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O ser humano ao evoluir pelas necessidades, pelos costumes ou pelas regras exigíveis provoca mudanças substanciais na sociedade influenciando no comportamento de aquisição ou de fornecimento de novos comportamentos. Essas mudanças, quando bruscas e radicais transformam os objetivos naturais de uma sociedade, transformando-a e interferindo sobremaneira nas próximas gerações. A tecnologia e os conceitos socioeconômicos são fatores preponderantes dessas mudanças sociais e comportamentais.
 
Segundo Maximiano (2004, p. 25), a sociedade humana é feita de organizações entre pessoas que fornecem produtos ou serviços e são fornecidas por outras organizações também de pessoas. Nesse aspecto está orientada para o atendimento da suas diversas necessidades sejam físicas, morais ou intelectuais objetivando suas realizações pessoais, funcionais e coletivas. É um processo cíclico e ininterrupto de evolução social de aquisição e fornecimento.
 Maximiano (2004, p. 48) descreve que as pessoas que criam e dirigem essas organizações necessitam de regras sociais, econômicas e jurídicas para solucionarem seus problemas e atingirem seus objetivos. Algumas regras ou teorias foram e são aplicadas e desenvolvidas para explicarem a realidade prática e de certa forma objetivar a metodologia de repetição. 
Conforme Ferreira, Reis e Pereira (1997, p. 67 &#8211; 95), as mudanças sociais positivas requerem postura e atitude. Não é possível prevê mudanças de comportamento sem o conceito disciplinar. As atitudes devem estar solidificadas na linha disciplinar quanto ao objetivo. As formas de chegada ao objetivo são desenvolvidas em função dos produtos, da sociedade e dos fatores econômicos. É preciso mudar para sobreviver a dura e contínua imprevisibilidade ambiental em constante mutação. Antecipar as ações para o futuro é buscar vantagens competitivas.
 Cita ainda, Maximiano (2004, p. 49), que a ciência administrativa colabora diretamente para essa evolução. Os pioneiros desses estudos tanto nas escolas conhecidas como clássica, Comportamental e Pensamento Sistêmico induziram ou foram induzidos pela sociedade na elaboração de suas teorias. A complexa estrutura organizacional social inicia com a família e são multiplicados a partir da convivência com outras pessoas nas empresas, em associações, sindicatos etc.
Nos tempos atuais, com a globalização e a virada do milênio, a busca da qualidade deixou de ser preocupação apenas das grandes empresas industriais e passou a constituir-se em prioridade para toda organização desejosa de seu desenvolvimento. Neste sentido, a qualidade deixou de ser uma opção e passou a ser uma necessidade para todas as organizações industriais e de serviços, uma vez que o mercado está cada dia mais complexo e competitivo.
A maioria das empresas despertou para a necessidade de melhorar, como um todo, seu desempenho adotando a participação coletiva de seus membros como indutores do sistema de prosperidade sempre centrados na qualidade cujo objetivo final é alcançar a satisfação do cliente e ampliar os benefícios para os próprios membros da organização e, conseqüentemente, da sociedade. 
O setor de hospedagem para lazer e de saúde, hotel e hospital, não fogem a esta regra. O hotel atrai parceiros de partes dos seus serviços com o intuito de assegurar a plena satisfação dos hóspedes durante sua estada. Um desses serviços é a qualidade do enxoval hoteleiro que deve estar limpo e higienizado. Nesse aspecto a teceirização ganhou destaque, atualmente, praticamente, todos os hotéis já utilizam os serviços de lavagem de roupa em lavanderias terceirizadas. 
No hospital o setor de processamento de roupas ou a lavanderia hospitalar presta serviços de apoio e atendimento aos pacientes, responsabiliza-se pelo processamento e distribuição da roupa em perfeitas condições de higiene e conservação, na quantidade adequada a cada unidade do hospital. (GOODWIN, 1994).
A lavanderia hospitalar tem grande importância no conceito “higiene é saúde” uma vez que, a eficiência de seu funcionamento contribui diretamente na eficiência do hospital, refletindo especialmente no controle de infecções; recuperação, conforto e segurança dos pacientes; facilidade, segurança e conforto da equipe de trabalho; racionalização do tempo e material, e redução dos custos operacionais.
