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INTRODUÇÃO

Nicolau Maquiavel nasceu em 3 de maio de 1469 e morreu em 21 de julho de 1527 em Florença, numa Itália Renascentista, o que pode explicar muito sobre os seus pensamentos. Na Itália Renascentista daquela época vigorava a tirania em pequenos principados, governados despoticamente por casas reinantes sem tradição dinástica ou de direitos contestáveis, com essa ilegítimidade de poder gera situações de crise e instabilidade permanente, onde só os cálculos políticos, a astúcia e a ação rápida e fulminante contra os adversários puderam manter os governantes. E como o poder é fundamentalmente baseado na força é mais do que natural que seja pela força que os principados passassem de mão em mão, e com a ausência de um Estado centralizador aliado à uma multi polarização do poder se cria um imenso vazio o que faz imperar os mais fortes interesses individuais, sendo assim nenhum governante pôde ficar mais de dois meses no poder. Maquiavel exerceu grande influencia na política florentina, primeiro sendo funcionário público e depois vindo a se tornar chanceler da segunda chancelaria de Florença e mais tarde com diversas funções diplomáticas entre Florença, a França e outros principados, mesmo sendo condenado e exilado algumas vezes por diversos anos. E foi em um desse exílios que ele escreve O Príncipe , sua mais celebre obra. É uma obra muito polêmica e bastante contestada, pois em forma de um manual ele descreve a maneira de como um Príncipe deve agir, essa obra foi escrita em 1513 intitulada Dos Principados e direcionada à Giuliano De Médicci, foi publicada e intitulada &#8220;O Príncipe&#8221; em 1532.

Durante anos Maquiavel vem sendo estudado, por muito tempo vem sendo criticado, seu nome virou até sinônimo de safadeza, de atitudes anti éticas, mas à um grupo que defende Maquiavel, defendendo assim a má interpretação do que ele tenha escrito, tendo sua obra principal O Príncipe. E é isso que pretendo discutir aqui.

Maquiavel foi historiador, político, poeta e diplomata, sua principal obra foi O Príncipe, obra, a qual percorre o mundo a fora por vários séculos acarretando uma legião de fãs e ou condenadores de Maquiavel, sendo que ambos direta ou indiretamente sempre se tornando seguidores.

A tão famosa ética maquiavélica sustenta algumas máximas, como; &#8220;os fins justificam os meios&#8221;, &#8220;Não se pode chamar de &#8216;valor&#8217; assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória&#8221;, &#8220;Homens ofendem por medo ou por ódio&#8221;, &#8220;Um príncipe sábio deve observar modos similares e nunca, em tempo de paz, ficar ocioso&#8221;, &#8220;pois o homem que queira professar bem por toda parte é natural que se arruíne entre tantos que não são bons&#8221;.

Os pontos a serem tratado neste artigo serão: a ética maquiavélica e seus fundamentos; as críticas e os elogios. No ponto &#8220;a ética maquiavélica&#8221; tratarei dos pontos de vista descritos em &#8221; O Príncipe&#8221;, suas máximas e seus contextos; no ponto &#8220;as criticas&#8221; tratarei das críticas dirigidas aos ensinamentos de Maquiavel em &#8220;O Príncipe&#8221; e no ponto &#8220;elogios&#8221; tratarei dos bons comentários a seu respeito.

A ética maquiavélica

A ética maquiavélica é tratada como uma ética dos e para os tiranos, uma ética astuta e cruel. Em &#8220;O Príncipe&#8221; ele retrata a forma de poder e como um príncipe deveria agir para se manter no poder, sendo astuto, cruel, calculista, frio e sem escrúpulos. Também retrata a busca de fortuna e poder a qualquer custo. Segundo Maquiavel, a sociedade pensa que um governante deve ser um modelo de pessoa, gentil, religioso, simpático, entre outras qualidades. Mas defende que na verdade um governante deve ser avarento e cruel, pois assim o povo o respeitara. Diz que um governante não deve se fazer odiado e deve fazer as coisas que possam vir a fazer ser odiado no silencio e sempre negar te-las feito. E uma vez que o governante deve sempre procurar não ser odiado, também deve procurar ser temido, sendo sempre severo. Maquiavel prega também que todos governantes devem ser dissimulados, porém não devem deixar passar esta imagem. Como já foi dito, anteriormente, Maquiavel escreveu um manual em forma de livro e com dedicatória à um príncipe, onde ele relata a sua visão e qual deveria ser o modelo a ser seguido.

