Um dos assuntos mais comentados na área de novos empreendimentos é a questão das empresas chamadas startups. Você já ouviu falar nesse tipo de empresa? Estima-se que no Brasil exista por volta de 6 mil startups em áreas como tecnologia, serviços e varejo, segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Você com certeza conhece diversas empresas que começaram como startups. Facebook e Google são exemplos clássicos. Essas novas empresas geralmente envolvem um novo tipo de empreendedorismo, que não tem mais limites. E o impacto disso na economia e no mundo do trabalho ainda não está claro. No entanto, muita coisa nova está acontecendo. Li esta semana, aqui mesmo no Diário, numa coluna de um colega, que o principal jornal de Boston, o Boston Globe, emprega hoje 470 pessoas e seu dono é o New York Times, que o adquiriu em 1991 por US$ 1bi e que agora está tentando vende-lo por meros US$ 80 milhões. Ao mesmo tempo, o Yahoo comprou a plataforma de microblogs tumblr, com 178 funcionários pelos mesmos US$ bi que valia o Boston Globe em 1991. Outro exemplo citado foi a comparação entre a Kodak – que no auge da indústria da fotografia tinha mais de 140 mil funcionários e valia US$ 28 bi – e o Instragram – vendido no ano passado para o Facebook por US$ 1 bi com apenas 13 funcionários. Seria o fim do emprego? Agora as empresas mais valorizadas são as que empregam menos pessoas? Perguntas complexas como essa não nos possibilitam respostas prontas. O fato é que a tecnologia pode gerar valores incalculáveis. As pessoas não precisam ficar desesperadas, achando que o emprego formal e as empresas tradicionais irão desaparecer. Mas o processo que se iniciou com este novo tipo de empreendimento é irreversível. Sem dúvida, acredito que seja justamente o valor das pessoas que fez com que estas startups se valorizassem tanto. Ideias, projetos, pensar fora da caixa: na era da informação, vemos a possibilidade de empreender e de gerar riqueza cada vez mais democratizada. Qualquer pessoa pode ter uma ideia revolucionária, investir nela e tornar-se muito bem sucedido. O modelo Canvas é disponibilizado gratuitamente para quem quer arriscar nesta nova forma de negócios. O mercado de recursos humanos para startups está tão aquecido que até mesmo as grandes empresas reconhecem a importância desses clientes. A multinacional de recrutamento Michael Page, por exemplo, estima crescimento entre 10% e 12% ao ano no número de startups atendidas. A questão é: os profissionais de RH já entendem bem como estas empresas funcionam, quais são as etapas pelas quais elas passam? Este é um assunto que vai longe e que pretendo retomar nesta coluna em breve. E você, já pensou em empreender de um jeito diferente? Ouse, siga confiante e boa sorte!