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Ressignificar é dar um novo significado. Logo, quando aplicado ao consumo, significa dar-lhe um novo sentido, uma razão. Em outras palavras, podemos dizer que se trata de mudar a motivação e a forma como o mundo está consumindo atualmente: desenfreada, inconsciente e desrespeitosamente, muitas vezes, sem atribuir um sentido real ao que se compra e ao que se usa, onde tal ação torna-se apenas mais um simples hábito, realizado fria e automaticamente, sem a presença dos valores intrínsecos presentes antigamente quando da aquisição de um objeto de desejo pelas pessoas.
Até algum tempo atrás o conceito de &#8220;feitos para durar&#8221; era predominante entre os produtos oferecidos no mercado. Os objetos eram pensados para ter um ciclo de vida mais longo, priorizava-se a manutenção em detrimento ao descarte, a reposição de partes ou o conserto ao invés da inutilização completa dos aparatos cotidianos, principalmente eletrônicos. Os clientes criavam um vínculo com produtos e marcas, pois sabiam que suas escolhas seriam marcadas por uma longa história de uso, em que desapegar-se seria uma tarefa difícil, quando necessária.
Evoluímos, e muito. Talvez até demais. Aprendemos a produzir em maior escala, com menores custos e em menor tempo, mantendo uma qualidade maior ou igual ao modelo anterior, porém, atribuímos aos produtos o fator &#8220;descartável&#8221;. Junto com a qualidade, evoluímos no quesito &#8220;praticidade&#8221; e &#8220;involuímos&#8221; nos quesitos &#8220;consciência&#8221;, &#8220;poder&#8221; e &#8220;controle&#8221;.
No meio acadêmico há uma discussão sobre os conceitos de &#8220;technology push&#8221; e &#8220;demand pull&#8221;. Nesta batalha evolutiva, quem está no comando? A tecnologia, que já ganhou vida própria e evolui de forma que foge ao controle do homem, demandando complementos e empurrando ao mercado novidades antes mesmo que as anteriores tenham sido assimiladas? Ou seria o homem quem demanda a rápida evolução da tecnologia, com suas necessidades cada vez mais complexas e exigentes?
Hoje as pessoas sentem-se diariamente atrasadas com relação á tecnologia, apresentando um perfil de comportamento com relação à inovação bastante diferente de uns anos atrás, onde apenas uma pequena minoria, conhecida como early adopters (os primeiros adotantes) era movida pela novidade e fazia questão de estar entre os primeiros a adquirir os últimos lançamentos. Eram os responsáveis pela aprovação ou rejeição de produtos que, dependendo da primeira impressão causada, não seriam capazes de cruzar o obscuro abismo entre as fases de lançamento e a maturidade, chegando à massa de consumidores com a fama que viessem a ganhar destes &#8220;sommeliers&#8221; da inovação, o que determinaria o sucesso ou a rápida queda do novo produto.
O que antes era uma minoria de primeiros adotantes, aparenta ter crescido e se tornado a maioria ativa. O acelerado ritmo de lançamentos de produtos no mercado faz com que os consumidores sejam submetidos a ofertas com poucas semanas de diferença entre si, como ocorre com os celulares, tablets etc. Ao realizar uma compra o consumidor normalmente se baseia &#8220;no último lançamento&#8221;, &#8220;no mais atual e avançado&#8221; como referência de qualidade e eficiência para adquirir o que caiba em seu bolso. Sai insatisfeito com o novo bem, por saber que já está adquirindo algo ultrapassado, antigo e superado por uma novidade que provavelmente aparecerá nas mãos de algum outro amigo de seu círculo social. Pior sensação é a de voltar à mesma loja poucos meses depois, e perceber a redução do preço do item comprado, também devido ao surgimento de novidades, mais atrativas.
Desta forma, nos condicionamos á uma eterna insatisfação e á constante equivocação quanto ao valor que atribuímos aos nossos bens. Nos cegamos pela pressa, pela necessidade de atualização, sem desfrutar do processo de transição entre uma tecnologia e outra como deveríamos, tirando o máximo proveito de cada.
Ressignificar o consumo é agregar aos atos de compra e descarte e, aos bens desejados em si, um significado pessoal e transferível. Durante toda a vida estivemos em contato com artefatos que, de alguma forma, foram marcantes e contribuíram mais expressivamente para nossa formação do que outros, que tiveram maiores aplicações na resolução de problemas ou facilitaram a realização de atividades diárias com maior eficiência e eficácia. Este significado foi o que motivou a compra, momento este marcado pela reflexão sobre o benefício que o indivíduo teria pelo seu uso, permitindo-lhe atribuir um alto valor ao objeto, provocando a sensação de satisfação. O consumidor deve dar um significado maior àquilo cujo benefício se compara ao malefício de não ter o produto, e não às desvantagens deste com relação a um modelo mais atual. Ou seja, se seguimos comparando um produto com sua melhor e mais atualizada versão, deixaremos de ver as vantagens que teríamos pelo simples fato de ter o produto pelos benefícios que ele nos traz.
Na outra extremidade do ciclo de vida do produto e dentro da era do &#8220;feitos para descartar&#8221;, temos o desafio de pensar soluções que nos permitam mitigar os sentimentos de insatisfação e atraso tecnológico que impulsionam as pessoas a desfazerem-se de seus bens antes do completo desgaste por uso. O conceito de ressignificação do consumo prevê, também, a capacidade de transferência de significados, onde, o produto que já não apresenta um valor satisfatório para um consumidor, pode representar uma novidade e ser tratado como tesouro por outro. Junto com o produto transfere-se uma história, um significado, um valor abstrato que não pode ser aplicado em forma de moeda. Seu valor se torna ainda maior quando o indivíduo pratica o desapego, doando, trocando ou vendendo aquilo que já lhe foi importante, dando ao próximo, a oportunidade de ter também sua história com o novo objeto adquirido.

