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A agenda de desenvolvimento das cidades frente à economia abre uma ampla gama de investigações no que se refere a realidade do consumo em geral. A cidade, tal qual a conhecemos, com seu ápice no século XX e XXI, é o ávido consumidor de tudo, de alimento a diversão. A cidade é o espaço por excelência da realização da aventura maior da humanidade. Nas cidades, a promoção de centralidades ocorre por razões diversas que vão da necessidade grupal mais inata no homem de congregação como também a busca de facilidades, razão maior da inteligência humana em resolver seus problemas de abastecimento utilizando e maximizando recursos.
Presentemente, as concentrações maciças de informação contrastam com a realidade do consumo dessas informações que podem ocorrer na captura formiguinha em celulares pré pagos, mensagens, acessos á internet por qualquer modo e mais recentemente até o abandonado radinho de pilha voltou a berlinda como possibilidade de acesso as informações.
As cidades como entes econômicos são vorazes consumidores de energia, e neste momento estou, mais uma vez ouvindo, pelo rádio, informações do Japão. É trágica a condição daquele país, amplo consumidor de energia gerada a partir de complexos geradores atômicos, como por exemplo o de Fukushima. A realidade dos Tsunamis e terremotos, dos acidentes naturais, como o de São Lourenço, no Rio Grande do Sul ao Japão, da xeque mate numa maneira de pensar que deve, necessariamente ser revista. As altas concentrações de pessoas com alta geração de bens e alta taxa de consumo constroem relações sem nome e isoladas dos seres humanos e o consumo desenfreado torna as pessoas apenas estatísticas.
A telemática e a globalização que surgiram como forças fundamentais, pretensamente indicaram aa reorganização do espaço econômico como que tendendo a desconcentração. Isto de fato ocorreu? Claro que não. A dispersão jamais aconteceu quando se trata da produção de bens e serviços de massa e a reorganização pretensa, que dizia haver uma reconfiguração da atividade econômica distinta do século XX, ainda permanece dependente da geração de energia e das linhas de transmissão desta energia até os pontos de consumo.
A dispersão geográfica da produção e do consumo frente à escala global e a possível neutralização do lugar e da distância através da telemática em um número crescente de atividades econômicas dependem ainda da produção de energia. Um espaço destituído de pontos de concentração física num sistema econômico caracterizado como disperso somente ocorrerá quando a geração de energia também ocorrer, de forma também dispersa. O Japão nos da uma lição, dramática de como não deveremos estabelecer as soluções de produção energética para as nossas cidades. O Japão sobreviverá certamente e para nós todos viverá a perspectiva que a geração de energia individualizada a partir de pequenos núcleos independentes permitirá a construção de uma nova maneira de viver com poli centralidades nas cidades e em pequenos núcleos habitacionais auto sustentáveis. Esta malha de geração de energia, que como células independentes criará um gigante corpo de geração de energia e consumo onde o colapso de uma célula jamais colocará em risco o corpo como um todo, como ocorre com a produção de energia concentrada. Apagões poderão ser evitados como o que ocorreu no Brasil nos últimos anos e ocorrerá, possivelmente em Tóquio nesta noite de quinta feira 17 de março de 2011.
Aparecem então algumas questões a serem investigadas: Como se comportarão os setores econômicos de ponta altamente dependente de enormes concentrações de Infraestrutura, de mão-de-obra, de talentos e de edifícios, o setor financeiro, as indústrias em geral, com a reconfiguração do espaço urbano composto por células urbanas interdependentes? Quais as reais implicações para a vida em cidade e para o espaço urbano relativamente a essas demandas novas de vida comunitária? As agudas desigualdades existentes no mundo não tendem a ser minimizadas com a criação de redes de núcleos urbanos, de células urbanas interdependentes que contribuem para a formação de novas geografias da centralidade no território, no espaço físico, no espaço eletrônico, no espaço virtual e real? O que isto significa para as cidades?

A tragédia anunciada do Japão ou espaço e poder das novas centralidades nas cidades.

A agenda de desenvolvimento das cidades frente à economia abre uma ampla gama de investigações no que se refere a realidade do consumo em geral. A cidade, tal qual a conhecemos, com seu ápice no século XX e XXI, é o ávido consumidor de tudo, de alimento a diversão.