&#8220;Aí penetro tão profundamente quanto posso nos pensamentos acerca do tema: debato a natureza dos senhorios, quais as suas variedades, como podem ser adquiridos, mantidos e perdidos. E se alguns desejos meus alguma vez te agradaram, este não te desagradará. O livro deveria ser bem recebido por um príncipe, e especialmente por um príncipe de recente criação, pelo que dedicarei a obra a Sua Alteza Giuliano (de Médici)&#8221;.(Maquiavel, 1998)

Direto, sem meias palavras e dizendo em pequenas frases como acha que deve se portar grandes Príncipes autênticos e conquistadores, ou seja, sem moral. &#8220;Maquiavel afirma que todo o julgamento moral deve ser secundário na conquista, consolidação e manutenção do poder. (VOEGELIN, 1996, P.1)&#8221; E faz com que sua esperança se torne sua fé, uma fé voltada aos sentidos da fortuna. &#8220;Ao estabelecer diversos sentidos da fortuna, Maquiavel transita da esfera da observação realista para a esfera da fé. A sua esperança é a substancia da fé, onde a ordinata virtú deve prevalecer. (VOEGELIN, 1996, P.1)&#8221;

As Críticas à Maquiavel

Ainda há um número grande pessoas que criticam Maquiavel e tomam seu nome como modelo de tirania e maldade. Alguns o tratam como demoníaco, historiadores descrevem-no como baixo e astuto, além de por em Maquiavel a culpa de tudo o que acontece na política contemporânea. &#8220;Mas a pá de cal, a difamação definitiva da política &#8211; tornando-a quase maldita &#8211; ocorreu no Renascimento com Maquiavel. Ninguém até então a descrevera de uma forma tão ordinária e baixa como o florentino o fez.(SCHILLING, 2003, P. 1)&#8221; Enfim, muitos tratam Maquiavel como o mentor de nossos políticos atuais, sendo mentiroso, defendendo interesses próprios, fazendo de tudo para chegar ao seu objetivo. É comum ouvir termos como maquiavélico ou que alguém está agindo maquiavelicamente, obviamente referindo-se a atitudes mesquinhas e anti éticas.

Maquiavel foi acusado de querer algum cargo, ou melhor retomar seu cargo de chanceler da Segunda Chancelaria de Florença com a dedicatória à Giuliano de Médici, algo que nunca aconteceu. Morreu sozinho e tido como louco, além de julgado uma pessoa mal-caráter e defensor de tiranos.

Seus maiores inquisidores foram as Igrejas Protestantes, motivadas pela ética cristã de Martinho Lutero, uma ética pura e justa, completamente o oposto do que Maquiavel pregava. E é bem sabido que seus conceitos são seguidos a risca, principalmente por pessoas e lideres que o julgam ou sempre julgaram como interesseiro e defensor da tirania.

Elogios a Maquiavel

De alguns anos para cá, alguns historiadores analisando a obra e o meio onde Maquiavel nasceu e desenvolveu suas funções, assim como sua profissão e seus interesses, não como político, mas como historiador perceberam e definiram um outro Maquiavel. Um Maquiavel interessado por política e história, também um filosofo, que ao amadurecer de sua vida e exilado em um pequeno povoado decide escrever um manual, fruto de pesquisas e analises de fatos ocorridos e da situação daquela Itália, direcionada a um dos principais integrantes da família Médici. &#8220;obra de circunstância que tratou de distrair seu autor do tédio e do desespero durante algum tempo; uma obra sobre a qual não depositou muito, pela qual não esperava louros, e que se tornou por ironia do destino a mais famosa de suas composições: &#8220;O Príncipe&#8221;, de Maquiavel. (SILVA, 2003, P.1)&#8221;.

É levada em consideração a Itália Renascentista, e seus diversos governantes, onde sempre quem levava a melhor era quem detinha mais força e mais dinheiro, uma Itália de interesses pessoais, e Maquiavel como bom político aprendeu sabiamente sobreviver naquela selva.
&#8220;Maquiavel vivia em uma época brutal e daí a crueza de seus conselhos; naturalmente, ouviríamos, os homens de sua época não erguiam títulos de eleitores e sim espadas. A imputação &#8220;o fim justifica os meios&#8221; só se justificaria para Maquiavel em se tratando de falarmos das &#8220;altas finalidades de Estado.&#8221; (SILVA, 2003, P. 1)&#8221;

Alias, outro fator realmente importante é o de explicitar que Maquiavel, além de político, nunca foi um cientista político e sim um historiador, &#8220;e é bom lembrar que Maquiavel foi sobretudo historiador e não propriamente filósofo político (LOPES, 2005, P. 1)&#8221;, fato que nunca foi levado em consideração pela Igreja Protestante, uma das principais inquisidoras de Maquiavel, e por nenhum de seus críticos. Este fato muda um pouco a direção da história, pois como historiador ele não esteve em si pregando algo, mas sim, mostrando fatos que deram sucesso e fatores que levaram governantes ao fracasso.

Conclusão

Foi visto neste artigo uma analise da ética maquiavélica, alguns fatores contra e outros favoráveis, não em si ao pensamento, mas a pessoa. Concluímos que Maquiavel foi historiador, político, diplomata e escritor. Escreveu diversas obras, mas a principal foi &#8220;O Príncipe&#8221;,o qual não teve como intenção pública-la, mas presentear um dos maiores governantes florences da época com um manual, mostrando a maneira correta de como um governante deveria ser para não ser derrubado e legitimar o seu governo, com bases históricas. Por muitos anos, por que não dizer, séculos, Maquiavel foi julgado como oportunista demoníaco da tirania, defensor da maldade, de tiranos, da mentira, da traição e da guerra. Mas por outro lado alguns estudos mais recentes e feitos por historiadores menos tendenciosos à pré julgar, mostram um outro Maquiavel, um homem moldado a maneira da Itália Renascentista, um homem que aprendeu a ser político e interessado por história traçou pontos dos quais trouxeram fortuna ou fracasso, glória ou derrota, desde tempos da Roma Antiga e outros grandes impérios até a atual Itália. Uma Itália que não tinha um governo central e sim vários pequenos principados que viviam em guerra. Viveu em um tempo onde o que dominava era a força aliada a fortuna defendendo interesse próprios. Serviu como diplomata Florence e também a serviço da França, aprendeu muito com os Médici e outros grandes lideres como os Papas.

