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<p>Muito se ouve sobre o mercado de empresas que distribuem seus produtos por meio do marketing multinível, através de diversas denominações: Marketing de Rede, Marketing Multinível ou Marketing de Relacionamento.</p>
<p>O primeiro indício de uma empresa datam no ano de 1903 por Watkins Brothers com a distribuição dos produtos da sua empresa. Ele permitiu que os distribuidores comprassem diretamente da empresa e vendessem pro consumidor final. Com essa eliminação de etapas do processo que envolvem o atacado e varejo, é possível reduzir custos e fazer o produto chegar mais barato nas mãos do consumidor.</p>
<h4>Mas o que é esse tal marketing de multinível??</h4>
<p>O marketing de multinível esta atrelado a indústria de vendas diretas. O multinível permite pagar comissões em vários níveis de distribuição, diferente do mononível em que o distribuidor apenas recebe no valor da revenda dos produtos. O mercado de vendas diretas permite que os produtos cheguem ao consumidor final sem os atravessadores (centros de distribuição e atacados) direto para o consumidor final poupando toda a oneração causada por estes. Empresas tradicionais, que não atuam nessa modalidade, têm o processo baseado em:<br />produção de bens ou serviços &gt; distribuição por meio de representantes ou centros de distribuição &gt; venda aos atacados &gt; revenda aos varejistas &gt; consumidor final.</p>
<h4>Legislação</h4>
<p>Em alguns países o negócio já esta mais desenvolvido e com a legislação aprovada há alguns anos. Nos EUA por exemplo, foi regulamentado em 1979 pela Comissão Federal de Comércio.</p>
<p>Atualmente quem regulamenta as empresas de vendas diretas no país é a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), na qual adotou o código de conduta da World Federation Direct Selling Association (WFDSA) apoiando tanto a venda direta como o Marketing Multinível.</p>
<p>O Brasil ainda engatinha nessa questão, porém já existem dados e informações que o governo disponibiliza para consultas. No site da ABEVD é possível encontrar as empresas associadas aqui no país que tem o seguimento de vendas, tanto mononível, como Avon e Natura, quanto o multinível, como Mary Kay, Herbalife e MonaVie.</p>
<p>A legislação brasileira ainda tramita as leis especificas sobre a indústria de marketing multinível, porém com a crescente onda de empresas piramidal se dizendo empresa de marketing multinível levou o governo a se pronunciar e esclarecer aos cidadãos a diferença. Foi então elaborado um boletim informativo e publicado no site da Comissão dos Direitos Mobiliários (CVM) e nos principais meios de comunicação sobre vendas diretas.</p>
<h4>O que Marketing Multinível representa na economia?</h4>
<p>Diferente do Brasil, outros países já demonstram um grande crescimento econômico neste setor. Segundo a Direct Selling Association (DSA):</p>
<ul style="text-align:justify;">
<li>27% do PIB americano são provenientes da indústria do Marketing Multinível;</li>
<li>24% do PIB japonês é proveniente da indústria do Marketing Multinível;</li>
<li>20% dos milionários americanos construíram sua fortuna com negócios baseados em Marketing Multinível;</li>
<li>O setor já representa 96,7% do faturamento do setor de Vendas Diretas.</li>
</ul>
<p>Nos Estados Unidos, empresas como Coca-cola, Colgate Palmolive e Cit Bank, têm suas próprias divisões do Marketing Multinível ou utilizam da estrutura de empresas do setor para escoar alguma linha de produtos, com características relacionadas a esse sistema de vendas. Como podemos perceber, algumas empresas que atuam no Brasil com venda direta mononível perceberam a tendência de mercado e desenvolve suas atividades fora do país como marketing multinível.</p>
<h6><img decoding="async" src="https://administradores-media-dev.s3.amazonaws.com/app/uploads/2022/01/27233252/sl_dsn.jpg" alt="" /><br /><span>Fonte: site vendasdiretas.com.br</span></h6>
