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Agência Fapesp

<p>Cientistas da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) anunciaram nesta terça-feira (13/12) durante um seminário em Genebra, na Suíça, terem encontrado pistas para a localização do &#8220;esconderijo&#8221; do bóson de Higgs. A hipotética partícula elementar, apelidada de &#8220;partícula de Deus&#8221;, seria a primeira contendo massa a existir depois do Big Bang e a chave para explicar a origem da massa de outras partículas elementares.</p>
<p>Usando amostras de dados de colisões de prótons coletados até o final de 2011 por meio do Grande Colisor de Hádrons e dos dois principais projetores do Cern, denominados Atlas e CMS, os pesquisadores conseguiram excluir a hipótese da existência do bóson de Higgs em uma ampla gama de possíveis valores para as massas da partícula. Com isso, &#8220;as buscas&#8221; pelo bóson de Higgs poderão passar a ser concentradas agora em uma região de massa muito menor.</p>
<p>&#8220;Os resultados são muito animadores. Agora há uma pequena região onde é possível o bóson de Higgs estar localizado. Porém, é preciso ter cautela, porque os resultados ainda não são conclusivos&#8221;, disse Sérgio Novaes, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), àAgência FAPESP.</p>
<p>Novaes é membro de um dos dois grupos de cientistas que procuram pelo bóson de Higgs no Cern, o Compact Muon Solenoid (CMS), e coordenador do projeto temático Sprace, realizado com apoio da FAPESP.</p>
<p>Por meio do projeto Sprace, os pesquisadores brasileiros operam uma rede de processamento de dados e participam da análise de dados produzidos pelo CMS.</p>
<p>&#8220;Nós temos diversos estudantes realizando pesquisas de mestrado e doutorado no Cern. A nossa ideia, agora, é começar a participar de uma forma mais consistente na parte de hardware do CMS e ampliar a nossa participação no experimento como um todo&#8221;, disse Novaes.</p>
<p>Usando a amostra de dados de colisões de prótons coletadas até agora no Cern, os pesquisadores do grupo CMS anunciaram hoje que, se o bóson de Higgs existir, há 95% de chances de ele não ser encontrado no intervalo de massa entre 127 e 600 GeV (gigaelétron-volt, termo utilizado na física para quantificar os campos de energia das partículas), e que os maiores indícios da localização da partícula estão na faixa de massa entre 115 e 127 GeV.</p>
<p>Resultados similares aos do CMS foram obtidos pelo grupo Atlas. Trabalhando de forma totalmente independente do CMS, sem nenhuma forma de interação entre os grupos, os cientistas do Atlas excluíram a possibilidade de encontrar o bóson de Higgs entre partículas com massa entre 141 e 476 GeV e indicaram que a partícula pode ter massa entre 116 e 130 GeV.</p>
<p>&#8220;É absolutamente surpreendente que dois experimentos realizados de forma independente, sem um grupo ter acesso aos dados do outro, chegarem a resultados tão similares&#8221;, avaliou Novaes.</p>
<p>Agora, os dois grupos de pesquisa deverão publicar seus resultados e, posteriormente, se reunirem para combinarem seus dados.</p>
<p>Segundo as estimativas dos pesquisadores do Cern, só será possível estabelecer claramente a existência ou não do bóson de Higgs na região de massa delimitada pelos grupos CMS e Atlas no final de 2012, quando um maior número de amostras de dados de colisões de prótons será coletado.</p>
<p>De acordo com eles, para se chegar a uma conclusão sólida, é preciso dispor de, pelo menos, o dobro de dados de que possuem até o momento.</p>
<p>&#8220;A questão agora é segurar só mais um pouco a ansiedade, que vem se acumulando durante os últimos 45 anos, para provar ou não a existência do bóson Higgs. Eu acho que a resposta final está próxima&#8221;, disse Novaes.</p>
<p>A partícula foi postulada em 1964 pelo britânico Peter Higgs, que propôs juntamente com outros diversos físicos um mecanismo teórico que tornaria possível que as partículas tivessem massa.</p>
<p>Posteriormente, em 1967, o mecanismo teórico foi incorporado pelo físico norte-americano Steven Weinberg em uma teoria para explicar as partículas elementares do Universo, denominada Modelo-Padrão. Segundo essa tese, o universo foi resfriado após o Big Bang, quando uma força invisível, conhecida como Campo de Higgs, formou-se junto de partículas associadas, os bósons de Higgs, transferindo massa para outras partículas fundamentais.</p>
<p>Desde o lançamento da teoria, os cientistas vêm buscando descobrir a partícula, cujos sinais da presença dela são extraídos de uma grande quantidade de dados similares e a partir da produção de um grande número de eventos para se certificar da descoberta.</p>
<p>&#8220;É como tentar encontrar, literalmente, uma agulha no palheiro. É extremamente complexo extrair o sinal da existência da partícula de bóson Higgs&#8221;, disse Novaes.</p>
<p>De acordo com ele, a busca pela partícula só está sendo possível ser realizada graças ao desenvolvimento de novas tecnologias por cientistas e engenheiros de diversas instituições de pesquisa em todo mundo, que estão se propagando para outras áreas do conhecimento, como a medicina e a computação.<span> </span></p>


