No meu penúltimo artigo: ”Fundos de Investimento Imobiliário”, fiz uma análise sobre este tipo de investimento que tem atraído tantos investidores, principalmente neste cenário de juros em queda. Esclareci conceitos, características, vantagens e relacionei seu crescimento com nosso contexto econômico e social. Como dito, este veículo de investimento tem crescido bastante, principalmente em razão do grande desenvolvimento do mercado imobiliário brasileiro e pelo custo de oportunidade do atual mercado financeiro, que tem levado investidores que desejam uma rentabilidade significativa acima da inflação, à migrar da renda fixa à renda variável, que é o caso dos fundos imobiliários, embora que eles não apresentam oscilação tão intensa quanto as ações. Antes da compra das cotas do F.I.I, o investidor deve ficar atento a algumas informações sobre o fundo desejado. O investidor pode as encontrar no site da BMFBOVESPA. Posso começar a citar, dentre vários critérios a serem observados, a rentabilidade e rendimento distribuído pelo fundo. A rentabilidade é a valorização que a cota tem apresentado em determinado período, e rendimento seria o aluguel mensal pago aos cotistas. Investidores que costumam olhar mais para a valorização das cotas são considerados mais arrojados, e investidores que já dão mais atenção aos rendimentos, são considerados mais conservadores. Importante também o investidor estar atento aos objetivos, perfis e diversidade de empreendimentos ou ativos de cada fundo. É bastante recomendável uma carteira composta por fundos com perfis e objetivos dos mais variados, como por exemplo, aplicar em fundos que invistam em escritórios, residenciais, shoppings centers, hospitais, universidades e galpões. Vale ressaltar também a qualidade dos inquilinos que fazem parte do fundo. Inquilinos financeiramente ”robustos” , diluem o risco significantemente do investimento e da inadimplência. . A liquidez do fundo, por sua vez, também é algo a se dar atenção. Fundos bastantes líquidos são quase sempre bem recomendados. Pode-se observar esta liquidez olhando para giro mensal ou para a quantidade de negócios realizados, de determinada cota. Também o investidor deve ficar atendo a empresa que é responsável pela administração do fundo. Empresas com grande experiência na área, com boa reputação e com grande carteira são as preferíveis, pois são menos suscetíveis a problemas que envolvem documentações, atrasos de distribuição de rendimentos, entre outros. Como em imóveis tradicionais, há o desejo de comprar o imóvel barato, para vender caro. Nos Fundos Imobiliários, também é assim. Para isso, calcula-se o Valor Patrimonial da cota, dividindo-se o Valor Patrimonial do fundo pelo número de cotas. Em seguida, divide-se o preço da cota por seu valor patrimonial. Quanto mais próximo de 1 for o resultado dessa divisão, melhor, pois mais próximo do preço justo está o preço da cota. Estas são as informações que considero mais importantes ao analisar quais fundos imobiliários o indivíduo deve intestir e formar uma boa carteira. Boa sorte!