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<div>No século 18, nos Estados Unidos, com o propósito de fazer roupas resistentes para o trabalho nas mineradoras, o alemão Claude Levi Strauss apresentou seu primeiro modelo de calça feito com um tecido rústico utilizado para cobrir barracas.</div>
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<div>Com boas possibilidades de expansão, precisou antes driblar a falta de flexibilidade do tecido e por isso buscou outro como alternativa; uma espécie de estopa de algodão, fabricada em Nimes, na França. </div>
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<div>Essa inclusive, é a origem do tão difundido termo &#8216;denim&#8217; (leia-se &#8216;de Nimes&#8217;) usado em muitas grifes e coleções mundo afora. Já o termo jeans, vem da abreviação de &#8216;genes&#8217;, forma como os marinheiros chamavam suas calças de trabalho em alusão a Genova, cidade da Itália.</div>
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<div>O JEANS COMO SÍMBOLO</div>
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<div>O denim, ao contrário do tecido inicial, era tingido com uma tinta vegetal, o Indigus, que de verde passava à azul quando exposto ao sol. Assim nasceu a cor &#8216;Indigo Blue&#8217;, usada na comercialização das calças mais tarde e que caracteriza tão bem o jeans como o conhecemos.</div>
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<div>A Levi´s, marca de Levi Strauss, fabricou seu primeiro lote de calças denim sob o lote 501, numeração que virou nome do modelo pioneiro, acompanha a marca até hoje e ainda inspira muitos estilistas com seus rebites e botões em metal.</div>
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<div>As características da calça jeans como durabilidade e resistência são sinônimos de força e versatilidade e essa é a razão pela qual ela se estabeleceu como a melhor roupa para se trabalhar com tarefas pesadas.</div>
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<div>Além de trabalhadores comuns, também passou a ser usada por caubóis e até pelas forças armadas, ganhando status e imponência. Usada por ricos e pobres, a palavra democratização é a que mais define o Jeans.</div>
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<div>Já nas passarelas, a primeira marca a trazer o Jeans foi a Calvin Klein nos anos setenta, e apesar de ter sido alvo de críticas na época, não demorou a ser seguida por outras gigantes em desfiles posteriores. </div>
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<div>Mais do que vestir, a roupa transmite impressões sobre quem a veste. James Dean interpretando um rebelde sem causa, e na música, as aparições do ídolo pop Elvis Presley, por exemplo, reforçaram o conceito libertador e revolucionário do jeans que marcou toda uma geração.</div>
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<div>Considerando este cenário, não é difícil entender porque as mulheres só começaram a usar jeans em 1935. Se a participação efetiva da mulher na sociedade deu-se de forma lenta e gradativa, com o jeans não seria diferente.</div>
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<div>Os primeiros modelos femininos foram anunciados pela Levi´s na Revista Vogue, que na época, já era a mais conceituada revista de moda feminina. Hoje, o jeans não só faz parte da vida das mulheres como também existem linhas com cortes e texturas exclusivas para os modelos femininos. </div>
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<div>O JEANS NO BRASIL</div>
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<div>A indústria de moda Jeans no Brasil movimenta bilhões anualmente. “O mercado brasileiro é um dos três maiores do mundo”, comentou o diretor superintendente da <strong>Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit),</strong> Fernando Pimentel. </div>
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<div>Aqui temos a indústria de acabamentos, de produtos químicos e de lavagens, além de ter empresas com tecnologia reconhecida no mundo todo e algodão de boa qualidade, fatores essenciais para o sucesso na competitividade com marcas importadas.</div>
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<div>O jeans nacional tem algumas características próprias, como o modelo de cintura baixa feminino, que se adequa ao biotipo brasileiro. Grandes marcas de atacado como Villon, Bebela e Trama Jeans são algumas das que criam novos modelos endossam esta versatilidade. </div>
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<div>O <strong>Ziroblog,</strong> especializado em moda no atacado, concentra uma vasta quantidade de marcas e <strong>recentemente publicou um post sobre jeans </strong>onde se pode constatar a grande variedade de modelos criados por essas confecções. Sem falar nas marcas internacionalmente conhecidas, como Zoomp, Ellus, Forum e M. Officer que dispensam comentários.</div>
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<div>Vida longa ao Jeans. “A geração Coca-Cola, que tinha o jeans como marca, hoje tem 70 anos”, comentou Marcelo Prado, diretor do <strong>Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi)</strong>, especializado em pesquisas e análises do setor têxtil e de vestuário. Com essa citação, fica claro que o Jeans está acima da moda, é uma criação com vida própria e seguirá reinventando-se por muitas gerações.</div></p>