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Das áreas de interesse tecnológico de Porto Alegre – Do conceito de Região de Potencial Tecnológico - REPOT ao conceito de Área de Interesse Tecnológico - AITEC - Para a definição preliminar de AITEC – AITEC ou REPOT.
Para estabelecer a base preliminar de uso do termo mais adequado para a definição dos locais da cidade que possam ser indicados como de desenvolvimento tecnológico podemos escolher dentre os vários que podem corresponder ao nosso objetivo. No entanto, em nível urbanístico, a melhor definição deve ser elucidada por conta do fato de que deverá ser elaborada lei que corresponda às necessidades de aspecto positivo, que esteja de acordo com a técnica legislativa vigente, que esteja em acordo com os termos mais utilizados, no mínimo pela legislação municipal ressente, mais precisamente, a lei maior de planejamento da cidade, o Plano Diretor em vigência, a lei 434/99.
A necessidade destas definições vem da ambigüidade dos termos, tomados muitas vezes da linguagem corrente, o que coloca os investigadores numa circunstância difícil porque ao usar definições de caráter pessoal, o papel de transmissão e aplicação de um conceito se torna difícil, se não impossível, como pauta de comunicação. O tipo de vinculação entre prática e teoria caracteriza-se, antes de tudo, por uma reciprocidade dinâmica entre ambas, o conhecimento é resultado deste processo, onde, no decorrer do qual o dado empírico e a teoria se unem e se complementam.
Os termos que relacionamos para a definição de um espaço determinado da cidade, e que colocamos à discussão relativamente a sua adequação são “área” ou “região” para a definição do lócus, do termo “interesse” para a designação de uma ação determinada e comprometida conforme os agentes da cidade a escolham, “potência” ou “potencial”, para designar o que poderá ser instalado ou já está instalado na cidade, e a razão deste trabalho, o termo “tecnologia”. Sendo mais objetivo, buscamos optar entre as designações de “Região de Potencial Tecnológico” ou “Área de Interesse Tecnológico”.
Iniciamos com a escolha entre dois termos que relacionamos e que apresentam múltiplas possibilidades de designação de espaço da cidade, quais sejam, os termos área e região. O termo área, inicialmente, aparece para designar um conceito matemático, que é designado como um a priori e que pode ser definido como quantidade de espaço bidimensional, ou seja, de superfície. Existem várias unidades de medida de área, sendo as mais utilizadas o metro quadrado (m²), seus múltiplos e submúltiplos.
São também muito usadas as medidas agrárias: are, que equivale a cem metros quadrados; e seu múltiplo hectare, que equivale a dez mil metros quadrados. Outras unidades de medida de área são o acre e o alqueire. Na geografia e cartografia, o termo "área" corresponde à projeção num plano horizontal de uma parte da superfície terrestre. Assim, a superfície de uma montanha poderá ser inclinada, mas a sua área é sempre medida num plano horizontal a ela. No entanto este termo pode designar um espaço conceitual tanto como um espaço produzido por uma operação matemática.
 
