Devido à diversificação dos negócios, as empresas se veem em um ambiente onde a complexidade e a dinamicidade nos processos empresariais está aumentando cada vez mais. Sendo assim, as organizações, para se manterem competitivas no mercado, precisam contar com gerenciamento adequado de seus recursos, dados e procedimentos. Para atender a essas demandas, as empresas podem utilizar softwares que disponibilizem informações atualizadas e consistentes e que processem dados de diversos setores. Essas são funções básicas dos sistemas integrados de gestão empresarial, os sistemas ERP. Sistema ERP (Enterprises Resource Planning) pode ser entendido como um sistema de gestão empresarial. Permite que diferentes unidades da organização tenham acesso a informações de diferentes transações do negócio. O ERP E SUA FUNÇÃO Os sistemas de ERP mostram vários tipos de produtos e de concepções, o que significa que existem estilos diferentes ou modelos básicos de criação de produtos. Esses modelos diferem não só pelo tipo de módulos objetos e quantidade, mas também pela lógica utilizada na implantação dos projetos. A implantação do software depende da natureza e características das atividades para as quais o produto foi originalmente idealizado, ou seja, indústria, comércio, serviços. Os sistemas de ERP possuem conjuntos básicos de módulos, como relações de atividades fins e atividades meio. Esses dois conjuntos interligados e suportados por plataforma de dados formam a estrutura básica do sistema de ERP que deve conjeturar as políticas e estratégias do negócio. ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO A inserção do sistema ERP é composta pelas seguintes fases: 1) Mapeamento de processos atuais: Nessa fase, é necessário analisar todos os processos a fim de minimizar os problemas e identificar melhorias. É importante que os processos sejam entendidos por todos e bem detalhados. 2) Seleção do sistema ERP: Deve ser escolhido o ERP que melhor se adapte as necessidades e integre as características da empresa. 3) Decisão da Compra: Quando a empresa decide utilizar um sistema ERP, esperam obter diversos benefícios, como o controle sobre os processos da empresa, a redução de custos de informática e o acesso a informação de qualidade. Mas nessa fase, deve-se considerar os custos para a implantação, o tempo de aprendizado, resistência por parte de alguns colaboradores, entre outras. 4) Revisão e adequação dos processos operacionais à nova realidade sistêmica: Deve-se avaliar, nessa fase, as especialidades de cada processo que não serão atendidos, e, após identificados, encontrar a melhor alternativa. 5) Implantação: Existem três estratégias para se implantar o ERP na empresa. A substituição total e conjunta (Big Bang) – todos os sistemas são substituídos por um único sistema ERP; Estratégia de Franquias (Franchising) – sistemas de ERP independentes são instalados em cada unidade da organização; Método “Slam-dunck” – o ERP substitui um legado em apenas processos chaves. A implantação de um ERP compreende três etapas, são elas: pré-implantação (tem como principal função a tomada de decisão quanto a implantação do sistema, bem como são definidos os software, hardware e os parceiros de implantação. Na próxima etapa, a de implantação, são definidos os processos de negócio da empresa e a utilização do sistema pelos colaboradores da organização. E na etapa de pós-implantação, é esperado que a empresa disfrute dos novos processos e passe a aumentar sua renda. 6) Treinamento: É muito importante que a empresa conceda treinamento aos colaboradores. Essa etapa deve ser bem planejada e demanda custos altos e tempo. 7) Auditoria operacional e manualização sistêmica: Seu objetivo de examinar as características de segurança para determinar se está sendo mantida a integridade das informações da empresa. A adoção do sistema ERP pode apresentar vantagens como auxiliar na comunicação interna; Agilizar na execução de processos; Auxiliar na tomada de decisões; Diminuir o tempo de entrega dos produtos e serviços; Diminuir a quantidade de processos internos. Além das vantagens, é possível elencar algumas desvantagens, como: Demora na implantação; Demanda um custo expressivo; Riscos de prejuízos financeiros; resistência ao novo por parte dos colaboradores; Pode-se detectar, após algum tempo, que a solução não é a mais apropriada para a empresa; adaptação e treinamentos que também demandam custo para a instituição. Segue abaixo, os fatores críticos de sucesso na implantação de um ERP: Alto custo com implantação Interligação de processos e departamentos Colaboração dos funcionários da empresa Integração de todos os processos no ERP Treinamento e Comunicação Remodelagem dos processos CONSIDERAÇÕES FINAIS Levando em consideração as transformações competitivas do mercado, as empresas estão se vendo forçadas a buscar alternativas para encarar essas mudanças. E partindo do princípio que é necessário redesenhar os processos da empresa e ter segurança e confiabilidade nos serviços da organização, a implantação de sistemas integrados de gestão começa a ser considerada uma oportunidade de negócio. Referências ALECRIM, Emerson. O que é ERP(Enterprise Resource Planning). Info Webster. 2010. Disponível em .Acesso em 29/11/2012 GATES, Bill. A empresa na velocidade do pensamento: com um sistema nervoso digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. JUNIOR. Cícero Caiçara. Sistemas Integrados de Gestão ERP. 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