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Escolher um negócio incorreto é o erro mais frequente entre os novos empreendedores. Como evitar que isso aconteça com você? Siga as dicas abaixo e aprenda a selecionar as melhores opções.
1) Aguarde o momento certo e encontre um negócio adequado para as suas necessidades. Não há castigo por deixar passar uma oportunidade. O processo de seleção requer análise e planejamento, e sua experiência e conhecimentos serão fundamentais para alcançar o êxito.
2) Não invista em negócios que possam implicar em excesso de dificuldades.
3) Identifique um negócio com potencial econômico, que seja sustentável a longo prazo.
4) Procure encontrar um negócio que cresça em mercados atuais e futuros. Lembre-se que a chegada de grandes lojas pode mudar o panorama e acabar com pequenos comércios. Identifique essa situação antecipadamente, principalmente se sua atuação for local. Ao decidir entrar em um negócio que possua esse risco, procure se diferenciar desde o início e fique atento aos movimentos mercadológicos. 
5) Escute o conselho de Warren Buffett, o especialista mais exitoso em negócios dos EUA: busque negócios que sejam centrados em um “monopólio de consumidor”, com capacidade de fixação de preços e expectativas de crescimento previsíveis a longo prazo.
6) Evite os negócios de “produtos standard”, cuja competência se baseia inteiramente em preço.
7) Não é recomendável se arriscar em negócios que não esteja familiarizado. Seu conhecimento é muito importante.
8) Caso tenha pensado em fabricar um produto, considere as vantagens e desvantagens de subcontratar a produção com um fornecedor de baixo custo.
Dica bônus 1: Não existe garantia de 100% de sucesso em nada na vida, principalmente nos negócios. Tudo dependerá do contexto e dos fatores críticos de sucesso ao qual o negócio está submetido, e principalmente de sua dedicação. Evite iniciar um negócio sem antes analisar a si mesmo. Verifique o seu grau de comprometimento e ânimo com o sucesso de seu negócio. No mínimo, você precisa estar 120% engajado, com sangue nos olhos.
Dica bônus 2: Por mais que seu plano de voo seja perfeito, esteja preparado para viver fortes turbulências. Controle-se emocionalmente para conseguir controlar as turbulências. Procure a ajuda de um especialista, um consultor, um coach ou mentor para te apoiar na jornada. Melhor ainda se ele também for um empreendedor. Isso faz diferença.

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Acredito que a maioria das pessoas responderia: simplesmente viver e ser feliz. Mas o que é viver e ser feliz?
Será que viver mais de cem anos com saúde é um bom indicador de felicidade? Sim ou não? E viver mais de cem anos sem envelhecer fisicamente, somente adquirindo mais experiência de vida, construindo uma sabedoria que os anos nos proporcionam e mantendo a saúde e beleza jovial dos 27 anos de idade? Talvez você esteja pensando: “Isso seria ótimo”.
Seria mesmo? Sob o ponto de vista da vaidade é praticamente tudo que buscamos. Mas isso não significa viver de verdade. Ou melhor: significa viver sem ter uma vida. Hã?
Sim. Viver sem ter uma vida.
Ter uma vida é conquistar sonhos, é partilhar momentos ao lado de pessoas que amamos, é compartilhar nossa evolução com as pessoas que nos rodeiam, é prosseguir na jornada pelo fluxo orgânico da vida, é ter uma história para contar….
Ter uma vida é ter um legado. Mas como ter um legado se minimamente não permitimos que as pessoas nos conheçam de fato e permaneçam ao nosso lado por muito tempo? Afinal, ter uma vida como legado é diferente de legado material. É na realidade deixar suas pegadas no mundo, sua história como inspiração positiva. Isso sim é ter uma vida como legado.
Quantas experiências e sentimentos bons e fortes abafamos quando estamos em um processo de fuga, simplesmente ou “complexamente” porque não queremos revelar o que estamos vivendo ou porque temos medo?
Esse é o grande dilema do filme “<a href="http://www.adorocinema.com/filmes/filme-227851/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">A incrível história de Adaline</a>”, que assisti pelo Netflix há uns dias. A personagem deixa de envelhecer aos 27 anos. A obra é apaixonante (pelo menos pra mim!) e realmente nos faz refletir sobre a diferença de viver e ter uma vida.
Retirando o véu da ficção, será que de alguma forma não vivenciamos algo um pouco parecido sem necessariamente termos o problema principal da personagem do filme?
Quando não nos entregamos, quando não nos envolvemos de verdade, quando fugimos de situações com medo da dor, quando não nos permitimos vivenciar sentimentos diferentes… Enfim, como construir uma vida como legado sem correr riscos, sem enfrentar medos e sem dividir com as pessoas?
A jornada só faz sentido com pessoas, desafios, dor e resiliência. Sem isso, apenas respiramos e passamos pela vida.
Viver é delicioso e profundo, mas ter uma vida como legado é o que dá sentido a tudo.