<p><span>No Brasil, esse modelo de negócio apenas começou a se formar. Em 2013 foi faturado UU$ 166 bilhões no mundo com vendas diretas onde, de acordo com a ABEVD, o Brasil é o 4º lugar com 38,8 bilhões. Para endossar as afirmações de que o Brasil crescerá nesse mercado, além do desenvolvimento incontestável das tradicionais empresas do setor, como Herbalife, Mary Kay e Amway Corporation, podemos apontar a entrada de algumas gigantes tradicionais como Unibanco, TAM Linhas Aéreas, Itaú, Banco do Brasil e Jequeti.</span></p>
<h4><span>A comum confusão: Marketing Multinível X Pirâmide financeira</span></h4>
<p><span>Há no mercado algumas empresas que se disfarçam de marketing multinível, porém são de esquema Ponzi ou mais conhecida como pirâmide financeira, tornando-se cada vez mais comum.</span></p>
<p><span>Um dos primeiros registros datam no ano de 1920 tendo como principal figura o ítalo-americano Charles Ponzi, o autor da maior fraude já registrada. O esquema Ponzi é baseado em pessoas e não em produtos e configurado como crime na maioria dos países. As principais características para recrutar novos distribuidores são:</span></p>
<ul style="text-align:justify;">
<li><span>Promessa de altíssimos rendimentos em curto prazo;</span></li>
<li><span>Obtenção de rendimentos financeiros que não estão bem documentados;</span></li>
<li><span>Geralmente dirigido a um público não financeiramente esclarecido;</span></li>
<li><span>Ausência de produtos, uso de produtos que são vendidos a um preço com alto valor referente ao preço real de mercado ou até mesmo produtos sem relevância alguma (ex. disquete, produtos sem permissão de venda ou ausência de regulamentação dos órgãos competentes – ANVISA, ANATEL, etc.). A venda dos produtos é considerada atividade secundária, já que o mais importante é recrutar novas pessoas;</span></li>
<li><span>Movimentação apenas de dinheiro;</span></li>
<li><span>Nenhum vínculo com leis e arrecadação de impostos federais. Em geral, os participantes acabam &#8220;pagando para trabalhar&#8221;.</span></li>
</ul>
<h4><span>Quem recomenda trabalhar com o marketing multinível?</span></h4>
<p><span>Algumas personalidades e autores renomados e reconhecidos internacionalmente recomendam o marketing multinível. Cientificam que é possível começar com um baixo investimento, possibilitando ter uma renda extra ou até mesmo estimulam criar um negócio próprio, dependendo do objetivo do interessado. Indicam também pelo desenvolvimento pessoal e profissional onde muitas vezes é visto como uma escola de negócios onde é possível desenvolver inúmeras habilidades tais como: liderança, oratória, resiliência, capacidade de trabalhar e desenvolver equipes dinâmicas.</span></p>
<p><span>Os autores que mais indicam esse mercado são: Robert Kiyosaki, Donald Trump, Max Gehringer, Roberto Shiniashik, entre outros. Além disso, o marketing multinível ganhou espaço nas grades curriculares em muitas universidades.</span></p>
<p><span>O marketing multinível cresce a cada dia no país e traz a proposta de desenvolver o empreendedorismo, sem necessidade de um alto investimento inicial. Apesar do Brasil ainda estar no início da expansão desse mercado, é visível a tendência desse modelo de negócio no exterior, onde também é desenvolvido em busca de uma aposentadoria digna e independente, como mostra um <a href="http://www.forbes.com/sites/robertlaura/2014/08/29/would-you-join-a-multi-level-marketing-company-for-retirement-income/">artigo da Forbes</a>, recentemente publicado.</span></p>
<p><span>Além da possibilidade de abrir o próprio negócio, o marketing multinível possibilita mudança de estilo de vida através de seus produtos – normalmente de alta qualidade – e um moderno modelo de negócio. É uma ótima oportunidade para quem busca complementar sua renda, construir riqueza e sair do tradicional modelo industrial de trabalho: das 8h às 18h. E sim, você não será pago como empresário se o encarar como um hobby. </span></p>


