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Na fazenda a discussão estava pegando fogo. De um lado as galinhas com suas dificuldades e do outro os porcos com suas idéias. As reuniões se arrastavam há tempo&#8230; era conversa e mais conversa e nada de ação. Ambos queriam preparar uma festa de aniversário para o fazendeiro, mas não chegavam a um consenso. 
As galinhas defendiam: 
&#8211; Gente&#8230; cócódé, não adianta se incomodar tanto! Vamos fazer qualquer coisa e deu pra bola. 
Os porcos propunham: 
&#8211; Óinc óinc, temos de fazer a melhor festa pra ele, temos de surpreender. 
&#8211; Cócódé, mas vai ser muito complicado, e pra quê fazer a melhor festa se o fazendeiro nem é tão bom pra nós. Quando ele for melhor conosco, aí faremos algo diferente. 
&#8211; Óinc óinc, se queremos que ele mude, façamos nós antes. Nós é que precisamos dele. 
&#8211; Cócódé, tá complicado nos entendermos. Vocês querem as coisas mais difíceis, tem de ser mais prático. Sugiro começarmos a definir as coisas com menos polêmica. Vamos definir o cardápio. 
Todos então concordam. Então a galinha propõe: 
&#8211; Vamos fazer ovos com bacon. 
Agora eu pergunto, quem está envolvido e quem está comprometido? Nas empresas, na sociedade, em tudo, há esses dois grupos. Os envolvidos e os comprometidos. Parece ser a mesma coisa, mas não é. 
Envolvimento é ato de envolver. Envolver deriva do latin envolvere que seria o mesmo que cobrir, enrolar ou misturar. 
Comprometimento é ato de comprometer-se ou assumir um compromisso. Comprometer deriva do latin compromittere e compromisso deriva do latin compromissu ambas remete ao sentido de assumir uma obrigação ou promessa firmada com outra parte. 
Exemplificando para o ambiente de trabalho:
A pessoas envolvidas fazem parte do grupo e trabalham pelos seus objetivos. 
Para os comprometidos, o grupo faz parte dele e trabalha com os objetivos coletivos. 
Os envolvidos apontam os sintomas e muitas vezes fazem parte do problema. E quando resolvem, o fazem da forma mais prática. 
O comprometidos compram problemas e resolvem da melhor forma. 
Os envolvidos assumem somente as responsabilidades da sua função e quando é repassado mais funções reclamam que estão sendo explorados e não têm interesse, pois não fecha com seu objetivo pessoal. 
Os comprometidos assumem as responsabilidades necessárias para atingir os objetivos coletivo e quando é repassado mais funções vêem como ótima oportunidade de aprenderem mais. 
O envolvido sempre quer ser reconhecido pelo que faz. O comprometido sempre reconhece quem faz. 
Para os envolvidos sempre há problemas e dificuldades. Para os comprometidos, sempre há soluções e energia. 
O envolvido toma espaço. O comprometido constrói o seu espaço. 
A relação com um evolvido é de curto prazo. Enquanto o comprometido consegue-se manter uma relação de longo prazo. 
Quer matar uma empresa aos poucos? Retenha funcionários, clientes e fornecedores que você não consiga manter relação de longo prazo. Ou seja, mantenha envolvidos contigo que será o seu suicídio. 
O porco olha com serenidade para as galinhas e fala com segurança: 
&#8211; Óinc óinc. Se esta for a melhor solução, eu darei o meu coro, pois eu sou comprometido. 
E você&#8230; é comprometido com as outras pessoas, com o que faz, com sua família, com seu trabalho, com a alegria dos que estão próximos de você. Ou você é só mais uma galinha no poleiro?

Galinhas e Porcos. O confronto.

Na fazenda a discussão estava pegando fogo. De um lado as galinhas com suas dificuldades e do outro os porcos com suas idéias. As reuniões se arrastavam há tempo&#8230; era conversa e mais conversa e nada de ação. Ambos queriam preparar uma festa de aniversário para o fazendeiro, mas não chegavam a um consenso. As [&hellip;]

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Estudo elaborado em março de 2002.

	As agências de propaganda por décadas concentraram-se em criação de anúncios. A partir do final da década de 80 o mercado começou a sofrer grandes mudanças devido à evolução do comportamento do consumidor. As empresas mudaram de foco no produto para foco no cliente. A competitividade e exigências do cliente fizeram com que as empresas revisem novamente seu foco. A partir de 2000 começou-se a trabalhar mais intensamente no foco do cliente, com isto, novas mudanças estruturais do mercado. 