De tecido rústico a símbolo de geração: a influência cultural do Jeans e a moda contemporânea

O jeans nos remete ao atemporal e não por acaso, seu papel disruptivo está sempre em pauta. É preciso visitar sua origem para entender esta influência e como alguns elementos seculares são mantidos até hoje

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<p>Ao longo do tempo, personalidades famosas destacaram-se na moda com suas atitudes pouco convencionais. De Mick Jagger e David Bowie com sua androginia a Caetano Veloso de saias, o campo das artes permitiu essa transição sem grandes exigências ou explicações. No entanto, a linha tênue que separa os estilos masculino e feminino vem sendo cada vez mais apagada a medida em que as transformações sociais ofuscam a necessidade do individuo em encaixar-se nesses estereótipos. <br /><br />Simplificando gênero temos aquilo que distingue homens e mulheres. E é fato que os padrões sociais sobre esse prisma já não são mais os mesmos há algum tempo. Coco Chanel já havia revolucionado a moda feminina inspirando-se em peças masculinas para suas coleções e o cenário atual, por sua vez, apresenta homens mais flexíveis e preocupados com modelagens mais justas e adaptadas à suas formas. <br /><br /><strong>MUITOS NOMES, UM SIGNIFICADO</strong><br /><br />Este fenômeno que prega a igualdade de gêneros na moda tem ganhado força nos últimos cinco anos e a ele são atribuídos vários nomes; desde o mais conhecido unissex até os mais novos como gender-bender, mannish, genderless e plurissex. Grifes mundialmente famosas como Gucci, Prada e João Pimenta apresentaram desfiles destacando modelos andrógenos, roupas versáteis e principalmente a ideia da livre escolha no código de se vestir. <br /><br />No Brasil, ainda que sutilmente, há sinais desse caminho. A gigante C&amp;A acaba de lançar uma campanha intitulada "Tudo lindo e misturado" apresentando homens e mulheres nus que escolhem roupas de forma aleatória, sem muita distinção. Há inclusive um homem provando um vestido, o sinal claro de que o genderless é um dos objetivos da campanha. Outras personalidades também ganharam destaque recente nesse contexto. O ator Jaden Smith, filho do ator Will Smith, é conhecido no mundo Fashion e estrelou campanha da Louis Vuitton vestindo saias. O modelo andrógino Andrej Pejic é destaque no cenário da moda mundial e a transexual brasileira Lea T também protagonizou campanha da Givenchy mostrando que as Grifes querem se apegar cada vez menos ao estereótipo de gênero.<br /><br />A Pantone, empresa norte americana reconhecida em todo o mundo pelo seu sistema numérico de cores (escala pantone) elege anualmente, desde 2000, a cor que será referência para profissionais. Neste ano elegeu duas cores; rosa Quartz e Serenity. Umas das justificativas é que a mistura de cores essencialmente classificadas pelo feminino e masculino vem para propor a igualdade de gêneros e prega o fim de estereótipos. <br /><br />O debate sobre gêneros foi trazido para o mercado de trabalho, para as escolas e para a família. O caminho natural é que a discussão se estenda e reflita também na economia e no consumo. "A cultura de consumo contemporânea, por exemplo, tem colocado em choque as relações tradicionais de gênero e classe social”, diz Jackson Araújo, consultor de tendências, no site FFW (Fashion Forward) , que publicou no ano passado um artigo interessante sobre o assunto.<br /><br /><strong>É O FIM DO MASCULINO E DO FEMININO? </strong><br /><br />De acordo com essa tendência, estariam o masculino e o feminino abolidos da moda e a igualdade seria a solução? É fato que a busca pela igualdade entre homens e mulheres no âmbito social é antiga, mas sacramentar as coisas dessa forma também soa radical. <br /><br />Biotipos femininos e masculinos são diferentes, assim como a modelagem e o caimento para determinadas peças. Pode-se considerar então, que a ruptura de paradigmas é necessária para que novas coleções mais versáteis sejam criadas, ressaltando a individualidade de ambos, sem o apelo do que é chamado de politicamente correto.<br /><br />A Beira, marca da estilista brasileira Livia Campos, intitula-se como plurissex já que cria modelagens iguais para homens e mulheres. Para a estilista, o que importa são as formas e o toque, disse a estilista em entrevista para O Globo. O próprio nome da coleção remete ao limite estabelecido entre os gêneros e uma coleção genuinamente brasileira com essa proposta é mais um fator que reforça a tendência mundial.<br /><br />O Ziroblog, especializado exclusivamente em moda no atacado, publicou um post sobre a tendência Mannish onde a inspiração para os looks vem do guarda roupa masculino. As mulheres passeiam por essa tendência há algum tempo utilizando modelos essencialmente masculinos. Não será surpresa se as marcas brasileiras passarem a incluir em suas coleções peças nesse estilo com mais regularidade.<br /><br />Homens e mulheres são diferentes em sua essência e a igualdade que se busca é justamente a da desconstrução do padrão estabelecido para criação de um novo, livre de certo e errado. </p>
<p>Roupas são formadas de tecidos, texturas e cores e nenhum desses elementos possui gênero. A associação para determinado gênero provém das convenções sociais e aderir a pluralidade trará mais dinamismo à moda em uma sociedade cada vez mais globalizada. </p>