Ressignificação do Consumo

Como mudar a motivação e a forma como o mundo está consumindo atualmente, atribuindo um significado aos atos de compra e descarte e, aos bens desejados em si? O leitor é convidado a interagir e opinar sobre esta nova visão sobre o consumismo.

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A vida inteira fui criticado. As vezes por estudar demais, mesmo sem saber se isso daria futuro e mesmo ouvindo sempre que o mercado estava em crise, que eu jamais seria reconhecido, que isso ou aquilo não dá dinheiro. Sempre me perguntam "por que italiano e não francês?", "por que espanhol e não inglês?". Dizer que faço as coisas porque quero às vezes não basta e soa arrogante.
Já fui criticado porque saí, bebi ou extrapolei demais ou de menos, que me expus ou me escondi por um tempo. Me criticam por fazer coisas demais e dia ou outro por deixar de fazer alguma coisa. Me julgam por dar atenção demais às pessoas e as vezes por não responder a uma ou outra mensagem ou cancelar um encontro. Já me julgaram por viajar demais e viver a vida que eu quero. Onde já se viu alguém trabalhar "tão pouco" e viver viajando?
Me criticam por me envolver demais com as pessoas, ser amigo demais, me doar demais e às vezes até esquecer-me de mim mesmo. Às vezes sou altruísta e outras egocêntrico, egoísta.
Também já me chamaram de esquerdista e outros de direitista burguês, elitista. Ainda não ousaram dizer que sou anarquista. Afinal, o quê serei eu? Uma incógnita, inconstante, errante, mas atuante.
Já me chamaram de louco por investir tanto tempo e dinheiro em ideias, projetos e pessoas. E às vezes perder tudo. Pra mim, ganhei tudo, e o tempo e dinheiro foram apenas instrumentos do aprendizado, como devem ser.
Se inovo demais em minhas aulas ou proponho projetos, melhorias, se avalio com severidade, é porque estou querendo "me aparecer". Se sou fiel, leal a uma pessoa, estou escondendo algo, mentindo. Se sonho, não tenho os pés no chão, se sou "pé no chão", me chamam de cético, racional, insensível. Se reflito sobre a vida, estou sendo irrresponsavelmente filósofo e deixando escapar as oportunidades. Se aproveito as oportunidades, sou oportunista.
Pra sua decepção, caro crítico, não abrirei mão de ser um sonhador, idealista e passional. Até hoje, quem escolheu estar ao meu lado, mesmo que por alguns momentos, o fez por tais características. Escolho a intensidade à passividade daqueles que apenas sabem criticar e não passam de espectadores da história de quem faz acontecer.
Escolho viver, ceder, sofrer, seguir arriscando-me, desagradando a dezenas de pessoas, mas podendo olhar pra trás e ver feitos, conquistas, vitórias e milhares de motivos para orgulhar-me a mim e a quem acredita que tudo o que fiz, faço e farei é pelo bem de todos, por amor, pela felicidade minha e de quem escolhe caminhar ao meu lado.
Sonho com o dia em que as pessoas tirarão do olhar e da mente toda essa maldade e essa necessidade de "por quês". Que vejam através de mim. Sou um livro aberto, livre de conspirações, pressupostos e rancores. Almejo uma vida de paz e sei que, para isso, deverei seguir enfrentando a guerra de egos que me rodeiam. Escolho seguir sendo soldado e participando, com humildade, das batalhas diárias pelo meu ideal.
Sou empreendedor. Sou professor. Sou amante. Sou viajante. Sou seu amigo, seu parceiro, seu apoio, seu carinho. Sou o que for preciso ser à quem à mim estender a mão, sem preconceitos, sem julgamentos, sem dúvidas, sem medo, sem receios...
Apenas porque quer e apenas porque eu quis.
(Sigam perserverantes, empreendedores. Sigam humanos. Vale a pena Empreender!)