Qual é o sentido da vida?

O macarrão instantâneo, mais conhecido como Miojo (marca genérica como Gilette) tem muito a nos contar sobre Experiência do Cliente. Tal produto proporciona uma sensação boa em determinado momento quando estamos cozinhando-o, que ocorre justamente no instante de inserir o tempero que o acompanha. Aquele pó mágico é simplesmente incrível, pois tem um cheiro bom e te dá a impressão de que você vai comer uma comida especial, como por exemplo: uma galinha caipira, uma picanha ou um frango assado com limão. Seria ótimo se esse tipo de refeição não fosse ruim, mesmo que seja gostosa e prática. O pó mágico nos ajuda a “digerir” melhor o peso na consciência ao comer algo tão desfavorável à nossa saúde. Mas o que tudo isso tem de semelhante com a experiência do cliente?
A experiência do cliente é basicamente o conjunto de todas as interações que um cliente tem com uma empresa/marca, inclusive as percepções que são formadas sobre ela. Cada interação oferece uma oportunidade de aprender mais sobre as necessidades e preferências do cliente e de fortalecer o relacionamento. Algumas dessas interações são boas, outras ruins e outras são o que chamo de Experiência Miojo.
A Experiência Miojo é aquela que parece, mas não é. É uma experiência efêmera. É a mesma coisa que sentimos quando jogamos o pó mágico (tempero) no preparo do macarrão instantâneo. Até dá uma sensação boa pelo aroma, mas passa rapidamente e logo vem a frustação, mesmo que inconscientemente.
//Esclarecendo com um case que vivenciei há poucos dias:
Moro em Santiago e por aqui já está fazendo frio, principalmente de manhã cedo e ao final do dia. Então se você é fã de café ou chá, com certeza consumirá essas bebidas com mais frequência ao longo do dia para despertar e esquentar. O chileno tem o hábito de beber café como os norte-americanos, com aquele copão com uma tampinha no estilo Starbucks e andando pela rua. É muito comum encontrar pessoas consumindo café dessa forma por aqui e em cafeterias também. Estas estão sempre cheias.
Na semana passada estava indo para uma reunião por volta das 17h e precisava comprar um café para ir bebendo até o local do meu compromisso. Fazia um friozinho e queria um café para saborear e esquentar enquanto caminhava. Porém, pelo meu caminho não existia nenhuma loja da Starbucks ou Juan Valdez. Uma pena, já que só pensava em uma das duas. De qualquer forma, encontrei uma loja bacaninha chamada Marley Coffee* (já conhecia essa marca, apesar de nunca ter consumido seus produtos). Pensei: café, que ótimo!
Entrei e pedi um café a uma senhora. Enquanto o café estava sendo preparado, comecei a observar a loja de outro ângulo. Reparei que havia muitas coisas que não eram aderentes à proposta da marca e produtos distintos que não concatenavam entre si. Nem mesmo possuía mesas e cadeiras para os clientes sentarem.
O café ficou pronto, paguei, troquei poucas palavras com a senhora, que apenas me perguntou o tamanho do copo (quantidade de café) e se estava frio lá fora. Me dirigi ao outro lado do balcão para retirar o copo da máquina e colocar adoçante. Nesse momento reparei a Experiência Miojo se confirmando.
O copo que escolhi era o pequeno, porque normalmente os copos pequenos já vêm com uma quantidade grande de café. O menor copo da Starcbucks daria para tomar banho, por exemplo. Só que nesse caso o líquido parecia sumir na imensidão do copo. Em seguida procurei a tampinha para o copo e não tinha. Pensei: Ok. Cafeteria sem mesa e cadeiras, o que “obriga” o cliente a comprar e consumir na rua e não tem uma tampinha para que o consumo itinerante seja mais seguro.
Saí com o copo na mão e continuei caminhando com o café e bebendo-o com cuidado para não virar em mim (estava com uma bolsa e uma pasta com notebook). Até que após uns 50m, o café já tinha acabado.
//Resumo da Experiência
&gt;&gt; Produto: Bom. O café é gostoso.
&gt;&gt; Ponto de Venda: A loja era bem decorada, mas não era exclusividade Marley Coffee, apesar do letreiro na fachada ser da marca. Era uma loja que vendia muitas coisas e tinha uma pequena máquina de café localizada no balcão onde se efetuava o pagamento com um display da Marley Coofee em cima.
&gt;&gt; Conceito da Marca: A marca tem uma atmosfera positiva, uma energia muito interessante, que engaja ao consumo, principalmente aos apreciadores da história e música de Bob Marley.
