Nos diversos projetos, as reuniões de nivelamento das informações acontecem com certa freqüência. Fisicamente, a equipe do projeto está reunida e apta a discutir os rumos a serem seguidos pelo projeto. Mas será que a comunicação é clara e consegue absorver o melhor de cada membro do time? Que resultados o emissor da mensagem está tendo como retorno? Em 1930, Freud no texto “O Mal estar da civilização” escreveu que o relacionamento com os outros homens é a principal ameaça e fonte de sofrimento a qual estamos sujeitos. Cada membro da equipe se apresenta com critérios e hábitos diferentes. Emoções, valores, crenças, cultura, traços sociais são informações secretamente guardadas, invisíveis na superfície, porém valiosas e merecem ser exploradas ao máximo. A intenção neste caso é minimizar as diferenças. Caso a preocupação do líder seja apenas completar as tarefas sem se preocupar com a carga emocional que sua equipe apresenta, certamente haverá atrasos, desmotivação, e sabotagens, mesmo que involuntários. O relatório de benchmarking1, realizado por uma iniciativa conjunta dos chapters brasileiros, aponta a comunicação como sendo o problema que ocorre com mais freqüência nos projetos das organizações, logo em seguida temos o não cumprimento dos prazos. Em se tratando de equipes multidisciplinares, o trabalho se torna ainda mais desafiador. A união de pessoas de diversas áreas e setores pode ocasionar em primeiro momento uma crise gerada pela mudança e pela transformação do trabalho que antes era feito de uma forma, e agora será feito de outra. A mudança repentina dentro das organizações é vista como ameaças e muitas vezes maléficas aos interesses pessoais. Robert Cialdini professor regente de psicologia na Universidade Estadual do Arizona e presidente do Influence at Work em sua palestra no Fórum Mundial de Negociação em 2006 afirmou: “A tarefa da persuasão, do convencimento, é fazer gostar das pessoas em primeiro lugar”. Em sua apresentação Robert Cialdini elencou 6 princípios da influência e disse ainda: “São princípios tão básicos da natureza humana, tão centrais da era moderna, que você poderá usá-lo em todos os momentos de sua vida, no trabalho, na família e até mesmo com seus filhos”. • Reciprocidade – Saiba retribuir um favor. • Escassez – As pessoas querem aquilo que não tem. • Autoridade – O líder deve passar confiança. • Consistência – Ser consistente é tornar-se uma referência para o grupo. • Consenso – Se você acha que pode ou que não pode, em ambos os casos você está certo. • Afinidade – As pessoas gostam de quem são parecidas com elas. Valorizar o capital humano é valorizar a criatividade e a inovação. Os gerentes de projeto devem acima de tudo flexibilizar ao máximo e saber conviver com as diferenças e limitações dos membros de sua equipe. Freqüentemente demonstre respeito aos seus colaboradores e estimule sempre um clima coletivo de bom humor. Um ambiente de trabalho saudável é primordial para se chagar lá. Referências: 1 – Relatório Principal 2009 – Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de Projetos 2 – Fórum Mundial de Negociação 2006. HSM Management, São Paulo, set-out. 2006. Autor: Rodrigo ZambonPMPlace