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ABERTURA DE CAPITAL
Assim que uma empresa decide abrir seu capital, há necessidade de decidir de que forma fará este processo, podendo ser através de uma oferta pública, na qual oferece suas ações para venda ao público em geral ou pode ser por uma oferta de direitos na qual as novas ações são vendidas aos acionistas existentes ou ainda através de uma colocação fechada, na qual, vende novos títulos diretamente a um investidor ou a um grupo de investidores.
Para Brum (2007) o maior atrativo para uma empresa abrir o capital, consiste na possibilidade de uma capitalização feita com recursos estáveis e que garantam menor dependência em relação ao setor financeiro, e a principal vantagem da abertura de capital consiste na possibilidade de criar uma base estável de suprimento de capital que sustente o desenvolvimento da empresa.
Segundo Gitman (2007) o objetivo da empresa, é maximizar a riqueza de seus proprietários, em nome dos quais ela é gerida. A riqueza dos proprietários, numa sociedade por ações, é medida pelo preço da ação, que por sua vez, se baseia na distribuição dos resultados no tempo, em sua magnitude e seu risco.
BOLSA DE VALORES
As bolsas de valores são sociedades sem fins lucrativos, apenas com o intuito de oferecer um mercado para comercialização dos títulos registrados, fiscalizar e verificar o desempenho de seus colaboradores e cuidar para que tudo esteja se desenvolvendo de forma correta. Porém, verifica-se também que as bolsas de valores são detentoras de autonomia para tomar decisões e executá-las dentro da área que abrangem.
Segundo Gitman (2007) as bolsas de valores são organizações tangíveis que funcionam como mercados secundários, nos quais os títulos existentes são transacionados, e também considerando a informação de que as bolsas são responsáveis por cerca de 46% do volume total em dólares negociados em ações.
Vale destacar que as bolsas de valores precisam desempenhar outro papel muito importante que é a divulgação ampla das informações, para que assim todos tenham conhecimento das atividades e oscilações do mercado, e também saberem como se comportou a evolução de seus investimentos.
A bolsa de valores de São Paulo é uma associação civil, considerada hoje o mais importante centro de negócios do mercado latino americano, fundada em 1890 como entidade oficial corporativa, vinculada à secretaria de finanças do governo estadual e composta por corretores nomeados pelo poder público (BRUM, 2007).
É através das negociações nas bolsas de valores que muitas empresas conseguem obter os recursos necessários para seus investimentos, pois elas proporcionam liquidez aos títulos negociados. Existem dois tipos de mercado disponíveis: o mercado primário e o mercado secundário.
MERCADO PRIMÁRIO E MERCADO SECUNDÁRIO
O mercado primário compreende o lançamento de títulos, ou seja, uma captação de recursos via abertura de capital, que se caracteriza por oferta pública inicial de ações. É no mercado primário que as empresas obtêm recursos para seus investimentos.
Uma vez que as ações já se encontram negociadas, este mercado recebe nova denominação, passando a ser chamado de mercado secundário, cuja função básica é fornecer liquidez aos títulos emitidos no mercado primário negociados nas bolsas de valores e no mercado de balcão (ZENO, 2008).
No mercado primário ocorre a canalização direta dos recursos monetários disponíveis dos poupadores, para o financiamento das empresas, pela colocação inicial das ações emitidas, que são possíveis diante de determinadas condições de liquidez, sendo assim, verificadas nas bolsas de valores (ASSAF NETO, 2009).
Tendo em vista o processo de abertura do capital da empresa, a forma como esse processo deve ser realizado, sempre sob as regras e fiscalização da BOVESPA através de seus órgãos competentes, definiremos o que são ações e quais os dois tipos ofertadas no mercado para serem negociadas, considerando suas particularidades.
AÇÕES
Ao ingressar no mercado acionário, a empresa passa por algumas alterações, adaptações e mudanças que deverão ocorrer para que seu capital seja negociado na bolsa de valores. Uma dessas alterações é dividir o capital da empresa em ações, e disponibilizá-las para serem negociadas. Essas cotas ficam disponíveis aos investidores, para que os mesmos possam comercializá-las, e desta forma serem detentores de uma fração da empresa.
Conforme a BOVESPA (2007) &#8220;Ações são títulos nominativos negociáveis que representam para quem as possui, uma fração do capital social da empresa, ação é um pedacinho de uma empresa.&#8221;