Moda desconstrói limites de gênero e realça transformações sociais

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<div>O país viveu um êxtase econômico provocado tanto pela falácia política como também por feitos consideráveis, nunca vistos. No entanto, bolhas especulativas e teóricas não sustentam a economia e uma crise, em geral, costuma realçar falhas em processos, necessidade de reestruturação e principalmente, adaptação aos novos modelos de consumo.</div>
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<div>Os números negativos sobre o setor de moda não são prioridade deste artigo, pois estão em toda parte. Basta um<em> 'google'</em> e não faltarão dados milimétricos em percentuais, reais, dólares e euros, sobre toda a cadeia de produção que envolve o setor no Brasil. Caso a busca seja por outro segmento econômico, os números serão diferentes mas um fator é o igual; momentos de crise não são exclusividade de setores específicos e com uma crise generalizada, engana-se quem prefere apoiar-se no vitimismo para garantir sobrevivência. </div>
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<div><strong>CRISE NA MODA, OU MODA EM CRISE?</strong></div>
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<div>A moda por definição, vive em crise. O processo de recriar-se constantemente passa pela ruptura de abandonar aquilo que já não diz mais sobre um tempo ou indivíduo, chegando ao novo ou re-criado. Podemos então dizer que a moda está sempre em crise e para driblar a econômica no caso, que se instala na moda, é preciso entender, antes de mais nada, quais foram as portas que se abriram para que ela entrasse.</div>
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<div>O varejo, grande celeiro do <em>Fast Fashion,</em> que transformou roupa em <em>commodity, </em>foi o primeiro a sentir a retração, pois o consumidor, antes preocupado em apenas adquirir novas peças, agora precisa pensar, bem mais devagar, onde gastará seu dinheiro. Soma-se a isso a onda de <em>slow fashion,</em> que prega um consumo consciente não só priorizando qualidade e quantidade das roupas e menor impacto ambiental na produção, como também, levanta a bandeira contra o trabalho escravo e condições desumanas impostas por grandes marcas.</div>
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<div>Tem-se então, um consumidor mais moderado, antenado às questões que envolvem a produção, com menos dinheiro no bolso e mais oferta de compra, já que todas as marcas precisam, necessariamente, vender. "<em>O consumidor não quer saber se a crise chegou para você também, dono de marca de moda, ele está repensando como utilizar melhor o dinheiro que sobra no mês e não quer arriscar fazer maus negócios", </em>diz Carla Lemos, do<em> </em>blog Modices, que publicou uma reflexão sobre o consumo que vale a pena ser lida.</div>
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<div>No que diz respeito ao atacado nacional, as confecções sentem por tabela esta retração. Quando o consumidor do varejo racionaliza a compra, a confecção atacadista diminui a produção, já que o lojista vende menos. A alta do dólar encarece a importação dos tecidos e produtos que vem de fora, as contas aumentam e os cortes na equipe são inevitáveis. Este é um cenário tão comum quanto realista atualmente. Mas, seria o único? </div>