O dicionário Michaelis, 2009, define área como que sendo um substantivo feminino originário do latim que apresenta as seguintes pautas definidoras: 1. Superfície plana limitada. 2. Extensão indefinida. 3. Campo em que se pratica certa atividade. 4. Medida de uma superfície limitada (como a de uma figura geométrica plana) ou ilimitada, mas finita (como a da esfera), expressa em uma unidade convencionada. 5. Construção Espaço descoberto na parte interna de um edifício. 6. Construção Espaço entre edifícios. 7. Região, território. 8. Astronomia Extensão percorrida, em determinado tempo, pelo raio vetor de um astro. 9. Astronomia Círculo luminoso em redor dos astros; auréola. 10. Informação Parte da memória ou código que é reservado para um certo propósito. Com isto, o mesmo dicionário trata o termo aplicado como que sendo: Área aberta, Área acústica, Área refúgio, Área lazer, Área Sociológica, Área cultural, Área entrada, Área de baixa pressão barométrica, Área comercial, Área ativa, Área assintótica, Área Anatômica, dentre muitos outros.
O termo região é definido pelo dicionário Michaelis, 2009, como: 1. Grande extensão de superfície terrestre. 2. Considerável extensão de território com características evidentes que o distinguem de outros territórios próximos. 3. Esfera social. 4. Cada um dos diferentes graus em que se repartem os conhecimentos científicos. 5. Cada uma das partes em que se supõe ser dividida a atmosfera. 6. Os espaços celestiais. 7. Anatomia Cada uma das partes ou seções em que se pode considerar dividido o nosso corpo: Dores na região do fígado. 8 Grande área até certo grau isolada por barreiras climáticas ou físicas, que suporta uma fauna característica, diferente da de outras regiões. 9. Mil Cada uma das circunscrições em que se divide o país. 10. Parte, seção, divisão; área, zona. 11. Sociologia Área cujas partes são ecológica e economicamente inter-relacionadas. Outro dicionário, Ferreira, 1975, traz outras referências para o termo, uma delas, Breitbanh, 1988, 18, tomou para seu trabalho, onde define o território como um lócus que apresenta características próprias.
A importância do conceito de região pode ser examinada por dois ângulos diferentes, ambos vinculados à noção de planejamento regional e que diz: “(...) a necessidade de precisar adequadamente o objeto de trabalho, principalmente quando se trata de atividades de planejamento regional; e, de outro, o papel dos conceitos no processo de desenvolvimento da ciência, na elaboração de teorias. A imprecisão do conceito vem fazendo com que o termo região seja utilizado largamente,”. Breitbanh, 1988:17 18, tanto por geógrafos, historiadores, sociólogos, etc.
Ao formular seu modelo de localização agrícola, Johann Heinrich Von Thünen (1783-1850) tornou-se pioneiro das teorias de localização das atividades econômicas Breitbanh, 1988:27. Mais adiante, Walter Christaller, no seu “Die Zentralen Orte in Süddeutschland, 1933, o autor trabalha com conceitos bastante elaborados de centralidade, região complementar e hierarquia que compõem os alicerces de sua teoria do Lugar Central, cuja pauta vem até hoje sólida e influente.
August Lösch, apresentou trabalhos com referências elaboradas a partir do arsenal conceitual da teoria econômica,. Seu sistema de equilíbrio geral descreve de modo teórico a inter-relação de todas as localizações. Para Lösch chegar a noção de conjunto com pontas determinadas de consumo e produção, o espaço como dado apriori deve ser visto como um mercado espacialmente monopolizado por um único produtor de um bem especifico. Matematicamente Lösch busca demonstrar que cada área de mercado deverá assumir a forma hexagonal, de vez que esta permite o maior número de inter-relações possíveis, satisfazendo, em nível espacial, os consumidores com o menor índice possível de atrito (Breitbanh, 1988:33).
François Perroux, no pós guerra se dedicou a análise das atividades econômicas relacionadas ao espaço, tendo provocado, a partir das suas análises, constatações relativamente a vinculação do espaço da região como geoeconômico e definido por relações geoeconômicas onde homens e grupos de homens, coisas e grupos de coisas, economicamente caracterizados, assim o são em função do interesse que os homens depositam nas coisas. Dentro dos limites do conceito geoeconômico de Perroux, a localização de um empreendimento econômico não fica satisfatoriamente estabelecido de vez que, além do assentamento físico, há que considerar que o estabelecimento pode ser formado por partes contiguas e que a produção deste depende de energia, matérias primas, acesso a mercados, acesso a recursos e informações de qualquer natureza onde o fluxo de relações é a essência do sucesso do mesmo.
A analise de Perroux identifica três tipos de espaços, o que depende de um sistema input (matérias primas, mão de obra, serviços e capitais) e o sistema output (compradores, consumidores de qualquer natureza) e que por essas características foge de qualquer representação cartográfica; a empresa está numa localização onde a sua representação é mais ou menos homogêneas em relação as empresas ou empreendimentos lindeiros e a terceira atua segundo o sentido de campos de força, ou mais precisamente, como fruto de um espaço econômico que opera como um pólo de forças centrifugas de emanação e de forças centrípetas de recepção.
Com isto cada centro opera como que tendo um conjunto de forças de atração e repulsão onde o processo não aparenta equilíbrio quando áreas de influencia destas forças entram em concorrência. Com isto temos que a zona de influência de um empreendimento não é proporcional a sua localização geomorfológica e topográfica, mas, principalmente ela ocorre relativamente às forças que produz. A partir da análise de Perroux, Jacques Boudeville buscou explicar e avançar explicitando as tipologias dos espaços vistos como regiões em que ele viu como área, lócus homogêneo, região ou lócus polarizado ou a afeita a um plano ou programa (Breitbanh, 1988:38).
A região homogênea, Boudeville, 1973, é a mais simples e a mais conhecida dos planejadores urbanos. Consiste num espaço contínuo, onde cada uma das partes constituintes apresenta características de semelhança uma das outras. A região polarizada aparece como um espaço heterogêneo cujas diversas partes são complementares e mantêm entre si um sentido hierárquico de dominância projetado a um ponto dominante em especial.