-	Até a década de 80 as agências faziam apenas anúncio e cobravam altos valores. O principal atributo era ser criativo nos anúncios. Havia diversas agency house.
-	Na década de 90 as agências começaram a participar mais ativamente com a contratante nas definições de marketing, e a concorrência fez com que os valores cobrados fossem menores. O principal atributo passa a ser planejamento. Drástica redução das agency house.
-	Neste novo milênio, as agências, mais ativamente, passaram a participar nas decisões e estratégias mercadológicas, conhecer a fundo o comportamento do consumidor e gerenciar boa parte da comunicação. Sofrem com a redução na remuneração, diminuição da verba publicitária e concorrem com comunicação alternativas, que estão ganhando maior proporção. O principal atributo passa a ser planejamento e gerenciamento. Quase inexiste agency house.

	A tendência das empresas é concentrar-se em seu negócio principal, terceirizando atividades não relacionadas diretamente aos seus objetivos de negócios, usando cada vez mais os serviços de especialistas externos. Apesar de ainda ser novo no Brasil o conceito de terceirização de manufatura, finanças, contabilidade, distribuição, marketing etc. A pressão para reduzir os custos provavelmente aumentará a terceirização e o envolvimento entre contratante e terceirizados.
	A prestação de serviços crescerá em proporções maiores que os demais setores e o cliente exigirá muito mais. Os produtos sofrerão para diferenciar-se entre os milhares que existem e a novas tecnologias serão valorizadas. O restante será commodity. 


	Diante destas condições, para o ano de 2010, como será o mercado publicitário e a relação entre agência x anunciante x consumidor? Como será o mercado publicitário do interior? Qual será a situação da pequena e média agência publicitária?
	Responder esta inquietude através de um estudo do futuro, Cenário na Visão Prospectiva, é o melhor meio. Cenário prospectivo não busca acertar o futuro mas possibilitar criar estratégias vencedoras em qualquer ambiente a porvir. Nos cenários não se projetam tendências, mas as quebras de tendências, que podem ser oportunidades ou ameaças. 
	Há três possíveis cenários futuros: Um compromisso maior; Aperfeiçoamento e mudança de foco; Melhoramento contínuo. Não cabe escolher o mais provável, pois ninguém sabe como será o futuro, mas considerar ambas possibilidades na formulação de estratégias corporativas.

Um Compromisso Maior 
	O fato de o anunciante procurar alguém que o oriente mercadologicamente é uma oportunidade para a agência assumir mais este papel. A interação e os laços de relacionamento serão mais duradouros e fortes. A preocupação maior será formar parceiros e não fornecedores.
	Apesar da maior importância do endomarketing e da responsabilidade social, a divulgação sempre terá maior importância, pois é o melhor meio de informar, lembrar e persuadir grande número de pessoas em curto espaço de tempo. 
As agências de propaganda gerenciarão a agência de marketing direto, empresa de promoção de venda; empresas de pesquisas; agencia de internet (digital); empresas de design (marcas, rótulos e embalagens). As agências de propaganda assumirão uma postura de gestoras da comunicação do cliente nas mais variadas áreas.
	Os anunciantes procurarão agências comprometidas com resultados e que consigam viabilizá-lo independente do tamanho. Mercado promissor serão as cidades metropolitanas do interior, gerando assim, uma proliferação de redes de agências do interior. 
	Intensificará os contratos regendo ganhos das agências sobre os ganhos dos anunciantes, muito aplicado na Europa e EUA. Esta forma possibilitará um incremento financeiro para as agências e satisfatório para o anunciante. O recebimento de comissão será visto com descrédito pelo mercado e o anunciante assumirá as compras.
	A fidelização por marcas será mantida através de um grau maior de diferenciação ente as líderes e as seguidoras. Haverá uma grande redução das marcas líderes. Elas serão mais caras, evidenciarão sua tradição em qualidade e as ações de responsabilidade social, ambiental e cultural. As marcas seguidoras terão preço menor, serão em maior número com agilidade e qualidade. A maior dedicação das empresas com o cliente abrirá canais de relacionamento direto e com espontaneidade. O cliente interagirá com a empresa para a melhoria dos serviços e produtos.
	A expansão da comunicação virtual e comércio eletrônico farão com que as agencias digitais cresçam mais que as agências de propaganda e abrirão portas ilimitadas a bons profissionais. As agências digitais trabalharão sob o direcionamento e ao mesmo tempo, darão suporte as agências de propaganda. O sistema digital de rádio e tv criarão novas as formas de anunciar e modificarão o comportamento do consumidor. A facilidade em monitorar os dados ajudará as agências a serem mais eficazes.
	Os transtornos sociais (violência), impactos ambientais e preocupação social e cultural farão surgir empresas especializadas divulgar em promover ações para captação de recursos em prol dessas entidades de cunho social. 
	O melhoramento econômico derivado da moralidade política proporcionará crescimento na produção agrícola e industrial, investimentos de recursos externos e superávit comercial. O bom estágio na economia fará surgir grande número de marcas (produtos e serviços) e para diferenciarem-se necessitarão de uma eficaz ação mercadológica.