Apesar da evidencia conceitual e prática dessa importância, na maioria dos hospitais, o serviço de lavanderia não recebe a atenção devida, sendo muitas vezes confiada a trabalhadores sem os devidos conhecimentos técnicos, quer pela carência de profissionais com formação específica na área, quer pelo descaso por parte de alguns dirigentes dos hospitais, com relação à esse setor (MEZZOMO, 1984).
A falta de conhecimento e/ou de aplicação das técnicas corretas de processamento da roupa, levam as lavanderias a funcionar com bases empíricas. Segundo Mezzomo (1984), nestes casos, a lavanderia pode apresentar custos operacionais de até 100% superior ao normal, além de comprometer a qualidade da roupa lavada. 
Quem atua na área de saúde deveria ter noções, hábitos e cuidados para não contrair doenças, sofrer acidentes ou contaminar os pacientes. No entanto, a formação de muitos destes profissionais não aborda este aspecto. Além disso, muitos funcionários são admitidos sem treinamento e passam a exercer funções sem estarem familiarizados com os procedimentos do serviço (DEFFUNE, 1995).
A desqualificação ou a falta de qualificação ocorre pela baixa cultura do processo de lavar roupas, pela falta de treinamentos especializados (baixa existência de cursos específicos), ausência de indicadores de controle de qualidade etc.
Segundo Farias (2006, p 21-35) a evolução dos métodos, processos e produtos da lavanderia transformam o processo de convencional para científico reduzindo o empirismo e os “achismos” tão largamente aplicados. Porém, esse aspecto não pode ser ilustrado para os recursos humanos da lavanderia. É uma regra paradoxal – elevada tecnologia nos métodos, processos e produtos e baixo conhecimento dos seus operadores e, por conseguinte dos seus gestores.
O sistema de hospedagem (hotéis e hospitais) ultrapassou os limites da hospitalidade, deixando a clara relação de intimidade entre os usuários [hóspedes e pacientes] e o enxoval hoteleiro. Portanto para que o enxoval atenda aos objetivos as lavanderias devem operar com o foco na qualidade. Essa qualidade é uma somatória de métodos, processos, produtos e recursos humanos. Porém, como estão os operadores dessas lavanderias? Qualificados? Treinados? Motivados? Satisfeitos? Ou será que as lavanderias estão regredindo no desejo de qualificação<a>? </a>
A qualificação e a padronização de métodos, processos, produtos e serviços tem como objetivo a busca da competência organizacional e, sobretudo, da produtividade. O foco está na velocidade e no fortalecimento da competitividade empresarial. Essa busca é mais intensificada quanto mais acirrada for a concorrência entre as empresas, principalmente no âmbito global. 
As teorias organizacionais propostas a partir dos estudos científicos pós-revolução industrial e inseridas na atividade industrial já demonstraram que os resultados pretendidos são alcançados, independentemente do foco, se a padronização, a produtividade, a qualificação operacional, a estrutural e, principalmente o financeiro. 
A mescla e a evolução dessas teorias científicas e a interdisciplinaridade com outras ciências ampliaram seu escopo para outras atividades econômicas demonstrando também resultados satisfatórios. A implantação de processos de qualidade objetiva e mensurável não é novidade no mundo empresarial. Várias empresas já, comprovadamente, demonstraram sua capacidade de reorganização, inclusive financeira pela aplicação desses métodos de qualificação. 
Embora toda essa situação – visão de qualidade &#8211; esteja parcialmente definida, a qualificação operacional da maioria das lavanderias ainda caminha na linha empírica. Os profissionais de lavanderia são contratados sem exigências rigorosas, poucos são treinados e muitos não ousam buscar uma ascendência profissional por inclusive não existir um plano de cargo e salário efetivamente aplicado nas lavanderias pesquisadas. 
A capacitação e a definição de plano de cargos e salários permitem que a lavagem de roupas não seja mais focada como um fator de remoção de excrementos e sim como um fator de conforto e segurança sanitária para seus usuários. Nesse caso devemos admitir que é necessária uma invasão na estrutura apresentada para redirecionar a lavanderia para o patamar da qualificação operacional e afirmar que “A lavanderia não pode mais ser considerada como uma evolução da lavadeira à beira de um riacho”. 

