O turismo, é o setor econômico, que cada dia mais depende da natureza para sobreviver.A preocupação com o meio ambiente despertou o interesse de muitas pessoas conscientes, que reconhecem os recursos naturais como um bem finito e passivo de cuidados. A industrialização e a urbanização, trouxeram para a sociedade a poluição ambiental, que desencadeou uma série de discussões, para impedir que isto propiciasse a destruição do patrimônio natural. O turismo responsável, é aquele capaz de respeitar as características dos destinos trabalhados, sem transformar as comunidades visitadas em satélites desgarrados da cultura urbana, é necessário impedir a destruição da beleza da paisagem, onde elas estão instaladas, ou a interferência no funcionamento dos ecossistemas ali existentes, do qual dependem fauna, flora, água e ar saudáveis. Os impactos ambientais mínimos precisam ser valorizados, mantendo-se distantes os complexos hoteleiros e pacotes de viagem não preservacionistas e, acima de tudo, é preciso investir na capacitação dos recursos humanos, ensinando a todos os envolvidos, a usufruir, sem destruir. Em 1972, com a Conferência das Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, na Suécia,que teve como objetivo principal mostrar ao mundo a gravidade da situação nesse setor, as questões ambientais ficaram ainda mais evidentes. Mais de 133 nações participaram da Conferência, onde a maioria eram países em desenvolvimento, incluindo o Brasil Nesta ocasião foi abordada a questão do subdesenvolvimento como uma das causas mais freqüentes de poluição sendo, portanto, importante a criação de programas que ajudassem a diminuir a pobreza no mundo. O meio ambiente serve como cenário para toda viagem que se pretenda fazer. O local deverá oferecer belas paisagens, incluindo a natureza em todas as suas ações, devendo ter como efeito do turismo a melhoria não só do nível de vida da população residente, como também uma harmoniosa convivência com os visitantes. O mercado está exigindo cada vez mais das agências de viagem uma atitude ética, não só de dar conforto ao cliente, mas também de proporcionar ao turista uma proximidade com a população anfitriã.Embora seja o turismo um gerador de empregos e dinheiro novo, deve haver um comprometimento do turista com o local e um respeito mútuo entre as pessoas. Diversos problemas, como a prostituição infantil, o desrespeito ao patrimônio cultural e natural nascem desta falta de relação afetiva maior com o núcleo receptor, já que após o tempo de permanência numa localidade, restam apenas fotos, lembranças e alguns souvenirs. Pensando nestes aspectos, a OMT-Organização Mundial do Turismo lançou um código mundial de ética do turismo, que foi apresentado no Brasil durante o terceiro Fórum Internacional para Parlamentares e Administrações Locais, realizado no Rio de Janeiro. A preparação deste código teve início na assembléia geral da OMT, em Istambul em 1997 e foi aprovado por unanimidade, em Santiago do Chile em 1999. Trata-se de um projeto participativo, já que recebeu durante a sua feitura contribuições, de mais de 70 países,entidades de turismo e organizações não governamentais. O código tem dez artigos e contempla a contribuição do turismo para compreensão da preservação dos valores morais da sociedade, sendo o turismo considerado um instrumento de desenvolvimento individual e coletivo. Este foi um primeiro passo normatizador para a preparação dos turistas e do habitante local que irá recebê-lo. O nativo precisa se conscientizar e atuar como um verdadeiro defensor do patrimônio de sua cidade , reconhecendo os benefícios econômicos, sociais e culturais, mas , compreendendo, também, os seus riscos. O turismo, como prevê o código, é muito mais do que “aumentar a ocupação dos hotéis e pousadas” ou “simplesmente lotar cidades de turistas”. È um instrumento institucional de auto-educação, de tolerância mútua e de aprendizagem das diferenças entre povos e culturas. Considerando que os turistas e visitantes, de acordo com o artigo 13 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, devem ter acesso aos locais turísticos e culturais, sem exageradas formalidades, como é o caso do visto de entrada, que às vezes é outorgado, através de um verdadeiro ritual vexatório em função da imigração, ressalta-se que defender o cidadão é dever constitucional .