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Vantagem Competitiva: Revisitando as Idéias de Michael Porter

Neste artigo vamos confrontar algumas dessas teorias e propostas, avaliando seu teor e contrapondo-as a partir das visões de diversos pensadores do tema, de forma a visualizar essas limitações.

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Nos dias de hoje, a comunicação acontece a qualquer tempo, dos mais distintos lugares e com as mais surpreendentes velocidades. A internet veio para encurtar distâncias e viabilizar contatos remotos, integrando pessoas e agilizando decisões.
 
Profissionais do mundo inteiro não precisam estar fisicamente em seus escritórios para conhecer projetos, demandar trabalhos ou definir atitudes. A internet possibilita participar de reuniões, fazer conferências e executar tarefas.
Uma viagem de negócios não é mais sinônimo de ausência. Com uma correta implantação do serviço de internet, hotéis auxiliam no andamento das atividades de seus hóspedes. A grande questão é como implementar um serviço de qualidade para os hóspedes, capaz de trazer retornos positivos para o empreendimento.
 
É imperativo entender que o hotel deverá atuar em três frentes para uma correta implementação do serviço de internet: contratar o acesso à internet com uma Operadora, instalar uma Rede física e contar com um Sistema/Solução.
Primeiramente, é necessária a definição do tipo de acesso, se dedicado ou compartilhado. Minha experiência indica claramente pela contratação de um acesso dedicado. Apesar de o valor ser elevado, neste tipo de produto as Operadoras garantem que o serviço estará funcional por mais de 99,0% do tempo e que a velocidade será sempre a mesma. Não pode haver o risco de a internet cair durante um evento importante ou mesmo no momento em que um hóspede estiver enviando um e-mail urgente.
 
Quanto à velocidade a ser contratada, recomendo fazer uma conta simples: 7 Kbps por quarto, ou seja, se seu empreendimento tiver 150 quartos, contrate um acesso dedicado de 1024Kbps, no mínimo. Se incluir área de eventos, acrescente mais 50% nessa conta.
 
Um segundo passo é determinar a forma como esse acesso ocorrerá: por cabo, sem fio (wireless) ou pela telefonia. O cabeamento estruturado será sempre a melhor escolha técnica, mas é inegável a facilidade de implementação de uma rede wireless: cada vez mais veloz e a custos competitivos. Uma alternativa, quando não é viável nenhuma destas soluções, é criar uma rede de dados sobre a rede de telefonia/ramais do empreendimento. Considere investir entre R$150,00 e R$400,00 por quarto para a instalação de uma Rede de dados.
Decididos esses pontos-chave, chega a hora de focar em uma questão fundamental: a administração dos acessos. O ambiente de navegação tem que ser amigável e propiciar acessos simples, sem a necessidade de configurações adicionais, que permita ao hóspede se conectar de forma fácil.
 
Busque uma Solução/Sistema com propriedades como mascaramento de IP e integração ao sistema de PMS. Faça o compartilhamento da banda de forma dinâmica, permitindo ao hotel ter redes híbridas (cabo e wireless) e, claro, tarifar os acessos por tempo e/ou por velocidade de navegação. Dessa maneira, o empreendimento terá flexibilidade para encontrar a forma mais adequada ao perfil de seus hóspedes.
 
É importante, ainda, que o Sistema permita identificar quem acessou o quê e quando, para fins de proteção legal do hotel.
 
Outra questão primordial: o serviço deve funcionar 24 horas por dia e constantemente respaldadas por uma equipe de suporte preparada e bilíngüe. Evite, a qualquer custo, transferir a responsabilidade de suporte ao hóspede para a sua recepção. Mesmo equipes internas da área de Sistemas terão dificuldades em oferecer este apoio.
 
É possível encontrar no mercado parceiros que oferecem a solução com suporte 24 horas, participando apenas da receita gerada pelo serviço. Isso é bom para o hotel, pois não há custo fixo com essa contratação.
 
As etapas descritas são simples, mas extremamente importantes para a oferta de um serviço satisfatório. Em outras palavras, os hotéis precisam contratar empresas que saibam mesclar qualidade, comodidade e segurança, em uma equação matemática equilibrada para chegar ao sucesso.
 
O acesso à Internet, se bem estruturado e corretamente conduzido, tem tudo para ser um atrativo para o hotel. O grande segredo é saber fazer o hóspede se sentir em casa, dando-lhe todo o suporte de um ambiente de trabalho e garantindo-lhe a tecnologia necessária para a sua comunicação com o mundo.