A expansão do marketing multinível no Brasil

O cenário do marketing multinível no Brasil frente ao sucesso no exterior

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<p><em>CEO da Warren revela como líderes C-level estão navegando entre foco estratégico e inovação disruptiva sem perder a essência do negócio</em></p>



<p>Tito Gusmão é CEO da Warren, uma das fintechs de maior crescimento no Brasil, que movimenta quase R$ 2 trilhões anualmente em transações no mercado financeiro para clientes institucionais e faz gestão de mais de R$ 10 bilhões para investidores pessoa física. Reconhecido como um dos executivos mais respeitados do mercado financeiro nacional, Tito construiu sua reputação através de decisões estratégicas precisas e uma visão clara sobre o futuro dos serviços financeiros. Sua experiência em navegar entre oportunidades tentadoras e foco estratégico oferece insights únicos para líderes que enfrentam o dilema entre crescimento acelerado e sustentabilidade do core business.</p>



<h2 class="wp-block-heading">1. Estratégia como linha norte: por que 5% + 10% + 15% = fracasso garantido</h2>



<p><strong>Pergunta:</strong> Como você mantém o foco estratégico diante de múltiplas oportunidades de receita que parecem “dinheiro na mesa”?</p>



<p><strong>Insight de Tito:</strong> “Ter uma estratégia clara é a linha norte da empresa. O empreendedor, por natureza, tem fome e quando vê uma oportunidade com um pouco de dinheiro, já quer montar uma squad. Mas isso que antes precisava de pouquinho tempo, começa a precisar de 5%, 10%, 15% e vira outro negócio com suas próprias complexidades.”</p>



<p>A genialidade desta abordagem está na matemática implacável: cada nova oportunidade consome recursos exponencialmente. O que começa como 5% do tempo da equipe rapidamente escala para 15%, depois 25%, até que você percebe que está gerenciando múltiplos negócios sem excelência em nenhum. Tito viveu isso na prática com a administração fiduciária - o que parecia uma oportunidade simples começou a demandar recursos crescentes até se tornar um negócio paralelo complexo que precisou ser encerrado. Para CEOs, isso significa estabelecer critérios rígidos: a nova iniciativa amplifica o core business ou apenas dilui a capacidade de execução?</p>



<h2 class="wp-block-heading">2. Inovação alinhada ao core: quando apostar e quando recuar</h2>



<p><strong>Pergunta:</strong> Como você decide quando encerrar uma frente de negócio ou apostar em novas iniciativas de inovação?</p>



<p><strong>Insight de Tito:</strong> “É duro ter que matar alguns negócios, mas também é fundamental saber em quais apostar. Você precisa entender o porte e o tamanho da sua empresa. Empresas com muito caixa podem montar novas unidades de negócio com equipes dedicadas. Mas, dependendo do seu porte, isso não é viável. É crucial avaliar o quanto a nova iniciativa está alinhada com o core business e o nível de esforço que ela exige.”</p>



<p>Tito destaca a importância de alinhar a inovação ao core business. A Warren sempre ofereceu soluções white label, mas recentemente evoluiu para integrar suas soluções dentro de outros players, mantendo-se fiel à sua linha principal de negócios. Essa inovação, embora significativa, está intrinsecamente ligada ao core business, permitindo crescimento sem desvio estratégico. Para líderes, isso significa que as inovações que fortalecem o core business merecem atenção, enquanto aquelas que desviam recursos sem alinhamento claro devem ser reconsideradas.</p>



<h2 class="wp-block-heading">3. IA estratégica: o expert que multiplica genialidade</h2>



<p><strong>Pergunta:</strong> Como você estrutura o uso de Inteligência Artificial para gerar valor real na alta gestão, além da eficiência básica?</p>



<p><strong>Insight de Tito:</strong> “IA tem dois pilares: experiência e eficiência. Na tech, é ferramenta de trabalho essencial. No marketing, o que antes levava horas no Photoshop, agora leva 5 minutos. Mas poucos usam IA como deveriam - basicamente como ajudante de escrita. Temos um expert de IA para apoiar a equipe a extrair maior valor.”</p>



<p>Aqui está o diferencial que 90% dos executivos estão perdendo. Enquanto a maioria usa IA para escrever e-mails melhores, Tito criou uma estrutura de “laboratório de IA” - uma pessoa dedicada a maximizar o valor extraído da tecnologia para toda a liderança. Isso não é custo, é investimento estratégico. A IA não está apenas automatizando tarefas; está redefinindo como decisões são tomadas, como experiências são criadas e como eficiência operacional se traduz em margem competitiva. O segredo está em ter alguém que entenda profundamente as capacidades da IA e saiba traduzi-las em resultados de negócio.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