&gt;&gt; Antes da Experiência: Procurei por Starbucks ou Juan Valdez e localizei a loja pelo letreiro Marley Coffee na entrada. Como já conhecia a marca e sempre a achei interessante, decidi experimentar. Até porque era a única opção que eu tinha no momento e queria muito um café. Sentimento: Desejo por café, expectativa alta por um produto parecido com os que buscava.
&gt;&gt; Durante a Experiência: Atendimento simplório, conceito da marca desconstruído dentro da loja, falta de conforto (apesar da loja ser bem arrumada, decorada). Consumo extremamente rápido, contrário ao que buscava, pois queria beber o café devagar até chegar ao meu destino, o que não ocorreu. Sentimento: Decepção, fiquei perdida com o que estava comprando (era uma loja Marley Coffee ou apenas um ponto qualquer que vendia entre outras coisas, o café?), frustação com o momento em que bebia o café, apesar de ser gostoso.
&gt;&gt; Depois da Experiência: Nítida sensação de que a Marley Coffee não é o que parecia ser para mim. Sem vontade alguma de retornar ou indicar positivamente a alguém. Sentimento: Experiência Miojo e pena por uma marca que tem um conceito tão interessante, mas que para mim não funcionou.
&gt;&gt; Chamado para a Jornada: Desejo por café e falta das lojas que buscava.
&gt;&gt; Pó Mágico (tempero): Visão externa de uma loja super arrumadinha e letreiro exclusivo Marley Coffee (o que fez pensar que era uma loja da marca, mas não era).
&gt;&gt; Gatilhos da Experiência Miojo: Momento que vi a quantidade de café e a falta da tampinha para o copo, o que proporcionaram o consumo rápido da bebida.
//Nas entrelinhas dessa experiência
O que eu queria não era uma quantidade de café suficiente para “tomar um banho” e sim vivenciar um momento de degustação enquanto caminhava, onde pudesse ir bebendo e pensando sobre muitas coisas incríveis até a minha reunião. Como se fosse um ritual mesmo. Mas o que pensei durante o consumo do café foi: que furada!
//Conclusão
A Experiência do Cliente (CX – Customer Experience) deve ser encarada como assunto estratégico e desdobrado como tático e operacional, até mesmo para equipes de backoffice. É preciso que CX funcione como oxigênio.
É necessário que seja filosofia, cultura e prática diária de uma empresa não somente colocar o cliente no centro de tudo, mas se colocar como o cliente. A base do CX é a empatia, essa é a energia orgânica que todas as empresas precisam entender e aplicar com inteligência.
A dinâmica do mundo atual contribui para a construção do que chamo de Repertório de Experiências. A internet e o mercado global alteraram drasticamente a maneira como as empresas e os clientes interagem. Atualmente os clientes têm uma ampla gama de opções, expectativas maiores e informações que jamais tiveram. E a expectativa dele com uma determinada empresa/marca vai depender de todas as interações que ele já teve com outras, independente se são de setores diferentes. Tudo influencia tudo. Um exemplo simples, mas muito válido e real: se o cliente enviou um email e a empresa X respondeu em dez minutos, ele vai esperar que a empresa Y faça o mesmo, pois ele já registrou esse padrão em seu Repertório.
Muitas empresas estão criando tracks de experiências para seus clientes visando apenas o bom atendimento e a estética do local e não estão focando no mais essencial: se colocar como o cliente. É fácil fazer isso? Não. Por isso é importante que se desenvolva sessões de experimentação com atividades tipo IF e se utilize os rituais de consumo como base para construção dessas trilhas. Perceba que cada cliente é único e que a experiência é construída de forma bilateral e que realmente é complicado entender a mente das pessoas, padrões comportamentais. Vide meu exemplo real. Minhas expectativas eram altas e não consegui satisfazê-las com a Marley Coffee. Com certeza se tivessem utilizado o padrão de consumo (ritual) de beber café como pano de fundo para a construção da experiência, eu teria ficado mais feliz.
Os clientes não precisam somente de um site bem construído, uma loja bem decorada, um atendimento cordial… Por favor, menos Experiências Miojo.
*A Marley Coffee é uma marca jamaicana e foi criada pelo filho do Bob Marley, o Rohan Marley.