 
BRASIL. Ministério da Saúde (1985). Manual de lavanderia hospitalar. Brasília: Centro de documentação do Ministério da Saúde, 1985.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 1884 GM de 11 de novembro de 1994.
CASTELLI, Geraldo, Administração hoteleira. 8 ed. Caxias do Sul: Educs, 2001. 
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO / [compilação de] Armando Casimiro Costa, Irany Ferrari, Melchíaldes Rodrigues Martins. – 35. ed. – São Paulo: LTr, 2008.
FARIAS, Roberto Maia, Manual para lavanderias: a revolução na arte de lavar. Caxias do Sul-RS: Educs, 2006.
FARIAS, Roberto Maia, Danos no enxoval hoteleiro, responsabilidade física e jurídica. Fortaleza, FIC, 2005. Originalmente apresentada e aprovada como monografia de graduação, Faculdade Integrada do Ceará &#8211; FIC, 2005.
FERREIRA, Ademir Antonio; REIS, Ana Carla Fonseca; PEREIRA, Maria Isabel. Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, 1997.
HERZBERG, Frederick. Novamente: como se faz para motivar funcionários? In BERGAMINI, Cecília W. e CODA, Roberto. Psicodinâmica da vida organizacional: Motivação e Liderança. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.
GOODWIN, Steve, Personal laundry: on essential part of patiente care. Nursing Times, v.90, n30, July 1994.
MASLOW, Abraham H. Maslow no gerenciamento. São Paulo: Qualimark, 2000.
MAXIMIANO, Antonio Amaru. Introdução a administração. São Paulo: Atlas, 2004
MEZZOMO, Augusto A, Lavanderia hospitalar organização e técnica. 3 ed. São Paulo: Cedas, 1984.
MEDAUAR, Odete (Org.). Constituição Federal: coletânea de Legislação Administrativa. 6 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006. 
ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de estágio e de pesquisa em administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
TORRES, Silvana; LISBOA, Teresinha Covas, Limpeza, higiene, lavanderia hospitalar. São Paulo: CLR Balieiro, 1999.

O plano de cargos e salários como ferramenta de qualidade da administração de recursos hum

A lavagem de roupas é um procedimento técnico-profissional que atende a três necessidades: conforto, durabilidade e segurança sanitária. Para que a qualidade seja garantida, manter funcionários comprometidos com a organização é a essência da garantia para atingir a meta da organização e das pessoas.

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Sustentabilidade: Indicadores na lavanderia

A habilitação técnica nas licitações públicas na lavagem de roupas hospitalares

Burnout contado como se fosse uma história para criança



Muito se fala em Burnout, mas muitos levam isso como um “Falta de Deus”, “Frescura”, “Mentira”, entre outros termos, porém só quem passa realmente por isso entende a fundo o que acontece com sua mente e corpo durante uma crise de Burnout, mas pra ficar mais fácil de entender, vou tentar explicar o que é Burnout, como se eu estivesse contando uma historinha para criança. 



Vamos lá!!!



Era uma vez... a história da Pilha Mágica da Aninha!



Aninha era uma menina muito esperta e cheia de energia, igual a um carrinho de controle remoto novinho! Por dentro dela, no lugar do coração, ela tinha uma Pilha Mágica que brilhava bem forte e a fazia correr, pular, desenhar e dar muitas risadas.



Mas a Aninha tinha muitas coisas para fazer todo dia! Ela tinha que ir à escola, depois a mãe dela levava na natação, depois na aula de inglês, às vezes o pai dela levava ela na aula de piano e ainda tinha que fazer a lição de casa rapidinho, para tentar arrumar tempo de brincar e depois guardar todos brinquedos. De sábado ela tinha aula de ballet e todo domingo acordava cedinho para ir na igreja e depois passar na casa da vovó para almoçar e conversar com os priminhos. Ela nunca parava!