Está presente neste modelo a noção de interdependência e de desigualdade. A região “plano ou planificada”, terceira na classificação de Boudeville apresenta-se como um espaço contíguo a uma mesma decisão, como as filiais de uma empresa que dependem de uma matriz. No entanto, a região planificada obedece a uma autoridade sediada ou não na região a fim de que seja atingida uma meta econômica determinada (Boudeville, 1973:17).
Outras abordagens, relativamente ao termo região, enfatizam os aspectos econômicos da problemática regional. Citamos as influências das redes de telemática tanto como das redes de transporte, dos terminais de transporte e dos serviços de infra-estrutura, dos equipamentos coletivos de educação, saúde, lazer, consumo, dentre outros que concorrem lado a lado com os processos de administração financeira, política e administrativa. Nestes casos vemos os modelos regionais múltiplos como que fracionados em muitas partes, onde uma delas será elencada para identificar a região. Mas o que interessa, relativamente ao tema região, está direcionado ao fato de que a pauta que de fato está presente nesta é a idéia de continente e conteúdo.
A relação empírica entre continente e conteúdo, confrontadas ao espaço e a coisa, trata de descrever o espaço e as coisas que o ocupa, bem como busca descrever o uso que essas coisas têm bem como o espaço é utilizado. O termo espaço é utilizado descuidadamente, quando simplesmente se agrega a ele os adjetivos: “social”, “econômico”, “político”, etc. Se existe uma circunstância de difícil aplicação, quando tratamos do termo espaço, pela ampla gama de utilização e atribuição, o caso determinado do termo “região” também aparece vinculado a essa dificuldade por conta da vinculação especifica relativamente à economia da cidade. Essa vinculação especifica nos leva a escolha de um termo mais amplo, de caráter geral, e que opere como um apriori, sem princípios axiológicos ajuntados ao termo mesmo, como é o caso do termo “região”.
Relativamente à questão legal que está em vigência na cidade, na lei do plano diretor que está em vigor desde 1999 temos, para o planejamento, independente do significado com que são usados, 339 referências para o termo área e apenas 11 referências para o termo região. Na LEI que está tramitando na câmara municipal e que faz a revisão do atual PDDUA, aparecem 437 referências para o termo área e somente 11 referências para o termo região.
Com isto, essa determinação também reforçará uma escolha para a nominação de um espaço tecnológico da cidade. Portanto, indicamos provisoriamente, no caso de designação do espaço da cidade, a adoção do termo área, em consonância as referências já utilizadas, para a designação de setores de importância da cidade, tais como área de ocupação intensiva, área de ocupação rarefeita, área mais antiga, área pública, área de quarteirão, área de proteção, áreas de centralidades, áreas degradadas, áreas comerciais, áreas com potencial de ocupação intensiva, áreas especiais, áreas de renovação.
Do termo Potência ou potencial - O termo potência, do latim potentia é definido pelo dicionário Michaelis, 2009 como qualidade de potente; poder, força, eficácia. Robustez, vigor. Na filosofia aparece como aptidão para se realizar, ou capacidade para o ato; força ativa; poderio, autoridade, mando. Nação soberana. Personagem de grande autoridade e importância. Na biologia aparece como vigor genésico; capacidade de o homem desempenhar o ato sexual.
Existe ainda como faculdade da alma. Na física aparece como trabalho efetuado na unidade de tempo. Na mecânica é Força utilizada para equilibrar ou vencer outra força ou trata também do ponto em que uma força se aplica. Na matemática é o produto de fatores iguais. Na medicina é a força ou eficácia de um remédio, especialmente a desenvolvida nas diluições homeopáticas. Na geologia aparece como espessura de um estrato. Na radiotecnia é capacidade de alcance das emissoras, expressa em watts e quilowatts.
Pode ser potencia calorífica ou quantidade de calor desenvolvida pela combustão integral de um quilograma de combustível. Potencia efetiva ou potencia útil: a potência real de um motor, medida em kW ou HP. Potencia de um ponto em relação a uma circunferência. Na geometria é o produto dos segmentos que vão deste ponto aos pontos de interseção com a circunferência de uma secante qualquer tirada pelo ponto. Pode ser ainda potências da alma, a memória, o entendimento e a vontade. Potências do ar: dos demônios, do daimon. Grande potência: cada uma das nações que têm grande influência política, pelos seus maiores recursos econômicos e forças militares. Com isto, podemos dizer, observando todos os significados de aplicação do termo, em nenhum caso encontramos algo que já tenha ocorrido, sendo caracterizado por algo que pode ou não acontecer, que pode ou não ocorrer, que pode ou não existir dependendo então de circunstancias determinadas para o seu devir.
Do termo Interesse - O termo interesse, substantivo masculino, do latim interesse é definido pelo dicionário Michaelis, 2009 como conveniência, lucro, proveito, vantagem ou utilidade que alguém encontra em alguma coisa.Ganho, proveito, vantagem.Juro de um capital depositado. Sentimento egoísta ou de cobiça, desejo de um proveito pessoal que tudo sacrifica aos ganhos pecuniários.Importância.Atrativa simpatia.Cuidado, diligência e empenho a favor de alguém ou de alguma coisa. Psicologia do Sentimento que acompanha a atenção dirigida para um conteúdo específico.Psicologia da Relação ou enlace entre um motivo e certo incentivo, ou classe de incentivos.
Dos termos genéricos Tecnologia ou tecnológico - O termo tecnologia, substantivo feminino, do grego – techné + logos – tecnólogos. Technê, termo grego que refere o conhecimento técnico envolvido quando em práticas como a medicina ou o trabalho artesanal. Em algumas das suas obras, Platão defende que a filosofia é uma technê, no sentido de uma arte de viver virtuosamente. Temos então – (tecno + logos 2+ia 1)definido pelo dicionário Michaelis, 2009 – Como um tratado das artes em geral. Conjunto dos processos especiais relativos a uma determinada arte ou indústria. Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, teórico ou prático. Aplicação dos conhecimentos científicos à produção em geral: Nossa era é a da grande tecnologia. Tecnologia de montagem de superfície, Informática: método de fabricação de placas de circuito, no qual os componentes eletrônicos são soldados diretamente sobre a superfície da placa, e não inseridos em orifícios e soldados no local. Tecnologia social, Sociologia: conjunto de artes e técnicas sociais aplicadas para fundamentar o trabalho social, a planificação e a engenharia, como formas de controle. De alta tecnologia, Eletrônica e Informática: tecnologicamente avançada - high-tech.