O que o macarrão instantâneo pode nos contar sobre experiência do cliente

No dia 19/11 acontecerá o lançamento do Dia Global do Empreendedorismo Feminino, resultado de uma parceria entre a Semana Global do Empreendedorismo, a Fundação das Nações Unidas, o Departamento de Estado Americano, a Microsoft e outras empresas. Interessante, né? Ou não?
O evento de lançamento ocorrerá na sede da ONU, em Nova York e, simultaneamente, em 144 países. Foram escolhidas 51 embaixadoras, dentre especialistas e empresárias, no mundo todo para promover e difundir a data.
 No Brasil, a data será lançada oficialmente no evento “Mulheres Empreendedoras e o Futuro do Brasil“, promovido pelo blog Jogo de Damas e por Deb Xavier em Porto Alegre.
 O encontro traz especialistas e mulheres de negócios para debater a importância econômica da atuação empreendedora feminina para o desenvolvimento do país. (???) A programação é composta de dois painéis:
 Primeiro“O Brasil do Futuro: Tendências de Economia, Mercado e Negócios em 2015“, traz perspectivas econômicas para o próximo ano, com foco em oportunidades de negócios e mercado.
 Segundo“Empreendedorismo Feminino“, traz cases e especialistas para falar do assunto.
Ao longo do evento também será realizada a entrega do Prêmio SEBRAE Mulher de Negócios e haverá exposição de empresas femininas, com empreendedoras apresentando produtos e serviços.
Os três motivos do papel especial da mulher na sociedade:
1) É a mulher que planta a semente na formação dos valores dos filhos que deixará ao mundo. Começando desde o momento que descobre que será mãe ou que decide ser mãe por gravidez ou adoção.
Mesmo que não queira esse filho, a mulher por amor ao mundo em que vive, por altruísmo e por amor próprio tem a chance de conduzir sua gravidez de uma forma especial, emanando vibrações positivas e frutíferas ao bebê enquanto ele está em seu ventre. Como? Através de pensamentos bons e uma comunicação direta com a criança, ouvindo músicas de paz e com conversas constantes sobre a importância dele no mundo, de seu papel especial em transformar o mundo para melhor etc. Ou seja, falar de amor e com amor com essa criança que está a caminho.
É óbvio que o pai também tem um papel fundamental e sei que homens podem fazer o papel de mãe, mas como o assunto central desse texto é a mulher, vamos falar delas...
2) Normalmente, a mulher possui uma sensibilidade e intuição diferenciadas e quando quer, a utiliza com maestria na condução de relações, transformando-as em elos mais humanos, desenvolvendo ambientes mais produtivos, mais criativos e inspiradores. Não é à toa que mulheres são excelentes para exercer funções gerenciais que precisem lidar com crises, mudanças e pessoas.
3) 90% das mulheres é multitarefa. Isso é indiscutivelmente importante nos dias atuais, por mais que o foco esteja no Top 5 dos fatores críticos de sucesso de qualquer atividade, projeto ou empreendimento, o fato de conseguir lidar magnificamente com diversas situações que brigam por atenção em seu dia a dia é simplesmente fantástico.
Na minha opinião (não me matem por dizer isso), essas são as três características que realmente diferenciam o homem da mulher. Mas a única coisa que realmente coloca a mulher e o homem em grupos diferentes é a possibilidade de gerar um ser dentro de si. Apenas!
Sinceramente, não gosto de nada que levante bandeiras. Seja por mulheres, negros, gays etc. Se acreditamos e sentimos que somos iguais, porque levantar bandeira para dizer isso?
Tirando a possibilidade de gerar uma vida no meu ventre, me considero semelhante a qualquer homem, sempre pensei assim desde pequena. Não suporto a ideia de eventos separados para enfatizar a importância da mulher como empreendedora. Isso é só frufru.
Eu quero ser reconhecida por aquilo que faço dentro de um universo heterogêneo, independente de meu sexo. O fato de ser "mulher empreendedora ou empreendedora mulher" não me traz vantagem alguma e não é por isso que tenho um papel especial no mundo. Agora... Ser empreendedora, sim! Ser uma excelente profissional, sim! Ser uma pessoa leal aos meus valores, sim! Ser uma pessoa que quer deixar um legado positivo ao mundo, sim! Ser uma pessoa que faz acontecer, sim!
Se sou mulher ou homem, não importa. Isso é apenas o gênero que a humanidade criou para a carcaça que envolve uma essência inteligente.
Voltando ao Dia Global do Empreendedorismo Feminino... É ótimo premiar e falar de mulheres empreendedoras, mas por favor, dentro de eventos com categorias mistas.
Falando por mim: quero me destacar entre homens e mulheres.
É excelente falar sobre o papel da mulher, mas em conjunto com o papel do homem. Afinal, vivemos em uma sociedade com os dois, onde um completa o outro. É necessário falar do papel dos dois no mundo, como seres humanos.
É terrível a segregação de gênero que a própria mulher está participando.
A mim, soa como um retrocesso. Por isso, eu NÃO apoio o Dia Global do Empreendedorismo Feminino.
Só para destacar: o objetivo do evento é aumentar a visibilidade das mulheres de negócio, contribuindo para a diversidade no ecossistema empreendedor. Precisamos disso? Acho que já passamos de fase no Jogo Guerra dos Sexos.
A visibilidade e credibilidade de qualquer pessoa aumenta quando ela exerce com paixão e profissionalismo aquilo que decidiu fazer.
Será que estamos nos comportando como uma espécie de Eep Crood* em pleno século XXI?
Eu não apoio o Dia Global do Empreendedorismo Feminino, mas apoio totalmente a liberdade que ele ocorra, mesmo que isso seja contra valores de liberdade para a própria mulher.
E para finalizar: Se quer ser um deles, pense, sinta e aja como um deles.
 Fonte: Alguns trechos do texto foram retirados do blog Jogo de Damas.
*Personagem do filme Os Croods

