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O sociólogo francês Émile Durkheim, em um dos marcos teóricos mais célebres sobre o suicídio, apontou que os atentados contra a própria vida poderiam ter origem em três fatores, entre eles a anomia &#8212; condição social em que normas morais e sociais inexistem ou são pouco claras. Na busca pela satisfação da ordem anterior, a frustração e a ansiedade aumentam, acompanhadas pela desorientação.
Esse quadro se repetiu em vários momentos históricos, como a onda de suicídios que se seguiu à crise de 1929. Não é exagero afirmar que um problema parecido ocorre no Brasil atualmente. Os efeitos da crise política e econômica que se arrasta desde o final de 2014 incluem a ausência de confiança nas instituições e em valores morais. Em consequência, a ansiedade, que já era um problema nas organizações em tempos menos caóticos, se agrava.
Para o psiquiatra Marcello Finardi Peixoto, médico do departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), há estudos que apontam picos de casos de depressão, abuso de álcool e drogas, suicídios e piora da saúde em geral em cenários de crise aguda.
Leia também: <a href="http://www.administradores.com.br/artigos/cotidiano/12-sinais-de-que-voce-pode-estar-sofrendo-da-sindrome-de-burnout/89983/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">12 sinais de que você pode estar sofrendo da Síndrome de Burnout</a>
&#8220;Chegou-se a achar aumento de 6,5% na taxa de suicídios na Europa na recessão de 2009. Notou-se também aumento de 25% na taxa de absenteísmo e de 40% nos episódios de estresse relacionados ao trabalho, atingindo um em cada quatro trabalhadores&#8221;, explica.
Para o psiquiatra, a população que vive e trabalha nas zonas urbanas &#8212; em especial nas grandes metrópoles &#8212; e convive com problemas típicos dessas regiões tende a sofrer mais.
&#8220;Essas taxas [de ansiedade] já são altas mesmo antes de um período de recessão e são piores em ambientes urbanos quando comparados a ambientes rurais&#8221;, diz Peixoto. &#8220;Fazendo essa comparação, conseguimos medir o papel que problemas urbanos como violência e trânsito, por exemplo, têm no desenvolvimento do estresse. Numa época de instabilidade econômica essas taxas tendem a aumentar mais&#8221;, afirma.
O psicólogo Bayard Galvão não aponta estudos específicos, mas alega que existe uma relação perceptível de causalidade. &#8220;Com a crise econômica, costumam vir outras crises embutidas, como aumento de pressão na família pela diminuição da condição financeira, levando a menos momentos de prazer; sensação de impotência por ter diminuído o ganho financeiro oú até ter perdido; intensificação do medo do futuro, dívidas e, além de tudo isso, ter que trabalhar mais ganhando menos&#8221;, relata.
Ele também lembra que o excesso de trabalho é tão prejudicial ao corpo quanto o excesso de ansiedade, &#8220;e ambos costumam caminhar juntos&#8221;. Segundo Galvão, a sobrecarga emocional pode levar a uma busca por paliativos, que vão desde ansiolíticos até o consumo abusivo de álcool, cigarro e drogas pesadas.
A diretora de RH da Attend Assessoria Consultoria e Auditoria S/S Dilma Rodrigues afirma que houve um aumento significativo das ausências nos postos de trabalho onde atua por motivos psicológicos. &#8220;Nos últimos 8 meses o aumento de ausências passou a ser mais significativo, especialmente para frequentar clínicas de psicologia e psiquiatria&#8221;, ressalta.
&#8220;Os relatos são semelhantes, de funcionários que se sentem ameaçados com os seus empregos diante de muita pressão e de um cenário político-econômico desfavorável, além de uma sensação de abandono de nosso governo em caso de desemprego e de necessitar abrir mão de sua atual rotina para reduzir gastos e passar a contar com o apoio público nas áreas de educação e saúde. Esses sentimentos têm ocasionado um aumento nos níveis de stress e ansiedade&#8221;, considera.
<h2>Precedentes</h2>
A relação umbilical entre crises econômicas e ansiedade é um fenômeno que tem paralelos bem próximos à realidade brasileira. Enquanto a percepção geral sugere que o país está no fundo do poço, em Portugal a situação não era diferente em 2013, quando o país experimentou altas taxas de desemprego e recessão econômica.
Um <a href="http://repositorio.uportu.pt:8080/bitstream/11328/1613/1/Crise%20Econ%C3%B3mica%20em%20Portugal.pdf">estudo</a> realizado pela Universidade de Coimbra, com pesquisadores das áreas de Psicologia e Economia, apontou um aumento no desgaste das relações familiares como efeito direto da crise. Na época, temia-se que Portugal se tornasse uma nova Grécia, nação que sentiu o maior golpe e teve de implementar medidas de austeridade para continuar obtendo crédito.
Em 2001, a taxa de desemprego no país era de 4% e chegou a atingir uma média de 16,3% em 2013, valor mais alto desde a redemocratização. Já os desempregos de longa duração saíram de 40% para 62% do total. Em Portugal, até então o sistema de proteção social aos desempregados era precário, o que aumentava as tensões familiares pela falta de ocupação dos cônjuges, jornadas em empregos mal remunerados e problemas financeiros.