Ações são títulos de renda variável, emitidas por sociedades anônimas, que representam a menor fração em que se divide o capital da empresa emitente. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima, da qual é acionista, participando dos seus resultados, sendo as ações conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão (BRUM, 2007).
Bordeaux-Rêgo (2008) afirma que as ações preferenciais têm dupla característica: no caso de falência estão acima das ações ordinárias e abaixo do passivo exigível, mas têm garantia a distribuição mínima de dividendos 10% maiores do que o das ações com direito a voto. O dividendo mínimo a ser pago aos detentores de ações preferenciais é de 25% do lucro líquido da companhia.
Ao adquirir ações de uma determinada empresa o investidor pode obter benefícios e retorno financeiro, porém lembrando que pode também ter prejuízos pois o investimento é variável. O investidor tem ainda participação nos dividendos e também direito a voto nas assembleias. Nessa questão, dependerá exclusivamente do tipo de ação comprada, elas podem ser ordinárias ou preferenciais.
Ações ordinárias
As ações ordinárias são aquelas que possibilitam aos detentores, o direito a voto nas assembleias promovidas pela empresa, o número de ações corresponde ao número de votos que a pessoa terá direito, portanto os acionistas controlam a empresa pelo direito que eles têm de votar e eleger o conselho.
Para Bordeaux-Rêgo (2008) as ações ordinárias não têm prioridade em relação a dividendos ou falência. Entretanto, seus proprietários têm direito a voto proporcional à quantidade detida. Além disso, possuem o direito de vender suas ações por 80% do preço alcançado pelos majoritários em caso de alienação do controle.
Para disponibilizar as ações no mercado, há critérios a seguir. De acordo com a lei das sociedades anônimas, a empresa terá que emitir, no mínimo, 1/3 do seu capital social em ações do tipo ordinária. (BORGES, 2009).
Quanto a participação nos dividendos, os acionistas têm como certeza, que não podem perder mais do que aplicaram na empresa, e uma posição incerta, porém é atrativa pela expectativa de dividendos altos e possibilidade de ganho de capital (GITMAN, 2007).
Verifica-se, portanto, que as ações ordinárias com relação às preferenciais têm menor participação nos dividendos da empresa, porém, tem o direito de votar nas reuniões de assembléia, expondo sua posição através do direito a voto, participando assim, mais ativamente das decisões e forma de administração da empresa.
Ações preferenciais
As ações preferenciais são aquelas que dão ao investidor o direito preferencial no pagamento de dividendos e na distribuição dos ativos da empresa. Verifica-se também, que as ações preferenciais às vezes são conversíveis em ações ordinárias, e frequentemente são resgatáveis. Há também o fato que supostamente a empresa venha a falir, o acionista também terá parte na distribuição do patrimônio que restar.
São ações que garantem o direito da preferência sobre a empresa. Essas ações recebem participações nos lucros (dividendos) 10% maiores do que as ações ordinárias. No máximo 2/3 do capital da empresa devem constituir em ações do tipo preferencial. Uma empresa pode ter todo seu capital composto somente por ações ordinárias, mas não existe a possibilidade de se compor somente de ações preferenciais (BORGES, 2009).
Uma ação preferencial concede a seu titular certos privilégios que o tornam superior a acionistas ordinários, como exemplo, para os acionistas preferenciais há uma promessa de dividendo periódico e fixo, definido em termos percentuais ou em dólares por unidade, desfrutando assim da preferência em relação aos acionistas ordinários no que se refere à distribuição de lucros (GITMAN, 2007).
Confirma-se aqui, o fato das ações preferenciais proporcionarem ao acionista retorno financeiro maior do que as ações ordinárias. Aqui os investidores devem preocupar-se com maior empenho em analisar os valores de suas ações no mercado, se aumentam ou diminuem, e negociando-as conforme suas estratégias de mercado, modificando suas decisões na escolha e compra de novas ações.
Como Escolher uma Ação
Ao decidir-se por iniciar o processo de investimento no mercado acionário há a necessidade de conhecer o funcionamento do mercado, e conhecer também quais as empresas que tem capital aberto, de quais as empresas que se pretende adquirir as ações, tornando-se, assim sócio das mesmas.
Segundo a BOVESPA (2008) o processo de escolha da ação é o mesmo para qualquer investidor, as ações: de 1ª linha que possuem grande liquidez, as de 2ª linha são ações um pouco menos líquidas, de 3ª linha são ações com pouca liquidez, e por fim, a de privatização que são ações de companhias colocadas no mercado por meio de leilões do Programa Nacional de Desestatização.