Estamos sendo a Eep Crood em pleno século XXI?

Não existe fórmula mágica, nem super-heróis. Existe estrutura, clareza e respeito pelos processos e saberes envolvidos



Ao longo dos meus mais de dez anos de atuação como comunicadora, especialista em marketing e gestora de projetos para marcas, instituições e iniciativas sociais, uma situação se repete com frequência quase matemática: contratam “alguém da comunicação” e esperam que essa pessoa seja, ao mesmo tempo, estrategista, redatora, social media, designer, web designer, gestora de tráfego, editora de vídeo, fotógrafa, analista de métricas e, de quebra, boa de planilha.



Se você já esteve nesse papel ou contratou alguém assim, sabe bem o que isso gera: sobrecarga, entregas desalinhadas e frustração de todos os lados. O problema, no entanto, não está nas pessoas, mas na estrutura com que se encara a comunicação.



<h2 class="wp-block-heading">A cultura do faz-tudo e a ilusão do “um resolve”</h2>



Contratar um único profissional para dar conta de toda a frente de comunicação pode parecer, à primeira vista, uma solução econômica e prática. Mas a médio prazo, essa escolha se revela cara: o profissional se sobrecarrega, a entrega perde consistência e a comunicação institucional, que deveria ser estratégica, vira um amontoado de tarefas operacionais.



Tenho visto esse modelo se repetir especialmente em organizações sociais, coletivos culturais e pequenos negócios de impacto. A lógica é parecida: falta orçamento, sobra demanda e todo mundo acha que comunicação é “só postar no Instagram”.



Só que comunicação não é tarefa operacional. É função estratégica.



Ela envolve narrativa, posicionamento, escuta, relacionamento, análise de dados, gestão de reputação, linguagem visual e muitas outras dimensões. Reduzir tudo isso a um único cargo é desvalorizar o campo, e pior, é correr o risco de perder credibilidade com os públicos que se quer alcançar.





<h2 class="wp-block-heading">Comunicação e marketing não são a mesma coisa </h2>



Outro equívoco frequente é tratar marketing e comunicação como sinônimos. Embora se inter-relacionem e se retroalimentem, são campos com objetivos, lógicas e ferramentas distintas.



A comunicação institucional foca no posicionamento da marca, na construção da narrativa, no relacionamento com os públicos, na gestão de crises e na coerência entre discurso e prática. É um campo mais voltado à reputação, identidade e valores.



O marketing atua com foco em mercado, produto, conversão, segmentação e análise de desempenho. Mesmo quando se fala em marketing de causa ou marketing cultural, ainda há uma lógica centrada em públicos-alvo, desempenho e retorno.