Bibliografia

MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 1532

LOPES, Marcos Antonio. Maquiavel Os Exemplos da História. Revista Espaço Acadêmico-No. 50-JULHO/2005
Disponível em www.espacoacademico.com.br

SILVA, Alessandro. Sem Título. Digestivo cultural. Sexta-feira 7/2/2003
Disponível em www.digestivocultural.com

SCHILING, Voltaire. Maquiavel e a maldição da política. Educação História por Voltaire Schiling política. 2003
Disponível em http://educaterra.terra.com.br

Maquiavel, sua vida e pensamentos

A proposta deste artigo é expor e analisar Maquiavel e seus pensamentos que por mais de quatrocentos anos vem sendo discutidos, por muitos odiado e por outros nem tanto.

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Introdução
 
No Brasil há um termo economico que ainda causa muito espanto e temor, a tão famosa inflação, tendo em vista um passado bastante conturbado na questão economica, tendo o Brasil inflação chegando a patamares de 330% ao ano na década de 1980 e 764% ao ano entre 1990 e 1994, porém atualmente com a inflação controlada e se mantendo em torno dos 5% anuais. Busca-se neste artigo aprofunadr o conhecimento sobre inflação e apontar suas causas e conseqüencias, além de mostrar como o Brasil lida com este evento economico.
 
Inflação
 
A inflação pode ser divida em duas categorias, inflação de demanda e inflação de custos, as quais o FMI (Fundo Monetario Internacional) denominou como "demand pull" e "cost push", respectivamente, com o objetivo de diagnosticar a causa básica do aumento contínuo de preços e aplicar as medidas corretivas adequadas.
 
Inflação de demanda (demand pull) é o processo inflacionário gerado pelos preços que sobem por que há aumento geral da demanda sem um acompanhamento no crescimento da oferta.
 
Inflação de custos (cost push) processo inflacionário gerado por causa de uma redução na oferta de fatores de produção. Com o custo dos fatores de produção mais altos, a produção se reduz e ocorre uma redução na oferta dos bens de consumo aumentando seu preço. A inflação de custo ocorre quando a produção se reduz.
 
Principais fontes da inflação de demanda:
 
Déficit orçamentario da União, Estados e Municipios, sendo cobertos com expanção da base monetária e emissão de títulos públicos com taxas de juros e prazos de pagamento que refletem nas operações no mercado financeiro;
 
Aumento da oferta de crédito e moeda em taxas acima da oferta de bens e serviços, gerando liquidez superior à esperada pelo mercado financeiro;
 
Desvalorização da moeda em termos reais, fazendo com isso que as exportações sejam estimuladas e por outro lado as importações sejam desestimuladas. Esta importações são essenciais para o setores produtivos do país;
 
Fluxo de entrada de capital estrangeiro que ao requerer a emissão equivalente de moeda nacional pressiona a base monetária.
 
Principais fontes da inflação de custos:
 
Aumento do preço dos fatores de produção;
 
Escassez da oferta;
 
Pressão dos setores oligopolizados no sentido de elevar os preços dos bens produzidos e serviços ofertados.
 
Além das classificações de inflações de demanda e de custos, também há as classificações de inflações prematura e reprimida:
 
Inflação prematura é o processo inflacionário gerado pelo aumento dos preços sem que o pleno emprego seja atendido.
 
Inflação reprimida é o processo inflacionário gerado pelo congelamento dos preços por parte do governo.
 
As conseqüencias do recrudescimento da inflação:
 
Reajuste injustificavel e variável dos preços e serviços causados pela incerteza da eficiência do combate as causas;
 
Ganhos ilusórios;
 
Desestímulo a aplicações de renda fixa e incitamento à agiotagem;
 
Desinteresse pelo mercado de capitais e investimentos produtivos em geral, devido à imprevisibilidade de realização de lucros reais futuros;
 
Perda real da receita tributária em decorrência da desvalorização da moeda entre a data do fato gerador e o efetivo recolhimento do tributo, salvo no caso de o valor do tributo ser corrigido monetariamente no ato do pagamento;
 
Retração do mercado exportador até que seja ajustada a taxa de câmbio ao valor da moeda nacional, o que concorre para o desequilibrio da balança comercial;
 
Desestímulo à entrada de investimentos estrangeiros produtivos, devido ao maior grau de incerteza de lucro real;
 
Agravamento das condições de vida dos assalariados e pessoas de baixa renda, acentuando a desigualdade social, uma vez que os ricos têm mecanismos de defesa contra a inflação aplicando no mercado financeiro, ao qual os pobres não têm acesso.
 