Cientistas do Cern anunciam ter encontrado pistas para a localização do bóson de Higgs

A hipotética partícula elementar, apelidada de "partícula de Deus", seria a primeira contendo massa a existir depois do Big Bang e a chave para explicar a origem da massa de outras partículas elementares

Cientistas do Cern anunciam ter encontrado pistas para a localização do bóson de Higgs | Administradores

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Administradores | Conhecimento para Resultados

<p>Por Bruno Carone*</p>



<p>Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional tornou-se uma necessidade urgente. A saúde mental, outrora um tabu, agora ocupa um lugar central nas discussões sobre bem-estar e produtividade. Neste contexto, as férias são entendidas como um dos pilares para a construção de ambientes de trabalho mais saudáveis e engajadores, produtivos e criativos.</p>



<p>Pesquisa realizada pelo&nbsp;Férias&nbsp;&amp; Co. para medir os índices de engajamento, satisfação, retenção, nível de bem-estar e a importância das&nbsp;férias&nbsp;para os colaboradores de empresas dos&nbsp;mais&nbsp;diversos segmentos, mostra que um dos resultados&nbsp;mais&nbsp;expressivos é que 92% dos entrevistados acreditam que os momentos de lazer e descanso podem beneficiar a saúde mental. Ao todo, o questionário obteve 586 respondentes com idades entre 18 e 54 anos, que ocupam cargos de analistas até diretores.</p>



<p>As&nbsp;férias&nbsp;têm sido cada vez&nbsp;mais&nbsp;valorizadas pelos colaboradores e o bem-estar tem se tornado um grande aliado para o sucesso sustentável das empresas. Os períodos de descanso permitem a desconexão das pressões diárias, reabastecimento das energias e retorno ao trabalho com novas perspectivas. Um tempo dedicado ao descanso ainda reduz o estresse, melhora o humor e aumenta a satisfação no ambiente profissional. Quando os colaboradores se sentem valorizados e cuidam da&nbsp;sua&nbsp;saúde mental, isso também reflete na qualidade das entregas.</p>



<p>Além do período de descanso, há ainda uma tendência cada vez&nbsp;mais&nbsp;comum no ambiente corporativo e que tem se mostrado positiva para a promoção da saúde mental: o workation, termo que tem ganhado popularidade entre profissionais das&nbsp;mais&nbsp;diversas áreas. A palavra é uma combinação de trabalho (work) e&nbsp;férias&nbsp;(vacation), e serve para descrever a prática de trabalhar remotamente enquanto se está em um local diferente, até mesmo em uma viagem.</p>



<p>O workation é um forte aliado na busca pela saúde mental das equipes, pois oferece flexibilidade, permitindo que os profissionais escolham onde trabalhar. Isso também reflete positivamente na atração e retenção de novos talentos, já que a possibilidade de trabalhar em um ambiente relaxante, como uma praia ou uma montanha, e estar&nbsp;mais&nbsp;próximo da família, inclusive nestas viagens, diminui o estresse e o esgotamento físico e mental. Além disso, um local diferente pode ajudar a quebrar a rotina e proporcionar novas experiências e perspectivas, que podem refletir até mesmo na carreira dos colaboradores.</p>