Serviço de internet  Caminhos para o sucesso no setor de hotéis e eventos  publicado na

Com base na leitura do texto de Anderson é possível aprimorar o entendimento das bases de construção da relação não formal entre patrões e empregados. As organizações por vezes são compelidas a criarem sistemas marginais, periféricos que possibilitem a manutenção de uma relação mais produtiva do que a possibilitada pela maioria das relações utilitaristas. Portanto, abriu-se a possibilidade de se criar, desenvolver e implementar diversos mecanismos de aprimoramento desta relação, com o principal papel de tornar mais produtivo o desempenho da força de trabalho.
 
Com essa perspectiva e interesse das empresas em melhorar a relação com seu corpo funcional, fortifica-se, ainda mais a consolidação de desejos que sempre existiram por parte dos funcionários - mesmo antes das empresas se preocuparem com esta relação - como o teor das atividades, a segurança no trabalho, o treinamento e desenvolvimento, as recompensas e benefícios, a carreira e as perspectivas futuras. Surge então o que autores como Argyres (1960), levinson (1962), denominou de Contrato Psicológico, ou seja, o contrato não escrito. Crenças do indivíduo sobre obrigações mutuas entre empregado e empregador. O contrato psicológico nesta visão é uma percepção subjetiva, individual das obrigações do empregado para com a organização e as obrigações do empregador para com o empregado.
 
Apesar de cada contrato psicológico ser individual e único, há, em geral, dois tipos de contratos psicológicos: os contratos transacionais e relacionais.
Esses contratos têm sido argumentado que diferem em cinco dimensões importantes (Rousseau e McLean-Parks, 1993), com relação ao foco do contrato, período de tempo, a estabilidade, o âmbito e a tangibilidade. Foco do contrato diz respeito aos aspectos que são importantes para a pessoa que trabalha: por exemplo, são exclusivamente econômicas, os aspectos extrínsecos (dinheiro) envolvidos, ou são outras (social-emocional) necessidades satisfeitas?
 
Período de tempo refere-se à duração do contrato: há um ponto final determinado, ou o cumprimento é indeterminado, por exemplo, duração indeterminada? Estabilidade diz respeito à natureza das tarefas acordadas; em contratos transacionais esta é estável e inflexível, nos contratos relacionais é mais flexível e dinâmico.
 
Âmbito reflete a influência do trabalho sobre a identidade e a auto-estima do trabalhador. Os contratos relacionais são susceptíveis de envolver outros aspectos que podem estar relacionados com a vida privada dos trabalhadores, em relação ao contrato transacional, mais limitado neste especto.
Com relação à tangibilidade nos contratos relacionais, muitas vezes é menos claro o que demarca as responsabilidades dos funcionários. Eles são mais subjetivos, dissimuladamente entendido, mas raramente expressam o acordada. Em um contrato transacional é claro para os observadores onde ficam as fronteiras.
 
O autor entende que é determinante a atenção que a empresa deva dar na interpretação dos anseios de seus funcionários, sobre o risco de criar um hiato entre estas expectativas não formais. Grandes corporações por inerência ao tamanho, ou seja, por afinco trabalho na promulgação de valores tendem a diminuir estas lacunas, mas, em não poucos casos, dão ao indivíduo a falsa sensação de perpetuidade e manutenção de diversas ambições pessoais que por vezes naufragam por conta da possibilidade dos resultados esperado pela organização não ser atendido pelo indivíduo. Neste momento ocorre a quebra do contrato psicológico com conseqüências, muitas vezes devastadoras para alguns indivíduos.
 
Nas pequenas corporações é fácil encontrar uma grande confusão de expectativas – não que não ocorra nas grandes – onde, na falta de melhor entendimento o indivíduo é impelido a construir seu contrato psicológico, muitas vezes distante das possibilidades do que a empresa poderá lhe propiciar. Como dito por Rousseau (1995), na essência, o contrato psicológico é uma percepção subjetiva que difere entre os indivíduos, o que dificulta muito conhecer as idiossincrasias de cada um. Ainda é importante ressaltar que o contrato diz respeito a obrigações mútuas, com base nas promessas feitas, em que ambas as partes investiram na relação com a expectativa de um resultado positivo para cada uma das partes.
 
Neste cenário é mais comum encontrar falsas construções (mentiras) nas relações entre indivíduos e pequenas organizações. Estas por vezes, como forma de atrair um bom corpo funcional, cria expectativas que sabem não poderão atender, mas trabalham com a esperança de que estes indivíduos, ainda assim permaneçam em suas equipes ou até com a perspectiva – correta - de que, como o contrato psicológico é dinâmico, o que significa que muda ao longo do tempo, possa trazer uma maior complacência do indivíduo pelas faltas da organização.