Das áreas de interesse tecnológico de Porto Alegre

Na escolha das relações entre os processos de vida e de oferta de oportunidades com o uso de tecnologias nos edifícios, nas áreas públicas e na vida em cidade em toda a sua extensão, não percebemos a existência de uma idéia de conectividade construída existente. A idéia da existência de um sistema inteligente na cidade baseado no conceito de “Neural Urban Connection” ou “Conexão urbana inteligente” que opere em vários níveis, articulando os sistemas conectivos da cidade, subterrâneos, natural e construído (over ground) que tornem a vida em cidade um sistema inteligente, deverá estar baseado na oportunidade de conectividade vertical, em nível neural e no nível horizontal, através de uma rede, constituída por dutos e nós. A conectividade deve trabalhar com a idéia de micro acessibilidade que ocorre entre os quatro níveis neurais (os sistemas conectivos da cidade, subterrâneos, natural e construído) aos quais devemos somar o nível neural mais importante, o nível neural de comunicação virtual que tem na TI a sua base.
O resultado deste processo deverá estar ajuntado à tecnologia disponível para a cidade e seus habitantes, com base nos processos de micro acessibilidade a partir do qual entendemos as várias possibilidades de uso tecnológico de acesso físico (elevadores, escadas rolantes, rampas e escadas) e não físico (conexões de fibra ótica e ondas de transmissão), como também a ligação entre os níveis conectivos.
Cada uma destas ligações representa um nó de micro acessibilidade. Com isso surgem as sinapses como possibilidade de conexão entre os nós de acessibilidade que melhor satisfaçam suas necessidades e desejos. O usuário terá assim a liberdade de escolher a forma de interagir com o espaço, mais lúdica, racional, de trabalho ou de lazer. O resultado disso nos leva a MACROACESSIBILIDADE como processo que vinculamos as células urbanas, nós, sistemas e outras partes da cidade a partir de sistemas estruturais. Ela une, articula e distribui, favorecendo as sinapses, o que acarreta à oxigenação do contexto urbano vivencial e tecnológico. A áreas de interesse tecnológico aparecem como expressão deste contexto que surge e determina a constituição de células urbanas, nós, sistemas e sinapses que permitem um processo de troca de informações de todos os tipos, tanto de forma física como também de forma virtual.
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<a href="#sdfootnote1anc">1</a> O conceito de conectividade neural urbana aparece a parti da relação entre a inteligência humana, a IA e os processos urbanos, onde o meio, a muito tempo é a mensagem, e detém diretiva de síntese entre o meio urbano em si, as tecnologias de informação que nos leva a um processo de IA urbana.
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Neural Urban Connection