<p>O que Tito está fazendo na Warren reflete uma tendência global entre empresas que “são” tecnologia, não apenas “usam” tecnologia. Enquanto a maioria dos líderes ainda trata IA como uma ferramenta isolada, empresas como Google, Adobe e Intel já estruturaram centros de excelência em IA que permeiam todas as decisões estratégicas.</p>



<p>A diferença está na metodologia: em vez de implementar IA de forma reativa, essas empresas criaram frameworks estruturados - muito similares aos OKRs - para identificar onde a IA pode gerar o maior impacto no core business. Não é sobre automatizar tudo; é sobre amplificar a capacidade humana nos pontos que mais importam para a geração de receita.</p>



<p>O erro que a maioria comete é tratar IA como “nice to have” em vez de “must have” para competitividade. Tito entendeu que ter um expert dedicado não é luxo - é necessidade estratégica para não ficar para trás.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



<p><strong>Agora com toda a sinceridade, qual é a matemática que a sua empresa está, multiplicando resultados ou dividindo resultados?</strong></p>

Você está multiplicando oportunidades ou dividindo resultados? 

<p><em>A falsa liberdade de “não precisar se preocupar” esconde um preço alto: você entrega o controle e a maior parte do lucro</em></p>



<p>Existe uma metáfora que gosto muito de usar quando falo sobre o mercado digital: a pizza. Imagine que você compra os ingredientes, prepara a massa, coloca no forno, cuida de cada detalhe e, quando está pronta, alguém chega, corta a pizza e fica com a maior parte dos pedaços. A você, o dono da receita, sobra apenas uma fatia pequena. Parece injusto? Pois é exatamente isso que acontece com milhares de empresários no digital todos os dias.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A ilusão do ganho fácil</h2>



<p>Quando alguém entra no mercado digital, normalmente é atraído por promessas de facilidade. Plataformas vendem a ideia de que basta subir seu produto, apertar alguns botões e assistir às vendas acontecendo. Mas o que elas não mostram é a conta que chega no fim do mês.</p>



<p>Comissões abusivas, taxas escondidas e regras que mudam de um dia para o outro. Aos poucos, o empresário percebe que, embora o volume de vendas cresça, a margem desaparece. É como servir um banquete e ficar só com os restos.</p>



<p>A falsa liberdade de “não precisar se preocupar” esconde um preço alto: você entrega o controle e a maior parte do lucro.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A metáfora do restaurante</h2>



<p>Vamos trazer isso para o mundo físico. Imagine um restaurante. Você, empresário, compra os ingredientes, contrata a equipe, prepara os pratos e atrai os clientes. Mas quem realmente enche o caixa é o dono do salão, que cobra a maior parte de cada prato servido.</p>



<p>Essa é a realidade de muitos negócios digitais. As plataformas se tornaram os “donos do salão”. Elas oferecem a vitrine, mas cobram caro por isso. Enquanto você assume os riscos, o investimento e o esforço, elas ficam com o pedaço maior da pizza.</p>



<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://cms-prd.administradores.dev/app/uploads/2025/10/image-1-1024x553.jpg" alt="" class="wp-image-422867"/></figure>



<h2 class="wp-block-heading">O menor pedaço como destino imposto</h2>



<p>A pergunta que todo empresário precisa se fazer é: por que estou aceitando ficar com o menor pedaço da pizza?</p>



<p>A resposta, na maioria das vezes, está em uma palavra: dependência. Quando você depende de terceiros para vender, entregar ou se conectar ao seu público, aceita qualquer regra. É como estar em uma festa em que só servem o que os anfitriões querem. Você não decide a música, não escolhe o cardápio e ainda paga caro para participar.</p>



<p>Essa dependência é confortável no início, mas perigosa no longo prazo.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O custo invisível das comissões</h2>



<p>Muitos empresários não percebem o tamanho real do buraco. Uma comissão de 10%, 15% ou até 20% pode parecer aceitável em uma venda isolada. Mas quando multiplicada por centenas de vendas, por meses seguidos, ela representa milhares de reais que poderiam estar fortalecendo seu caixa — mas estão indo para sustentar a plataforma.</p>