Para Elder (2006) não há segredo nas negociações de mercado, não existem palavras mágicas que abrem as portas para o lucro. O que é necessário fazer para aumentar as chances de sucesso se resume em conhecer as regras, ter disciplina, dedicar-se ao ofício e levar um pouco de jeito.
Para identificar se a ação tem muita ou pouca liquidez há necessidade de analisar o relatório de informações de mercado da BOVESPA, verificando assim, que quanto maior a quantidade de negócios, melhor será a liquidez desta empresa. Este é um ponto importante na seleção da carteira de ações que será montada.
Para Brum (2007) as ações apresentam uma lucratividade variável, além da eventual valorização de preço das ações, que se traduz em ganho de capital por ocasião da venda. A lucratividade do investidor ocorre pelo recebimento de direitos e proventos distribuídos pela empresa aos seus acionistas – dividendos, juros sobre capital próprio, bonificações e direitos de subscrição.
O melhor indicador do valor de uma ação é o seu valor de mercado, ou seja, o preço pelo qual a mesma está sendo negociada em bolsa. O preço de uma ação é o resultado das forças de oferta e procura desses papéis nas negociações diárias realizadas em bolsa, e essas forças são influenciadas pelas perspectivas de resultados da empresa. As ações dependendo das circunstâncias apresentam valores monetários diferentes (BRUM, 2007).
A tributação sobre pessoas físicas tem como fato gerador a alienação do ativo, ou seja, a venda das ações, cuja base de cálculo é o resultado positivo auferido nas operações realizadas em cada mês, admitido a dedução de custos ou despesas incorridas. São isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações efetuadas com ações, no mês se não exceder a R$ 20.000,00 (BRUM, 2007).
BOVESPA
A razão principal da existência da Bolsa de Valores de São Paulo, assim como de todas as demais bolsas de valores, é um simples termo: Liquidez, financeiramente um título mobiliário tem liquidez quando pode ser comprado ou vendido em questão de minutos, a um preço justo de mercado, determinado pelo exercício natural das leis de oferta e demanda (BOVESPA, 2008).
A bolsa de valores é um espaço físico onde se concentra grande fluxo de negociações, tomadas de decisões intermediada por agentes interligados através de uma rede de softwares, dando agilidade e confiança nas decisões tomadas entre operadores e investidores neste mercado de renda variável.
A negociação na BOVESPA tornou-se totalmente eletrônica, contando com sistemas de última geração e é uma das mais rápidas do mundo, com tempo de resposta inferior a um segundo, o que amplia e torna ainda mais seguro, ágil e transparente o mercado de capitais brasileiro (BOVESPA, 2009)
As bolsas de valores são associações civis, sem fins lucrativos e com funções de interesse público. Possui ampla autonomia em sua esfera de responsabilidades, exercendo seu poder fiscalizador e sua responsabilidade de distribuir informações sobre as empresas e sobre as negociações realizadas sobre seus controles. Para nortear este fluxo de negócios, há o Índice Bovespa que será descrito a seguir.
O ÍNDICE DA BOLSA DE VALORES
O Índice da Bolsa de Valores é utilizado para refletir não apenas as variações de preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos. É um índice extremamente confiável e com uma metodologia muito fácil de compreender e acompanhar o mercado. O Índice da Bolsa de Valores representa fielmente o comportamento médio e o perfil das negociações à vista nos pregões da BOVESPA.
Este índice é um valor que mede o desempenho médio dos preços de uma suposta carteira das ações mais negociadas, servindo para demonstrar como foi o andamento das negociações, refletindo o comportamento do mercado em um determinado intervalo de tempo, que é do dia em relação ao dia anterior. Quem divulga este índice diariamente é a BOVESPA (ASSAF NETO, 2008).
Segundo Brum (2007) o Índice BOVESPA é o índice que acompanha a evolução média das cotações das ações, é o mais importante indicador do desempenho do mercado de ações brasileiro, pois retrata o comportamento das principais ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, sendo uma ferramenta indispensável para quem investe em ações.
O Índice da Bolsa de Valores é influenciado por todas as bolsas de valores, ou seja, quando uma determinada bolsa apresentar tendência de alta ou baixa, as demais sofrerão impacto, sendo eles positivos ou negativos, e para acompanhar o mercado acionário há necessidade de verificar vários pontos muito importantes e que farão diferença quanto ao futuro das ações selecionadas.