Na prática, comunicação e marketing se encontram, e devem se encontrar, mas exigem profissionais com formações e expertises complementares. Esperar que uma mesma pessoa atue com excelência em ambos os campos é uma forma de precarizar o trabalho e negligenciar a complexidade e a especialização de cada área, comprometendo a própria comunicação da marca.



<h2 class="wp-block-heading">Uma estrutura, múltiplas funções </h2>



Para garantir uma comunicação funcional e eficiente, é necessário pensar em termos de estrutura. Mesmo em contextos menores, é possível organizar minimamente as funções para que elas não sobrecarreguem uma só pessoa.



Veja alguns exemplos de funções que, muitas vezes, recaem sobre um único “comunicador” contratado:



Estratégia e planejamento



Produção de conteúdo textual (institucional, publicitário, técnico)



Gestão de redes sociais



Design gráfico e identidade visual



Edição de vídeo e motion graphics



Criação e gestão de sites



Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia



Gestão de tráfego pago



Análise de métricas e dados de performance



Relacionamento com o público e gestão de comunidades



Cobertura de eventos e fotografia



Coordenação de fornecedores, cronogramas e demandas internas



Cada uma dessas atividades demanda tempo, conhecimento técnico, sensibilidade estética e estratégia. Nenhum profissional, por mais competente que seja, consegue abraçar tudo isso com profundidade e consistência ao mesmo tempo.&nbsp;



Toda comunicação bem-sucedida é fruto de trabalho coletivo. 



Não existe fórmula mágica, nem super-heróis. Existe estrutura, clareza e respeito pelos processos e saberes envolvidos. Se você quer fortalecer a comunicação da sua marca, do seu projeto ou negócio, comece fazendo a pergunta: você está estruturando um sistema integrado de comunicação ou criando um “cargo genérico de faz-tudo”?



Comunicação não é um cargo: é uma estrutura. Compreender essa diferença muda tudo.

O que toda organização precisa entender sobre comunicação

Thiago Martins Machado, sócio da Ventoá, compartilha insights sobre os fatores que diferenciam fundadores promissores de apostas arriscadas



Thiago Martins Machado é sócio da Ventoá, gestora com mais de R$300 milhões em ativos sob gestão e um portfólio diversificado em mais de 12 empresas. Com sólida trajetória no ecossistema de inovação, Thiago foi um dos primeiros colaboradores da Mosyle, plataforma global de gerenciamento e segurança de dispositivos Apple, que já captou mais de US$215 milhões em investimentos. Em seguida, fundou um dos primeiros prediction markets, alcançando mais de 100 mil usuários em múltiplos países. Atuou também como Head de Venture Capital no Brasil da OurCrowd, um dos principais fundos de VC de origem israelense, com presença global e foco em deep tech. Sua experiência única como empreendedor e investidor o posiciona como especialista em identificar padrões de sucesso antes mesmo do mercado perceber.



<h2 class="wp-block-heading">1. A evolução do "faro" para identificar vencedores: da intuição à experiência comprovada</h2>



Pergunta: Como você consegue identificar quais empreendedores têm maior probabilidade de sucesso antes mesmo deles provarem isso no mercado?



Insight de Thiago: "Mudou um pouco isso nos últimos anos. Em 2010 até 2022, o mercado estava mais disposto a correr risco e apostava em gente até com menos experiência. Mas é importante olhar se a pessoa sempre soube se virar sozinha, selfmade, descobriu o jeito de se virar. Também tem o vendedor nato, que vende tudo na escola e nos lugares e tem uma grande habilidade disso, porque precisa vender a ideia para investidor, mercado e time. Mas hoje o principal tem sido a real experiência."



A mudança de critério reflete uma maturação do mercado brasileiro de venture capital. Enquanto no período de abundância de capital (2010-2022) havia espaço para apostas mais arriscadas, o cenário atual exige validação através de experiência concreta. Isso não elimina a importância de características inatas como capacidade de vendas e autodidatismo, mas adiciona uma camada de segurança baseada em track record. Para CEOs, isso significa que contratar talentos de empresas que passaram por escalas significativas pode ser um diferencial competitivo na captação de recursos.



<h2 class="wp-block-heading">2. O fenômeno da "escola de unicórnios": por que ex-funcionários viram máquinas de criar valor</h2>



Pergunta: Existe algum padrão específico na origem dos empreendedores que mais chamam atenção dos investidores atualmente?



Insight de Thiago: "A pessoa que passou na vivência de uma grande jornada também conta muito. Veja o movimento Nubank e Rappi - diversas pessoas que saíram dessa jornada formaram negócios que deram certo depois. Pessoas que cruzaram essa escala. E claro que a indicação que veio também é um validador bem forte."