O estudo analisou os fatores endividamento, rendimento familiar, alteração às práticas cotidianas e solidariedade das redes sociais informais. Este último fator foi apontado como necessário para mitigar os impactos psicossociais das crises.
&#8220;Os resultados revelam uma dependência entre o impacto psicossocial negativo e a situação profissional dos cônjuges, sendo maior a proporção de respondentes que reportam impacto negativo entre as famílias com cônjuges desempregados. O impacto negativo é especialmente sentido quando ambos estão desempregados ou quando o desemprego é masculino&#8221;, revela a pesquisa.
Outra <a href="http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S1645-00862015000200011&amp;script=sci_arttext&amp;tlng=en">pesquisa</a> &#8212; também realizada em Portugal &#8212; analisou a base de dados especializada Medline em um recorte que vai de 2000 a 2013 para verificar os estudos que faziam correlações entre crises econômicas e índices de mortalidade. A pesquisa apontou um aumento das taxas de mortalidade infantil e mortalidade relacionada a homicídios e suicídios, enquanto a mortalidade por acidentes rodoviários tende a diminuir. &#8220;Os grupos mais vulneráveis são particularmente afetados em épocas de crise económica&#8221;, aponta o estudo.
Não é recente o interesse pelo fenômeno. Em 2008, o professor da Universidade de Economia da Universidade de Nova Iorque (CUNY) Ryan Edwards <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4160052/">analisou</a> as taxas de mortalidade entre as décadas de 1980 e 1990 nos Estados Unidos. A conclusão indicada pelas evidências foi de que grupos sociais menos privilegiados estão mais expostos às mortalidades por conta de crises cíclicas.
<h2>Redes de relacionamento</h2>
A professora curitibana Íria de Marco precisou ser aposentada por invalidez após desenvolver burnout, pânico e depressão. Ela ensinava Artes para alinos do sexto ano e era regente de dois corais. A jornada de 40 aulas por semana, além do tempo necessário para preparar lições e corrigir provas, cobrou seu preço a certa altura. &#8220;Logo que começaram os sintomas, eu fazia de conta que não era comigo, e eles foram se somando até eu não poder mais nem sair de casa&#8221;, relata.
O tratamento só teve início após uma consulta à ginecologista, que identificou o problema como sendo de ordem psiquiátrica. A extensa jornada de trabalho se acumulava com problemas comuns a professores em todo o Brasil: ausência de interesse e despespeito dos alunos, brigas violentas e consumo de drogas em sala de aula, barulho, falta de reconhecimento profissional e exigências burocráticas desnecessárias &#8212; como a necessidade de preencher um livro de chamadas à mão.
Sem condições para voltar a trabalhar, Íria resolver abrir um grupo de discussões na rede social Facebook para reunir profissionais do ensino que sofriam de burnout e chegou a publicar um livro sobre o tema. &#8220;Todas estas formas de divulgação são muito importantes na minha vida, pois me fazem sentir que tudo que passei e passo teve um sentido, o de ajudar outras&#8221;, afirma.
A participação no grupo foi decisiva para que a paulistana Barbara Nascimento conseguisse lidar com as crises. Oito meses após ser contratada como analista junior por uma instituição financeira, ela sofreu assédio sexual e teve que trabalhar de frente para seu assediador durante um ano. Com o peso adicional do excesso de trabalho, da falta de reconhecimento e de um quadro pregresso de depressão, Barbara começou a apresentar sintomas de burnout.
&#8220;Diria que foi fundamental [participar do grupo no Facebook], principalmente em crises fortes. Fazemos elos fortes sem nunca ter nos visto. Muitas vezes de madrugada eu precisava falar com alguém, e achava. São muitos sintomas, muitas situações. Todo apoio é bem-vindo e ajuda muito&#8221;, conta Barbara.
A funcionária pública Helloá Regina sentiu a pressão da rotina de agente administrativa e passou a ter dores de cabeça, no corpo e a sentir apertos no peito semelhantes a um infarto. &#8220;Quando pensava em mudar de emprego, ouvia coisas como &#8216;cuidado com a crise&#8217;, &#8216;tem gente que queria estar no seu lugar&#8217;. Isso dificultou ainda mais&#8221;, conta.
Além de buscar ajuda em um grupo do qual se tornou administradora, Helloá sentiu a necessidade de disseminar informações para pessoas que sofrem os sintomas, mas não conhecem a doença. &#8220;Certa vez uma das minhas seguidoras falou que depois do consultório, nosso grupo foi o principal instrumento de recuperação. Isso não tem preço. Faz valer a pena&#8221;, diz.
<h2>Absenteísmo e queda na produtividade</h2>