Introdução ao Mercado de Capitais

Informações básicas que as pessoas físicas necessitam obter para investir em ações na Bolsa de Valores

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CONTROLADORIA DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
Fundar uma empresa para obter lucro. Analisando o DRE, para melhorar o resultado positivo ou corrigir se o resultado for negativo. CONTROLAR PARA GERENCIAR.
Ex: medir, comparar, tomar ações, primeiro dentro da empresa tem que ter demonstrativo de resultado mensal (DRE).
Não existe planejamento estratégico sem controle ex: DRE mensal
Receita bruta de vendas: controle de vendas (caixa ou por sistema).
Regime de competência: "sistema", controle da receita é saber o que eu vendi, à vista ou a prazo, pelo regime de caixa isso não é possível, pois só será registrado os valores em dinheiro.
Para controlar as receitas todas as vendas têm que ser registradas, indicadores relacionados à receita, há necessidade de uma meta para gerar um indicador.
Estabelecer uma meta de crescimento de receita.
Desdobramento de receita ex:
• Vendedor
• Segmento
• Produto
• Região de atuação
• Filiais
Controle sobre os impostos, planejamento tributário. Saber se está dentro do regime tributário que a empresa está inclusa. Ex: Simples.
Ex: Receita gerencial R$ 100.000,00 foi à contabilidade nota do valor de R$ 50.000,00 sobre a qual será tributada.
Custos: prestação de serviço no transporte, controle, gastos de combustível por veículo ( pode tirar um indicador L/Km/Veículo) ou Km/L.
Controle de gasto de pneus: por kilometragem. Indicador custo de pneus/Km rodado.
Manutenção: R$/Caminhão.
Custo na indústria: gráfica, elaboração do produto, matéria prima/produto acabado. Horas trabalhadas/quantidade produzida, melhora contínua dos processos, relatar e tratar anomalias, indicador para perdas ou retrabalho, indicadores de índice de ociosidade/produtividade.
Custos para empresa comercial: controlar os custos através da compra dos produtos (calça, blusa).
Receita, impostos e despesas: margem de contribuição tem que ser primeiramente por produto, depois pode dividir por regiões, filiais, utilizadas para saber do produto o quanto ele está contribuindo para o pagamento das contas.
Ponto de equilíbrio em uma organização: total das receitas, menos custos e despesas variáveis e fixas. Começa ter lucro após passar o ponto de equilíbrio (descontando os custos variáveis) despesas com pessoal: rotatividade, processos judiciais, absenteísmo, treinamentos, implementar plano de cargos e salários.
Identificar os gastos e saber onde são gastos. Economizar: ex: energia elétrica, material de expediente
Aluguel: gasto fixo.
Depreciação: diminui o valor do bem.
Bens de pequeno valor: ex: copo, térmica, etc.
Seguro: pesquisar o preço do seguro.
Manutenção preventiva:
Resultado financeiro (DRE) despesas financeiras, transações em instituições financeiras (juros pagos, despesas financeiras) manutenção de bens, manutenção preventiva para garantir a vida útil do equipamento evitando assim paradas e conseqüentemente prejuízos.
Manutenção de equipamento de informática: controle semestral de equipamentos e softwares, manter o sistema inovado.
Conservação e limpeza: terceirizado.
Material para uso próprio, controle mensal, ex: EPI.
Telefone: controle mensal.
Impressos e materiais de expedientes e fotocópias: controle mensal através de meta implantada em cada área.
Despesas com veículos: controle através de notas dos gastos.
Refeições: por quantidade de pessoas em cada área.
Propaganda: estabelecer metas sobre valores gastos com propaganda.
Brindes: quantidades padrão mensal de produtos que podem ser oferecidos.
Multas: controlar através de notas.
Multas não dedutíveis do IR: ex: infração de trânsito, controle nos dias de vencimento dos impostos.
Receitas/despesas financeiras: controle de empréstimos com taxas de juros abusivos desconta de fornecedores – regra. Toda vez que pagar duplicata antecipada sem desconto com fornecedor, despesas bancárias, emissão de boletos.
QUEM NÃO CONTROLA NÃO GERENCIA