Aperfeiçoamento e Mudança de Foco 
	O endomarketing e responsabilidade social serão complementares para valorização das marcas e empresas especializadas coordenarão esta função. A divulgação continuará sendo a melhor forma de construir marcas e não sofrerá profundo impacto de verba. 
	O mercado dará ritmo aos negócios e exigirá qualidades e vantagens mais expressivas. A especialização será marcante para o sucesso tanto para anunciantes como para agências. As agências de marketing direto, empresas de promoção de venda, agências de propaganda, consultorias em marketing e marcas, empresas de pesquisas, agencias de internet (digital), e, empresas de design (marcas, rótulos e embalagens), terão espaços mais bem definidos e todos trabalharão coordenadas pelo anunciante.
	A remuneração das agências estará diretamente ligada a sua capacidade de negociação, desempenho conseguido para o anunciante e percepção do consumidor. O recebimento de comissão será pouco aceito pelo anunciante. O mercado publicitário das cidades metropolitanas do interior crescerá em proporções muito maiores que os das capitais, sem contar que a concorrência será menor. 
	A apreciação pelas marcas líderes será afetada em alguns casos e o consumidor, gradualmente, passará a preferir marcas politicamente corretas e que tenham qualidade, independente da posição que a marca ocupa no mercado. Poucas empresas conseguirão fidelizar os clientes, devido ao maior grau de exigência e indiferença deles, bem como o aumento da concorrência.
	A comunicação virtual e o comércio eletrônico terão expansão maior que outros setores. Porém a fomentação de bons profissionais e o baixo investimento inicial para operação, gerarão uma oferta e demanda desequilibrada. Poucos ganharão grandes quantias. Também surgirão muitas campanhas independentes da internet com bons resultados. 
	O aumento nas exportações, estabilização da economia e da inflação, falta de credibilidade política, integração dos dados nos mais diversos meios, surgimento da tv e rádio digital, o estresse social (violência, poluição, infraestrutura, saúde, trabalho, etc), somados com o rigor na fiscalização e a maturidade (indiferença) dos clientes farão com que somente as empresas qualificadas, competitivas e sérias se mantenham no mercado. É o peneirão dos incompetentes.
	O Brasil evidenciará sua vocação para o agronegócio. As boas safras e o resultado com as exportações de toda a cadeia produtiva agrícola, darão um novo gás para a economia e amenizará problemas sociais. Uma nova gama de anunciantes surgirão para concorrer ativamente no mercado internacional.

Melhoramento Contínuo 
	Dois acontecimentos são inevitáveis: 1º O anunciante se aproximará de alguém em quem confie para orientá-lo mercadologicamente, independente se for agencias ou consultorias; 2º Diminuição percentual da verba para divulgação gerenciada pelas agências de propaganda. A verba de comunicação será distribuída em 3 áreas: 
	Endomarketing com aumento na participação será prioridade para as empresas, devido às exigências dos clientes, o despreparo (conhecimento, perfil, comportamento, integração) da mão-de-obra e para formar equipes cooperantes. 
	Responsabilidade Social (social, ambiental e cultural) com aumento na participação as empresas politicamente corretas terão preferência do consumidor. A intensificação das ações em benefício social é certa. Os anunciantes também cobrarão das agências uma postura social. 
	Propaganda com diminuição na participação haverá outras divisões da verba entre: agência de marketing direto, empresa de promoção de venda; agência de propaganda; consultoria em marketing e marcas; empresas de pesquisas; agencia de internet (digital); empresas de design (marcas, rótulos e embalagens). As divulgações das realizações sociais terão amplitudes maiores.
	Os anunciantes localizados nas cidades metropolitanas do interior, mas com divulgação nacional, procurarão agências com estrutura nacional, e as agências nacionais entrarão no interior com estruturas mais compactas e competitivas (afiliações). A disputa por preço continuará e as margens ficarão menores gerando sérios riscos financeiros para agências e anunciantes.
	A expansão da comunicação virtual e comércio eletrônico farão com que as agencias de internet (digitais) cresçam, pelo menos, três vezes mais que as agências de propaganda. Elas estenderão sua área de atuação para outros tipos de mídia digital além da internet, como tv, rádio e celulares. Os anunciantes procurarão diretamente as agências digitais e estas criaram campanhas especificas e de grande projeção. A tecnologia digital (tv e rádio) possibilitara números precisos de audiência, e os anunciantes cobrarão retornos mais precisos.
	As agencias de propaganda, para manterem-se em situação de destaque no cliente, ampliarão o leque de serviços estratégicos e multi-áreas. Buscarão tornar-se um misto de agencia de propaganda com consultoria em marcas e mercadológica. Conciliarão os ganhos com base no serviço aplicado e resultados obtidos, o anunciante preferirá não pagar comissão. O recebimento de comissão será restrito as agências que posicionarem exclusivamente em propaganda.
	A incerteza das alterações no quadro político e o rigor das fiscalizações inviabilizarão diversos empreendimentos. Forma-se uma recessão interna, mesmo estando às exportações em alta, trazendo divisas para o Brasil, pois os juros elevados conterão o consumo. As alterações climáticas afetaram o agro-negócio e toda a cadeia produtiva. Haverá ondas de maiores de recessão (quebra de safra) e ondas menores de crescimento (super safra). Abre-se um novo campo para divulgação dos produtos exportados e do agronegócio.