Enquanto pessoas doentes permanecem sem tratamento, o desempenho tende a cair consideravelmente. Uma <a href="https://www.researchgate.net/profile/Adriano_Hyeda/publication/280320580_Avaliacao_da_produtividade_na_sindrome_de_burnout/links/55b2c3d508ae092e9650a8e9.pdf">pesquisa</a> da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) realizada junto a profissionais de enfermagem mostrou que a queda na produtividade entre os que apresentaram sintomas de burnout foi de 31%.
O administrador de empresas e psicólogo Luiz Fernando Garcia alerta que o Brasil, dentro de uma crise prolongada, tem se tornado uma má referência quando o assunto são doenças psíquicas &#8212; em especial quando relacionadas ao trabalho. As mulheres, por suportarem cargas maiores de trabalho e terem menos reconhecimento, acabam sendo mais prejudicadas pela ansiedade.
&#8220;Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma pesquisa sobre depressão e distúrbios de ansiedade, e o Brasil ficou no topo da lista de nações com maior percentual de pessoas com algum tipo de transtorno de ansiedade: 9,3%. Outro fator alarmante é que mulheres sofrem mais com o problema, seguindo uma tendência mundial, assim como questões socioeconômicas também têm participação nesse cenário&#8221;, detalha.
Rosana Daniele Marques, Gerente de Gestão de Pessoas da Crowe Horwath, conhece a realidade de perto. &#8220;Já tive oportunidade de ouvir relatos de profissionais de diversas empresas e áreas que, com o alto nível de ansiedade que eles têm vivenciado com a crise econômica, ficam reféns de sentimentos de angústia, medo do futuro, medo de perder seu emprego, insônia e muitos apresentam queda em sua produtividade&#8221;, conta.
A situação pode ganhar contornos trágicos. A educadora especialista em inteligência emocional e liderança colaborativa Semadar Marques conta que já conheceu o caso de um profissional que cometeu suicídio depois de sofrer um corte salarial substancial. &#8220;Obviamente que uma pessoa não toma uma decisão dessas unicamente por isso, mas acabou sendo o estopim e foi algo extremamente traumático para toda a instituição&#8221;, conta.
<h2>O que fazer?</h2>
Marques defende que mesmo em um momento de crise, gestores e líderes devem ter sensibilidade para não só manter seus melhores colaboradores, mas garantr que eles deem o melhor de si &#8212; evitando exigências absurdas, como esperar que um ótimo funcionário trabalhe por cinco. &#8220;Muitas vezes, por conta da própria crise, empresários e gestores acabam perdendo o bom senso por conta da ansiedade por resultados. Bons resultados são fruto de objetivos traçados que possam envolver e engajar a todos&#8221;, destaca.
Em casos onde a demissão é inevitável, especialmente para conter gastos, Marques recomenda que a liderança seja transparente e valorize os pontos fortes dos funcionários. &#8220;Se tiver a oportunidade de auxiliar de alguma maneira a recolocação do profissional, certamente essa atitude irá retornar para a empresa em algum momento e ampliará o laço com aquele profissional, o que contará pontos para a imagem da empresa interna e externamente&#8221;, detalha.
O médico e psicólogo Roberto Debsky recomenda um ambiente organizacional saudável e que promova o reconhecimento. &#8220;Os colaboradores precisam se sentir bem em ir para o ambiente de trabalho pois passam ali a maior parte de seu dia e de suas vidas. Dinâmicas breves nas quais cada um seja visto e reconhecido em suas qualidades e importância dentro da empresa criam hábitos positivos entre os colaboradores e podem ser implantadas sem dificuldades pelo RH da empresa&#8221;, diz.
E os profissionais? Ricardo Resstel, especialista em liderança e gestão de equipes, lembra que a entrega de resultados deve ser uma constante. &#8220;Ter a clareza do que a empresa espera de você e se programar para entregar sempre além do esperado o colocará em uma zona de segurança, o que manterá a ansiedade sob controle&#8221;, afirma.
Luiz Fernando Garcia concorda. Para ele, há três atitudes que as empresas devem adotar: comunicar o posicionamento da companhia de forma periódica; entregar feedbacks constantes, tanto negativos quanto positivos e feedbacks autogerados, ou seja, indicadores automáticos que informam a performance ao funcionário e podem colaborar para reduzir a ansiedade.
Para Sergio Dias, consultor do Sebrae, os profissionais devem agir com serenidade e prudência para evitar que a ansiedade atrapalhe seu desempenho profissional. &#8220;O profissional deve acreditar em si, em seus valores e em sua competência e com a convicção de que essas crises e turbulências do quadro político-econômico terão um fim, como todas as outras crises. Nenhuma crise é eterna e apesar dos estragos que causam, as crises também oferecem janelas de oportunidades para novos desafios&#8221;, explica.
&#8220;Há as medidas individuais, direcionadas a cada pessoa, como tratamento médico psiquiátrico e/ou psicológico, atividades físicas, aperfeiçoamento de gerenciamento do tempo, entre outras. Essas podem ser implementadas pelo próprio funcionário que busca diretamente a modalidade que melhor se adapta ou podem ser oferecidas pela empresa num programa de redução de estresse&#8221;, recomenda o médico Marcello Finardi.