Os setores beneficiados com a inflção são os setores públicos e financeiros, pois recolhem impostos corrigidos monetariamente efetuando despesas sem ônus equivalentes e emprestando dinheiro a juros a maior parte do que recebem como depósitos não remunerados.
 
Já os assalariados e aposentados, além daqueles que vivem de renda fixa não tem seus recebimentos imediatamente reajustados, portanto são os que mais sofrem devido a tranferência de rendas de setores não-reajustados para setores ajustados. Esse processo é definido como "poupança forçada".
 
Os investimentos aplicados na implantação de novas fontes de economia e na consolidação das existentes exercem pressão inflacionaria pela aplicação de rendimentos creditados até que essas fontes se tornem produtivas.
 
Quando desvaloriza a moeda em relação à outras moedas de referência (Dóllar, Euro, como exemplos) favorece as exportações mas encarece as importações, este movimento pode gerar inflção de custos.
 
Já o acúmulo de reservas internacionais gera pressão inflacionaria à medida que aumenta a base monetária acima do nível desejado, assim sendo ocorre desvalorização da moeda aumentando a liquidez do mercado financeiro, podendo causar inflação de demanda.
 
Escola Monetarista
 
Milton Friedman, economista norte-americano, da Escola de Chicago, defende a tese de que a inflação é ,quase sempre e em quase todo lugar, um fenomêno que ocorre quando a quantidade de moeda cresce mais rapidamente do que a renda. Contendo o crescimento do estoque de dinheiro seria o remédio para eliminar a alta dos preços. Friedman apóia sua tese na "Teoria Quantitativa da Moeda", que diz que o nível geral de preços depende da quantidade de dinheiro emitido e da velocidade de sua circulação. Portanto a Escola Monetarista vê na liberdade de mercado as soluções para os problemas econômicos e considera a inflação um fenômeno exclusivamente monetário.
 
A corrente monetarista norte-americana considera que a expansão da moeda é básica para avaliar a inflação futura.
No Brasil a avaliação é feita frequentemente levando em consideração a variação do déficit público e a inflação no período anterior. Francisco Lafaiete e André Lara Resende, economistas brasileiros, denominaram esta avaliação de inflação inercial.
 
Escola Clássica Liberal e Escola Neoclássica
 
Adam Smith considerava que havia sempre o pleno emprego, de modo que, a qualquer aumento do volume monetário havia inflação. Para John Maynard Keynes da Escola Neoclássica a única forma de as economias de mercado conseguirem funcionar no nível de pleno emprego seria mediante a participação dos gastos governamentais e quando aumenta a oferta monetária em condições de desemprego em larga escala, seu principal efeito é aumentar a produção e não os preços. Portanto nesta situação, Keynes não considera a expansão da base monetária inflacionária.
 
Políticas Básicas de Combate à Inflação
 
As política básicas de combates à inflação são divididas em monetária, fiscal, salarial e de preços administrados.
 
Política Monetária
 
A política monetária têm por objetivo fazer com que a demanda do crédito e da moeda em poder do público não ultrapasse a oferta de bens e serviços contendo os meios de pagamento. Adota medidas eficazes no combate à inflação de demanda, pois a contração ou expanção do crédito e dos meios de pagamento reflete de modo direto no nível das atividades econômicas.
 
A taxa de expansão dos meios de pagamento sendo comparada com a taxa de variação de preços em um mesmo período, configura um indicador da tendência da taxa de inflação futura. Se a taxa de expanção dos meios de pagamento for inferior à inflação, esta deve ser contida.
 
No Brasil há uma autarquia federal que representa o orgão executor da política monetária chamada Banco Central do Brasil (BACEN ou BCB), o qual dispõe de meios para regular a quantidade de recursos que os bancos comerciais dispões para empréstimos, são eles:
 
Recolhimento compulsório sobre as operações à vista (este meio já não é mais utilizado pelos países desenvolvidos como controle monetário);
 
Taxas de juros de redesconto, fixadas de acordo com o interesse de estimular ou não os empréstimos bancários;
 
Mercado aberto, onde as operações constituem a principal ferramenta para controle da oferta da moeda nacional em circulação e a taxa de juros internos.
 
Política Fiscal
 
A política fiscal age como meio de reajuste de tributos fazendo com que o produto seja encarecido e com isso desestimule o seu consumo, como conseqüncia os preços tendem a baixar por diminuição de demanda.
 
Esta política funciona da seguinte maneira; no ínicio do processo é altamente inflacionaria devido ao aumento tributário fazendo com que haja contenção de crédito, porém após a queda dos preços provocada pela queda de demanda há uma retração das atividades dos setores mais atingidos o que provoca o declínio da taxa de juros de depósitos podendo chegar à uma recessão.
 
