Faz cinco anos que o campus da zona leste da Universidade de São Paulo (USP) está em funcionamento. Também chamado de Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), o local foi criado para democratizar o acesso a uma das mais renomadas universidades federais do Brasil. O que era para ser a solução, transformou-se em um problema. Hoje, a USP zona leste tem muitas vagas ociosas. Há uma baixa procura de candidatos e seus cursos são desconhecidos pela maioria da população. Sem contar que os formados neste campus encontram dificuldades de serem inseridos em algumas áreas do mercado. Outras universidades federais também enfrentam o problema de sobra de vagas. O Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação (Sisu/MEC). Antes de investir milhões em novos empreendimentos educacionais como foi o caso da instalação da USP zona leste, seria necessário consultar a população para identificar quais os cursos com maior demanda. Percebe-se que os jovens ainda optam pelos cursos de graduação tradicionais como é o caso da Administração. Portanto, ao invés de se criar novas graduações, o governo deveria investir em cursos que haja demanda. O montante investido nesse processo poderia ser revertido para a ampliação e melhoria dos cursos já existentes nas universidades federais e privadas do país.