Cenário do mercado publicitário para 2010

João, agricultor honesto, simpático, possuidor de inúmeras e fortes amizades que as cultiva como a sua plantação de morangos. Há 14 anos ele vende seus morangos na feira municipal. No início eram poucos os que vendiam, mas ultimamente a história era outra. 
O que o preocupava não era os inúmeros concorrentes agricultores na feira, mas sim, os argumentos que eles usavam para vender. João tinha um cuidado todo especial com seus morangos e nunca usava agrotóxicos, pois ele os consome e não admite pôr em risco a saúde da sua família. Porém, seus colegas feirantes não têm a mesma preocupação e vendem os morangos dizendo que não usam agrotóxicos. João se chateia com essa situação, pois sabe que não é a verdade e tampouco eles têm os cuidados e conhecimentos de João no cultivo de morangos.
João também sabia que o sabor dos seus morangos era muito mais gostoso por serem totalmente naturais e cultivados com dedicação, porém não era possível fazer todos degustarem seus produtos e compararem com os dos outros feirantes, além de não ser nada ético, seria oneroso e nem todos conseguiriam perceber a diferença de sabor. Uma coisa é certa, ninguém quer se contaminar e muito menos deixar seus familiares intoxicados pelos agrotóxicos.
Mas como João faria para provar que seus morangos eram 100% naturais?

- Eu descobri!!! Sua esposa grita entusiasmada João... eu vi na tv que já tem laboratórios que fazem exames pra comprovar se os produtos têm ou não agrotóxicos, e eles dão um certificado!
Então João entra em contato com o laboratório.
- Olha, eu tenho morangos sem agrotóxico e quero provar que é verdade!
- Seu João, para isso, antes o senhor precisa seguir alguns padrões de manejo de morangos para poder receber o certificado.
- Mas não basta ter os morangos sem agrotóxico?
- As análises são mais amplas, elas avaliam, além do uso ou não de agrotóxico, o grau de contaminação por bactérias e outros germes. 
- É... isso é melhor ainda!
- E não pára por aí. Também é avaliado se o senhor segue bons padrões de trabalho, para que não haja riscos futuros e que seus filhos, quando forem para a lida, sigam os mesmos padrões de manejo.
- Parece complicado! João se expressa preocupado.
- Realmente é, mas vale a pena.

João assume o compromisso e começa a melhorar e avaliar todas as suas atividades, desde o preparo do solo até a venda dos morangos. 
Um árduo ano se passa e finalmente João consegue o certificado de excelência no cultivo de morangos com o selo de produto 100% natural.
É uma tremenda festa para João e sua família.

João sai para a feira, levando consigo os morangos com o selo conquistado com tamanho esforço. Agora seus produtos possuem o aval de um laboratório, atestando que não há agrotóxico e tem um manejo de extremo cuidado. No primeiro dia, João vendeu todos os morangos rapidinho. Uma felicidade só para ele e sua esposa. No retorno para casa, vendo que era cedo, resolve passar na recapadora para recapar o pneu da sua camionete.
Lá chegando, observa materiais destacando algo que ele nunca viu.
- Rapaz, o que é essa ISO 9001?
O funcionário explica com o maior orgulho e da forma mais clara possível para João. Ele ouve com muita atenção. Ao final ele sorri muito.
- Olha rapaz, essa ISO me lembra o selo de produto 100% natural.
- Nunca ouvi falar exclama o funcionário da recapadora.
- Então deixa que eu te conto a história dos meus pés de morangos.