Afastadas dos fatores ambientais, as pessoas circulam num ambiente invariavelmente limpo, seco, iluminado, racional, com visuais limitadas. Neste ambiente controlado vive-se sempre a mesma estação e o tempo é percebido apenas pelos relógios. Mas as Avenidas das cidades contemporâneas foram totalmente oferecidas aos veículos automotores, à circulação de automóveis, de ônibus e de caminhões. Veias de fluxo rápido que ligam pontos da cidade e são espaços de passagem. As cidades almejam em termos arquitetônicos a interseção de edifícios com grande altura, em vidro e aço. Uma arquitetura concebida a partir de valores globais, destituída de peculiaridades locais. Uma arquitetura que, através da linguagem estética, de códigos que transcendem as culturas do lugar, possibilitam conectar (associar) simbolicamente lugares desconectados no espaço físico. Com isso, destacamos Castells que diz: “As elites são cosmopolitas, as pessoas são locais”.(Castells 1999; 440)<a href="#sdfootnote1sym">1</a>
Admitirmos, em termos espaciais, que a dinâmica da cidade exige que se reconheça que a urbe é o espaço onde os interesses dos diversos atores sociais materializam-se. Atores que através de suas práticas sociais modificam e constroem a cidade. Aproximar os anseios dos atores sociais locais e globais é imprescindível para a criação de bases de diálogo que permitam a construção da cidade, enquanto expressão concreta das aspirações coletivas. Neste processo é necessário compreender que cada agente social possui contribuições específicas a oferecer e interesses diferenciados na sua concretização. Essa é a essência da cidade enquanto expressão concreta das práticas sociais.
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<a href="#sdfootnote1anc">1</a> Castells 1999; 440
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Quem olha a realidade da cidade?

Com alíquota projetada em 27,8%, país supera vizinhos da região e expõe a realidade de um país com excesso de gastos públicos&nbsp;



A implementação do Imposto sobre Valor Agregado no Brasil, uma das principais bases da Reforma Tributária (Emenda Constitucional Nº 132/23), traz consigo uma marca nada positiva: o país terá um dos IVAs mais altos do mundo, indicador que é reflexo de um contexto estrutural de gastos públicos exorbitantes e que, via de regra, não se refletem em serviços de qualidade para a população.&nbsp;



Nesse sentido, no texto já aprovado na Câmara, a alíquota padrão do IVA brasileiro alcança 27,8% e, para termos uma ideia do potencial peso tributário para a nossa competitividade, é interessante compararmos a carga do imposto nacional com o de nossos vizinhos regionais.



E olhar para os dados da América Latina traz clareza sobre o tamanho da disparidade: na Argentina, o IVA padrão é de 21%; enquanto no Chile e no Uruguai, as taxas, respectivamente, são de 19% e 22%. A Bolívia tem um dos IVAs mais baixos da região, 13%, enquanto o México e a Colômbia aplicam alíquotas respectivas médias de 16% e 19%. O Peru, por sua vez, opera com 18%, ao passo que mesmo a Venezuela, com forte participação estatal na economia, aplica 16% de IVA médio.&nbsp;



Os dados são da Global VAT Compliance e apontam para um ambiente de negócios preocupante em que o Brasil, em alguns casos, pratica 10 pontos percentuais a mais de impostos do que a maior parte de seus vizinhos, parceiros e concorrentes comerciais nas dinâmicas do comércio internacional.





E o descompasso não pode se explicar apenas por questões técnicas da Reforma, mas pelo peso estrutural dos gastos públicos. O desenho do IVA brasileiro reflete um Estado que consome parcela excessiva do PIB para manter sua máquina, sem avançar em contrapartida na eficiência do gasto. O resultado é uma tributação que onera empresas e cidadãos de forma desproporcional, ampliando custos de produção e achatando margens de competitividade frente a concorrentes internacionais.



Para termos uma ideia deste cenário, nos três primeiros anos do mandato, o Governo atual teve gastos que ultrapassaram a meta fiscal em R$ 300 bilhões, segundo levantamento feito pela Instituição Fiscal Independente (IFI).



Essa lógica é estrutural e não vem de hoje, gerando como resultado a pressão por uma carga tributária onerosa, que recai sobre o setor produtivo e compromete a capacidade do país de competir globalmente, diminuindo a atratividade para investimentos e elevando o peso sobre cadeias produtivas que já enfrentam elevados custos logísticos e trabalhistas.