<p>As&nbsp;férias&nbsp;e o workation representam muito&nbsp;mais&nbsp;do que um simples período de descanso. São investimentos estratégicos que podem transformar a cultura organizacional, aumentar a produtividade e garantir a longevidade das empresas. Ao oferecer aos colaboradores a oportunidade de se desconectar, recarregar as energias e encontrar um novo propósito, as empresas estão investindo no seu maior ativo: as pessoas.</p>



<p>Neste cenário, é importante que o mundo corporativo tenha em mente que tais tendências não podem passar despercebidas, pois podem ser cruciais para as mudanças que determinam o futuro do trabalho. É preciso que líderes e gestores entendam que as ações tradicionais que acontecem há décadas não estão sendo&nbsp;mais&nbsp;suficientes para atender às demandas e expectativas dos colaboradores. A promoção de um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal é, portanto, um&nbsp;investimento&nbsp;vital que pode resultar em uma cultura corporativa&nbsp;mais&nbsp;positiva e produtiva.</p>



<p><strong>*Bruno Carone</strong> <em>é cofundador e CEO do Férias &amp; Co., a primeira empresa de benefícios de viagens do mundo, dedicada a promover o bem-estar e a satisfação dos colaboradores por meio de experiências de viagem personalizadas</em></p>

Por que várias empresas estão bancando boas férias para seus colaboradores? Entenda movimento

<p>Fazer negócios com o exterior ficou mais simples e a chegada da conta <a href="https://wise.com/br/business/?utm_source=administradores&amp;utm_medium=audio&amp;utm_campaign=Brazil+Launch_2024&amp;utm_content=Wise+Business">PJ da Wise</a> ao mercado nacional pode ser considerada um divisor de águas.</p>



<p>Empresas brasileiras que realizam transações internacionais enfrentam desafios comuns, como instabilidade cambial, taxas de conversão desfavoráveis e a complexidade de gerenciar múltiplas moedas. Pensando em simplificar esse processo e trazer economia, a Wise lançou no Brasil a conta PJ Wise Empresas, projetada para negócios que desejam operar globalmente com eficiência.</p>



<p>A Wise Empresas é a primeira e única conta PJ no país que permite gerenciar ganhos internacionais em múltiplas moedas, além de BRL, USD e EUR. Essa funcionalidade única permite que empresas recebam pagamentos como se fossem locais em mercados estrangeiros, convertendo valores apenas quando for mais vantajoso, garantindo maior controle sobre os ganhos e evitando perdas desnecessárias.</p>



<h3 class="wp-block-heading"><strong>Funcionalidades que fazem a diferença</strong></h3>



<p>A conta PJ da Wise oferece uma gama de serviços voltados para empresas de todos os tamanhos:</p>



<ul class="wp-block-list">
<li><strong>Recebimentos em mais de 40 moedas:</strong> permite que os valores sejam convertidos conforme a conveniência da empresa.</li>



<li><strong>Pagamentos internacionais em mais de 70 moedas:</strong> ideal para lidar com fornecedores globais.</li>



<li><strong>Cartão de débito internacional:</strong> aceito em 150 países, com IOF reduzido de apenas 1,1% e taxas competitivas.</li>



<li><strong>Saques instantâneos:</strong> acesso imediato aos fundos, disponível 24 horas por dia.</li>



<li><strong>Suporte 24/7 em português:</strong> garantindo atendimento eficiente para resolver qualquer questão.</li>
</ul>



<h3 class="wp-block-heading"><strong>Benefícios econômicos e operacionais</strong></h3>



<p>A Wise Empresas não apenas elimina os altos custos associados às transações internacionais, mas também simplifica a gestão financeira global. Mais de 600.000 empresas ao redor do mundo já utilizam essa solução para agilizar suas operações e reduzir despesas. A conta centraliza todas as operações, oferecendo praticidade e transparência para os empreendedores.</p>



<h3 class="wp-block-heading"><strong>Um mercado em ascensão</strong></h3>



<p>Com o aumento das micro e pequenas empresas que operam globalmente, soluções como a Wise Empresas se tornam indispensáveis. A instabilidade cambial é um dos maiores vilões dos negócios internacionais, e a Wise Empresas oferece um sistema robusto e confiável para evitar perdas financeiras.</p>



<h3 class="wp-block-heading"><strong>A nova era da gestão financeira global</strong></h3>



<p>A Wise Empresas se posiciona como uma ferramenta indispensável para empresas que desejam expandir suas operações internacionais de forma segura, econômica e eficiente. Para empresários que buscam uma solução integrada, é o momento de adotar essa inovação e transformar o gerenciamento das finanças globais.</p>