<p>Além disso, há o custo de não ter acesso aos dados. Quem controla a audiência, os e-mails, os cliques e as métricas essenciais é a plataforma. Sem esses dados, você não consegue tomar decisões estratégicas. É como dirigir um carro sem painel de controle.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A falsa independência do digital</h2>



<p>O discurso mais sedutor que as plataformas oferecem é o da independência. Mas vamos ser claros: não existe independência quando você não tem domínio. Estar em movimento não é ser livre. A verdadeira liberdade vem quando você sabe para onde vai e quando tem clareza sobre cada passo que dá.</p>



<p>Enquanto você aceitar ficar com o menor pedaço da pizza, estará preso a um sistema que lucra com o seu trabalho.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A virada de chave: assumir o controle</h2>



<p>Foi exatamente essa realidade que me levou a fundar a Digital Manager Guru. Eu me recusei a viver nesse jogo em que o empresário cria, entrega, investe e trabalha, mas no fim sobra apenas uma fatia pequena para ele.</p>



<p>A virada de chave acontece quando você decide assumir o controle da sua operação. Isso significa construir estrutura, ter domínio sobre seus dados e não terceirizar sua margem.</p>



<p>Com as ferramentas certas, você pode vender diretamente, controlar o fluxo de caixa, entender quais canais funcionam e proteger seu lucro.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Por que muitos ainda aceitam esse modelo?</h2>



<p>Se é tão prejudicial, por que tantos empresários continuam aceitando ficar com o menor pedaço da pizza?</p>



<p>A resposta está em dois fatores: comodidade e medo. É cômodo deixar que outros façam o trabalho duro de organizar a vitrine, atrair clientes e processar pagamentos. E é assustador pensar em construir uma estrutura própria.</p>



<p>Mas essa comodidade tem um preço alto: a sua margem. E esse medo é justamente o que mantém milhares de empresários presos a um sistema que não joga a favor deles.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O empresário como dono da própria colheita</h2>



<p>Gosto de outra metáfora para ilustrar essa situação: a colheita. Você planta, cuida da terra, rega, investe tempo e energia. Mas quando a safra está pronta, aparecem os gafanhotos para consumir quase tudo. E você fica com o que sobra.</p>



<p>Essa é a dinâmica que vejo diariamente no digital. Empresários dedicados, criativos, disciplinados, mas que no fim do ciclo percebem que enriqueceram mais os intermediários do que a si mesmos.</p>



<p>A mudança começa quando você decide ser dono da sua colheita.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O menor pedaço não é inevitável</h2>



<p>A boa notícia é que esse cenário não é inevitável. Você não precisa aceitar o menor pedaço da pizza como destino. Pode construir sua independência. Pode criar processos que sustentem seu crescimento. Pode controlar os dados que realmente importam.</p>



<p>A questão não é se é possível, mas se você está disposto a pagar o preço de assumir o controle.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Reflexão final</h2>



<p>Por que você está ficando com o menor pedaço da pizza, empresário? Porque, talvez, esteja aceitando que outros decidam sua margem, sua independência e o futuro do seu negócio.</p>



<p>A escolha está sempre em suas mãos. Você pode continuar servindo a pizza e ficando só com a fatia menor, ou pode decidir que, daqui para frente, quem corta a pizza é você.</p>



<p>Na minha trajetória, aprendi que a verdadeira liberdade começa quando você assume o volante — ou, nesse caso, a faca que divide a pizza.</p>

Por que você está ficando com o menor pedaço da pizza, empresário?