Crise prolongada provoca ansiedade e depressão em trabalhadores

Transtornos que já são comuns no ambiente de trabalho se agravam em um quadro anômico; saiba o que fazer se você é funcionário, líder ou empresário e lida com o problema

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Por Bruno Carone*



Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional tornou-se uma necessidade urgente. A saúde mental, outrora um tabu, agora ocupa um lugar central nas discussões sobre bem-estar e produtividade. Neste contexto, as férias são entendidas como um dos pilares para a construção de ambientes de trabalho mais saudáveis e engajadores, produtivos e criativos.



Pesquisa realizada pelo&nbsp;Férias&nbsp;&amp; Co. para medir os índices de engajamento, satisfação, retenção, nível de bem-estar e a importância das&nbsp;férias&nbsp;para os colaboradores de empresas dos&nbsp;mais&nbsp;diversos segmentos, mostra que um dos resultados&nbsp;mais&nbsp;expressivos é que 92% dos entrevistados acreditam que os momentos de lazer e descanso podem beneficiar a saúde mental. Ao todo, o questionário obteve 586 respondentes com idades entre 18 e 54 anos, que ocupam cargos de analistas até diretores.



As&nbsp;férias&nbsp;têm sido cada vez&nbsp;mais&nbsp;valorizadas pelos colaboradores e o bem-estar tem se tornado um grande aliado para o sucesso sustentável das empresas. Os períodos de descanso permitem a desconexão das pressões diárias, reabastecimento das energias e retorno ao trabalho com novas perspectivas. Um tempo dedicado ao descanso ainda reduz o estresse, melhora o humor e aumenta a satisfação no ambiente profissional. Quando os colaboradores se sentem valorizados e cuidam da&nbsp;sua&nbsp;saúde mental, isso também reflete na qualidade das entregas.