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<div><strong>ALTERNATIVAS POSSÍVEIS </strong></div>
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<div>A falta de autenticidade nas coleções, o desinteresse na qualificação do atendimento e preparo de pessoal podem ser algumas das portas por onde a crise entra. Mas todo e qualquer fracasso será creditado somente a crise, afinal, ela está aí, todos podem ver.</div>
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<div>Não significa que todas as dificuldades vivenciadas pelas empresas de moda durante esse período ruim tenham essas portas de entrada, mas há muita informação destacando somente a crise no contexto. É interessante aproveitar o momento para por 'ordem na casa', e nessa hora, cortes ou reduções podem originar formatos de negócios mais assertivos. </div>
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<div>A Riachuelo, surpreendeu o mercado com uma queda menor do que o esperado no último quarto trimestre e segundo Flávio Rocha, presidente da empresa, isso só foi possível por conta de uma estratégia mais conservadora de aberturas e gastos mais inteligentes, como readequação do número de vendedores nas lojas. “Existe uma crise, mas haviam problemas internos e tratamos de resolvê-los”, diz Rocha, via O Negócio do varejo.</div>
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<div>Em meio a uma discussão mundial, A SPFW oficializou que em 2017 seu calendário de Moda estará alinhado ao varejo, o que significa que seus desfiles acontecerão em fevereiro e julho/agosto, ajustados às datas de lançamentos das coleções nas lojas para o consumidor. A gigante Burberry anunciou no mês passado que as roupas do seus desfiles estarão nas lojas da marca logo após a apresentação. Graças ao imediatismo e transformações que a Internet e as mídias sociais provocaram globalmente, é inegável a necessidade de adaptar-se à essa nova realidade. Quanto antes as marcas se preparem, menores serão os prejuízos.</div>
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<div>O Ziroblog, especializado exclusivamente em moda no atacado, publicou um post sobre<a href="http://ziromoda.com.br/ziroblog/onde-comprar-roupas-no-atacado-novas-lojas-e-repaginacoes-no-bom-retiro-conheca-e-diversifique-suas-vendas-no-atacado/" target="_blank" rel="noreferrer noopener"> mais de 15 lojas inauguradas ou repaginadas no Bom Retiro </a>durante o período da crise. A famosa frase: 'enquanto uns choram outros vendem lenços' torna-se realidade já que num período complicado há quem priorize a diferenciação, buscando caminhos para inovar sem perder o otimismo.</div>
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<div>Diante disso, fica claro o efeito negativo da crise, mas também não se pode esquecer do fator oportunidade que ela traz. Algumas resoluções de maior amplitude não estão sob controle da maioria dos indivíduos, mas cabe a cada um fazer a diferença no seu perímetro. A julgar pela extensão que toma à crise política no Brasil não se pode esperar sentado enquanto ela se resolve. <strong>Então, mãos à obra! </strong></div>






