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Em meio aos dias turbulentos em que vivemos nos deparamos com atitudes um tanto quanto inusitadas das pessoas. Dias desses estava no ônibus quando ouvi duas senhoras conversando, a impressão que tinha é de que a muito tempo elas não se falavam, estavam saudosas trocando questionamentos de vida e de antigas amizades, enfim, próximo a parada onde uma delas iria descer surgiu a vontade de trocarem telefones, e então o problema aparece, nenhuma nem outra tinham caneta ou papel para anotar o número, optaram então por falarem seus números de telefone uma a outra como se assim fossem decorar, uma menino que estava sentado ao lado de uma delas em um ato nobre retira na mochila um pedacinho de papel e uma caneta e diz: &#8211; &#8220;Toma tia, é pequeninho mas ajuda a senhora a não esquecer o número&#8221;! Nesse momento não somente as duas senhoras amigas que conversavam, mas todos, inclusive eu, que estavam à volta acharam a atitude do garoto que devia ter mais ou menos uns 13 anos de idade, belíssima e de uma admiração e respeito pelo próximo admirável.
Desci do ônibus com a sensação de que o mundo ainda tem solução, pois através de pessoas como esse simpático menino que encontrei as coisas ainda poderiam mudar e para melhor.
Porém á uns dois dias atrás assistindo televisão na sala de minha casa, sou surpreendida com a triste noticia de que um carro em alta velocidade na Rua José do Patrocínio na cidade de Porto Alegre, havia proporcionado uma cena de terror ao atentar contra a vida de mais ou menos 100 ciclistas que por lá andavam, fiquei horrorizada ao escutar a noticia e mais ainda ao ver as imagens que deixavam clara a má intenção do individuo, se é que um monstro desses pode assim ser chamado, imediatamente me veio a cabeça a cena do menino do ônibus, do dia em que eu tive a certeza de que tudo iria melhorar, mas infelizmente percebo que a sociedade está desenfreada para o lado desumano da humanidade e que talvez nem milhares de meninos como o que eu encontrei no ônibus sejam capazes de reverter esse quadro de brutalidade e ânsia de fazer mal aos outros.

Sociedade desenfreada ou sem limites?

Temas do cotidiano que originam comentários e opiniões.

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É verdade que, depois da porta arrombada, uma tranca de ferro é sempre nela colocada? Se esse pensamento for verídico, as autoridades da nossa cidade devem estar esperando uma porta de ferro conhecida como Avenida Fernando Osório ser arrombada para então tomarem as devidas precauções com as trancas. Creio que muitos de vocês assim como eu, já utilizaram ou utilizam a via em questão nos horários entre 18h e 19h de segunda a sexta-feira, mais precisamente em frente à Faculdade Anhanguera Atlântico Sul de Pelotas, como aluna posso garantir a vocês que nos sentimos desamparados ao atravessar a Avenida em direção ao prédio da Faculdade. 
Tudo começa ao desembarcar do transporte coletivo, que para um pouco a frente do estacionamento de um hipermercado conhecido na cidade, ao descer do ônibus, devemos cuidar os carros que saem do hipermercado, os carros que trafegam em alta velocidade pela via e não param para que os alunos atravessem, e ainda mais, pasmem, devemos ter cuidado principalmente com o transporte coletivo do qual acabamos de desembarcar, pois os "condutores" que estão mais para pilotos, arrancam em disparada sem ao menos aguardarem os pedestres que desceram atravessarem para o outro lado da via, outro lado é uma maneira "bonita" de dizer, chegar ao canteiro no centro da Avenida, pois não há sequer uma proteção lateral ou um espaço decente destinado aos pedestres para aguardarem entre meio as duas mãos da via, o canteiro a qual me refiro deve medir aproximadamente 1 metro de largura, e ali em meio às duas faixas, nesse pequeno espaço sem nenhuma proteção que os alunos aguardam a boa vontade de um verdadeiro condutor que estiver passando por ali nessa hora. 
Me pergunto, quantas vezes será necessário arrombar essa porta para que nossas autoridades coloquem as trancas de ferro, como por exemplo: uma passarela, um agente de transito no local durante esse horário ou ate mesmo faixas de travessia de pedestres que sejam visíveis aos olhos de quem passa por ali, já que as que se lá se encontram estão gastinhas e arrombadas. Finalizo minha indignação com uma ultima colocação duvidosa: Será que quando essas trancas de ferro forem colocadas, ainda teremos o que evitar? Ou o arrombamento já terá sido irreversível?

Trancas de ferro em portas de vidro

Enfim o ano começa! Não é isso que pensamos quando o carnaval termina? Mas é nesse "começo de ano", onde as escolas da passarela do samba se recolhem para pensar no próximo espetáculo que apresentaram, e as escolas de ensino começam então seu ano letivo, é justamente nesse momento que o caos se instala no transporte coletivo da nossa cidade.
Como de costume, acordei pela manhã para iniciar meu dia, que prometia ser belo, prazeroso, enfim saio de casa para embarcar no ônibus o qual me deixa próximo ao meu trabalho, ate o momento tudo bem, dia lindo, sol alto, o que jamais poderia imaginar, é que ao embarcar no coletivo, me deparasse com um problema que pensei ter sido resolvido com o aumento das passagens, a super lotação. 
Pessoas amontoadas como se estivessem sendo carregadas como sacos de batata em compartimentos de carga, ou melhor, sem os compartimentos, visto que esses até servem para proteger a carga, e as pessoas que ali estavam embarcadas não contavam com nenhuma proteção sequer. A cada parada de ônibus que se aproximava os passageiros já cansados de serem espremidos como laranja no espremedor clamavam ao motorista: "Não para! Não percebes que não cabe mais ninguém aqui"? Pedidos esses que eram inúteis, pois a cada ponto de ônibus o motorista fazia a pausa e mais e mais passageiros lotavam o coletivo. 
Eu estava ali no meio do corredor, sem ter onde me segurar, quando escuto a conversa entre duas senhoras, que comentavam sobre como era humilhante para elas serem conduzidas ao seu destino daquela maneira, eu disse conduzidas? Desculpem meu erro, pois a palavra certa para traduzir isso que as empresas de transporte chamam de "conduzir passageiros" é carregar, carregar os "sacos de batata" que com sacrifício pagam por esse transporte o valor de R$ 2,20 por cada breve trajeto que desejam fazer. 
Por fim, vi quando uma jovem mãe tentava acalmar seu bebê que chorava muito devido ao calor absurdo que fazia no ônibus, nesse momento a mãe dizia a ela enquanto a acariciava: "- Calma minha filha, sei que ate você crescer isso não ira mais estar acontecendo." Ao lado uma senhora completa a frase da mãe, dizendo: "- Isso mesmo querida sonhe, pois sonhar não custa R$ 2,20 e os sonhos sim conduzem o mundo."

Sociedade desenfreada ou sem limites?

Priscila Gonçalves

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Priscila Gonçalves

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