Há alguns anos, o papel do comprador restringia-se simplesmente a conhecer o fornecedor, manter contato com ele e ter em tempo hábil a sua mercadoria para que suas necessidades fossem supridas. Com uma cartela de fornecedores ínfima e sem poder de barganha, o comprador encontrava-se preso a uma caixinha de cartões que sempre deveria ter em mãos. Com a globalização, o perfil do comprador ganhou novas qualificações e assim a sua participação nas organizações passou a ser muito mais efetiva, tornando-se um canal de comunicação entre diversas áreas da empresa, tais como: logística, produção, finanças e vendas. E essa é uma das grandes diferenças entre os perfis dos compradores antigos e atuais, pois em uma era dominada pela informação, onde nada mais é tão distante e inovações são divulgadas e comercializadas em tempo real, o papel do comprador tornou-se fundamental para o sucesso das organizações. Cheio de responsabilidades, o comprador moderno deve ser racional e ágil no processo de tomada de decisão, uma vez que uma decisão empresarial errada atualmente traz conseqüências muita mais desastrosas do que a dois anos atrás. O comprador também deve estar ciente que dele depende o bom funcionamento entre os diversos setores da empresa. Assim, o comprador deve aproveitar as inovações constantes para se fazer um profissional que agregue valor para a organização, uma vez que devido à grande variedade de produtos concorrentes e com qualidade similar, a função de compras deixou de ser apenas uma função administrativa e passou a ter um papel estratégico dentro das organizações. No ambiente turbulento em que as organizações se encontram, não há como prever qual será o papel do comprador no futuro, porém pode-se dizer que aqueles que se mantiverem atualizados com as mudanças no mercado estarão aptos a desvendar e até definir isso.