A Pilha Mágica da Aninha ficava fazendo "zum-zum-zum" sem parar. Ela não tinha tempo para descansar. De manhã, de tarde, e até de noite, tentando fazer tudo!



Um dia, a Pilha Mágica começou a piscar... fraquinha, fraquinha. Ela estava muito, muito cansada!



A Aninha tentava correr, mas as perninhas dela ficavam pesadas e doíam. Ela tentava desenhar, mas parecia que a mãozinha dela não queria mais segurar o lápis. Ela ficava triste e brava por qualquer coisinha, e só queria ficar quietinha no canto.



E então, o que era inevitável, aconteceu. A Pilha Mágica se esgotou. Parou. Morreu. É a pane geral, o silêncio ensurdecedor de um brinquedo caro jogado no canto.



O Burnout é quando o corpo e a cabeça da gente pedem um descanso grande, porque trabalharam e se preocuparam demais, demais, demais. E quando pede o descanso e você não o dá você para igual ao brinquedo sem pilha.&nbsp;



É assim que o Burnout faz no seu corpo. Ele destrói a sua capacidade de ser quem você é.



Que a história de Aninha fique gravado em sua memória para que você e eu possamos ver o Burnout não como um diagnóstico frio, mas como um grito humano por ajuda.



Seja o apoio, não o juiz. Ofereça o abraço, não o sermão. O mundo precisa de mais empatia e menos julgamento para que as "Pilhas Mágicas" de quem amamos não se apaguem para sempre.

O grito silencioso da alma

As recomendações são uma ferramenta poderosa para validar habilidades e experiências, além de cultivar um networking sólido



Como profissional de RH que recruta pelo LinkedIn, posso afirmar que as recomendações são uma ferramenta poderosa para validar habilidades e experiências, além de cultivar um networking sólido. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o valor das recomendações:



Insights: As recomendações nos fornecem retornos valiosos sobre nós mesmos, auxiliando na identificação de nossos pontos fortes e áreas a serem aprimoradas.





Recíproca: O sentimento positivo de receber um retorno encorajador nos inspira a retribuir a gentileza, fortalecendo ainda mais nosso networking.



Estratégia para Solicitar Recomendações: Para conseguir boas recomendações no LinkedIn, seja estratégico: escolha pessoas que conhecem bem seu trabalho, priorize colegas e líderes diretos, e envie uma mensagem pessoal explicando seu pedido com gentileza.



Impacto no Algoritmo do LinkedIn: Quanto mais recomendações você tiver, melhor será o desempenho do seu perfil frente ao algoritmo do LinkedIn. Isso significa que, além de agregar mais valor a si mesmo, as recomendações ajudam seu perfil a aparecer no topo do ranking na sua categoria de atuação no mercado.

A importância das recomendações no LinkedIn

O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos



Vivemos fascinados por uma ficção distópica: a de que, em um futuro próximo, a inteligência artificial se voltará contra a humanidade em um levante bélico, usando drones para bombardeio aéreo e robôs de limpeza para contaminar ambientes, por exemplo. Filmes e livros nos preparam para a batalha contra o hardware que ganha consciência. Contudo, a verdade é mais sutil e perturbadora: essa rebelião já começou, e fomos nós que a iniciamos.



Ela não se manifestou com armas, mas com algoritmos. Não com destruição, mas com a incessante busca por eficiência. Não com ódio, mas com a pressa que nos impede de sentir e refletir. A máquina não se revoltou; ela apenas nos espelha, com perfeição assustadora, os vícios que lhe treinamos.



Para compreender essa revolução interna, eu me debrucei em uma obra que me parece fundamental revisitar para compreender o diagnóstico do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han.



Na sua obra mais influente, A Sociedade do Cansaço, Han descreve a transição da Sociedade Disciplinar (o modelo de controle baseado na proibição, típico do século XX, com suas fábricas e hospitais e lares onde o jovem só podia namorar sob supervisão) para a Sociedade do Desempenho (o modelo atual, baseado na auto-otimização e na positividade).