Além do período de descanso, há ainda uma tendência cada vez&nbsp;mais&nbsp;comum no ambiente corporativo e que tem se mostrado positiva para a promoção da saúde mental: o workation, termo que tem ganhado popularidade entre profissionais das&nbsp;mais&nbsp;diversas áreas. A palavra é uma combinação de trabalho (work) e&nbsp;férias&nbsp;(vacation), e serve para descrever a prática de trabalhar remotamente enquanto se está em um local diferente, até mesmo em uma viagem.



O workation é um forte aliado na busca pela saúde mental das equipes, pois oferece flexibilidade, permitindo que os profissionais escolham onde trabalhar. Isso também reflete positivamente na atração e retenção de novos talentos, já que a possibilidade de trabalhar em um ambiente relaxante, como uma praia ou uma montanha, e estar&nbsp;mais&nbsp;próximo da família, inclusive nestas viagens, diminui o estresse e o esgotamento físico e mental. Além disso, um local diferente pode ajudar a quebrar a rotina e proporcionar novas experiências e perspectivas, que podem refletir até mesmo na carreira dos colaboradores.



As&nbsp;férias&nbsp;e o workation representam muito&nbsp;mais&nbsp;do que um simples período de descanso. São investimentos estratégicos que podem transformar a cultura organizacional, aumentar a produtividade e garantir a longevidade das empresas. Ao oferecer aos colaboradores a oportunidade de se desconectar, recarregar as energias e encontrar um novo propósito, as empresas estão investindo no seu maior ativo: as pessoas.



Neste cenário, é importante que o mundo corporativo tenha em mente que tais tendências não podem passar despercebidas, pois podem ser cruciais para as mudanças que determinam o futuro do trabalho. É preciso que líderes e gestores entendam que as ações tradicionais que acontecem há décadas não estão sendo&nbsp;mais&nbsp;suficientes para atender às demandas e expectativas dos colaboradores. A promoção de um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal é, portanto, um&nbsp;investimento&nbsp;vital que pode resultar em uma cultura corporativa&nbsp;mais&nbsp;positiva e produtiva.



*Bruno Carone é cofundador e CEO do Férias &amp; Co., a primeira empresa de benefícios de viagens do mundo, dedicada a promover o bem-estar e a satisfação dos colaboradores por meio de experiências de viagem personalizadas

Por que várias empresas estão bancando boas férias para seus colaboradores? Entenda movimento

Fazer negócios com o exterior ficou mais simples e a chegada da conta <a href="https://wise.com/br/business/?utm_source=administradores&amp;utm_medium=audio&amp;utm_campaign=Brazil+Launch_2024&amp;utm_content=Wise+Business">PJ da Wise</a> ao mercado nacional pode ser considerada um divisor de águas.



Empresas brasileiras que realizam transações internacionais enfrentam desafios comuns, como instabilidade cambial, taxas de conversão desfavoráveis e a complexidade de gerenciar múltiplas moedas. Pensando em simplificar esse processo e trazer economia, a Wise lançou no Brasil a conta PJ Wise Empresas, projetada para negócios que desejam operar globalmente com eficiência.



A Wise Empresas é a primeira e única conta PJ no país que permite gerenciar ganhos internacionais em múltiplas moedas, além de BRL, USD e EUR. Essa funcionalidade única permite que empresas recebam pagamentos como se fossem locais em mercados estrangeiros, convertendo valores apenas quando for mais vantajoso, garantindo maior controle sobre os ganhos e evitando perdas desnecessárias.