Crítica aos críticos do empreendedor solitário

As Cúpulas das Américas reúnem os chefes de Estado e de Governo dos Estados Membros do Hemisfério para debater aspectos políticos, afirmar valores comuns e comprometer-se em ações conjuntas em nível nacional e regional, a fim de fazer frente a desafios presentes e futuros que enfrentam os países das Américas.
Esta foi a sétima cúpula das Américas, celebrada no Panamá, nos dias 10 e 11 de abril. O tema central debatido foi “Prosperidade com Equidade: o desafio da cooperação nas Américas” e, pela primeira vez, estiveram presentes os 35 países do continente americano, incluindo Cuba. 
Como bem colocou nossa presidenta Dilma, em seu discurso, essa integração regional tem o potencial de reduzir as desigualdades sociais e promover desenvolvimento. Porém, cabe também aos demais atores sociais uma atuação firme, de modo a que não deleguemos toda a responsabilidade pelo progresso apenas aos nossos governantes. Estes são, em realidade, nossos representantes, mas as mudanças que tanto desejamos e a integração das Américas devem partir de nossas próprias ações.
A imagem negativa que temos da política, os constantes casos de corrupção, as opiniões e posicionamentos extremistas, a complexidade do sistema político e, principalmente, a instabilidade dos partidos com relação a suas ideologias e programas de governo geram desinteresse, descrédito e tédio por parte dos jovens com relação à política, afastando-os dos debates e, mais ainda, da possibilidade de ocupação dos cargos.
Pra mudar esse cenário, o primeiro passo é demonstrarmos a riqueza e a importância do envolvimento da juventude nos temas de interesse público, como a educação, saúde, segurança, transporte etc, porém, de uma forma mais atraente (e diria até, mais divertida). Em São José dos Campos, por exemplo, iniciamos a criação de espaços para a realização de diálogos entre os jovens. Esses diálogos podem ocorrer em qualquer lugar, nos parques, cafés e até nos bares! O objetivo é sensibilizar, criar senso crítico nos participantes, para que nos dotemos do conhecimento técnico e embasamento teórico que permita nos aprofundarmos nas questões e, realmente, pensarmos soluções para os problemas da sociedade. Isso possibilita que o jovem seja reconhecido como um ser maduro, sério e tenha suas demandas ouvidas e atendidas por quem hoje está no poder.
Uma característica interessante de nossa atual geração é que temos à nossa disposição os meios de comunicação avançados e o acesso ilimitado à informação. Ou seja, temos a faca e o queijo nas mãos para que o processo de transformação seja acelerado e efetivo. Agora, cabe às lideranças jovens protagonizarem esta mudança, atraindo os demais por meio dessa metodologia de diálogo e aprimoramento intelectual.
Estive alguns dias antes no Panamá, participando do IV Fórum dos Jovens das Américas. Ali tivemos a oportunidade de nos relacionarmos com os jovens de todos os demais países da América e dialogar sobre os temas-chave da Cúpula. Eu diria que, de maneira geral, a principal experiência que eu pude tirar dessa participação foi que nós somente seremos capazes de cooperar e nos integrarmos como “hermanos latinoamericanos”, quando dermos alguns passos além de nossas fronteiras e caminharmos sobre o território e sobre as culturas vizinhas. Somente enxergaremos como cooperar de verdade quando conhecermos a realidade dos nossos vizinhos e compreendermos a fundo os pontos nos quais somos defasados e aqueles em que os “hermanos” são competentes. E, para isso, é preciso que deixemos os nossos lares, exploremos o mapa mundi e sintamos na pele as diferenças sociais e culturais. Sendo mais específico, posso ressaltar a reafirmação que a nossa presidenta Dilma fez sobre o papel que a educação ocupa no combate às desigualdades. Segundo ela:
“Educação inclusiva e de qualidade é o maior desafio do nosso continente, porque ela é indispensável para romper o ciclo de reprodução da desigualdade e para gerar oportunidade de inovação, democratizar acesso e a produção do conhecimento”.
O investimento na educação nos traria o avanço em ciência, tecnologia e, consequentemente, a geração de inovações, o que nos permitiria obter vantagens que vão além daquelas que já possuímos, como produtores e exportadores de commodities. Cabe agora, a cada região, mapear suas competências e alinhar suas propostas aos governos a este discurso feito por nossa presidenta, identificando os mecanismos que façam chegar aos tomadores de decisão as nossas demandas. Dessa forma, poderemos fazer valer o discurso e estaremos atuando junto com nossos governantes na busca pelo desenvolvimento econômico e cultural.
Quisera ser capaz de transmitir a sensação de olhar nos olhos de nossos vizinhos continentais e ter compartilhado com eles durantes esses dias os mesmos ideais, os mesmos sonhos e a mesma esperança de que, um dia, deixaremos de lado nossos interesses puramente individuais, daremos as mãos, sem preconceitos, sem discriminações e seremos capazes de transformar o mundo para que vivamos em paz e prosperemos com equidade.
Declaração da Juventude (versão em espanhol): 
<a href="http://yabt.net/foro/download/Declaracion-IV-Foro-de-Jovenes-de-las-Americas.pdf" target="_blank" rel="noreferrer noopener">http://yabt.net/foro/download/Declaracion-IV-Foro-de-Jovenes-de-las-Americas.pdf</a><a href="https://www.facebook.com/movimentovaleempreender"> </a>