Controladoria

TERCEIRIZAÇÃO Hoje a terceirização ou outsourcing é usada em larga escala por grandes corporações brasileiras. Esta prática visa a redução de custo e o aumento da qualidade. É observada principalmente em empresas de Telecomunicações, Mineração, Indústrias etc. Apesar das várias vantagens, a Terceirização deve ser praticada com cautela. Uma má gestão de terceirização pode implicar para as empresas um descontrole e desconhecimento de sua mão-de-obra, a contratação involuntária de pessoas inadequadas, perdas financeiras em ações trabalhistas movidas pelos empregados terceirizados, dentre outros problemas. O processo de terceirização em uma organização deve levar em conta diversos fatores de interesse, tais como a redução de custos e principalmente o foco na sua atividade-fim. Há um sério risco em atrelar a terceirização à redução de custo, porque, na maioria das vezes, não é esse o resultado. A terceirização precisa estar em conformidade com os objetivos estratégicos da organização, os quais irão revelar em que pontos ela poderá alcançar resultados satisfatórios. O que não se deve terceirizar? O princípio básico é que não se terceirize a sua atividade-fim. Sendo assim, uma organização que desconhece a si mesma, em um processo de terceirização, corre sério risco de perder sua identidade e principalmente o seu diferencial competitivo. Mesmo na atividade-meio, só é permitido terceirizar quando não houver subordinação hierárquica, ou seja, locação de mão de obra é ilegal. A atividade-fim de uma empresa é a razão de existir dessa empresa. Dentro do serviço público, têm-se exemplos de terceirizações satisfatórias, como é o caso dos serviços de limpeza. Neste caso, a terceirização é indicada, pois a atividade-fim do serviço público não é a limpeza de seu patrimônio. Para amenizar os problemas causados pela terceirização, estão sendo criadas por empresas de software algumas soluções de sistemas informatizados para promover de forma mais eficaz o controle e a gestão da mão-de-obra terceirizada, sendo uma importante ferramenta para o departamento de recursos humanos das empresas que praticam a terceirização.