<h3 class="wp-block-heading">Funcionalidades que fazem a diferença</h3>



A conta PJ da Wise oferece uma gama de serviços voltados para empresas de todos os tamanhos:



<ul class="wp-block-list">
<li>Recebimentos em mais de 40 moedas: permite que os valores sejam convertidos conforme a conveniência da empresa.</li>



<li>Pagamentos internacionais em mais de 70 moedas: ideal para lidar com fornecedores globais.</li>



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<li>Saques instantâneos: acesso imediato aos fundos, disponível 24 horas por dia.</li>



<li>Suporte 24/7 em português: garantindo atendimento eficiente para resolver qualquer questão.</li>
</ul>



<h3 class="wp-block-heading">Benefícios econômicos e operacionais</h3>



A Wise Empresas não apenas elimina os altos custos associados às transações internacionais, mas também simplifica a gestão financeira global. Mais de 600.000 empresas ao redor do mundo já utilizam essa solução para agilizar suas operações e reduzir despesas. A conta centraliza todas as operações, oferecendo praticidade e transparência para os empreendedores.



<h3 class="wp-block-heading">Um mercado em ascensão</h3>



Com o aumento das micro e pequenas empresas que operam globalmente, soluções como a Wise Empresas se tornam indispensáveis. A instabilidade cambial é um dos maiores vilões dos negócios internacionais, e a Wise Empresas oferece um sistema robusto e confiável para evitar perdas financeiras.



<h3 class="wp-block-heading">A nova era da gestão financeira global</h3>



A Wise Empresas se posiciona como uma ferramenta indispensável para empresas que desejam expandir suas operações internacionais de forma segura, econômica e eficiente. Para empresários que buscam uma solução integrada, é o momento de adotar essa inovação e transformar o gerenciamento das finanças globais.



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Wise Empresas: conta PJ chega ao mercado brasileiro como divisor de águas

A inclusão de pessoas com deficiência a partir da possibilidade de uma carreira com respeito às demandas individuais se torna um motor de transformação para a sociedade



Por Pedro Sampaio*



Muitas pessoas ainda têm a crença de que a oportunidade de emprego para pessoas com deficiência é tão somente uma atitude “generosa”, ancorada em uma lei que obriga as organizações a terem representatividade. Mas a verdade é que investir em pessoas e gerar oportunidades reais vai muito além disso. Desenvolver e oferecer caminhos e condições para a ascensão profissional de pessoas com deficiência traz um valor imensurável não apenas para nós, como também para toda a sociedade.



Iniciativas voltadas à absorção de pessoas com deficiências são mais que necessárias em um país com baixa empregabilidade dessas pessoas. Menos de 30% das pessoas com alguma deficiência tem alguma atividade profissional, de acordo com estudo do IBGE de 2022. E delas, mais da metade (55%) trabalha na informalidade.



Ter um emprego formal estimula o desenvolvimento da autonomia, proporcionando vidas mais independentes, dignas e de qualidade. Além disso, a expansão de oportunidades para pessoas com deficiência potencializa o conhecimento coletivo sobre a inclusão e sobre comportamentos respeitosos, essencial para que as pessoas convivam com as diferenças, combatendo preconceitos enraizados e vieses inconscientes que, aí sim, nos limitam de fato.



Quando desenvolvidos de forma estratégica, os treinamentos e programas de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ajudam a revelar habilidades muitas vezes inexploradas pela falta de estímulo, como a liderança, inteligência emocional, gestão, socialização, compromisso, entre outras. O x da questão é que para que essa pessoa alcance seu máximo potencial é imprescindível que as empresas compreendam e respeitem as individualidades, o tempo de aprendizagem de cada um e esteja disposta a oferecer as metodologias, as ferramentas e a acessibilidade necessária para que possam ter o ambiente adequado para exercer suas funções.



Neste compromisso de impulsionar a inclusão para além da cota, temos empresas como a Arcos Dorados, operadora da marca McDonald's na América Latina e Caribe, que além de reconhecida por ser uma das maiores empregadoras de jovens, tem uma estratégia socioambiental chamada Receita do Futuro, que orienta as decisões da companhia e tem a inclusão como um princípio e a diversidade como uma prioridade. Só no Brasil, a companhia conta com cerca de 2 mil pessoas colaboradoras com diferentes tipos e graus de deficiência, sendo sua grande maioria (72%) deficiência intelectual, o que é ainda mais raro de encontrar no mercado.



Todos nós, sem exceção, temos virtudes e pontos de desenvolvimento, alguns deles aparentes, outros nem tanto, alguns já identificados, outros não. Mas fato é que a inclusão de pessoas com deficiência a partir do trabalho remunerado adequado, do desenvolvimento, da possibilidade de uma carreira e com respeito às demandas individuais, se torna um verdadeiro motor de transformação para a sociedade.