Outro aspecto que agrava o cenário é a multiplicidade de regras internas. A reforma prevê seis diferentes alíquotas de IVA, variando de acordo com o setor, o que contraria a lógica de simplificação tributária.&nbsp;



Esse quadro é particularmente desafiador porque a maioria do mercado brasileiro ainda não se preparou para a transição. Em pesquisa da ROIT, por exemplo, foi identificado que 85% das empresas brasileiras não estão prontas para a reforma tributária. A falta de planejamento se soma ao cenário de alta carga fiscal, abrindo espaço para desorganização administrativa, perda de eficiência e aumento de riscos no ambiente de negócios.



O IVA, em tese, poderia representar uma oportunidade de racionalização do sistema, com menos litígios e maior transparência. No entanto, ao fixar uma alíquota recorde, o Brasil reforça a imagem de uma economia onerada pelo peso de um Estado caro e pouco eficiente. A consequência é clara: empresas nacionais enfrentarão maiores dificuldades para competir globalmente, enquanto investidores internacionais encontrarão menos incentivos para apostar em um mercado que já é complexo por natureza.



Diante desse cenário, reforça-se ainda mais a necessidade de planejamento estratégico. As organizações precisam, o quanto antes, revisar processos, modelos de precificação, contratos e acelerar sua jornada de digitalização como um pilar para o ganho de eficiência.&nbsp;



O fato é que a Reforma, em princípio, não une eficiência a redução de carga tributária e, nesse cenário, o Custo Brasil segue como um fantasma, cabendo às empresas encontrar caminhos de viabilidade em um ambiente que seguirá pouco amigável para os negócios.&nbsp;

IVA na América Latina: por que o Brasil terá o maior imposto da região?

Quem está do outro lado da mesa não está alinhado aos seus objetivos, está alinhado aos interesses da instituição financeira



Agora é a hora e a vez do Tesouro Direto.&nbsp;



Tesouro Direto, quem conhece investe.



Banco não foi feito para investir, nunca consulte o barbeiro se você tem que cortar cabelo.



O brasileiro precisa aprender a investir melhor e a proteger o patrimônio de certos predadores financeiros que estão de olho no seu dinheiro, afinal todo planejamento de sucesso baseia-se em 70% psicologia e 30% estratégia.



Os super ricos de verdade não usufruem das armadilhas que eles indicam aos desinformados para tirar proveito quando se trata de investir.



Esses investimentos muito sofisticados e difíceis de entender escondem altas taxas de administração e são desenvolvidos exatamente pra confundir a compreenssão do investidor.



Quem está do outro lado da mesa não está alinhado aos seus objetivos, está alinhado aos interesses da instituição financeira.





O gerente de banco está lá pra te empurrar os ativos podres que faz o seu dinheiro trabalhar pro banco porque se não estiver batendo meta, é mandado embora e perde o emprego.



O agente da corretora de valores está lá pra tem empurrar os ativos podres que faz o seu dinheiro trabalhar pra corretora de valores porque se não estiver batendo meta, é mandado embora e perde o emprego.



O melhor investimento de curto prazo pra preparar reservas financeiras e resgatar a qualquer hora que precisar, é o Tesouro Selic que tem proteção do Tesouro Nacional que é o caixa do governo e muito mais seguro que o Fundo Garantidor de Crédito que tem apenas 2% de recursos para cobrir as reservas financeiras menos piores caso os bancos decretem falência, e essa é a camada da segurança financeira que precisa ser preparada antes de iniciar a camada da independência financeira.&nbsp;



O melhor investimento de médio prazo que é acima de 2 anos até 5 anos, é o Tesouro Ipca + e esse é o início da camada da independência financeira.



Ninguém te fala do Tesouro Direto porque não tem interferência do gerente de banco e nem do agente da corretora de valores, e quem sai ganhando ao investir em títulos públicos do Tesouro Direto é só o investidor.&nbsp;



Após ter preparado a camada da segurança financeira e em seguida ter preparado também a camada da independência financeira, já é hora de pensar em preparar a camada da liberdade financeira. &nbsp;



No longo prazo que é a partir de 10 anos pra cima, as ações sempre ganham de qualquer outro tipo de investimento e principalmente as ações perenes. Esse é o início da camada da liberdade financeira que são investimentos que não podem ser resgatados a qualquer hora como o Tesouro Selic.&nbsp;



Essa é a importância de aprender a investir por conta própria e de forma independente.