Terceirização

Com alíquota projetada em 27,8%, país supera vizinhos da região e expõe a realidade de um país com excesso de gastos públicos&nbsp;



A implementação do Imposto sobre Valor Agregado no Brasil, uma das principais bases da Reforma Tributária (Emenda Constitucional Nº 132/23), traz consigo uma marca nada positiva: o país terá um dos IVAs mais altos do mundo, indicador que é reflexo de um contexto estrutural de gastos públicos exorbitantes e que, via de regra, não se refletem em serviços de qualidade para a população.&nbsp;



Nesse sentido, no texto já aprovado na Câmara, a alíquota padrão do IVA brasileiro alcança 27,8% e, para termos uma ideia do potencial peso tributário para a nossa competitividade, é interessante compararmos a carga do imposto nacional com o de nossos vizinhos regionais.



E olhar para os dados da América Latina traz clareza sobre o tamanho da disparidade: na Argentina, o IVA padrão é de 21%; enquanto no Chile e no Uruguai, as taxas, respectivamente, são de 19% e 22%. A Bolívia tem um dos IVAs mais baixos da região, 13%, enquanto o México e a Colômbia aplicam alíquotas respectivas médias de 16% e 19%. O Peru, por sua vez, opera com 18%, ao passo que mesmo a Venezuela, com forte participação estatal na economia, aplica 16% de IVA médio.&nbsp;



Os dados são da Global VAT Compliance e apontam para um ambiente de negócios preocupante em que o Brasil, em alguns casos, pratica 10 pontos percentuais a mais de impostos do que a maior parte de seus vizinhos, parceiros e concorrentes comerciais nas dinâmicas do comércio internacional.





E o descompasso não pode se explicar apenas por questões técnicas da Reforma, mas pelo peso estrutural dos gastos públicos. O desenho do IVA brasileiro reflete um Estado que consome parcela excessiva do PIB para manter sua máquina, sem avançar em contrapartida na eficiência do gasto. O resultado é uma tributação que onera empresas e cidadãos de forma desproporcional, ampliando custos de produção e achatando margens de competitividade frente a concorrentes internacionais.



Para termos uma ideia deste cenário, nos três primeiros anos do mandato, o Governo atual teve gastos que ultrapassaram a meta fiscal em R$ 300 bilhões, segundo levantamento feito pela Instituição Fiscal Independente (IFI).



Essa lógica é estrutural e não vem de hoje, gerando como resultado a pressão por uma carga tributária onerosa, que recai sobre o setor produtivo e compromete a capacidade do país de competir globalmente, diminuindo a atratividade para investimentos e elevando o peso sobre cadeias produtivas que já enfrentam elevados custos logísticos e trabalhistas.



Outro aspecto que agrava o cenário é a multiplicidade de regras internas. A reforma prevê seis diferentes alíquotas de IVA, variando de acordo com o setor, o que contraria a lógica de simplificação tributária.&nbsp;



Esse quadro é particularmente desafiador porque a maioria do mercado brasileiro ainda não se preparou para a transição. Em pesquisa da ROIT, por exemplo, foi identificado que 85% das empresas brasileiras não estão prontas para a reforma tributária. A falta de planejamento se soma ao cenário de alta carga fiscal, abrindo espaço para desorganização administrativa, perda de eficiência e aumento de riscos no ambiente de negócios.



O IVA, em tese, poderia representar uma oportunidade de racionalização do sistema, com menos litígios e maior transparência. No entanto, ao fixar uma alíquota recorde, o Brasil reforça a imagem de uma economia onerada pelo peso de um Estado caro e pouco eficiente. A consequência é clara: empresas nacionais enfrentarão maiores dificuldades para competir globalmente, enquanto investidores internacionais encontrarão menos incentivos para apostar em um mercado que já é complexo por natureza.



Diante desse cenário, reforça-se ainda mais a necessidade de planejamento estratégico. As organizações precisam, o quanto antes, revisar processos, modelos de precificação, contratos e acelerar sua jornada de digitalização como um pilar para o ganho de eficiência.&nbsp;



O fato é que a Reforma, em princípio, não une eficiência a redução de carga tributária e, nesse cenário, o Custo Brasil segue como um fantasma, cabendo às empresas encontrar caminhos de viabilidade em um ambiente que seguirá pouco amigável para os negócios.&nbsp;

IVA na América Latina: por que o Brasil terá o maior imposto da região?