Contrato Psicológico - com base no artigo de Anderson (1998)

Autor: FÁBIO CIPOLLA
Síntese do artigo de Keith Pavitt e Martin Bell, Technological Accumulation and Industrial Growth, 1993.
Os autores Martin Bell e Keith Pavitt, concentram seus estudos na tentativa de entender como ocorre a acumulação tecnológica no contexto industrial entre empresas de economias desenvolvidas e emergentes. Afirmam que o caminho percorrido pelas economias emergentes é significativamente diferente hoje do que fora observado antes, explicando que políticas de comércio, por exemplo, que incentivavam as exportações, mas com restrições de entrada podem acelerar o processo no início, mas dificultar no processo de aprendizagem visto a dificuldade gerada no processo de interação com as empresas em países desenvolvidos.
Bill e Pavitt diferenciam os recursos que envolvem a acumulação tecnológica, no caso das economias emergentes, em aptidões e conhecimento que desenvolvem as capacidades tecnológicas[1] e a propriedade (maquinário) e, conhecimento e habilidades no trabalho que viabilizem a produção a partir de tecnologia de terceiros.
Os autores, no contexto dos países emergentes questionam o uso do termo difusão, entendendo que esta fase da mudança tecnológica, ligada a adoção de tecnologia de terceiros sofre alterações e são comumente adaptadas às condições específicas de cada país que as adote e, mesmo após a adoção são inúmeras as alterações, tanto em processos como nos produtos em si de forma a alargar o ciclo de vida destes produtos. As etapas seqüenciadas neste processo de aquisição e uso de tecnologia desenvolvida por terceiros iniciam no investimento em produção (maquinário principalmente), melhoras na produção com conseqüente ganho de produtividade e, o alcance de estágios que permitam a adoção de novas especificações e alterações de design nos produtos. Neste estágio, segundo os autores já se observam novas capacidades como a de implementar novas tecnologias na produção e o aprendizado tecnológico.
Relativo às experiências em países desenvolvidos o processo envolve características distintas no processo de acumulação tecnológica, onde a entrada de recursos não se limita a P&amp;D. Observa-se igualmente um forte componente tácito quando tratamos de conhecimento. As organizações representam um elemento de relevante importância no processo de acumulação tecnológica nestes países, onde as redes de relacionamento entre fornecedores e empresas clientes geram significativos insumos para este processo.
Bell e Pavitt destacam que a posição tecnológica destes países é fruto de décadas de investimento em uma base de conhecimento e capacidades disseminados no tecido social destes países que, lhes propiciam um composto relevante neste contexto que é a cumulatividade, capaz de construir intensa eficiência tecnológica e uma sólida base de vantagens competitivas. Lembrando que nos eventos de ruptura esta cumulatividade ocorre e incorre em gerar capacidades em outros setores ou produtos que não originalmente pensado.
Os autores ressaltam que tecnologias importadas em conjunto com a acumulação de tecnologias existentes no próprio país são ingredientes importantes no processo de se aproximar da Fronteira Tecnológica Internacional, tanto para países desenvolvidos como de países em economia emergentes, onde, para estes, as últimas quatro décadas se mostraram profícuas em gerar exemplos de catching-up[2].
Desta forma o modelo de mudança tecnológica baseada em simples adoção de maquinários desatualizados para em seguida partir para o desenvolvimento produtivo não se mostra mais suficiente para garantir a evolução destas economias, visto a complexidade e níveis de especialização dos processos de produção. Os autores, ainda complementam com a percepção de que o processo de aprendizagem deve ser sempre, uma propriedade e prioridade das empresas.
[1] Capacidade tecnológica é um estoque de recursos, à base de saber tecnológico, que se armazena em pelo menos quatro componentes: Capital físico; Capital humano; Produto e; "o jeito da empresa fazer as coisas. Figueiredo, P. Gestão da Inovação. Rio de Janeiro: LTC, 2009
[2] A maneira como a empresa acumula suas capacidades tecnológicas pode conduzi-la para níveis muito próximos da Fronteira tecnológica de produção ou mesmo assumindoposições na fronteira internacional de produção.
Referência:
Bell, M. e Pavitt, K. Technological Accumulation and Industrial Growth: Contrasts between Developed and Developing Countries. Industrial and Corporate Change. Oxford: Oxford University Press, 1993

Vantagem Competitiva: Revisitando as Idéias de Michael Porter

Fábio Cipolla Correia

Ele quer comprar sua empresa, com Álvaro Cambra López | Café com ADM 463

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Sobre o autor

Fábio Cipolla Correia

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