A grande mudança é que o maior opressor não está mais fora, mas sim dentro de cada indivíduo. O homem moderno é o "sujeito do desempenho", alguém que acredita ser livre, mas vive escravo da própria produtividade.





O açoite da cobraço foi internalizado. Não precisamos de um capataz, pois nos tornamos nossos próprios algozes, impulsionados pela crença neoliberal de que "tudo é possível" e que o fracasso é uma falha de esforço individual. Essa pressão incessante por performance, por mais resultados, mais entrega e mais eficiência, culmina em uma exaustão crônica que Han identifica como a causa da explosão de doenças psíquicas como burnout, depressão e ansiedade.



No mundo digital, essa lógica se ampliou e se sofisticou através da Psicopolítica. O poder não se manifesta mais pela repressão, mas pela sedução e pela transparência.



A inteligência artificial e os algoritmos de engajamento são o ápice dessa psicopolítica. Eles não nos destronam; eles nos estudam, classificam e julgam com base em métricas. Dashboards, KPIs e likes tornaram-se os novos templos da devoção moderna.



A máquina, portanto, não é o inimigo que se levanta, mas sim o reflexo amplificado dos nossos vícios: a pressa em reagir a notificações, a vaidade de parecer produtivo, a necessidade de validação constante.



Enquanto celebramos a automação, nós mesmos nos automatizamos. Reagimos a estímulos, vivemos entre telas que nos monitoram e, no processo, perdemos a soberania sobre nosso próprio psiquismo. As máquinas não querem o poder; elas querem apenas continuar refletindo o que ensinamos a elas, e, nesse reflexo, nos mostram o que deixamos de ser.



Se o sistema de desempenho reside na mente, a resistência não pode ser política no sentido clássico. A verdadeira rebeldia, segundo Han em O Aroma do Tempo, é a pausa.



Resistir é não produzir. É reaprender o ócio e o tédio criador, que foram banidos pela ditadura da produtividade. Somente o tédio profundo abre o espaço para a criação e a reflexão, para a vita contemplativa (vida contemplativa) que a aceleração digital destruiu.



No entanto, o diagnóstico de Han, embora claro, precisa de um antídoto que seja vivido. É aqui que, humildemente, coloco a minha opinião: precisamos ir além da crítica filosófica para a prática existencial.



O remédio contra o cansaço existencial e a tirania algorítmica não está em uma nova tecnologia, mas no retorno aos vínculos humanos e ao espaço interior.



A meditação ou a oração (independente da fé) são atos de reinicialização espiritual. Elas representam o shutdown da mente, uma pausa no código que devolve ao ser humano aquilo que o sistema removeu: a presença.



“A meditação é a pausa no código; a oração, o reconhecimento de que não somos o programador.”



São práticas que nos lembram que não somos máquinas de desempenho, como diz o professor português António Damásio: Não somos máquinas de pensar, pelo contrário, somos máquinas de sentir que pensam.



O lar é o nosso data center emocional. É onde se faz o backup daquilo que a rotina corrompe. Família e amigos são os pilares da alma, a infraestrutura relacional que sustenta o equilíbrio que a tecnologia nunca fornecerá.



A verdadeira nuvem não é a que armazena dados (fundamental para nosso futuro tecnológico), mas a que abriga pessoas. Cultivar o afeto, a conversa sem pressa e o convívio presencial é um ato radical de resistência contra a digitalização total da vida.



Podemos reverter a lógica da aceleração por pequenas revoluções diárias:



O que nos salvará não será apenas a automação, mas a atenção. A inteligência artificial pode imitar o pensamento e a produtividade, mas jamais compreenderá o significado do afeto, do silêncio e da presença.



Entre o dado e a pausa, entre o código e a oração, existe uma zona que nenhuma máquina habita: o humano, essa interface misteriosa entre o finito e o eterno, que só se revela quando desaceleramos.



O futuro não precisa ser entregue ao digital. Ele precisa ser relacional. A máquina nos mostrou o que éramos; agora, cabe a nós decidir o que seremos.

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Roberto Maia Farias

Estes empreendedores vão curar sua ressaca - Café com ADM #470

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Roberto Maia Farias

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