Quem está do outro lado da mesa não está alinhado aos seus objetivos, está alinhado aos interesses da instituição financeira



Agora é a hora e a vez do Tesouro Direto.&nbsp;



Tesouro Direto, quem conhece investe.



Banco não foi feito para investir, nunca consulte o barbeiro se você tem que cortar cabelo.



O brasileiro precisa aprender a investir melhor e a proteger o patrimônio de certos predadores financeiros que estão de olho no seu dinheiro, afinal todo planejamento de sucesso baseia-se em 70% psicologia e 30% estratégia.



Os super ricos de verdade não usufruem das armadilhas que eles indicam aos desinformados para tirar proveito quando se trata de investir.



Esses investimentos muito sofisticados e difíceis de entender escondem altas taxas de administração e são desenvolvidos exatamente pra confundir a compreenssão do investidor.



Quem está do outro lado da mesa não está alinhado aos seus objetivos, está alinhado aos interesses da instituição financeira.





O gerente de banco está lá pra te empurrar os ativos podres que faz o seu dinheiro trabalhar pro banco porque se não estiver batendo meta, é mandado embora e perde o emprego.



O agente da corretora de valores está lá pra tem empurrar os ativos podres que faz o seu dinheiro trabalhar pra corretora de valores porque se não estiver batendo meta, é mandado embora e perde o emprego.



O melhor investimento de curto prazo pra preparar reservas financeiras e resgatar a qualquer hora que precisar, é o Tesouro Selic que tem proteção do Tesouro Nacional que é o caixa do governo e muito mais seguro que o Fundo Garantidor de Crédito que tem apenas 2% de recursos para cobrir as reservas financeiras menos piores caso os bancos decretem falência, e essa é a camada da segurança financeira que precisa ser preparada antes de iniciar a camada da independência financeira.&nbsp;



O melhor investimento de médio prazo que é acima de 2 anos até 5 anos, é o Tesouro Ipca + e esse é o início da camada da independência financeira.



Ninguém te fala do Tesouro Direto porque não tem interferência do gerente de banco e nem do agente da corretora de valores, e quem sai ganhando ao investir em títulos públicos do Tesouro Direto é só o investidor.&nbsp;



Após ter preparado a camada da segurança financeira e em seguida ter preparado também a camada da independência financeira, já é hora de pensar em preparar a camada da liberdade financeira. &nbsp;



No longo prazo que é a partir de 10 anos pra cima, as ações sempre ganham de qualquer outro tipo de investimento e principalmente as ações perenes. Esse é o início da camada da liberdade financeira que são investimentos que não podem ser resgatados a qualquer hora como o Tesouro Selic.&nbsp;



Essa é a importância de aprender a investir por conta própria e de forma independente.



Mais detalhes estão disponíveis no episódio 200 do podcast Café com Adm que foi quando Leandro Vieira entrevistou Tito Gusmão



Gostou do conteúdo? Compartilhe, precisamos divulgar essas informações transparentes que poucos conhecem.&nbsp;

Banco não foi feito para investir, nunca consulte o barbeiro se você tem que cortar cabelo

90% das empresas antecipam impactos em suas operações e 66% preveem aumento de investimentos em tecnologia para se adaptarem a jornada de transição fiscal do país



Aprovada por meio da Emenda Constitucional nº 123/23, a Reforma Tributária inaugura um novo capítulo na dinâmica de apuração, fiscalização e gestão de processos fiscais no ambiente de negócios brasileiros. Ao mesmo tempo, em que se pesem seus potenciais ganhos em termos de simplificação e transparência de nosso sistema, não há dúvidas de que a reforma traz consigo impactos que vão muito além das alíquotas definidas para o IVA Dual que passa a ser aplicado no país já a partir de 2026.



