Pesquisa traça perfil da mulher no mercado de trabalho Uma pesquisa realizada pelo Vagas.com.br apontou que plano de carreira, promoção nos próximos dois anos e investimento em educação são algumas das vantagens desejadas pelas mulheres em suas carreiras. O levantamento foi feito com 1500 mulheres empregadas com currículos no site, no período de 1º a 8 de fevereiro. O perfil identificado na amostra é composto majoritariamente por mulheres que atuam em cargos de suporte à gestão (analistas, assistentes) e 23% em cargos de coordenação e gerência; 37% são bachareladas e 34% pós-graduadas. As casadas compõem 31% e as solteiras 41%. Pertencem à classe A, 15%; com salários entre R$ 4.419 e R$ 12.926; B, com 44%, salários entre R$ 2.565 a 4.418 e 32% da classe C, com salários entre R$ 1024 a R$ 1541; e D e E, com remunerações de R$ 714 a R$ 1.024. O que mais atraem as mulheres são fatores como o desenvolvimento profissional, com 52%; remuneração, com 33% e flexibilidade de horário, também com preferência de um terço dessa população. Aprendizagem é o quarto atrativo, com 31%. As mulheres querem investir em sua qualificação profissional. Não por acaso, a pesquisa apontou que 54% dessas mulheres mudaram de emprego nos últimos dois anos, 47% delas para cargos acima da posição anterior, 39% foram promovidas. Dessas, 43% dominavam um idioma. E 82% pretendem mudar de empresa caso não sejam promovidas nos próximos dois anos. Sobre os benefícios mais atrativos oferecidos pelas empresas, a surpresa é a PLR, com 61% das preferências, atrás somente da assistência médica (77%). Em terceiro, vale alimentação (49%) e em quarto lugar auxílio educação, com 23%. A flexibilidade de horário é o desejo de 33% das profissionais. Das mulheres que extrapolam a jornada de oito horas por dia (46%), 47% afirmam que sua vida pessoal é prejudicada em consequência desse expediente. Trabalhar dois dias em casa e três na empresa é o desejo de 87% das pesquisadas. Do universo total de respondentes, 17% trabalham em meio período. 'Em um cenário de grande escassez de talentos, são informações fundamentais para as empresas que pretendem desenvolver ações de tração e retenção de talentos. Essas mulheres estão de olho em um plano de carreira sem deixar de lado a qualidade de vida', conta Fernanda Diez, gerente de relacionamento da VAGAS Tecnologia. As mulheres também se mostraram mais decididas pela carreira e estão dispostas a adiar a gravidez do primeiro ou do segundo filho em função da vida profissional (38%). Dessas, 30% já possuem um filho e não teriam o segundo nos próximos quatro anos. E 22% não pretende ter filhos. Perguntadas sobre a importância do trabalho em suas vidas, 100% responderam que é 'muito importante' ou 'importante'. Apenas 1% deixaria de trabalhar para cuidar da família. A pós-graduação está na mira de 17% das pesquisadas (41% do total das respondentes já possuem algum tipo de especialização). Recebem apoio do parceiro (marido, namorado ou noivo) para suas carreiras 59% das entrevistadas. Esse apoio pode ser emocional, estímulo à continuidade dos estudos ou na divisão das tarefas domésticas. Dessas, 72% têm superior completo e especialização (pós/mestrado/doutorado), são das gerações X e Y (entre 20 e 40 anos de idade) e de maioria da classe B. Apesar do forte investimento em suas carreiras, a maioria das mulheres não quer assumir cargos de alta chefia, apenas 8% tem essa ascensão como meta. Essa é inclusive uma tendência no mercado de trabalho, onde os profissionais – independente de gênero – têm preferido ascender como especialistas, gestores de projetos, mas não como altos executivos das organizações. Somente uma pequena parcela (19%) das mulheres recebe mais que seus companheiros. Normalmente, ganham de 10% a 20% a mais do que seus parceiros.