* Pedro Sampaio é Analista de Diversidade &amp; Inclusão na Arcos Dorados, homem trans, autista e especialista na pauta LGBTQIAPN+ e PcD(s).

Inclusão transformadora: o valor do emprego para pessoas com deficiência

Profissionais que dominam essa habilidade entregam mais qualidade, constroem clareza mental e se destacam no mercado



Notificações constantes, múltiplas abas abertas e a pressão por responder mensagens rapidamente fazem parte da rotina de muitos profissionais. No entanto, esse excesso de estímulos reduz a concentração e compromete a <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Produtividade" target="_blank" rel="noreferrer noopener">produtividade</a>. Manter o foco se tornou uma das competências mais valiosas no trabalho atual.



O cérebro não foi feito para lidar com tantas interrupções ao mesmo tempo. Criar hábitos e limites digitais é essencial para preservar energia mental e manter a <a href="https://www.administradores.com.br/noticias/5-formas-de-manter-a-motivacao-em-momentos-de-incerteza-profissional" target="_blank" rel="noreferrer noopener">atenção</a> em tarefas realmente importantes.



<h3 class="wp-block-heading">1. Defina horários para checar mensagens</h3>



Estabelecer blocos específicos para responder e-mails e chats evita a dispersão contínua ao longo do dia.



<h3 class="wp-block-heading">2. Use a técnica do Pomodoro</h3>



Trabalhar em períodos concentrados, com pausas curtas, ajuda a manter ritmo e energia sem perder a atenção.





<h3 class="wp-block-heading">3. Desative notificações não urgentes</h3>



Filtrar alertas no celular e no computador diminui interrupções e cria um ambiente mais calmo para o raciocínio.



<h3 class="wp-block-heading">4. Crie rituais de início e fim do trabalho</h3>



Começar o dia com foco e encerrar com revisão de tarefas ajuda a treinar o cérebro para a disciplina.



<h3 class="wp-block-heading">5. Mantenha o ambiente organizado</h3>



Um espaço de trabalho limpo e sem distrações visuais facilita a concentração e reduz o estresse.



<h3 class="wp-block-heading">Foco como diferencial competitivo</h3>



Em um mundo hiperconectado, saber manter a atenção se torna um verdadeiro superpoder. Profissionais que dominam essa habilidade entregam mais qualidade, constroem clareza mental e se destacam no mercado.

5 formas de manter o foco em meio às distrações digitais

A inteligência emocional é uma das principais ferramentas para transformar conflitos em oportunidades de aprendizado



<a href="https://www.administradores.com.br/noticias/5-formas-de-evitar-conflitos-desnecessarios-no-trabalho" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Conflitos</a> fazem parte de qualquer ambiente profissional. Diferentes opiniões, pressões por resultados e estilos de comunicação podem gerar atritos que afetam a produtividade. O diferencial está em como cada pessoa lida com esses momentos: de forma impulsiva ou com equilíbrio emocional.



A <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncia_emocional" target="_blank" rel="noreferrer noopener">inteligência</a> emocional é uma das principais ferramentas para transformar conflitos em oportunidades de aprendizado. Ela permite compreender sentimentos, responder com clareza e preservar relacionamentos saudáveis.



<h3 class="wp-block-heading">Reconheça suas emoções</h3>



Identificar o que você sente evita reações automáticas e impulsivas. Esse autoconhecimento é o primeiro passo para agir com equilíbrio.



<h3 class="wp-block-heading">Pratique a escuta ativa</h3>



Ouvir sem interromper abre espaço para compreensão e respeito. Muitas vezes, o conflito diminui quando o outro se sente realmente ouvido.



<h3 class="wp-block-heading">Separe pessoas de problemas</h3>



Criticar comportamentos em vez de personalidades ajuda a manter o foco no que precisa ser resolvido. Isso evita que o conflito se torne pessoal.





<h3 class="wp-block-heading">Comunique-se com clareza</h3>



Expressar suas ideias de forma objetiva e respeitosa reduz mal-entendidos. A linguagem assertiva mostra firmeza sem agressividade.



