TECNICAS TRADICIONAIS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS Com a crescente competitividade entre as empresas de um mesmo segmento, a diversidade de decisões vem sendo constantes pelos profissionais da área financeira das empresas, onde não basta apenas dominar as técnicas clássicas de gestão financeira. Contudo, a decisão do investimento não pode ser tomada baseada na demanda do produto vendido pela empresa, pois para a tomada de decisão é baseada na analise de algumas premissas, métodos e técnicos que garantam a eficácia do investimento projetado. Por esse motivo, o presente trabalho vem ao encontro dos itens citados, fazendo com que o conhecimento dos métodos e técnicas de analise dos investimentos seja benéfico a aceitação de um projeto. Entretanto é necessário, primeiramente, analisarmos o conceito de investimento, que pode ser definido como o sacrifício de recursos feitos hoje na expectativa de uma série de receias futuras cujo total será superior ao dispêndio inicial correspondendo ao custo do investimento. Após o investimento é necessário controlar as saídas e entradas de valores, e por isso é utilizado o fluxo de caixa que é definido através de Roberto Braga (1995) […] 'O fluxo de caixa é a estimativa dos fluxos de pagamento e de recebimento de capitas dentro de um projeto.' O Fluxo de Caixa, é o instrumento mais importante para o administrador financeiro, pois através dele, planeja as necessidades e excedentes de recursos financeiros a serem utilizados pela empresa. De acordo com a situação econômico-financeira da empresa ele irá prognosticar e diagnosticar os objetivos máximos de liquidez e de rentabilidade para o período em apreciação de forma quantificada em função das metas propostas. Os fluxos de caixa são avaliados mediante a aplicação de técnicas simples ou de métodos sofisticados que consideram o valor do dinheiro no tempo. Entretanto, alguns critérios devem reger a montagem desses fluxos de caixa, tais como: na nova proposta não devem ser computadas as perdas sofridas com um projeto fracassado que seria por ela substituído, uma vez que tais perdas decorreram de decisões anteriores; os recursos da venda de ativos fixos a serem substituído com a implementação da proposta devem ser abatidos dos desembolsos projetados com as novas aquisições. Do mesmo modo, deve ser subtraído do valor residual dos novos ativos fixos. A representação do fluxo de caixa de um projeto consiste em uma escala horizontal onde são marcados os períodos de tempo e na qual são representadas com setas para cima as entradas e com setas para baixo as saídas de caixa. Para que um investimento/projeto seja aceito, é necessário que seja definido sua taxa mínima de retorno e para Nelson Casarotto (2000) […] 'a TMA é a taxa a partir da qual o investidor considera que está obtendo ganhos financeiros. É uma taxa associada a um baixo risco, ou seja, qualquer sobra de caixa pode ser aplicado, na pior das hipóteses, TMA'. Uma forma de se analisar um investimento é confrontar a TIR com a TMA do investidor. Ao se analisar uma proposta de investimento deve ser considerada o fato de se estar perdendo a oportunidade de auferir retorno pela aplicação do mesmo capital em outros projetos […] a nova proposta para se atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco (CASSAROTTO, 2000 P.108). Para investimento de curtíssimo prazo pode ser utilizada como TMA a taxa de remuneração e investimento que envolve o médio prazo pode se considerar como TMA a média ponderada dos rendimentos das contas do capital de giro, já investimento a longo prazo a TMA passa a ser uma meta estratégica. Projetos únicos e projetos concorrentes. Para, Ross, Westerfield, Jordan (2002) dois investimentos podem ser mutuamente excludentes, pois a aceitação de um significa a rejeição do outro. Porém, para determinar qual projeto aceitar, a analise da TIR e do VPL são fundamentais baseados no retorno exigido. Já na utilização de dois projetos que não são mutuamente excludentes são ditos independente. A utilização do Payback serve para avaliarmos o período de retorno, mas é necessário sabermos sua definição, que nada mais é que o tempo necessário para recuperar os recursos investidos em um projeto. Como Braga informa (2000) […] 'quanto mais amplo for o horizonte de tempo considerado, maior será o grau de incerteza nas previsões'. Por isso, a proposta de investimento com menos prazo de retorno apresentam maior liquidez e, conseqüentemente, menos risco. Algumas empresas costumam fixar um prazo máximo de retorno para seus projetos de investimento e assim, as propostas que ultrapassarem esse limite serão rejeitadas. Para obter o cálculo do prazo de retorno, basta avaliar se as entradas líquidas de caixa forem uniformes, bastará dividir o investimento inicial pelas entradas anuais de caixa e quando as entradas anuais forem desiguais, estas deverão ser acumuladas até atingir o valor do investimento, apurando-se o prazo o de retorno. No entanto, conforme Braga (2000), tal recurso é deficiente por que não reconhece as entradas de caixa prevista para ocorrer após a recuperação do investimento e não avalia adequadamente o valor do dinheiro no tempo. Entretanto, alguns profissionais descontam os fluxos de caixa das propostas, determinando