<p><strong><a href="https://wise.com/br/business/?utm_source=administradores&amp;utm_medium=audio&amp;utm_campaign=Brazil+Launch_2024&amp;utm_content=Wise+Business">Abra sua conta Wise Empresas hoje</a> e comece a economizar enquanto expande seus negócios pelo mundo.</strong></p>

Wise Empresas: conta PJ chega ao mercado brasileiro como divisor de águas

<p><em>A inclusão de pessoas com deficiência a partir da possibilidade de uma carreira com respeito às demandas individuais se torna um motor de transformação para a sociedade</em></p>



<p><em>Por Pedro Sampaio*</em></p>



<p>Muitas pessoas ainda têm a crença de que a oportunidade de emprego para pessoas com deficiência é tão somente uma atitude “generosa”, ancorada em uma lei que obriga as organizações a terem representatividade. Mas a verdade é que investir em pessoas e gerar oportunidades reais vai muito além disso. Desenvolver e oferecer caminhos e condições para a ascensão profissional de pessoas com deficiência traz um valor imensurável não apenas para nós, como também para toda a sociedade.</p>



<p>Iniciativas voltadas à absorção de pessoas com deficiências são mais que necessárias em um país com baixa empregabilidade dessas pessoas. Menos de 30% das pessoas com alguma deficiência tem alguma atividade profissional, de acordo com estudo do IBGE de 2022. E delas, mais da metade (55%) trabalha na informalidade.</p>



<p>Ter um emprego formal estimula o desenvolvimento da autonomia, proporcionando vidas mais independentes, dignas e de qualidade. Além disso, a expansão de oportunidades para pessoas com deficiência potencializa o conhecimento coletivo sobre a inclusão e sobre comportamentos respeitosos, essencial para que as pessoas convivam com as diferenças, combatendo preconceitos enraizados e vieses inconscientes que, aí sim, nos limitam de fato.</p>



<p>Quando desenvolvidos de forma estratégica, os treinamentos e programas de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ajudam a revelar habilidades muitas vezes inexploradas pela falta de estímulo, como a liderança, inteligência emocional, gestão, socialização, compromisso, entre outras. O x da questão é que para que essa pessoa alcance seu máximo potencial é imprescindível que as empresas compreendam e respeitem as individualidades, o tempo de aprendizagem de cada um e esteja disposta a oferecer as metodologias, as ferramentas e a acessibilidade necessária para que possam ter o ambiente adequado para exercer suas funções.</p>



<p>Neste compromisso de impulsionar a inclusão para além da cota, temos empresas como a Arcos Dorados, operadora da marca McDonald's na América Latina e Caribe, que além de reconhecida por ser uma das maiores empregadoras de jovens, tem uma estratégia socioambiental chamada Receita do Futuro, que orienta as decisões da companhia e tem a inclusão como um princípio e a diversidade como uma prioridade. Só no Brasil, a companhia conta com cerca de 2 mil pessoas colaboradoras com diferentes tipos e graus de deficiência, sendo sua grande maioria (72%) deficiência intelectual, o que é ainda mais raro de encontrar no mercado.</p>



<p>Todos nós, sem exceção, temos virtudes e pontos de desenvolvimento, alguns deles aparentes, outros nem tanto, alguns já identificados, outros não. Mas fato é que a inclusão de pessoas com deficiência a partir do trabalho remunerado adequado, do desenvolvimento, da possibilidade de uma carreira e com respeito às demandas individuais, se torna um verdadeiro motor de transformação para a sociedade.</p>



<p><em>* Pedro Sampaio é Analista de Diversidade &amp; Inclusão na Arcos Dorados, homem trans, autista e especialista na pauta LGBTQIAPN+ e PcD(s).</em></p>

Inclusão transformadora: o valor do emprego para pessoas com deficiência

<p><em>Criada em 2012 e ampliada em 2016, a Lei Magnitsky foi pensada para punir indivíduos acusados de graves violações de direitos humanos e de corrupção em larga escala</em></p>