João e os pés de morango

No acolhedor sítio, Jorge, ao lado do aconchegante fogão a lenha, olha pela janela da cozinha a garoa de inverno. O vento sul corta as árvores e trás lembranças. Enquanto sua respiração embaça o vidro, seus pensamentos divagam em nostalgia. Ele vê seu filho de 15 anos entrando em casa com dois baldes.
- É... meu filho já é um homem feito! Responsável, maduro. Meu orgulho e herança.
Para Jorge, seu filho, além de ser um fruto de seu amor por Estela, é também um símbolo de conquista. Quando se casou, há 25 anos, os 10 primeiros anos foram marcados por duras provações. Na época, eles e mais cinco funcionários cuidavam da pequena terra, onde plantavam e puxavam carga em seus dois caminhões. Mas nada dava certo. Faltavam fretes para os caminhões e quando conseguiam o preço era muito baixo. Plantava, mas não colhia. Quando colhia, o preço não cobria o custo. Sem contar, que várias vezes vendia e não recebia.
Por dez longos anos foram assim, até que piorou. A dívida era quase do tamanho do patrimônio e o casal sentia-se frustrado e totalmente desanimado. Uma década de casamento e não tinham filhos, pois planejaram ter quando estivessem financeiramente estáveis. Mas tudo deu errado e agora poderiam perder o que tinham.
Como mudar o rumo dessa história? Deus os abençoava?
Em um domingo, Jorge olhando preocupado pela janela da cozinha, fala à Estela:
- Amor, vamos ao culto hoje que de alguma forma Deus falará conosco.
Um jovem missionário que estava visitando a igreja foi responsável em levar a palavra. Ele falou com sabedoria e muito amor. Jorge e Estela sentiram muito conforto e foram falar com o jovem pregador. Contaram os seus problemas, choraram e disseram que Deus os havia abandonados. O jovem ouvia com atenção, ao final ele falou.
- Amado casal, digo-lhes que Deus nunca os abandou. Os problemas pelos quais vocês passam é a conseqüência de vossas atitudes. Vocês têm administrado os negócios de forma totalmente errada e não sabem utilizar o potencial dos funcionários.
Mas o que devemos fazer? atônito Jorge questiona.
- Dou-lhes dois conselhos. O primeiro, mudem a forma de pensar e agir, pois por 10 anos tem se mostrado ineficaz a atual forma como vocês pensam e agem. Procurem estudar, inovar e aprendam a pensar diferente. Busquem fazer o que os outros ainda não fazem, faça diferente, faça mais. Sejam os melhores. E nunca digam que é impossível, pois tudo é possível àquele que crê.
- O segundo conselho que lhes dou é, tudo o que fizerem, faça melhor que qualquer outro. Seja o melhor. Se dedique mais e mais e nunca diga que não pode fazer melhor, pois tudo pode ser melhorado.
Naquela noite uma nova história começou a ser escrita para este casal. Ela engravidou e ele mudou a forma de pensar e agir.
Mais quinze anos se passaram e qual o resultado disso? 
Hoje, Jorge é um dos maiores produtores agrícola da região e tem uma frota de 43 veículos. Sua equipe é formada por 78 funcionários totalmente comprometidos, muito felizes com o que fazem. Mas seu principal e maior patrimônio é o filho de 15 anos seu orgulho e herança que vem entrando pela porta da cozinha com dois baldes.
E o que carrega em cada balde? E qual o nome do filho de Jorge?
Um dos baldes está cheio de inovação e no outro transborda de competência e seu nome é Vitório que a referência da vitória que uma mudança de atitude provoca. 
E os teus baldes estão cheios do quê?






E os teus baldes estão cheios do quê?

Em um mundo que exige performance constante, dormir bem é um ato de equilíbrio e humanidade, não luxo, mas cuidado com o corpo e com a vida



A noite vai se aproximando, a cidade vai ficando quieta e o silêncio deveria ser um convite ao sono. Que engano! É justamente quando o corpo afunda que a mente declara guerra. Ela é um carro desgovernado numa estrada escura, sem destino, atropelando preocupações emaranhadas e listas de tarefas que piscam. Não há paz noturna; há apenas o caos insuportável de lembranças dolorosas que surgem como fantasmas do passado, iluminados por uma luz fraca e incômoda.&nbsp;



A ciência chama isso de hiperativação cognitiva, mas para você, que vive isso na pele, é uma batalha exaustiva entre um corpo exausto e um cérebro que se recusa a desligar, roubando o sono que você tanto precisa. Esse problema é amplo.&nbsp;



O Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controle e Prevenção de Doenças na tradução livre), uma agência do governo americano responsável pela saúde pública, pesquisa e controle de doenças, estima que um em cada três adultos dorme menos de seis horas por noite. A Organização Mundial da Saúde classifica a privação de sono como uma “epidemia silenciosa”.&nbsp;



No Brasil, levantamentos recentes indicam que mais de 70% da população enfrenta algum distúrbio do sono, indo da insônia à apneia. O ponto central não é apenas a quantidade de sono perdida, mas o círculo vicioso entre ansiedade e insônia. O estresse do dia se acumula e, em vez de diminuir, cresce a noite. A insônia aumenta a ansiedade e a ansiedade piora a insônia. Formando um tornado psicológico que se repete noite após noite.





<h2 class="wp-block-heading">A biologia de um cérebro em estado de alerta</h2>



Para entender o ciclo, é preciso observar o corpo. Nossos antepassados sobreviveram por manter-se atentos a ameaças, graças à resposta de luta ou fuga, regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que libera o cortisol, o hormônio do alerta.



Normalmente, o cortisol sobe pela manhã e cai ao anoitecer, permitindo a ação da melatonina, que induz o sono. Em pessoas ansiosas ou sob estresse contínuo, esse ritmo se desorganiza: o corpo permanece em vigília. Estudos mostram que quem sofre de insônia tem cortisol elevado à noite e menor produção de melatonina.



A falta de sono impede que redes neurais, como a de modo padrão (DMN), reduzam a atividade. Esse circuito ativo alimenta pensamentos intrusivos. Segundo Matthew Walker, da Universidade da Califórnia em Berkeley, a privação de sono amplifica a resposta de medo da amígdala e enfraquece o controle do córtex pré-frontal, é como passar a noite com o pé no acelerador e sem freio.



<h2 class="wp-block-heading">O impacto invisível no dia seguinte</h2>



Na manhã seguinte, surgem cansaço, irritabilidade e falta de foco. Mas os prejuízos vão além. Durante o sono REM, o cérebro consolida memórias e processa emoções; quando essa fase é interrompida, aprendizado e equilíbrio emocional sofrem. Dormir pouco eleva o risco de hipertensão, obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. A má qualidade do sono desregula hormônios do apetite, aumentando a fome e reduzindo a saciedade, o que favorece o ganho de peso.



Socialmente, o impacto também é grande: quem dorme mal falta mais ao trabalho, erra com mais frequência, sofre mais acidentes e evita o convívio por exaustão. Um problema individual que, em larga escala, vira questão de saúde pública.



<h2 class="wp-block-heading">O peso cultural e a tecnologia no sono moderno</h2>



Dormir pouco ainda é visto como sinal de disciplina e produtividade. Líderes que enviam mensagens fora do horário e colegas que exaltam quem “vira a noite” reforçam a ideia de que o descanso é negociável. Assim, dormir cedo parece descompromisso, e priorizar o sono soa como fraqueza. O mito da “coruja noturna” prospera, embora noites curtas prejudiquem atenção, memória e saúde.



A biologia dos cronotipos explica parte disso: há pessoas naturalmente mais matutinas ou noturnas, mas o problema surge quando o relógio social impõe um padrão único. Quem rende melhor à noite e precisa acordar cedo acumula um “jet lag social”, que causa irritabilidade e queda de desempenho, além de compensações com cafeína e açúcar.



A tecnologia agrava o cenário. Não é só a luz azul que atrapalha a melatonina: o conteúdo também estimula. Notícias tensas, debates e séries de suspense mantêm o cérebro em alerta. Aplicativos exploram recompensas e rolagem infinita, transformando “só mais um minuto” em meia hora desperdiçada.



Outro hábito comum é adiar o sono para “ter um tempo para si” após um dia exaustivo. Essa compensação se torna rotina e rouba o descanso. Romper o ciclo exige ajustar o ambiente, limitar mensagens e reservar o fim da noite para relaxar. Pequenos rituais sinalizam ao cérebro que é hora de desacelerar.



<h2 class="wp-block-heading">A ciência da recuperação</h2>



A ciência já mostrou: não há solução mágica, mas caminhos sólidos. O sono não se recupera por força de vontade nem com um comprimido. Exige cuidado multidimensional, ajustes de comportamento, apoio médico e consistência.



O problema não está só “na cabeça” ou “no corpo”. Ansiedade, estresse, hormônios e ambiente precisam ser tratados em conjunto. Soluções isoladas, como pílulas ou técnicas ocasionais, raramente funcionam. O que dá resultado é combinar acompanhamento médico, novas rotinas e manejo da mente acelerada.