O que Thiago identifica é um padrão global: empresas que passaram por hipercrescimento se tornam "universidades" de empreendedorismo. Ex-funcionários do PayPal criaram Tesla, LinkedIn e YouTube. No Brasil, vemos movimento similar com alumni do Nubank e Rappi. Esses profissionais não apenas dominam execução, mas entenderam na prática como navegar os desafios de escala - desde cultura organizacional até operações complexas. Para líderes C-level, isso sugere uma estratégia: identificar e atrair talentos dessas "escolas" pode acelerar significativamente a curva de aprendizado da empresa.





<h2 class="wp-block-heading">3. Smart money além do cheque: a arte de crescer sem quebrar a máquina</h2>



Pergunta: Qual é o valor real que um investidor experiente agrega além do capital financeiro?



Insight de Thiago: "Depende da fase da empresa. A maioria precisa do apoio na escalada, sobre entender o ICP, canais, formas de crescer. As empresas maiores continuam com isso do go-to-market, mas entra um pouco mais a ideia da governança e financeiro. Ainda mais se cresce bem, existem várias frentes que se bagunçam, e por isso precisa se manter ajustado. Às vezes é tanta oportunidade que a empresa se perde e pode ruir."



Na Ventoá, atuamos como sócios, não apenas como investidores, buscando um papel mais ativo e efetivo. Nosso modelo prevê investimento financeiro e consultoria estratégica em áreas como Corporate Finance, Go-to-Market, Growth, M&amp;A e CFO as a Service, sempre com o objetivo de atuar como sócios e não apenas como investidores.



A observação de Thiago revela um paradoxo crítico: o sucesso pode destruir empresas se não for bem gerenciado. Crescimento acelerado frequentemente quebra processos, sobrecarrega sistemas e dilui cultura organizacional. O smart money atua como um "freio inteligente", ajudando a empresa a crescer de forma sustentável. Para CEOs, isso significa que escolher investidores não deve ser apenas sobre valuation, mas sobre capacidade de navegação em águas turbulentas. A experiência do investidor em crises anteriores pode ser mais valiosa que o tamanho do cheque.



<h2 class="wp-block-heading">4. A base fundamental: confiança e transparência como pilares da relação</h2>



Pergunta: O que é essencial para funcionar bem a relação entre investidor e investido?



Insight de Thiago: "A confiança é a base de tudo. Não ocultar problemas, porque tem muito problema mesmo. Mas quanto antes o investidor sabe, pode ajudar e evoluir. Mesmo que o investidor não consiga, ele pode ajudar a buscar a solução. Quanto menos ego tiver nas relações melhor vai ser, porque o que importa é ter essa humildade para descobrir os caminhos, para entender que precisa evoluir. Fica muito complicado quando os fundadores já imaginam saber tudo - é pouco espaço para desenvolver."



A questão do ego é uma via de mão dupla. Tanto investidores quanto empreendedores precisam estar abertos a sempre aprender mais. A humildade intelectual é fundamental para o sucesso financeiro e empresarial.



A transparência radical emerge como diferencial competitivo. Empreendedores que compartilham problemas cedo criam oportunidades de solução antes que se tornem crises. O ego, por outro lado, é o maior destruidor de valor em startups. Fundadores que mantêm postura de aprendizado contínuo conseguem extrair máximo valor da experiência dos investidores, transformando cada desafio em oportunidade de crescimento.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



Empresas como Airbnb, Uber e Amazon passaram por múltiplas crises de crescimento onde quase quebraram antes de se tornarem gigantes. O que as salvou não foi apenas capital, mas mentoria estratégica de investidores que já haviam visto esses padrões antes. No Brasil, startups como Stone, PagSeguro e Magazine Luiza seguiram trajetórias similares - crescimento controlado com foco em sustentabilidade.



A diferença entre empresas que "usam" smart money versus aquelas que "são" orientadas por ele está na humildade para aceitar orientação. Metodologias como OKRs se tornam fundamentais nesse processo, criando estruturas que permitem crescimento acelerado sem perda de controle. A maioria dos empreendedores ainda trata investidores como apenas provedores de capital, perdendo 80% do valor real da parceria.



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



Sua empresa está crescendo para se tornar sustentável ou apenas para impressionar o próximo round?