Política Salarial
 
A política salarial é uma medida utilizada pelos governos que consiste em combater a inflação buscando deter a demanda e conter os custos de produção, porém causa efeitos negativos, como:
 
Debilita o poder aquisitivo do assalariado, causando queda no padrão de vida;
 
Retrai o mercado interno;
 
Propicia poupança forçada, devido a não atingir a todos os setores de maneira igual;
 
Agrava a concentração de renda;
 
Gera tensões sociais.
 
Com o objetivo de proteger os pequenos assalariados e empregados de pequenas empresas que não são sindicalizados, ou não tem um sindicato organizado e politicamente expressivo, o governo regula os tetos salariais mínimos destas classes.
 
Política de Preços Administrados
 
Esta política foi imposta no príodo da II Guerra Mundial e se tornou, a parti de 1986, uma medida poderosa e utilizada freqüentemente no Brasil, com o objetivo de derrubar os preços. Seus efeitos são imediatos na queda da inflação, portanto se utilizada por um tempo prolongado causa fortes distorções no mercado e abalo na economia em geral. O retorno do mercado é lento e dificil, esta medida causa aumento no nível de desemprego e desinteresse por atividades produtivas.
 
Índices de Preços
 
Os índices de preços visam demonstrar o comportamento da economia para que possam ser tomadas decisões com maior segurança a execução da política econômica nacional. O primeiros índices foram calculados no século XVI na europa, já no Brasil os primeiros cálculos foram feitos a partir de 1920 levando em consideração a retroação à 1912.
 
A Fundação Getúlio Vargas iniciou a divulgação de seus indicadores de preço em novembro de 1947. Têm como principal índice de preços o IGP (Índice Geral de Preços). Em 1969 o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas estabeleceu o conceito de oferta global, sua ponderação inclui os preços de produçao para o mercado interno e para exportação, e o conceito de disponibilidade interna (DI), que não considera as variações de preços de produtos exportáveis. O IGP-DI serviu de indicador oficial da variação de preços (inflação) até outubro de 1985. O IGP-DI é a média ponderada de três outros índices, são eles:
 
Índice de Preços por Atacado (IPA-DI), com peso 6;
Índice de Preço ao Consumidor (IPC), com peso 3;
Índice Nacional de Construção Civil (INCC), com peso 1.
 
O índice de preços por atacado (IPA-DI) abrange os bens de consumo duráveis e não-duráveis e bens de produção(matérias-primas não-alimentares, máquinas, veículos e equipamentos, materiais de construção entre outros).
 
O índice de preço ao consumidor (IPC), neste caso variam os índices de despesas, os peŕodos em que os preços são registrados e a ponderação os itens entram no cálculo do índice.
 
O índice Nacional da Construção Civil abrange os custos de máo-de-obra e dos materias de construção.
 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor é calculado por grupos de produtos que compreendem alimentação, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes e comunicações, saúde e cuidados especiais e despesas pessoais.
 
Além do INPC que é calculado com base no consumo de famílias com rendimentos mensais de um a cinco salarios mínimos o IBGE (Instituto Brasileiro de Geográfia e Estatistica) também passou a divulgar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo que é calculado com base nas famílias com rendimentos mensais de até trinta salários mínimos.
 
Conclusão
 
É fato que com o processo de inflação quem mais perde, ou melhor, quem perde é sempre o assalariado e a parcela mais pobre da sociedade, uma vez que não tem como se proteger dos efeitos inflacionarios além de servir como blindagem economica aos mais ricos com a poupança forçada. Hoje o Brasil já esta em um nível avançado ao controle, medição e precauções quanto a inflação, porém enquanto a Europa já utilizava de meios para calcular a inflação em meados do século XVI o Brasil só começou sua medição em 1920. No Brasil há duas instituições importantes para o controle e meio de proteção e medição da inflação, que são o Bacen (Banco Central do Brasil) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Quanto as teorias, entre as ecolas há quem defenda que a inflação é um evento meramente do mercado e só o livre mercado pode corrigi-lo e há quem defenda que o Estado deve intervir, mas saindo de teorias e indo para a prática, a última crise economica de 2008/2009 mostrou que quem corrige os erros do mercado livre é sempre o Estado, fato também comprovado na crise de 1929. Hoje a inflação no Brasil esta controlada e é esperança dos brasileiros que ela continue desta maneira, depois de ter tido inflações de 330% a.a. e 764% a.a..

Inflação, o temor brasileiro

Os Ciclos Econômicos do Brasil Colônia

Como Alexandre Gregianin, CTO responsável pela tecnologia e novos negócios, revela a estratégia por trás do desenvolvimento de novos negócios e o que ele pensa sobre o investimento em Inteligência Artificial, mostrando que o óbvio nem sempre é o melhor caminho



Alexandre Gregianin é o CTO da Smart Fit, líder no segmento de academias na América Latina e uma das maiores redes de fitness do mundo. Com uma vasta experiência em tecnologia e inovação, ele orquestra a estratégia digital de uma empresa que atende milhões de usuários e constantemente expande suas fronteiras.



Sua autoridade vem da responsabilidade de guiar o desenvolvimento tecnológico e novos negócios de um ecossistema complexo, que vai da unidade física à plataforma digital (Total Pass, Smart Coach, Studios). Gregianin não apenas gerencia tecnologia; ele a molda para impulsionar o crescimento e a inovação em um mercado altamente competitivo, provando que o foco estratégico é a chave para a expansão.