Essa abordagem torna o sono mais estável e confiável. Mesmo assim, muitos resistem a buscar ajuda. O ponto é seguir um processo estruturado, pois o sono pode ser reaprendido com orientação adequada.&nbsp;



Medicamentos ajudam em fases críticas, mas o uso prolongado traz riscos. Devem ser apoio pontual, não solução definitiva. Tratar o sono como um projeto de saúde completo, unindo ciência, acompanhamento e prática, é o caminho mais promissor para transformar noites turbulentas em descanso restaurador.



<h2 class="wp-block-heading">O amanhecer após o tornado</h2>



Dormir melhor beneficia toda a sociedade. Políticas que valorizem o sono, ajustem jornadas e desencorajem a exaustão aumentam produtividade, reduzem custos e melhoram o bem-estar. Em países desenvolvidos, a perda de produtividade por privação de sono custa bilhões por ano.



A pandemia mostrou o quanto as fronteiras entre trabalho e vida pessoal são frágeis, e o sono foi o primeiro a ser sacrificado. A vantagem é que ele pode ser treinado, restaurado e protegido.



A mente acelerada que rouba o descanso é real, mas reversível. Com consciência, técnicas adequadas e mudança cultural, é possível recuperar noites tranquilas.



Em um mundo que exige performance constante, dormir bem é um ato de equilíbrio e humanidade, não luxo, mas cuidado com o corpo e com a vida.



* Charles Betito é fundador da MIND station e especialista em saúde mental corporativa e sono

O preço do desempenho constante: por que a falta de sono ameaça a saúde corporativa

Marcio Furrier, ex-CMO da América Latina na HP e pesquisador da USP, revela como transformar informação fragmentada em vantagem competitiva duradoura



Marcio Furrier é administrador graduado pela FEA/USP e por mais de 25 anos ocupou posições executivas em multinacionais como Philips e HP, onde liderou equipes regionais para o Brasil e a América Latina. Como CMO para a América Latina, reportando-se ao staff do CMO mundial, desenvolveu campanhas reconhecidas com Leões de Ouro em Cannes, EFFIE e London International Awards. Hoje, como doutorando na FEA-USP e pesquisador do B.R.A.N.D.S. Research Center e CEPID BRIDGE, pesquisa cocriação de valor de marca e ecossistemas. Sua trajetória única entre execução corporativa e pesquisa acadêmica oferece insights raros sobre como C-Levels podem transformar decisões fragmentadas em vantagem estratégica sustentável.



<h2 class="wp-block-heading">1. Decisões estratégicas: como separar o que importa do que apenas grita</h2>



Pergunta: Como você diferencia uma decisão verdadeiramente estratégica de algo que é apenas urgente?



Insight de Marcio: “A decisão estratégica mira uma vantagem competitiva. Se ela não vai influenciar de modo significativo e duradouro para alcançar objetivos críticos, pode ser importante ou urgente, mas não é estratégica. O C-level precisa diferenciar: o que é estratégico versus o que é urgente.”



A maioria dos executivos confunde pressão com prioridade. Marcio identifica que decisões estratégicas têm três características:



1. Geram vantagem competitiva sustentável



2. Influenciam resultados fundamentais por prazo



3. Exigem recursos críticos



Quando CEOs aplicam esses filtros, descobrem que muitas “urgências” são apenas ruído operacional que pode ser delegado ou automatizado.



<h2 class="wp-block-heading">2. IA como competência estratégica: além da ferramenta bonita</h2>



Pergunta: Como transformar IA de uma ferramenta cara em uma competência que ninguém consegue copiar?



Insight de Marcio: “Se quisermos que IA continue recebendo investimento, ela precisa migrar de uma ferramenta para uma competência estratégica. Utilizar IA em processos encadeados pode ajudar na vantagem estratégica, porque é difícil copiar tudo. Quando insights de diferentes canais são integrados, isso é muito valioso e difícil de imitar.”



A genialidade está nos processos encadeados, não na tecnologia isolada. Empresas como Amazon não vencem porque têm melhor IA, mas porque conectaram IA em:



• Recomendações personalizadas• Logística otimizada• Precificação dinâmica• Experiência do cliente integrada



Cada peça individual pode ser copiável; o sistema completo é praticamente impossível de replicar. Marcio também destaca que quanto mais distribuída a competência de IA na organização, mais talentos surgem e novas aplicações inovadoras emergem.



<h2 class="wp-block-heading">3. O verdadeiro gargalo: não é a IA, são seus dados</h2>



Pergunta: Qual é o maior obstáculo para empresas que querem usar IA estrategicamente?