Como se sabe, no ano que vem entram em vigor com percentuais de 0,9% para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e 0,1% para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).



Essas alíquotas, residuais neste primeiro momento, no entanto, não devem iludir os empresários: mais do que um custo tributário, o verdadeiro peso nesse início da jornada de transição do país estará no investimento operacional necessário para a devida adaptação ao novo modelo.



Esse ponto é reforçado, por exemplo, por uma pesquisa recente da Thomson Reuters a qual indica que 90% das empresas veem um impacto de médio a muito alto em suas operações para que possam se adaptar às diretrizes da Reforma Tributária.



E esse impacto passa também pelo aumento de custos, com 66% dos entrevistados entendendo que o investimento em soluções de gestão tributária deve ter crescimento no período de seis meses e dois anos – expansão que deverá se manter nos próximos nove anos para mais de 40% das empresas.



Ou seja, mais do que pensar no peso das alíquotas do CBS e do IBS nesse primeiro momento, o que se impõe às organizações é a necessidade de repensar processos, sistemas e estruturas para lidar com um cenário de regras em mutação. E esse movimento, naturalmente, não vem sem custos.



Ato contínuo, a complexidade do período de transição não decorre apenas da mudança legislativa em si, mas da simultaneidade de dois sistemas convivendo por quase uma década.



Entre 2026 e 2033, empresas terão que operar com o regime antigo e, em paralelo, implementar gradualmente as regras do novo modelo. Esse duplo esforço tende a aumentar consideravelmente os investimentos em tecnologias capazes de se adaptar a regras de modo contínuo que, aliás, ainda estão sendo desenhadas; ao mesmo tempo em que coordenam as exigências atuais, de modo que possam aproveitar créditos e atuar em conformidade com o antigo regime.





Nesse pacote, entram ainda os custos com treinamento de equipes e consultorias especializadas para garantir que não haja falhas no cumprimento das obrigações conjuntas. Não por acaso, a pesquisa da Thomson Reuters também indica que 62% das empresas esperam um crescimento dos investimentos em atualizações de processos e consultoria externa, ao passo que 51% preveem um aumento de custos em treinamento de colaboradores nos próximos seis meses.



Dentro desse contexto, a jornada de digitalização das empresas também tende a ser acelerada. Negócios que ainda operam com sistemas fragmentados ou manuais sentirão mais intensamente o peso da transição. Isso porque a Reforma não se resume a ajustar planilhas: ela exigirá integração de dados, parametrizações sofisticadas e capacidade de gerir regras em tempo real.



É nesse ponto que reside o paradoxo da Reforma. O discurso oficial enfatiza simplificação e transparência, e, de fato, no longo prazo, os benefícios podem ser palpáveis. No entanto, até que esse horizonte seja alcançado, a curva de aprendizado trará inevitavelmente custos e riscos. Estamos, assim, diante de um cenário em que a questão operacional se sobrepõe, neste momento, à discussão puramente dos custos fiscais.



Isso significa, por fim, que o impacto da Reforma não será uniforme. Grandes organizações, mais estruturadas e com recursos para absorver investimentos em tecnologia e assessoria, estarão em posição de vantagem. Pequenas e médias empresas, por outro lado, sentirão com mais força os custos de adaptação, o que pode gerar um novo tipo de desigualdade competitiva.



Esse olhar não invalida os possíveis ganhos da Reforma Tributária, mas busca frisar a necessidade de um possível apoio a uma parcela importante do mercado para que a adaptação ao novo sistema fiscal do país ocorra de modo mais equilibrado.



Ao mesmo tempo, para as organizações, cabe agir desde já, repensando processos e buscando caminhos estratégicos para que os custos operacionais da Reforma não se transformem em obstáculos competitivos. A promessa de simplificação pode até se concretizar, o desafio agora é se integrar com inteligência a maior transição fiscal do século.

Introdução ao Mercado de Capitais

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