<h2 class="wp-block-heading">1. Inovação que dá certo: o modelo de incubação interna da Smart Fit</h2>



Pergunta: Com tantas possibilidades e frentes de negócio (academias, Total Pass, serviços digitais), como a Smart Fit consegue manter o foco e priorizar o que realmente importa para o crescimento?



Insight de Alexandre:



“Normalmente os novos projetos, sejam novas marcas de academia, como a Bio Ritmo, o Total Pass ou até a Studios, assim como Add-ons por exemplo, o Smart Energy, o Coach, começam sendo desenvolvidas dentro dos departamentos, e depois quando ganham força e volume, passam a ser unidades de negócio com estruturas próprias, para que possam progredir e avançar.”



A genialidade aqui não está na descoberta de novas ideias, mas na disciplina de como se testam e escalam essas ideias. Em vez de grandes lançamentos arriscados, a Smart Fit adota um modelo de incubação interna: novas iniciativas nascem como MVPs (Mínimo Produto Viável) dentro de departamentos existentes, como o de tecnologia. Somente quando provam seu valor, ganham volume e demonstram tração é que são elevadas a unidades de negócio independentes. Essa abordagem minimiza riscos, otimiza recursos e, acima de tudo, garante que cada investimento seja feito em algo que já validou seu potencial, permitindo um crescimento focado e ágil.





<h2 class="wp-block-heading">2. IA: desvendando o hype – onde o dinheiro realmente está (e não está)</h2>



Pergunta: Em um mundo corporativo obcecado por Inteligência Artificial, qual a visão da Smart Fit sobre o uso da IA?



Insight de Alexandre:



“Um relatório do MIT fala que 95% do dinheiro investido com IA não está tendo retorno. E que desses cinco por cento que estão tendo retorno, normalmente são as pessoas com uso pessoal da IA, que daí obviamente tomam melhores decisões, fazem melhores ações e aí obviamente dá retorno. E também pequenas ações como a IA na área de atendimento, em áreas que envolvem uma resposta mais simples e uma execução muito simples.”



Alexandre Gregianin corta a “fumaça” do hype da IA com uma clareza impressionante. Ele destaca que a vasta maioria dos investimentos corporativos em IA não gera retorno, citando um relatório do MIT. Para ele, o valor real, hoje, está em dois pontos: o uso pessoal da IA, onde indivíduos amplificam sua capacidade de decisão e execução, e em aplicações de IA mais simples e diretas, como no atendimento ao cliente. Ele é categórico ao afirmar que, para grandes projetos da Smart Fit, usam muito de Machine Learning (ML) – ou seja, usar melhor os dados que já se tem para otimizar a competitividade e a experiência do aluno (como personalizar um plano de treino). No lado Gen AI existem pilotos que ainda não provaram seu retorno em larga escala. A exceção do uso da Gen AI na automação de desenvolvimento de software, onde 20% das linhas de código já são geradas por IA. A Smart Fit, portanto, aposta na IA para capacitar as pessoas e refinar processos.



<h2 class="wp-block-heading">3. O futuro da IA: pé no chão e foco nas pessoas</h2>



Pergunta: Olhando para o futuro, onde a Smart Fit vê a Inteligência Artificial realmente adicionando valor? Quais são os próximos passos e as cautelas que ainda persistem?



Insight de Alexandre:



“Tem muito mais projeto ainda a ser feito de machine learning. Tem muito projeto a ser ajustado com dados, tem muito projeto que ainda pode ser feito com bot, que já resolvem problemas imensos. Tem que entender ainda a capacidade da IA, que é não se assustar com todos esses gritos, essas ações que grandes empresas fazem às vezes para provocar um movimento, para gerar uma nova demanda por um assunto, entender a real capacidade disso. O futuro são as pessoas. O futuro é fazer com que as pessoas usufruam melhor a IA, usufruam melhor os LLMs, consigam conversar melhor para ter melhores respostas, ideias.”



Soluções simples, como bots, continuam sendo ferramentas poderosas para resolver problemas significativos. A chave é entender a real capacidade da IA e não se deixar levar pelo “barulho” ou pelas ações de marketing de grandes empresas que buscam criar novas demandas. Ele exemplifica a limitação atual da IA com a impossibilidade de a ferramenta, hoje, entrar em seu e-mail e buscar com 100% de assertividade notas corporativas para o financeiro – uma tarefa que parece simples para um humano, mas complexa para a IA atual. Assim, o foco da Smart Fit é continuar acoplando a IA em suas frentes estratégicas, mas sempre com clareza sobre seus limites. Para Alexandre, o futuro mais evidente e com retorno está nas pessoas, capacitando-as para usar bem a IA e os LLMs, amplificando suas decisões e gerando melhores ideias.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo (mesmo sem hype)</h2>



A visão de Alexandre Gregianin ressoa com o que as empresas de maior sucesso do mundo, como Google, Intel, Adobe e LinkedIn, entenderam há muito tempo: inovação e tecnologia não são sobre seguir o hype, mas sobre construir capacidades de forma estratégica e disciplinada. A Smart Fit, assim como essas gigantes, demonstra que a genialidade não está em gastar milhões em “IA” por “estar na moda”, mas em identificar onde a tecnologia (seja ela Machine Learning ou IA aplicada) realmente entrega valor tangível e onde o foco e a priorização são os grandes diferenciais.



