Por Sonia Jordão Além de nos relacionarmos bem com nossos familiares e amigos, precisamos cuidar dos relacionamentos junto aos colegas de trabalho. Afinal, é no trabalho que passamos a maior parte de nosso tempo. Existem vários tipos de pessoa, vários temperamentos, atitudes, etc. São as diferenças individuais. Experimente lidar com alguns tipos comumente encontrados da seguinte forma: – Amargurado: Dê-lhe uma palavra de conforto, de apoio moral, pois isso conquistará não só a simpatia dele, mas também a dos outros. Uma das técnicas de relação humana de maior poder é a bondade. – Atrevido: Encurte a duração do contato, dando urgente solução ou breve encaminhamento ao problema ou assunto de seu interesse. – Complexado: Evite tocar em seu ponto fraco, fazer chacotas, brincadeiras, colocar apelidos, etc. – Apressado: Tenha destreza no atendimento: se não puder despachá-lo logo, pelo menos mostre que está fazendo o máximo para isso. – Conhecido: Seja cortês sem que, no entanto, sejam ultrapassados os limites da discrição e do respeito mútuo. – Desconfiado: Prefira o recurso da sugestão, falando com firmeza. – Desorientado: Dê orientação detalhada, seja persuasivo. – Distraído: O jeito é ser um tanto insistente, repetindo informações, etc. – Fraterno: Não se limite a retribuir gentilezas, algumas vezes tome a iniciativa da amabilidade. – Inibido: Seja paciente e o ajude a 'sair da casca' fazendo-lhe perguntas de fácil resposta. – Maledicente: Convém distinguir os que são apenas bonachões dos que são maledicentes. Com os maledicentes, que são os 'fuxiqueiros', nada fale e, se possível, ouça menos. – Perturbado: A situação foge do âmbito da normalidade. Dependendo do teor da perturbação, pode-se convidar a sentar, oferecer um cafezinho e chamar a chefia superior para atendê-lo. – Presunçoso: Quando já não suportar suas constantes exibições, não se dê ao esforço inútil e perigoso de dizer o que ele merece ― adote simplesmente a política do distanciamento. – Vaidoso: Seja caridosamente indiferente, deixando-o em paz com sua doce e débil fantasia de genialidade. – Zangado: Antes de tudo, ouça; deixe-o falar sem estabelecer discussão… Depois de ter escutado tudo tranqüilamente, inicie a troca de idéias aceitando os seus sentimentos. A seguir, externe palavras de apreço, destacando a educação que ele manifesta em ouvi-lo. Exponha então seus pensamentos ordenadamente, de maneira impessoal e com clareza, pois o importante é você ser compreendido. Dê oportunidade a ele de fazer indagações. Se for contestado, ouça novamente com serenidade e recomece percorrendo o caminho crítico até aqui descrito. Vez por outra se refira a ele pronunciando-lhe o nome. Esgotados os seus argumentos apele para a nobreza que ele talvez não tenha, mas apreciará demonstrar possuir. Se ao cabo de todas essas manobras ele ainda continuar zangado, das duas uma: ou 'ele tem mesmo toda razão' e neste caso somente lhe resta pedir desculpas, agüentando as conseqüências, ou ele está perturbado, e aí precisa ser ajudado. Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante e consultora organizacional. Autora do livro: 'A arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado', e dos romances corporativos: 'E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo' e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”. Site: www.soniajordao.com.br, www.tecerlideranca.com.br e www.umnovoprofissional.com.br.