O que é preciso admitir sobre a crise na moda brasileira

<p>Mês passado estreou no cinema o filme do Snoopy. O famoso e simpático cão beagle de Charles M. Schulz chegou às telonas com toda nostalgia a que tem direito, já que algumas gerações, onde me incluo, cresceu assistindo suas aventuras com Charlie Brown e sua trupe.<br /><br />Meu enteado fez questão de assistir o 'Islupi' e por isso tinha mais essa razão pra ir ao cinema. Mais essa, pois estava pessoalmente curiosa para assistir um dos desenhos que marcou minha infância nesta nova versão. Em tempo; como assistia com meu irmão (hoje barbado e quarentão) mantemos até hoje uma estranha mania herdada do desenho que poucos entendem; chamamos um ao outro de 'meu' por influência da excêntrica dupla Marcie e Patty Pimentinha.<br /><br />Assim como no desenho, Charlie Brown, vulgo 'Minduim', é destaque no filme ao lado de Snoopy .Sua auto avaliação sobre a ausência de habilidades na escola e na vida torna-se uma longa jornada de transformação quando ele se apaixona pela nova aluna da sala. Nada de errado não fosse a miopia como Brown enxerga seus fracassos e como avalia o sucesso dos colegas. Ele passa a investir em planos mirabolantes com a ajuda de Snoopy para mudar sua essência imaginando que assim seria atraente aos olhos da tal menina. <br /><br />Além de ajudar o fiel amigo, Snoopy em paralelo, tenta mais uma vez escrever sua história heroica, combatendo um inimigo ameaçador com sua casa voadora. Aqui cabe uma observação: Snoopy é o cão e seu grau de autoestima é infinitamente mais elevado que o de Charlie, seu dono. Qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência. <br /><br />Não é preciso dizer que as investidas de Charlie Brown são frustradas. Embora acredite ser um eterno fracassado, o menino de cabeça grande é surpreendido ao ouvir da garota que suas maiores qualidades são exatamente o que ele tentou sem sucesso, mudar. Já o Beagle, escreve sua fantástica aventura, idealiza o amor de sua vida na história, mas têm seu livro rasgado pela pseudo-adulta Lucy. Mesmo sem o livro em mãos, Snoopy segue feliz da vida com seu amigo Woodstock, a prova de que auto estima de menos não leva à lugar nenhum mas quando se tem confiança a jornada vale mais do que o destino.<br /><br />Peanuts é uma bela animação de cores e formas, simples e sutil ao expressar sentimentos comuns à infância como amizade, diversão e medos, mas vai além trazendo à tona o bullying diário que fazemos todas as vezes em que tentamos agradar mais aos outros do que a nós mesmos e assim alimentamos o 'Minduim' que vive em nós. Por outro lado a experiência de Snoopy ressalta como é importante confiarmos em nossas convicções e porque não, sonhar grande?<br /><br />Qualquer necessidade de mudança deve atender primeiro à nossa essência e bem sabe-se que agradar aos outros dá muito mais trabalho que conviver com nossas imperfeições.<br /><br />Em uma era em que todo mundo é expert em alguma coisa e tem mais a ensinar do que aprender, só no resta refletir sobre nossas atitudes e manifestar, como diria nosso querido Charlie de vez em quando 'Queeee puxaaa'...</p>






O Minduim que vive em nós

<p><em>Se quisermos tornar uma empresa competitiva, dentro de uma economia competitiva, precisamos inovar e isso é um dever das corporações</em></p>



<p>Que a inovação nas empresas é fator decisivo para o ganho de competitividade, já sabemos, mas o que parecemos não ter assimilado é como colocar isso em prática. Pelo segundo ano consecutivo o país declinou no ranking do Índice Global de Inovação (IGI), lançado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), divulgado recentemente. O Brasil caiu duas posições em relação ao ano anterior, ficando na 52º posição.</p>



<p>Se quisermos tornar uma empresa competitiva, dentro de uma economia competitiva, precisamos inovar e isso é um dever das corporações, não só do governo. Conforme pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) o fato é que as empresas que desenvolvem tecnologia têm 16% mais chances de exportar em relação às que não fazem inovações. E, se a empresa inova e diferencia produto, exporta com um preço 30% maior que seus concorrentes.&nbsp;&nbsp;</p>





<p>Contudo, tenho observado que ainda existe certa resistência principalmente das empresas regionais, familiares e tradicionais em investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação, muitas vezes por não saber como trilhar esse caminho. Uma das alternativas viáveis é o investimento em startups que atuem em áreas que tenham sinergia com seu negócio e possam agregar valor por meio da inovação e tecnologia em seus produtos e serviços. Temos este exemplo em Goiás, no Grupo Soares que, inclusive, criou um fundo para atrair investimentos a fim de selecionar e tornar-se sócio de startups que aportem tecnologia ao negócio familiar, que tem 60 anos de história.&nbsp;</p>



<p>É importante se adaptar, porque o mercado vem mudando o comportamento do consumidor. Em situações em que as empresas tradicionais, sejam elas varejistas, sejam elas indústrias, não tenham como negócio principal a tecnologia, temos a grande oportunidade de adquirir empresas menores que tenham expertise nesta área e possam agregar inovação desde os processos digitais, canais de vendas ou melhoria de processos logísticos.&nbsp;</p>



<p>Essa iniciativa de fusão entre uma empresa tradicional e uma startup é benéfica tanto para a corporação, quanto para o mercado, pois a empresa adquirente ou nova sócia pode aplicar a tecnologia na própria operação antes de liberar o produto ou serviço da startup ao mercado. Assim, é possível corrigir alguns processos, minimizando, em muito, as chances de errar com o cliente, além de gerar ganho para a própria empresa investidora.</p>