O código não-escrito que todo CEO deveria conhecer antes de buscar investimento

Apostar em Community as a Service é reconhecer que os negócios contemporâneos se sustentam em relacionamentos duradouros e em redes de colaboração



Investir em Community as a Service (CaaS) deixou de ser uma tendência restrita ao universo das startups de tecnologia e passou a se consolidar como uma estratégia robusta de ampliação de negócios em diferentes setores. A lógica é simples, mas poderosa: em vez de apostar apenas em campanhas publicitárias tradicionais ou em ações isoladas de marketing, as organizações passam a criar ecossistemas de relacionamento contínuo, nos quais clientes, parceiros e colaboradores encontram espaço para compartilhar experiências, obter informações relevantes e cocriar soluções.



Os dados reforçam o impacto desse movimento. Relatórios recentes da Deloitte e da McKinsey indicam que empresas que priorizam iniciativas de engajamento em comunidade registram até 20% mais retenção de clientes e reduzem em cerca de 15% os custos relacionados a suporte e atendimento, já que parte significativa das dúvidas é resolvida em interações entre os próprios membros. Estudos de mercado apontam que comunidades bem estruturadas podem gerar um aumento médio de 30% na lealdade à marca, já que consumidores tendem a permanecer por mais tempo conectados às organizações que os ouvem, reconhecem e valorizam.



O modelo CaaS surge justamente para atender a essa demanda em escala. Em vez de cada empresa criar sozinha sua infraestrutura de comunidade, enfrentando desafios de tecnologia, moderação e estratégia de conteúdo, os serviços especializados oferecem soluções integradas que combinam plataformas digitais, curadoria de interações, análise de dados e gestão de engajamento. Esse formato terceirizado, mas altamente estratégico, permite que organizações de diferentes portes acessem benefícios antes restritos a grandes corporações, democratizando o acesso à inteligência coletiva (wisdom of the crowd). É um processo semelhante ao que ocorreu com o SaaS (Software as a Service), mas aplicado ao campo das relações humanas e do capital social.



Destaco que a ampliação dos negócios por meio do Community as a Service ocorre em várias frentes. Do ponto de vista da receita, as comunidades geram oportunidades de cross-sell e upsell ao manter clientes mais próximos da empresa e mais expostos a novos produtos ou serviços. Do ponto de vista da inovação, elas funcionam como verdadeiros laboratórios vivos, onde feedbacks são coletados em tempo real e tendências de consumo emergem de forma orgânica. E, no âmbito da reputação, fortalecem a marca como autoridade em seu setor, já que a organização também promove conhecimento, troca e senso de pertencimento.



Outro aspecto estratégico está na integração entre comunidade e dados. Plataformas de CaaS possibilitam a coleta e análise de informações sobre comportamento, preferências e níveis de engajamento dos membros. Esses insights alimentam a tomada de decisão em áreas diversas, desde o desenvolvimento de produtos até o planejamento de campanhas de marketing, com um nível de precisão superior ao das pesquisas tradicionais, porque se baseiam em interações autênticas e recorrentes.



Vale ressaltar que investir em comunidades não significa apenas olhar para fora da empresa. Muitas organizações utilizam o CaaS para estruturar ambientes internos de troca de conhecimento e suporte, fortalecendo a cultura corporativa e aumentando a produtividade. O benefício desse movimento é tangível, uma vez que funcionários engajados em comunidades internas tendem a colaborar mais, a inovar em conjunto e a permanecer por mais tempo na empresa, reduzindo custos de turnover e ampliando o capital intelectual disponível.



Portanto, apostar em Community as a Service é reconhecer que os negócios contemporâneos se sustentam em relacionamentos duradouros e em redes de colaboração. Empresas que compreendem isso saem na frente, porque entendem que o futuro dos negócios está em construir comunidades capazes de expandir seu alcance e fortalecer sua relevância no mercado.



*Jen Medeiros é CEO da comuh, empresa especializada na gestão de comunidades e ecossistemas de negócios. Palestrante e especialista na criação e gestão estratégica de comunidades com 15 anos de experiência. Criadora e host do Community Playbook, um Podcast de aplicações reais, atuais e futuras de estratégia de comunidades. É professora da Descola e da Escola Britânica de Artes Criativas e Diretora do CMX Connect São Paulo, uma instituição internacional que promove o desenvolvimento da indústria de comunidades. Top 3 do prêmio Community Industry Awards 2024 como melhor profissional de comunidades B2B, e fellow no programa On Deck Community Builders.

Oito dicas valiosas para escolher um negócio

Evelyn Cordeiro

Mercado Livre: uma aula de logística e empreendedorismo, com Maurício Landi

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