Insight de Marcio: “Eu acho que o gap nem está na IA, está nos dados. Muitos especialistas analisam uma campanha de um jeito compartimentado, mas é difícil as pessoas envolvidas terem uma visão estratégica do que fazem.”



O problema não é tecnológico, é organizacional. Quem não se educou para a transição digital agora vai sofrer mais para entender o contexto. A maioria das empresas tem dados fragmentados em silos departamentais, com equipes que analisam pedaços isolados sem visão sistêmica.



Principais desafios identificados:



1. Dados fragmentados em departamentos isolados



2. Falta de visão integrada das campanhas



3. Executivos sem educação digital e visão estratégica de dados



4. Análises por especialidade sem contexto de impacto nos negócios



Marcio observa que executivos que não passaram pela transição digital anterior agora enfrentam uma curva de aprendizado dupla: entender dados E entender IA. As empresas que vencerão são aquelas que primeiro organizaram seus dados de forma integrada.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



Microsoft transformou-se de uma empresa de software para uma plataforma de produtividade integrada com IA. Netflix evoluiu de streaming para um ecossistema de dados que prevê, produz e distribui conteúdo. Essas empresas não “usam” IA - elas “são” organizações orientadas por dados com IA embarcada em processos estratégicos.



A diferença entre quem sobrevive e quem domina está na capacidade de conectar pontos que outros veem separadamente. Enquanto a maioria trata IA como projeto de TI, líderes visionários a transformam em competência organizacional distribuída, criando vantagens competitivas que são impossíveis de copiar porque dependem de cultura, processos e dados únicos.



<h2 class="wp-block-heading">Responsabilidade e transição</h2>



Como Marcio enfatiza: “A tecnologia não tem CNPJ nem CPF, é a pessoa que toma a decisão. A responsabilidade é da pessoa, por mais que venham insights.”



É fundamental cuidar da transição do modelo antigo para o novo da IA, garantindo que:



• As pessoas mantenham a responsabilidade final pelas decisões



• A implementação seja gradual e educativa



• Os insights de IA sejam interpretados com contexto humano



• A organização desenvolva competências distribuídas



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



Você está construindo competências sustentáveis ou apenas comprando ferramentas caras?



A resposta determina se sua empresa será líder ou apenas mais uma tentando acompanhar a transformação digital que já está acontecendo.

Por que seus dados valem mais que sua IA?

A matriz de risco não é um documento estático, mas um instrumento vivo, que deve ser constantemente revisitado à medida que o ambiente institucional evolui



A matriz de risco é uma das ferramentas mais eficazes para fortalecer a governança, aprimorar a tomada de decisão e promover a cultura de gestão preventiva. Utilizada tanto no setor público quanto no privado, ela permite visualizar de forma estruturada os principais riscos que podem comprometer os objetivos de uma organização, classificando-os conforme sua probabilidade de ocorrência e impacto potencial.



Mais do que um instrumento técnico, a matriz de risco é uma forma de pensar estrategicamente. Ao identificar vulnerabilidades e antecipar cenários adversos, a instituição passa a atuar de maneira proativa, transformando incertezas em oportunidades de aprendizado e melhoria. A construção da matriz envolve um processo de mapeamento participativo, no qual gestores e equipes avaliam os riscos operacionais, financeiros, legais, tecnológicos e reputacionais, definindo medidas de controle e planos de contingência.



Entre os principais benefícios, destacam-se:



Maior clareza nas prioridades de gestão, permitindo concentrar esforços nos riscos mais críticos;



Aprimoramento da comunicação interna, com linguagem comum sobre incertezas e controles;



Fortalecimento da accountability, por registrar de forma transparente os riscos e as respostas adotadas;



Melhoria da eficiência institucional, com decisões baseadas em evidências e não apenas em percepções.



No contexto da administração pública, a matriz de risco tem sido amplamente incorporada às práticas de gestão por resultados, controle interno e planejamento estratégico, servindo de base para o monitoramento de políticas, programas e contratos. Já nas empresas, ela integra o ciclo de compliance e gestão de riscos corporativos (GRC), alinhando-se às normas internacionais como a ISO 31000.



Em síntese, a matriz de risco não é um documento estático, mas um instrumento vivo, que deve ser constantemente revisitado à medida que o ambiente institucional evolui. Sua efetividade depende da maturidade da organização em lidar com a incerteza — e de compreender que, em gestão, o verdadeiro risco é não se preparar para ele.

Galinhas e Porcos. O confronto.

CLAIRTO ZUCCHI

Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

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CLAIRTO ZUCCHI

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