado por Saurater Faraday Segundo Aschinger (1996), citado por Pinheiro (2008), o desenvolvimento de uma crise macroeconômica especulativa pode ser decomposta em uma série de estágios, a saber: 1. Deslocamento Um choque exógeno afeta o sistema macroeconômico. 2. Desenvolvimento de um 'boom'Se novas oportunidades sobrepujam as antigas que foram perdidas, os investimentos e a produção se elevam e culminam em um surto de desenvolvimento. 3. Início de Especulação O surto de desenvolvimento é alimentado por uma expansão do crédito bancário e/ou a criação de novos instrumentos financeiros. Isto aumenta a demanda por bens ou ativos financeiros. Com as capacidades de oferta limitadas, os preços sobem. A especulação, neste estágio, ainda reflete as condições fundamentais prevalecentes. 4. Especulação Desestabilizadora Os aumentos de preços atraem mais investidores e intensificam a especulação. Como consequencia, os mercados reagem exageradamente, criando uma 'bolha especulativa'. 5. Euforia O comportamento do mercdo é dominado pela dinâmica social. 6. Pânico Durante o longo período de 'boom' aumenta, gradativamente, a instabilidade de mercado e os preços mostram uma tendência de aumento exponencial. As expectativas dos investidores se tornam mais frágeis. Algum fragmento de informação é suficiente para gerar o abandono do mercado. O pânico das vendas faz os preços despencarem. A bolha especulativa estoura. A crise faz os preços retormarem ao patamar compatível com as condições fundamentais prevalecentes na economia. De acordo comas as teorias de Charles P. Kindleberger e Hyman Minsky, citados por Pinheiro (2008), as crises financeiras são inerentes ao ciclo econômico e, portanto, inevitáveis. Tal teoria prossegue afirmando que, ainda que se tente compatibilizar com expectativas racionais, tende-se a assumir que existe ilusão monetária. Breve Revisão das Grandes Turbulências Tulipamania: Periodo : Século XVII (1634 a 1637) Local : Holanda Desequilíbrio econômico. Especulação sobre os preços da tulipas após crescente demanda por essas espécies fora da epóca. As tulipas subiram de 1.500 guinéus em 1634 para 7.500 guinéus em 1637. O equivalente ao preço de uma casa na época, conforme explica Pinheiro (2008). A Bolha do Mississipi: Periodo : Século XVIII (1716 a 1720) Local : França Após o mercado verificar baixo desempenho da Compagnie D’Occident, após uma euroforia dos mercados com suas ações, o mercado começou a trocar ações e notas bancárias por moeda, culminando na desvalorização dos papéis. The South Sea Bubble: Periodo : Século XVIII (1717 a 1720) Local : Grã-Bretanha A Grande Queda da Bolsa Periodo : Outubro de 1929 Local : Estados Unidos Crise de superprodução e bolha financeira conjugadas A Crise de 1987 Periodo : Outubro de 1987 Local : Estados Unidos Crise de euforia irracional após o choque do preço do petróleo A Crise Japonesa Periodo : Junho de 1990 Local : Japão Crise financeira e de subconsumo A Crise Mexicana Perído: 1994 – 1995 Local: México Crise cambial financeira A Crise Asiática Periodo : Outubro de 1997 a 1998 Local : Asia Incia-se coma queda da bolsa de Hong Kong. Um dos princiapis fatores era a fragilidade de alguns fundamentos econômicos, empreendimentos atrelados ao dólar, défiit de conta corrente A Crise Russa Periodo: Agosto de 1998 Local : Russia Atrofia econômica ap´´os quase 8 décadas de regiume comunista, despreparo do mercado econômico, sucateamento da industria, moratória. A Crise Brasileira / Mercosul Periodo: 1999 Local : Brasil / Mercosul Âncora cambial, sobrevalorizando o Real ante o dólar A Crise Argentina Periodo: 2001 Local : Argentina Crise política, déficit público, peso equiparado ao dólar A Crise Global Periodo: 2008… ??? Local : Globo A crise inicia-se nos Estados Unidos da América, país mais afetado, com a quebra do Lehman Brothers, o que desencadeou a quebra de outros bancos e instituições financeiras como a seguradora AIG. No Brasil, as empresas Sadia , Aracruz Celulose e Votorantim anunciaram perdas bilionárias. Entre as várias causas da crise parece ser notório que o sistema de crédito mundial está falido. As mais importantes instituições financeiras do mundo, Citigroup e Merrill Lynch, nos Estados Unidos; Northern Rock, no Reino Unido; Swiss Re e UBS, na Suíça; Société Générale, na França declararam ter tido perdas colossais em seus balanços, o que agravou ainda mais o clima de desconfiança, que se generalizou. No Brasil, as empresas Sadia , Aracruz Celulose e Votorantim anunciaram perdas bilionárias. Para evitar colapso, o governo norte-americano reestatizou as agências de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, privatizadas em 1968, que agora ficarão sob o controle do governo por tempo indeterminado. Em outubro de 2008, a Alemanha, a França, a Áustria, os Países Baixos e a Itália anunciaram pacotes que somam 1,17 trilhão de euros (US$ 1,58 trilhão) em ajuda ao seus sistemas financeiros. O PIB da Zona do Euro teve uma queda de 1,5% no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, a maior contração da história da economia da zona. ____________________________________________________________ReferênciasPINHEIRO, Juliano Lima . Mercado de Capitais: Fundamentos e Técnicas. 4ª Edição – 2. reimpr. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2008. 354 p Crise econômica de 2008-2009 – Wikipedia em http://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_econ%C3%B4mica_de_2008-2009 conforme visita em 15 de abril de 2009