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Inovação e competitividade na prática

<p><em>Gerenciar as finanças não precisa ser uma dor de cabeça. Ao aplicar essas dicas, você transforma um desafio em um pilar de solidez e crescimento</em></p>



<p>No mundo do empreendedorismo, a paixão e a dedicação são combustíveis essenciais, mas o que realmente sustenta e impulsiona um negócio é a sua saúde financeira. Muitos empreendedores se perdem em meio a planilhas e números, mas a verdade é que gerenciar as finanças de forma eficiente pode ser mais simples do que parece. A chave é transformar a complexidade em ações práticas e fáceis de implementar.</p>



<p>Se você quer ver seu negócio crescer de forma sustentável, preste atenção a estas dicas financeiras que podem fazer toda a diferença.</p>



<p>Essa é a regra de ouro do empreendedorismo. Misturar as contas pode levar a um verdadeiro caos, dificultando o controle do fluxo de caixa e a identificação da real saúde financeira da empresa. Crie uma conta bancária e um cartão de crédito exclusivos para o seu negócio. Isso não apenas simplifica a contabilidade, mas também facilita a visualização dos gastos e receitas da empresa. Lembre-se, o lucro da sua empresa não é o seu salário. Defina um <strong>pró-labore</strong>, um valor fixo que você retirará mensalmente, para garantir que a empresa tenha capital de giro e você tenha previsibilidade financeira.</p>



<p>O fluxo de caixa é o coração do seu negócio. Ele mostra o dinheiro que entra e sai da empresa em um determinado período. Um bom controle de fluxo de caixa permite que você antecipe problemas, como a falta de dinheiro para pagar contas, e identifique oportunidades de investimento. Use planilhas ou softwares de gestão financeira para registrar todas as entradas (vendas, recebimentos) e saídas (salários, aluguel, fornecedores). Essa visão clara do seu dinheiro permite que você tome decisões com base em dados, e não em suposições.</p>





<p>Sem um plano, a gestão financeira é como navegar sem bússola. Defina um orçamento anual ou semestral que inclua todas as despesas previstas, tanto fixas (aluguel, salários) quanto variáveis (matéria-prima, marketing). Um bom orçamento serve como um guia, ajudando você a tomar decisões mais conscientes e a evitar gastos desnecessários que possam comprometer o lucro. E não se esqueça: a vida é dinâmica. Revise seu orçamento a cada trimestre ou sempre que houver uma mudança significativa no seu negócio.</p>



<p>Poder de negociação é uma ferramenta poderosa para reduzir custos. Não aceite a primeira proposta. Pesquise, compare preços e negocie condições de pagamento mais vantajosas. Uma pequena redução nos custos com fornecedores pode ter um impacto significativo na sua margem de lucro ao longo do tempo. Busque descontos para pagamentos à vista ou prazos maiores para pagamentos a prazo. Construir um bom relacionamento com seus fornecedores pode abrir portas para negociações ainda melhores no futuro.</p>



<p>A tecnologia não é um luxo, mas uma necessidade. Ferramentas de automação e softwares de gestão financeira podem otimizar tarefas repetitivas, como emissão de notas fiscais, controle de estoque e conciliação bancária. Isso não só economiza tempo e reduz erros humanos, mas também libera você para focar no que realmente importa: o crescimento estratégico do seu negócio. Pense em um sistema de gestão integrado (ERP) que centralize todas as informações e dê uma visão completa do seu negócio.</p>



<p>A vida do empreendedor é cheia de imprevistos. Um caixa de emergência é a sua segurança financeira, um colchão de liquidez que pode cobrir despesas inesperadas, como a quebra de um equipamento, uma queda nas vendas ou a necessidade de uma reforma urgente. O ideal é que esse fundo seja capaz de cobrir pelo menos de 3 a 6 meses das despesas operacionais do seu negócio. Ele garante a continuidade das operações mesmo em momentos de crise, sem a necessidade de recorrer a empréstimos com juros altos.</p>



<p>Não basta apenas registrar os números; você precisa entender o que eles significam. <strong>Indicadores-chave de desempenho (KPIs)</strong>, como a margem de lucro, o retorno sobre o investimento (ROI) e o ponto de equilíbrio, ajudam a medir o sucesso do seu negócio e a tomar decisões estratégicas mais embasadas. Acompanhe-os mensalmente. Além disso, defina metas financeiras claras, como "aumentar a receita em 15% no próximo ano" ou "reduzir os custos fixos em 10%". Ter metas concretas direciona seus esforços e motiva a equipe.</p>