<p>A decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar a <a href="https://www.administradores.com.br/noticias/carta-do-stf-repercussoes-da-magnitsky" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Lei Global Magnitsky</a> contra o ministro do <a href="https://portal.stf.jus.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Supremo Tribunal Federal</a> (STF) Alexandre de Moraes trouxe para o debate público brasileiro um tema de alcance internacional: a relação entre direitos humanos, política externa e disputas de poder. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump em 30 de julho, reacendeu discussões sobre os limites da legislação e a forma como ela pode ser usada em cenários políticos.</p>



<p>Criada em 2012 e ampliada em 2016, a Lei Magnitsky foi pensada para punir indivíduos acusados de graves violações de direitos humanos e de corrupção em larga escala. No entanto, seu criador, o executivo britânico William Browder, afirmou que o uso contra Moraes representa um “abuso das intenções originais”. Para compreender essa controvérsia, é necessário revisitar a história da lei, os motivos de sua criação e os impactos de sua aplicação em diferentes contextos.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A origem da Lei Magnitsky: a morte de Sergei Magnitsky</h2>



<p>A legislação leva o nome de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um dos maiores esquemas de corrupção já registrados em seu país. Em 2008, Magnitsky revelou um desvio de cerca de US$ 230 milhões em impostos pagos por empresas estrangeiras na Rússia. Pouco depois, foi preso por autoridades russas, acusado de fraude.</p>



<p>Em 2009, após quase um ano detido, Sergei morreu em uma prisão de Moscou, em condições denunciadas como negligência médica e maus-tratos. Sua morte gerou indignação internacional e motivou William Browder — cliente de Magnitsky e CEO do fundo de investimentos Hermitage Capital Management — a liderar uma campanha global em busca de justiça.</p>



<p>Nos Estados Unidos, a pressão de Browder e de parlamentares levou à aprovação, em 2012, da primeira versão da Lei Magnitsky. Ela visava punir autoridades russas envolvidas no caso, congelando seus bens em território americano e proibindo sua entrada no país.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A expansão global da lei</h2>



<p>O impacto da legislação foi tão significativo que, em 2016, o Congresso americano aprovou a Lei Global Magnitsky, ampliando seu escopo para além da Rússia. Desde então, ela pode ser aplicada contra qualquer indivíduo, em qualquer país, acusado de envolvimento em corrupção sistêmica ou violações graves de direitos humanos.</p>



<p>Essa expansão transformou a lei em uma das ferramentas mais poderosas da diplomacia norte-americana. Ela permite que os EUA imponham sanções unilaterais sem necessidade de aprovação da ONU ou de organismos multilaterais. Congelamento de ativos, bloqueio de transações financeiras e proibição de entrada no território americano são algumas das punições previstas.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Casos emblemáticos de aplicação da lei</h2>



<p>Desde sua criação, a Lei Magnitsky já foi usada contra autoridades de diferentes países. Entre os casos mais notórios estão:</p>



<ul class="wp-block-list">
<li><strong>Rússia</strong>: dezenas de oficiais ligados ao caso Magnitsky foram punidos.</li>



<li><strong>China</strong>: sanções contra autoridades envolvidas em abusos contra a minoria uigur em Xinjiang.</li>



<li><strong>Arábia Saudita</strong>: punições a indivíduos ligados ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018.</li>



<li><strong>Nicarágua e Venezuela</strong>: aplicação contra membros de governos acusados de repressão e violações de direitos humanos.</li>
</ul>



<p>Esses episódios consolidaram a lei como um símbolo da luta contra a cleptocracia — regimes em que líderes e autoridades usam o poder para enriquecer de forma ilícita.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A decisão de Trump contra Alexandre de Moraes</h2>



<p>Em 30 de julho de 2025, Donald Trump anunciou a aplicação da Lei Global Magnitsky contra Alexandre de Moraes, ministro do STF. A justificativa do governo norte-americano foi de que o magistrado estaria conduzindo “uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.</p>



<p>A decisão teve repercussão imediata. Moraes, relator de investigações contra Bolsonaro e seus aliados, tornou-se um dos protagonistas da cena política brasileira nos últimos anos. Suas ações incluem a condução de inquéritos sobre fake news, ataques às instituições democráticas e tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.</p>



<p>Para críticos de Trump, a decisão tem caráter político, inserida em um contexto de aproximação com Bolsonaro e setores conservadores brasileiros.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A crítica de William Browder: um “abuso das intenções”</h2>