valores atuais dos investimento líquido e das entradas líquidas de caixa. Dividem o valor atual do investimento líquido pelo valor atual das entradas líquidas de caixa e obtêm um índice que já não correspondem a uma medida de tempo da recuperação do investimento, esse método é chamado de Peyback atualizado. O período do payback não é equivalente ao critério do VLP, e é conceitualmente incorreto. Westerfield (2002) define que com sua data de corte arbitrária e a miopia em relação a fluxo de caixa após essa data, pode conduzir a algumas decisões claramente erradas, quando utilizado de maneira muito literal. A regra do payback possui sérias limitações. O período do payback é calculado simplesmente adicionando os fluxos de caixa futuros. Não existe nenhum procedimento de desconto, e o valor do dinheiro no tempo é completamente ignorado. Como Ross, Westerfield, Jordan informam (2002), o período de payback poderia ser calculado da mesma maneira tanto para projetos muito arriscados, como para projetos muito seguros. Algumas técnicas de avaliação do valor presente liquido mostra a relação entre o valor do capital hoje e o valor do capital futuro é denominado VPL, que o conceito mais importante em toda área de finanças das empresas. O valor presente liquido do projeto é o valor presente dos fluxos futuros de caixa menos o valor presente do custo do investimento. Conforme Westerfield (2002) […] 'qualquer exemplo contendo risco gera um problema não considerado num exemplo sem risco'. Entretanto, o método é mais simples quanto o VAUE, sendo a única diferença reside em que, em vez de se distribuir o investimento inicial durante sua vida, deve-se agora calcular o valor presente dos demais termos do fluxo de caixa para somá-los ao investimento inicial de cada alternativa, sendo que a taxa utilizada para descontar o fluxo é a TMA. Os projetos que tem vidas diferentes e podem ser renovados nas mesmas condições atuais, deve ser considerado como horizonte de planejamento o mínimo múltiplo comum das durações dos mesmos. Por isso, os projetos devem ser testados até que se chegue a um horizonte de planejamento comum. No entanto, devemos levar em consideração que se o valor presente líquido for positivo o projeto deve ser aceito e negativo, rejeitado. ANALISE E COMPARAÇÃO DO VPL E DO PAYBACK. O payback, que nada mais é que o tempo necessário para recuperar os recursos investidos em um projeto,é deficiente por que não reconhece as entradas de caixa prevista para ocorrer após a recuperação do investimento e não avalia adequadamente o valor do dinheiro no tempo. Já o VPL relaciona o valor do capital hoje e o valor do capital futuro. Em alguns casos, os profissionais descontam os fluxos de caixa das propostas e determinam valores atuais dos investimentos líquidos e das entradas líquidas de caixa. Para adquirir o VPL, basta subtrair o valor presente dos fluxos futuros de caixa do valor presente do custo do investimento. Outra técnica utilizada é a taxa chamada de TIR, que para Ross, Westerfield, Jordan (2002) é: TIR, taxa interna de retorno, está intimamente relacionada ao VPL, pois é a taxa de desconto que faz com que o VPL de um investimento seja nulo. Por outro lado, se a TIR de um investimento é maior do que o retorno exigido, o projeto deverá ser aceito e caso contrário, rejeitado, tendo em vista que a TIR é a taxa exigida de retorno que, quando utilizada como taxa de desconto, resulta em VPL igual a zero. As regras da utilização da TIR e do VPL podem ser bastante similares e em alguns casos é denominada retorno do fluxo de caixa descontado. Entretanto, os problemas na utilização da TIR são vistos quando os fluxos de caixa não são convencionais ou quando estamos tentando comparar dois ou mais investimentos para ver qual é o melhor. Como Hoji (2004) o conceito da TIR é utilizado para calcular a taxa i quando existe mais de um pagamento e mais de um recebimento ou quando as parcelas de pagamento ou recebimento não são uniformes. ANALISE E COMPARAÇÃO DO VPL ,PAYBACK E A TIR. O payback, que nada mais é que o tempo necessário para recuperar os recursos investidos em um projeto,é deficiente por que não reconhece as entradas de caixa prevista para ocorrer após a recuperação do investimento e não avalia adequadamente o valor do dinheiro no tempo. Já o VPL relaciona o valor do capital hoje e o valor do capital futuro e a TIR é a taxa exigida de retorno de um projeto. Em alguns casos, os profissionais descontam os fluxos de caixa das propostas e determinam valores atuais dos investimentos líquidos e das entradas liquidas de caixa. Para adquirir o VPL, basta subtrair o valor presente dos fluxos futuros de caixa do valor presente do custo do investimento. Em comparação, a TIR é utilizada para cálculos que contribuam com mais de um pagamento e recebimentos em um fluxo, porém pode levar à decisões erradas na comparação de investimento mutuamente excludentes. REFERENCIAS: HOJI (administração financeira, uma abordagem prática; editora Atlas – São Paulo 2004) ROSS, WESTERIELD, JORDAN (Princípios de administração financeira, editora Atlas – São Paulo – 2002) Casarotto ( Administração financeira, editora Atlas – São Paulo – 2000) Braga (Fundamentos e técnicas de administração financeira, editora Atlas – São Paulo -1995)