No contexto da inovação, a estratégia da Smart Fit de incubar ideias como MVPs e só então escalá-las para unidades de negócio é um exemplo clássico de como construir agilidade e resiliência. Essa abordagem evita o desperdício de recursos em projetos que não se provam, ao mesmo tempo em que fomenta uma cultura de experimentação contínua. É uma aplicação prática da agilidade em um nível empresarial, onde a “startup” nasce dentro da própria corporação. E sobre a IA, a verdade dita por Alexandre é um banho de água fria necessário. Enquanto muitos C-levels são pressionados a “fazer algo com IA”, a Smart Fit mostra que o caminho é mais sobre inteligência de aplicação e gestão da expectativa do que sobre complexidade tecnológica. O foco no uso pessoal da IA, em soluções de ML para otimização de dados e na resolução de problemas com ferramentas já maduras (como bots) é um atalho eficaz para o retorno. A “fumaça” dos grandes projetos ainda busca seu lugar ao sol, e o retorno mais claro, por enquanto, está na capacitação das pessoas para que elas usem a IA como uma extensão de suas capacidades. Empresas que querem replicar o sucesso da Smart Fit precisem entender que a maturidade estratégica é sobre onde aplicar a energia e o dinheiro, e não apenas “ter IA”.



<h3 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h3>



Sua empresa está investindo em IA real ou apenas comprando a “fumaça” do mercado?

A verdade nua e crua: o futuro da IA está nas pessoas, não nas máquinas (segundo CTO Smart Fit)

Crescimento sustentável não é sobre fazer mais — é sobre fazer melhor com o que já se tem.



Em muitas empresas, marketing, vendas e atendimento ainda funcionam como departamentos isolados. Cada um com seus próprios processos, metas, ferramentas e até narrativas. Mas o cliente não enxerga essas divisões internas, para ele, a experiência é uma só.



E quando esses três pilares da jornada do cliente não estão conectados, a empresa desperdiça oportunidades, gera ruídos e, pior: perde credibilidade. A conta pode não aparecer no curto prazo, mas ela chega. E geralmente na forma de clientes frustrados, cancelamentos precoces ou vendas que não se sustentam.



Se sua empresa quer crescer com consistência, não dá mais para tratar marketing, vendas e atendimento como áreas separadas. É preciso alinhar, integrar e construir uma experiência coesa, do primeiro clique ao pós-venda.



<h2 class="wp-block-heading">O que acontece quando as áreas não se falam</h2>



Pode até parecer que está tudo funcionando: leads estão chegando, vendedores estão fechando e o suporte está atendendo. Mas basta olhar mais de perto para perceber os sinais do desalinhamento:



<ul class="wp-block-list">
<li>O time de vendas recebe leads despreparados, sem contexto, sem histórico.</li>



<li>O atendimento recebe clientes com expectativas distorcidas.</li>



<li>O marketing continua divulgando uma mensagem que já não representa a entrega atual.</li>



<li>Cada área mede o sucesso por métricas diferentes e não compartilha aprendizados.</li>
</ul>



O resultado? Ruídos internos, retrabalho, baixa retenção e uma experiência fragmentada para o cliente, que sente que “foi vendido algo que não corresponde”.





<h2 class="wp-block-heading">A jornada do cliente não termina na venda</h2>



Esse talvez seja o ponto mais subestimado por empresas em crescimento: a venda não é o fim da jornada, é só uma etapa. O verdadeiro diferencial está no que acontece depois.



Se o cliente sente que foi bem atendido, bem recebido e tem suporte de qualidade, a confiança aumenta. Isso abre espaço para renovação, upsell, indicação. Agora, se o atendimento está desalinhado com o que marketing e vendas prometeram, o encantamento vira frustração — e o cliente se desengaja logo no início da relação.



Em um mercado onde o cliente fala, compartilha e opina publicamente sobre tudo, esse tipo de ruído não passa despercebido.



<h2 class="wp-block-heading">Integração que começa no planejamento</h2>



Alinhar essas três áreas exige mais do que uma reunião de boas intenções. A integração precisa estar no planejamento, nos processos e nos indicadores.



O primeiro passo é mapear a jornada do cliente de ponta a ponta, com todos os times envolvidos. Entender o que acontece desde o primeiro contato com o marketing, passando pela abordagem comercial e chegando à entrega e ao atendimento.



Depois disso, é hora de garantir que todos estejam comunicando as mesmas promessas. Não adianta o marketing prometer prazo curto, o vendedor garantir agilidade e o atendimento ter um processo operacional que não suporta essa expectativa.