<p>Em entrevista à BBC News Brasil, William Browder condenou o uso da lei contra Moraes. Segundo ele, a medida distorce a concepção original da legislação:</p>



<blockquote class="wp-block-quote">
<p>“A Lei Magnitsky foi estabelecida para impor sanções a graves violadores dos direitos humanos e pessoas que são culpadas de cleptocracia em larga escala. Ela não foi criada para ser usada para vinganças políticas”, afirmou.</p>
</blockquote>



<p>Browder destacou ainda que o uso atual “é puramente político e não aborda os direitos humanos para os quais ela foi originalmente elaborada”. Para ele, essa aplicação representa um abuso da intenção da lei, que deveria se concentrar em casos de corrupção sistêmica e violações documentadas, como os que motivaram sua criação.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A reação do governo brasileiro</h2>



<p>A resposta do Brasil veio rapidamente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou solidariedade a Moraes e classificou a medida como “inaceitável interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira”.</p>



<p>Segundo Lula, a decisão de Trump representa uma afronta à soberania nacional e pode gerar tensões diplomáticas. Outros ministros do STF também se pronunciaram, defendendo Moraes e criticando a aplicação da lei.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A disputa política internacional</h2>



<p>O episódio se insere em um cenário de disputas políticas e ideológicas. Nos Estados Unidos, Trump busca consolidar sua base eleitoral em meio à polarização, enquanto mantém proximidade com líderes de direita ao redor do mundo.</p>



<p>No Brasil, o caso reacende divisões internas: apoiadores de Bolsonaro celebraram a decisão americana, enquanto setores progressistas e institucionais a veem como uma ingerência inaceitável.</p>



<p>Para especialistas, o uso da Lei Magnitsky nesse contexto levanta dúvidas sobre sua legitimidade como instrumento de direitos humanos.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Impactos para o futuro da lei</h2>



<p>A polêmica em torno da aplicação contra Moraes pode ter consequências maiores. Há quem tema que a lei perca credibilidade se continuar sendo utilizada como ferramenta política. O próprio Browder alerta para esse risco: “Se for usada de forma distorcida, corre o perigo de perder seu poder como instrumento de justiça internacional”.</p>



<p>Por outro lado, defensores da medida argumentam que a lei sempre esteve ligada à política externa dos EUA e, portanto, é natural que seja aplicada conforme os interesses do governo vigente.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O debate sobre soberania e direito internacional</h2>



<p>O caso também reacende discussões sobre soberania. Para muitos juristas, a aplicação extraterritorial de sanções unilaterais representa uma forma de ingerência. Ainda assim, os EUA defendem que, ao negar entrada ou congelar bens em seu território, exercem apenas sua jurisdição nacional.</p>



<p>No entanto, quando essas decisões impactam figuras centrais de outros países, como um ministro da Suprema Corte, o efeito político e diplomático é inevitável.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O simbolismo da Lei Magnitsky no Brasil</h2>



<p>Este episódio marca a primeira vez que a Lei Magnitsky é aplicada diretamente contra uma autoridade de alto escalão do Judiciário brasileiro. O simbolismo é forte: trata-se de um conflito entre a imagem de um magistrado como guardião da democracia no Brasil e a narrativa de Trump de que Moraes seria responsável por abusos de poder.</p>



<p>A controvérsia expõe não apenas o alcance da lei, mas também seus limites, evidenciando como instrumentos jurídicos internacionais podem ser reinterpretados em cenários políticos polarizados.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O que esperar daqui para frente</h2>



<p>O futuro da Lei Magnitsky dependerá de como será interpretada e aplicada nos próximos anos. Se prevalecer a visão original de Browder, seu foco continuará em cleptocracias e violações de direitos humanos comprovadas. Caso contrário, pode se tornar cada vez mais um instrumento de disputas políticas internacionais.</p>



<p>No caso brasileiro, o impacto imediato será diplomático. O governo Lula deve intensificar críticas à ingerência americana, enquanto a oposição tende a usar o episódio para reforçar ataques ao STF.</p>



<p>O episódio mostra como uma lei criada a partir de um caso de corrupção na Rússia, em homenagem a um advogado que morreu na prisão, hoje está no centro da política brasileira. E como o que começou como um instrumento de defesa dos direitos humanos pode ser reinterpretado em um jogo de poder global.</p>

Quem foi Magnitsky? Conheça o russo que inspirou lei usada por Trump contra Moraes