Um jovem administrador na Cúpula das Américas 2015

O plano de carreira é um instrumento essencial tanto para quem busca ascensão profissional como quem busca a recolocação no mercado ou a mudança de área de atuação. Toda trajetória de sucesso tem por trás um largo caminho de realizações e resultados, que um dia foram metas. O plano de carreira é, portanto, um conjunto de metas e estratégias que servem como um guia que permite ao profissional alcançar um objetivo pré-estabelecido de maneira mais rápida e assertiva. Mais do que cumprir tais metas, o profissional deve desenvolver características que o permitam cumprir com aquilo que planejou, como a persistência, o foco, a disciplina, a perseverança, a abdicação e a dedicação.
O ponto de partida para este plano é identificar aquilo que gosta de fazer. Desta forma, o profissional poderá direcionar seu esforço e tempo a algo que lhe faça sentido, que valha a pena dedicar-se dia a dia. Lembrando que deve-se levar em consideração a importância da manutenção do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Determinados patamares na carreira profissional podem exigir abdicação de elementos da vida pessoal que talvez o indivíduo não esteja necessariamente disposto a abrir mão.
Em seguida, deve-se realizar uma autoavaliação a fim de identificar em si os pontos fracos e fortes, ou seja, assumir suas habilidade e deficiências. Esta clareza quanto às competências permite ao profissional adequar-se ou buscar aquelas áreas na quais possua maior potencial para desenvolver-se.
O terceiro passo seria criar a “visão” sobre onde se pretende chegar num determinado horizonte (5 a 20 anos). Um planejamento bem feito exige a visão de médio e longo prazo, porém, os pés no chão, para enxergar os degraus que deverão ser subidos a fim de se alcançar o topo da carreira. Um bom exercício é visualizar-se no topo da carreira e pensar em todo o caminho, de cima para baixo, para chegar até lá.
O quarto passo é elaborar as estratégias específicas para se alcançar os objetivos estipulados. O que pode ser feito, efetivamente, no presente, que vá contribuir para o alcance do sucesso? Quais as ferramentas nas quais devo me aperfeiçoar? Quais as características pessoais que devo melhorar? Quais as pessoas-chave (networking) que irão me ajudar neste caminho?
Estas estratégias exigem, por vezes, investimento de dinheiro e tempo. Desenvolver habilidades exige paciência, prática, dedicação. São elementos que não se conquista da noite para o dia e são os diferenciadores entre um profissional e outro, que agregam valor e trazem vantagem à quem os possui.
No percurso deste caminho, o profissional deve sempre buscar inspiração, que o permita manter-se focado e motivado a seguir adiante, já que encontrará mais obstáculos do que portas abertas. A resiliencia é uma palavra-chave para quem busca o sucesso; a capacidade de manter-se de pé mesmo após grandes derrotas e frustrações, pois são justamente estas derrotas o ingrediente chave para o desenvolvimento da principal habilidade de qualquer profissional de sucesso: a humildade.

Ressignificação do Consumo

Rafael de Souza Fonseca

Ele conheceu todos os países do mundo — e quer te ensinar como, com Anderson Dias

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Sobre o autor

Rafael de Souza Fonseca

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