<p>Poucas bebidas expressam tão bem a passagem do tempo quanto o vinho. Ele não apenas acompanhou a história da humanidade — ele a embriagou, literalmente. No magnífico clássico A História do Vinho, de Hugh Johnson (Companhia das Letras, 1999), encontramos relatos que hoje soam quase lendários: no século XVI, cada alemão bebia mais de 120 litros de vinho por ano, e até pacientes hospitalizados recebiam suas ‘doses medicinais’ diárias. Era uma época em que o vinho não era apenas celebração — era alimento, remédio e companhia cotidiana.</p>



<p>Na vibrante Renânia, ao longo do Reno, o vinho fluía com a mesma naturalidade das águas do rio. Os registros apontam que a Alemanha vivia então a sua “idade do ouro vinícola”, exportando seus rótulos mais finos para toda a Europa setentrional. Na Inglaterra, o vinho do Reno equiparava-se em prestígio ao Malmsey, enquanto o clarete francês era visto como bebida comum. O vinho era símbolo de civilização — e sua ausência, motivo de desconfiança.</p>





<h2 class="wp-block-heading">⛪ O Cálice e a Cruz: o vinho sob o domínio da Igreja</h2>



<p>Durante séculos, a Igreja Católica foi a guardiã da arte da viticultura. Desde a queda do Império Romano, os mosteiros assumiram a missão de preservar o conhecimento agrícola e vinícola, garantindo o vinho para o culto e para a mesa. Cada ordem religiosa desenvolveu sua própria tradição: os beneditinos, meticulosos e estudiosos, aprimoraram técnicas de poda e fermentação; os cistercienses, mais pragmáticos, expandiram a viticultura em escala comercial, gerando excedentes que sustentavam suas comunidades e aldeias vizinhas.</p>



<p>Nas terras do Reno, do Mosela e do Danúbio, o vinho era tão central à vida religiosa quanto à espiritual. Não se tratava apenas de um símbolo litúrgico — era um elemento de identidade.</p>



<p>O vinho era o elo entre o sagrado e o cotidiano. Servia à missa, mas também ao convívio, à diplomacia e à hospitalidade. Era o presente oferecido a visitantes ilustres, o consolo dos enfermos, o tributo dos súditos.</p>



<p>Hugh Johnson descreve, com certo espanto histórico, que a sobriedade não era uma virtude entre os eclesiásticos da época. O vinho representava, paradoxalmente, pureza e comunhão — e os monges eram exímios conhecedores do terroir. Muitos deles tornaram-se, sem o saber, os primeiros enólogos da história.</p>



<p>Um exemplo notável é o do bispo Johann von Manersheid, de Estrasburgo, que no final do século XVI fundou uma confraria de religiosos nobres dedicada à confraternização por meio do vinho. O grupo, chamado Vom Horn, celebrava suas reuniões com uma taça cerimonial — o símbolo do brinde. Segundo Johnson, cada participante deveria esvaziar o recipiente por completo, em uma única celebração coletiva. Era um ritual de comunhão e prazer, em uma época em que o vinho era a metáfora da própria vida.</p>



<p>Essas histórias revelam uma verdade histórica fascinante: o vinho moldou não apenas paladares, mas instituições. A cultura da uva sustentava economias monásticas, consolidava poder político e simbolizava a aliança entre fé, prazer e território.</p>



<p>Mas como toda era de esplendor, essa também enfrentaria o peso do tempo — e o vinho, mais uma vez, seria posto à prova.</p>



<h2 class="wp-block-heading">🍇 Tradição e Estratégia: O Brinde Capixaba à História</h2>



<p>A diferença entre o vinho do século XVI e o de hoje é que, agora, o prazer vem acompanhado de planejamento. O Espírito Santo honra, à sua maneira, o legado da Renânia — mas substitui o corno de quatro litros por um modelo de negócios inteligente, competitivo e sustentável.</p>



<p>O vinho que antes sustentava a liturgia medieval agora move cadeias logísticas globais. O que era rito e excesso, hoje é competitividade e eficiência fiscal. A bebida que inspirava monges e bispos, agora inspira estrategistas e empreendedores.</p>



<p>E se outrora os mosteiros controlavam as videiras, hoje são os incentivos e a inovação que mantêm o vinho vivo — nas taças, nas notas fiscais e nas rotas comerciais que fazem do Espírito Santo o elo essencial entre a tradição europeia e o mercado brasileiro.</p>



<p>📜 Referência: Hugh Johnson, A História do Vinho (Companhia das Letras, 1999).</p>

A expansão do marketing multinível no Brasil

Alessandra Castro

Ele conheceu todos os países do mundo — e quer te ensinar como, com Anderson Dias

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Alessandra Castro

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