<p>A recente aplicação da Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes pelo governo dos Estados Unidos gerou mobilização dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes teria buscado apoio dos colegas para a assinatura de uma carta coletiva em sua defesa, mas a maioria dos ministros decidiu não aderir à iniciativa, segundo <a href="https://www.poder360.com.br/poder-justica/maioria-do-stf-se-recusou-a-assinar-carta-em-defesa-de-moraes/">reportagem do portal Poder360</a>, optando por uma nota formal, assinada de maneira institucional pelo Supremo.</p>



<iframe width="100%" height="554" src="https://www.youtube.com/embed/uIr8C4QR5OQ?list=RDNSuIr8C4QR5OQ" title="STF divulga nota em solidariedade a Ministro Alexandre de Moraes" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>



<h2 class="wp-block-heading">A nota oficial</h2>



<p>Leia a íntegra da nota divulgada pelo Supremo:</p>



<p><em>Em razão das sanções aplicadas ao Ministro Alexandre de Moraes, um dos seus integrantes, o Supremo Tribunal Federal vem se pronunciar na forma abaixo:</em></p>



<p><em>1. O julgamento de crimes que implicam atentado grave à democracia brasileira é de exclusiva competência da Justiça do país, no exercício independente do seu papel constitucional.</em><br><em>2. Encontra-se em curso, perante o Tribunal, ação penal em que o Procurador-Geral da República imputou a um conjunto de pessoas, inclusive a um ex-Presidente da República, uma série de crimes, entre eles, o de golpe de Estado.</em><br><em>3. No âmbito da investigação, foram encontrados indícios graves da prática dos referidos crimes, inclusive de um plano que previa o assassinato de autoridades públicas.</em><br><em>4. Todas as decisões tomadas pelo relator do processo foram confirmadas pelo Colegiado competente.</em><br><em>5. O Supremo Tribunal Federal não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país, que asseguram a todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo.</em><br><em>6. O Tribunal manifesta solidariedade ao Ministro Alexandre de Moraes.</em><br><br><em>Brasília, 30 de julho de 2025.</em></p>



<h2 class="wp-block-heading">Repercussões diplomáticas e institucionais</h2>



<p>A aplicação da Lei Magnitsky a um ministro do STF representa um fato inédito para o Brasil. A medida insere Moraes na lista de autoridades estrangeiras punidas pelos Estados Unidos por supostas violações de direitos humanos e corrupção. A situação cria um desafio jurídico e diplomático, já que a Advocacia-Geral da União avalia recorrer ao sistema judicial norte-americano para tentar reverter as sanções, em um processo que tende a ser demorado.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O impacto sobre a imagem do STF</h2>



<p>A decisão da maioria de não apoiar a carta reforça uma postura de cautela diante de pressões externas. A estratégia segue uma tradição de o STF evitar envolvimento direto em disputas diplomáticas, delegando ao governo federal a condução de posicionamentos oficiais nesse campo. Apesar disso, o episódio trouxe repercussões para a imagem da Corte, ao revelar uma falta de consenso em um momento de grande visibilidade pública.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Reflexos para o futuro do tribunal</h2>



<p>O caso da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes abriu espaço para questionamentos sobre a unidade e o papel do STF em situações que ultrapassam o campo jurídico nacional. As divergências entre os ministros apontam para um futuro em que o tribunal poderá enfrentar novos dilemas institucionais ao lidar com pressões internacionais, revelando que a estabilidade interna da Corte pode ser mais frágil do que aparenta.</p>

Carta do STF: repercussões da Magnitsky

<p><em>Empresas que antes focavam apenas em distribuir conteúdo agora precisam repensar toda a jornada do usuário: do primeiro clique até o envolvimento emocional com a marca ou plataforma</em></p>



<h2 class="wp-block-heading">Do conteúdo à vivência: a mudança de paradigma</h2>



<p>O entretenimento digital não é mais sobre apenas assistir ou ouvir. Hoje, o consumidor quer sentir, interagir, participar. A transformação digital trouxe um novo paradigma em que a experiência se tornou o centro da atenção. Empresas que antes focavam apenas em distribuir conteúdo agora precisam repensar toda a jornada do usuário: do primeiro clique até o envolvimento emocional com a marca ou plataforma.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Tecnologia como motor da imersão</h2>