Também é preciso padronizar os processos de transição entre os times. O que define que um lead está pronto para vendas? O que precisa estar registrado no CRM antes da entrega ao atendimento? Como é feito o repasse de informações para o onboarding?



Por fim, essa integração só se mantém com rituais de feedback entre as áreas. O que o atendimento está ouvindo dos clientes? Quais objeções o comercial mais recebe? Que tipo de conteúdo está performando melhor nas campanhas?



Essas respostas ajudam a ajustar o funil como um todo — e não só pedaços dele.



<h2 class="wp-block-heading">Ferramentas, rituais e cultura</h2>



Claro que ferramentas ajudam. Ter um CRM integrado, automações bem configuradas e dashboards compartilhados facilita muito. Mas nenhuma tecnologia resolve um problema de cultura.



É preciso cultivar uma mentalidade de colaboração entre os times. Reuniões de alinhamento devem ir além dos status operacionais — elas precisam gerar aprendizado conjunto. Indicadores como churn, NPS, lifetime value e custo de aquisição devem ser vistos por todos, e não apenas por quem “cuida da última etapa”.



Quando marketing, vendas e atendimento compartilham metas e aprendem com o mesmo cliente, a evolução acontece com muito mais clareza.



<h2 class="wp-block-heading">Crescer com base sólida</h2>



Empresas que integram marketing, vendas e atendimento constroem um ciclo virtuoso: atraem melhor, vendem com mais confiança e entregam com mais consistência. Isso gera mais fidelização, mais indicações e mais oportunidades de expansão.



E o melhor: isso não depende de uma estrutura gigante. Depende de intenção clara, processos bem definidos e comunicação real entre as áreas.



Crescimento sustentável não é sobre fazer mais — é sobre fazer melhor com o que já se tem.



<h2 class="wp-block-heading">Quer começar a estruturar esse alinhamento na sua empresa?</h2>



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Como alinhar marketing, vendas e atendimento em empresas que querem crescer

Por que a viabilidade jurídica da sua marca precisa vir antes da identidade visual



Em muitas das minhas primeiras conversas com empresários e empresárias, ouço frases que já vêm com um certo tom de orgulho e alívio:&nbsp;



“Nome definido, logotipo pronto, Instagram criado, identidade visual fechada... agora só falta registrar a marca.”&nbsp;



E é nesse momento que eu respiro fundo antes de explicar, com cuidado, que talvez a ordem das etapas tenha sido invertida.



Criar a identidade visual de um negócio é uma das fases mais empolgantes. O nome nasce carregado de afeto, o logotipo materializa a ideia, os stories ganham vida, o site vai ao ar. Parece que, finalmente, o negócio existe.&nbsp;



Mas nesse processo criativo e inspirador, há uma armadilha silenciosa:&nbsp;



a maioria dos empreendedores constrói toda a imagem da marca sem saber se pode usá-la com exclusividade.



E se essa marca já estiver registrada por outra empresa? E se o nome escolhido for considerado genérico, descritivo demais, ou não atender aos critérios do INPI?&nbsp;





O que era para ser apenas o "detalhe final" — o registro da marca — acaba se tornando um problema central.



Quando isso acontece, o prejuízo ultrapassa o financeiro.&nbsp;



Sim, é frustrante refazer logotipo, trocar o @ no Instagram, reimprimir embalagens e etiquetas, mudar a fachada, regravar vídeos.&nbsp;



Mas há algo ainda mais sensível: o desgaste da reputação. Os clientes se confundem, os parceiros começam a questionar a credibilidade do negócio, e os investidores, que buscam segurança jurídica, pensam duas vezes antes de se comprometer.&nbsp;



E não podemos esquecer o risco real de processos judiciais por uso indevido de marca, que podem trazer consequências sérias para empresas de qualquer porte.



O ponto é que a marca, antes de ser visual, é jurídica.&nbsp;



Antes de virar cor, fonte e símbolo, ela precisa ser viável — e isso envolve uma análise técnica. Não basta pesquisar no Google ou no Instagram e “não encontrar nada parecido”.&nbsp;



A viabilidade exige investigação no banco de dados do INPI, análise das classes de produtos e serviços, avaliação de semelhança fonética, visual e até conceitual.&nbsp;



Envolve entender como o INPI interpreta marcas e quais são os riscos de conflito. É um trabalho de estratégia, não apenas de estética.



Por isso, o melhor momento para pensar na proteção da marca é antes de contratar o designer. Quando o nome ainda é uma ideia. Quando há tempo de ajustar, testar variações ou até pensar em um plano B, caso o nome principal não seja registrável. Isso evita retrabalho e garante que cada investimento feito no branding esteja construindo algo que realmente será seu — exclusivo, legítimo, protegido.



A identidade visual encanta. Mas é a proteção jurídica que sustenta. É ela que permite escalar com segurança, franquear, licenciar, atrair investidores e consolidar valor de mercado. Marca não é só imagem. É ativo estratégico. É escudo. É base sólida.



E se você quer que sua empresa cresça sem correr riscos desnecessários, lembre-se: antes do logotipo, vem a proteção.



Nos vemos na próxima. Lívia F Silva

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Paulo Ricardo Salvati

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