Mais detalhes estão disponíveis no episódio 200 do podcast Café com Adm que foi quando Leandro Vieira entrevistou Tito Gusmão



Gostou do conteúdo? Compartilhe, precisamos divulgar essas informações transparentes que poucos conhecem.&nbsp;

Banco não foi feito para investir, nunca consulte o barbeiro se você tem que cortar cabelo

90% das empresas antecipam impactos em suas operações e 66% preveem aumento de investimentos em tecnologia para se adaptarem a jornada de transição fiscal do país



Aprovada por meio da Emenda Constitucional nº 123/23, a Reforma Tributária inaugura um novo capítulo na dinâmica de apuração, fiscalização e gestão de processos fiscais no ambiente de negócios brasileiros. Ao mesmo tempo, em que se pesem seus potenciais ganhos em termos de simplificação e transparência de nosso sistema, não há dúvidas de que a reforma traz consigo impactos que vão muito além das alíquotas definidas para o IVA Dual que passa a ser aplicado no país já a partir de 2026.



Como se sabe, no ano que vem entram em vigor com percentuais de 0,9% para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e 0,1% para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).



Essas alíquotas, residuais neste primeiro momento, no entanto, não devem iludir os empresários: mais do que um custo tributário, o verdadeiro peso nesse início da jornada de transição do país estará no investimento operacional necessário para a devida adaptação ao novo modelo.



Esse ponto é reforçado, por exemplo, por uma pesquisa recente da Thomson Reuters a qual indica que 90% das empresas veem um impacto de médio a muito alto em suas operações para que possam se adaptar às diretrizes da Reforma Tributária.



E esse impacto passa também pelo aumento de custos, com 66% dos entrevistados entendendo que o investimento em soluções de gestão tributária deve ter crescimento no período de seis meses e dois anos – expansão que deverá se manter nos próximos nove anos para mais de 40% das empresas.



Ou seja, mais do que pensar no peso das alíquotas do CBS e do IBS nesse primeiro momento, o que se impõe às organizações é a necessidade de repensar processos, sistemas e estruturas para lidar com um cenário de regras em mutação. E esse movimento, naturalmente, não vem sem custos.



Ato contínuo, a complexidade do período de transição não decorre apenas da mudança legislativa em si, mas da simultaneidade de dois sistemas convivendo por quase uma década.



Entre 2026 e 2033, empresas terão que operar com o regime antigo e, em paralelo, implementar gradualmente as regras do novo modelo. Esse duplo esforço tende a aumentar consideravelmente os investimentos em tecnologias capazes de se adaptar a regras de modo contínuo que, aliás, ainda estão sendo desenhadas; ao mesmo tempo em que coordenam as exigências atuais, de modo que possam aproveitar créditos e atuar em conformidade com o antigo regime.





Nesse pacote, entram ainda os custos com treinamento de equipes e consultorias especializadas para garantir que não haja falhas no cumprimento das obrigações conjuntas. Não por acaso, a pesquisa da Thomson Reuters também indica que 62% das empresas esperam um crescimento dos investimentos em atualizações de processos e consultoria externa, ao passo que 51% preveem um aumento de custos em treinamento de colaboradores nos próximos seis meses.



Dentro desse contexto, a jornada de digitalização das empresas também tende a ser acelerada. Negócios que ainda operam com sistemas fragmentados ou manuais sentirão mais intensamente o peso da transição. Isso porque a Reforma não se resume a ajustar planilhas: ela exigirá integração de dados, parametrizações sofisticadas e capacidade de gerir regras em tempo real.



É nesse ponto que reside o paradoxo da Reforma. O discurso oficial enfatiza simplificação e transparência, e, de fato, no longo prazo, os benefícios podem ser palpáveis. No entanto, até que esse horizonte seja alcançado, a curva de aprendizado trará inevitavelmente custos e riscos. Estamos, assim, diante de um cenário em que a questão operacional se sobrepõe, neste momento, à discussão puramente dos custos fiscais.



Isso significa, por fim, que o impacto da Reforma não será uniforme. Grandes organizações, mais estruturadas e com recursos para absorver investimentos em tecnologia e assessoria, estarão em posição de vantagem. Pequenas e médias empresas, por outro lado, sentirão com mais força os custos de adaptação, o que pode gerar um novo tipo de desigualdade competitiva.



Esse olhar não invalida os possíveis ganhos da Reforma Tributária, mas busca frisar a necessidade de um possível apoio a uma parcela importante do mercado para que a adaptação ao novo sistema fiscal do país ocorra de modo mais equilibrado.



Ao mesmo tempo, para as organizações, cabe agir desde já, repensando processos e buscando caminhos estratégicos para que os custos operacionais da Reforma não se transformem em obstáculos competitivos. A promessa de simplificação pode até se concretizar, o desafio agora é se integrar com inteligência a maior transição fiscal do século.

A tragédia anunciada do Japão ou espaço e poder das novas centralidades nas cidades.

Luiz Carlos Zubaran

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