<p>Realidade aumentada, inteligência artificial, metaverso e interatividade em tempo real tornaram-se ferramentas indispensáveis para quem quer manter-se relevante. O entretenimento deixou de ser linear. Plataformas gamificadas, shows virtuais e experiências personalizadas estão moldando o novo comportamento do público. A tecnologia se tornou invisível — mas onipresente —, e sua sofisticação é medida pela naturalidade com que se integra à vida cotidiana.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A personalização como diferencial competitivo</h2>



<p>Com o avanço do big data, o entretenimento digital se tornou profundamente pessoal. Algoritmos interpretam preferências, emoções e padrões de consumo para entregar conteúdos sob medida. Essa hiperpersonalização, além de aumentar o engajamento, abre portas para novas estratégias de marketing e fidelização. A empresa que entende o perfil do usuário não apenas vende melhor, mas cria vínculos duradouros com ele.</p>



<p><strong>Leia também: </strong><a href="https://www.acritica.com/entretenimento/a-nova-era-do-entretenimento-digital-como-a-tecnologia-esta-moldando-o-futuro-1.367573" target="_blank" rel="noreferrer noopener"><strong>A Nova Era do Entretenimento Digital: Como a Tecnologia Está Moldando o Futuro</strong></a></p>



<h2 class="wp-block-heading">Modelos de negócio além da audiência</h2>



<p>Na nova lógica do mercado digital, a atenção virou moeda. Modelos de assinatura, micropagamentos, NFTs e experiências premium substituem as antigas métricas de audiência. O sucesso agora é medido em tempo de permanência, níveis de interação e comunidades formadas ao redor do conteúdo. Um bom exemplo são as transmissões ao vivo que integram diferentes camadas de interação — do chat em tempo real ao comércio instantâneo, passando inclusive por formatos como o <a href="https://www.vbet.bet.br/pb/live-casino/home" target="_blank" rel="noreferrer noopener"><strong>Cassino Ao Vivo</strong></a>.</p>



<h2 class="wp-block-heading">A gamificação do consumo de mídia</h2>



<p>Jogos deixaram de ser apenas um nicho e passaram a ditar tendências em várias frentes do entretenimento digital. Elementos como pontuação, desafios, recompensas e progressão estão presentes em apps de música, educação, vídeos e até plataformas de notícias. Essa estrutura lúdica estimula o engajamento e cria uma sensação de conquista contínua, adaptando-se perfeitamente ao comportamento das novas gerações digitais.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Conteúdo multiplataforma como estratégia de expansão</h2>



<p>No novo ecossistema digital, nenhuma plataforma funciona isoladamente. Um videoclipe pode gerar memes no TikTok, discussões no X (Twitter), filtros no Instagram e, ao mesmo tempo, ser tema de um podcast. A convergência entre diferentes formatos e canais amplia o alcance do conteúdo e permite que as marcas acompanhem o público onde quer que ele esteja. Essa lógica exige equipes multidisciplinares, com domínio técnico, narrativo e estratégico.</p>



<h2 class="wp-block-heading">O impacto do entretenimento digital nos negócios</h2>



<p>O crescimento exponencial do setor transformou profundamente o mercado de trabalho. Novas profissões surgem diariamente — gestores de comunidades, estrategistas de metaverso, desenvolvedores de realidades imersivas, curadores de experiência — exigindo habilidades híbridas. Mais do que nunca, empresas precisam investir em inovação, mas também em talentos capazes de traduzir tecnologia em emoção e engajamento.</p>



<h2 class="wp-block-heading">Fronteiras éticas e o desafio da atenção</h2>



<p>Com tantos estímulos e estratégias de retenção, surge um novo dilema: o tempo do usuário como recurso finito. A competição por atenção coloca em xeque fronteiras éticas sobre manipulação comportamental, saúde mental e privacidade. Regulamentações mais rígidas estão sendo discutidas em diversos países, exigindo responsabilidade de empresas e transparência nos algoritmos. O futuro do entretenimento digital depende, também, de como lidaremos com essas questões urgentes.</p>

Cientistas do Cern anunciam ter encontrado pistas para a localização do bóson de Higgs

Elton Alisson (Agência Fapesp)

Empreendedorismo: como construir um legado, com Raquel Teixeira e Cleusa Maria | Café com ADM 461

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