O anonimato transformou a web em meio de contestação de forma incontrolável, mas como encará-lo no momento? Com a chegada da internet, esse sistema tradicional em que a imprensa é a única responsável pela divulgação das noticias, corre o risco de acabar. Com ela, temos aprendido a lidar com informações, em princípio, sem cara, sem DNA, sem assinatura. A disseminação indiscriminada, desleal, é freqüente e, muitas vezes, não se chega a um autor. Ainda que encontremos o responsável, novos difusores fazem a informação proliferar em velocidade exponencial como é o caso do Google. É fato que o anonimato transformou a web em um grande instrumento de contestação de tudo que ocorre no mundo. Como encarar o anonimato na internet, contudo, quando se trata do debate em sociedades democráticas? Somente as redes sociais como Facebook, Orkut e Twitter fazem com que isso deixe de ser anonimato. Pois nelas são possíveis discussões com pessoas que fazem parte do seu grupo de amigos, pessoas que realmente existem e que podem expressar seus posicionamentos quanto ao que acha sobre determinado assunto. O discurso democrático deve existir, as particularidades também devem ser entendidas e respeitadas por aqueles que são “amigos” dentro da sua célula, afinal de contas é sua imagem que esta associada ao seu discurso. Hoje, não somente pessoas, como empresas privadas já se preocupam com as redes sociais. Ninguém quer o nome do seu estabelecimento numa rede social falando que foi mal atendido ou até mesmo que o produto/serviço oferecido não é de boa qualidade. Assim como as empresas, os políticos também devem se preocupar, pois essa é a mais nova guerra que eles vão enfrentar nas próximas eleições. As redes sociais são ferramentas fantásticas que podem passar uma imagem errada de uma pessoa, fazer alavancar as vendas de uma empresa ou simplesmente vencer uma eleição ou até mesmo perder. Exemplo disso temos o Presidente dos EUA, Barack Obama, que preocupado com tal momento, providenciou antecipadamente um debate com amigos e usuários do Facebook. Pensando numa possível reeleição em 2012, ele foi colocado frente a frente com o Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, que na condição de moderador, realizou um forum sobre economia com foco na necessidade de reduzir os gastos do governo e ao mesmo tempo investir em inovação tecnológica. Obama respondeu todas as perguntas ao vivo no Facebook direto da Casa Branca. Isso somente aconteceu porque existiu um moderador e as perguntas foram baseadas somente em um tema, caso não fosse assim, seria difícil Obama responder perguntas aleatórias dos seus 19 milhões de “amigos” no Facebook. Fica a dica às pessoas, empresas e aos políticos: “Usem as redes sociais corretamente e com mais freqüência; Respeitem os seus amigos e seus pontos de vista; Fale das empresas se realmente vivenciou a situação; Apareçam para um debate civilizado.” Leia mais sobre assuntos relacionados no site: www.universopublico.com.br .