<h3 class="wp-block-heading">Busque soluções em conjunto</h3>



Convidar o outro a pensar em alternativas cria colaboração. Conflitos resolvidos de forma conjunta fortalecem relações de confiança.



<h3 class="wp-block-heading">Conflitos como oportunidade de crescimento</h3>



Quando mediados com inteligência emocional, os conflitos deixam de ser obstáculos e passam a ser momentos de aprendizado. Essa habilidade é um diferencial valioso para qualquer profissional que deseja crescer em ambientes complexos.

Como usar a inteligência emocional para lidar com conflitos no trabalho

Consultoria projeta que metade das empresas que hoje planejam cortar equipes em favor de sistemas automatizados vai desistir dessa ideia até 2027



Embora muitos especialistas venham prevendo que o atendimento ao cliente será uma das áreas mais rapidamente impactadas pela inteligência artificial, a <a href="https://www.gartner.com/en/newsroom/press-releases/2025-09-10-gartner-predicts-none-of-the-fortune-500-companies-will-have-fully-eliminated-human-customer-service-by-2028" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Gartner</a> trouxe uma visão mais cautelosa. Segundo a consultoria, nenhuma empresa da Fortune 500 substituirá totalmente agentes humanos por IA até 2028. Em outras palavras: o contato humano segue indispensável, especialmente em situações complexas.



Além disso, a consultoria projeta que metade das empresas que hoje planejam cortar equipes em favor de sistemas automatizados vai desistir dessa ideia até 2027. A expectativa é que os projetos de substituição plena falhem ao não entregar a experiência prometida, reforçando que a adoção de IA em larga escala ainda passa por um ciclo de hype e ajustes.



<h2 class="wp-block-heading">Por que os humanos continuam insubstituíveis</h2>



A Gartner destaca que a IA é eficiente para resolver problemas rotineiros e bem definidos — como consultas de pedidos, status de entregas ou informações simples. Porém, quando se trata de situações excepcionais, de alto risco ou que exigem empatia e julgamento contextual, apenas os agentes humanos conseguem entregar valor real.



Kathy Ross, diretora sênior de análise de atendimento da consultoria, reforça: “Agentes humanos são irreplaceáveis quando o desafio envolve nuance ou relacionamentos de longo prazo.”



Esse dado dialoga com outras pesquisas: uma sondagem da HubSpot e SurveyMonkey mostra que 80% dos clientes preferem falar com uma pessoa real, mesmo que a espera seja a mesma. Em alguns casos, a tentativa de substituir humanos por bots pode inclusive gerar frustração e dano reputacional.





<h2 class="wp-block-heading">Oportunidade para empresas</h2>



Longe de ser um revés, esse cenário abre espaço para diferenciação. A recomendação da Gartner é clara: use a IA para automatizar tarefas repetitivas e libere os agentes humanos para lidar com interações complexas e de maior valor agregado.



Isso significa que <a href="https://www.administradores.com.br/noticias/o-futuro-do-trabalho-em-2050-tendencias-e-previsoes-que-todo-administrador-precisa-conhecer" target="_blank" rel="noreferrer noopener">empresas</a> que equilibrarem tecnologia com atendimento humano:



<ul class="wp-block-list">
<li>Aumentarão a satisfação do cliente;</li>



<li>Fortalecerão vínculos de confiança;</li>



<li>E potencialmente gerarão mais crescimento de longo prazo.</li>
</ul>



<h2 class="wp-block-heading">O que isso significa para o seu negócio</h2>



<ul class="wp-block-list">
<li>Revise expectativas de automação: em vez de planejar cortes radicais, concentre-se em como a IA pode apoiar, e não substituir, equipes humanas.</li>



<li>Explore a diferenciação pelo humano: posicionar-se como uma empresa que valoriza conexões pessoais pode ser um diferencial competitivo.</li>



<li>Invista em treinamento: prepare os agentes para lidar com problemas mais complexos, deixando as rotinas sob responsabilidade da IA.</li>
</ul>

Crise prolongada provoca ansiedade e depressão em trabalhadores

Eber Freitas (Administradores.com)

Como o uso de benefícios flexíveis impacta sua marca, com Dan Josua | Café com ADM 462

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