É inegável a relevância das Organizações Não-Governamentais (ONGs), basta observar sua função junto ao Estado, sua identificação e utilidade para a sociedade. É preciso considerar os aspectos gerais deste novo modelo organizacional, identificando seus conceitos, sua razão de ser no cenário nacional e sua relação com os aspectos sociais e administrativos. No que tange à organização da sociedade, elas mobilizam o cidadão e proporcionam o envolvimento da população nas causas sociais. Sua criação é uma resposta do povo a incapacidade dos governos de realizar algumas funções e uma solução que possibilita o resgate da cidadania. Desenvolvem ações em diferentes áreas, mobilizam a opinião pública e atraem o apoio da população para melhorar determinados aspectos da sociedade, agindo como instrumento de erradicação da exclusão social. As associações e organizações não-governamentais, na defesa de seus direitos e interesses, como a promoção social e a proteção ambiental, contribuíram com a decorrência do movimento da Responsabilidade Social Empresarial (RSE). Estas entidades são voltadas para o desenvolvimento de funções sociais. Com a inserção desses novos conceitos direcionados a cidadania e a sustentabilidade elas encontram terreno para se expandirem. O terceiro setor, anteriormente visto como pouco promissor, por desenvolver atividades sem fins lucrativos, hoje encontra- se em expansão e suas concepções e ações vem sendo disseminadas e adotadas pelas corporações integrantes do segundo setor. A administração das ONGs é tida como complexa devido à constante incompatibilidade entre as contas a fechar e os investimentos a fazer. Assim como ocorre em uma empresa, é necessário que seus dirigentes estejam atentos à gestão financeira da entidade, elaborando, inclusive, relatórios para o acompanhamento do seu desempenho. Elas devem entender que apesar de seu objetivo não ser, diretamente, o lucro, controlar suas vendas ou os serviços realizados, apurar os resultados, dirigir o caixa e o movimento realizado, auxiliam na administração evitando perdas e provocando ganhos, qualitativos e quantitativos. Também é essencial a elaboração de um plano de ação que permita avançar e se aproximar gradativamente do planejamento traçado ou idealizado. Podemos considerar que a Responsabilidade Social de Empresas é uma forma de gestão estratégica que vai muito além da obrigatoriedade legal e do marketing social, é na verdade o comprometimento permanente da empresa, em adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento global da sociedade. Tornou- se indispensável trabalhar na conscientização do indivíduo sobre o seu papel na sociedade, abrir paradigmas para a prática plena da cidadania no seio da sociedade brasileira atual e apresentar soluções para alavancar harmonicamente seu processo administrativo e de planejamento. A profissionalização da administração e uma visão estratégica emergem como solução para suprir as carências presentes na gestão destas instituições. Possuir objetivos e metas pré- estabelecidas é fundamental para seu bom posicionamento, manutenção e crescente evolução.