<p>Muitos empreendedores definem o preço de seus produtos ou serviços com base na concorrência, e isso é um erro. O preço deve cobrir todos os seus custos (fixos e variáveis) e ainda garantir uma margem de lucro que seja suficiente para o crescimento do negócio. Calcule o seu <strong>ponto de equilíbrio</strong> – o valor mínimo de receita que você precisa ter para cobrir todos os seus custos – e só então defina uma estratégia de preços que leve em conta o valor percebido pelo cliente e a sua posição no mercado.</p>



<p>Gerenciar as finanças não precisa ser uma dor de cabeça. Ao aplicar essas dicas, você transforma um desafio em um pilar de solidez e crescimento. A organização financeira é o alicerce para que seu negócio não apenas sobreviva, mas prospere e alcance todo o seu potencial.</p>

O caminho para a prosperidade financeira do seu negócio: dicas essenciais

<p><em>Descubra como o SMED reduz tempos de setup, aumenta a flexibilidade produtiva e fortalece a competitividade industrial.</em></p>



<h2 class="wp-block-heading">O que é o SMED</h2>



<p>O <strong>SMED (Single Minute Exchange of Die)</strong> é uma ferramenta do <strong>Lean Manufacturing</strong> criada por <strong>Shigeo Shingo</strong>, que busca reduzir o tempo de setup de máquinas e processos para menos de 10 minutos.</p>



<p>Setup é o período em que uma máquina fica parada durante a troca de ferramentas ou ajustes. Reduzir esse tempo significa aumentar produtividade, flexibilidade e eficiência operacional.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Importância do SMED na gestão</h2>



<p>O uso do SMED gera impactos diretos no desempenho da organização:</p>



<p>-Reduz tempos improdutivos.</p>



<p>-Aumenta a flexibilidade de produção.</p>



<p>-Permite lotes menores e maior variedade.</p>



<p>-Diminui custos operacionais.</p>



<p>-Eleva a satisfação do cliente com entregas rápidas.</p>



<p>Assim, o SMED transforma a gestão de operações em um diferencial competitivo estratégico.</p>





<h2 class="wp-block-heading">Etapas do SMED</h2>



<p>O método é estruturado em quatro passos:</p>



<p>1) Separar atividades internas e externas<strong>:</strong> distinguir ajustes que só podem ser feitos com a máquina parada dos que podem ser preparados antes.</p>



<p>2) Converter atividades internas em externas: reduzir o tempo em que a máquina está inoperante.</p>



<p>3) Simplificar ajustes restantes<strong>:</strong> padronizar operações e reduzir complexidade.</p>



<p>4) Melhoria contínua: eliminar desperdícios e buscar novos ganhos.</p>



<p>Esse ciclo permite avanços progressivos e sustentáveis.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Exemplo prático do SMED</h2>



<p>Uma indústria de embalagens realizava trocas de moldes em 90 minutos. Após aplicar o SMED, separando preparações externas e simplificando ajustes, o tempo caiu para 12 minutos.</p>



<p>O ganho permitiu atender pedidos menores e personalizados, aumentando a competitividade no mercado.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Benefícios estratégicos do SMED</h2>



<p>a) Mais produtividade.</p>



<p>b) Redução de custos.</p>



<p>c) Flexibilidade em atender diferentes clientes.</p>



<p>d) Melhoria da utilização das máquinas.</p>



<p>e) Base para a filosofia de produção enxuta.</p>



<p>Em resumo, o SMED é um motor de eficiência e flexibilidade.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conclusão</h2>



<p>O <strong>SMED</strong> não é apenas uma técnica de redução de tempo: é um pilar do Lean Manufacturing que promove eficiência, flexibilidade e vantagem competitiva.</p>



<p>Empresas que aplicam o SMED conseguem produzir mais, com menores custos e maior satisfação dos clientes.</p>



<p>Bom trabalho e grande abraço.</p>



<p><strong>Rafael José Pôncio</strong>, PROF. ADM.</p>

De tecido rústico a símbolo de geração: a influência cultural do Jeans e a moda contemporânea

Claudinha Lima

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