Muito se fala em perfil de liderança e gestão de pessoas, onde olhamos diretamente para os altos executivos, mas é preciso olhar também para aqueles excelentes profissionais técnicos que querem sim, ascender em suas carreiras, mas não desejam gerir pessoas. Para a empresa, esses perfis são essenciais para o desenvolvimento e evolução do negócio, pois são focados em processos, pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços, além do desenvolvimento de novas estratégias para as organizações. São motivados pela alta complexidade e a solução de problemas. São líderes de projetos, comprometidos com metas e evolução. Para este profissional, a Carreira em Y é o caminho mais eficiente para a satisfação e realização. Mesmo ele não tendo a ambição de liderar equipes, ele quer crescer profissionalmente, tornando-se um especialista em sua área. Para isso, concentra seus esforços em aprimorar suas técnicas, bater metas e ampliar sua área de atuação. Ele quer trazer agilidade e eficiência à corporação que atua. Diferente de uma carreira linear – onde o técnico se torna coordenador, supervisor e gestor – o profissional que opta por uma carreira em Y almeja destaque no mercado por seus resultados e conhecimentos técnicos. Não é difícil notar estes profissionais. Geralmente são eles que estão à frente de projetos, na ampliação de serviços, análise de resultados e na própria execução. Se realizam em ter seu trabalho reconhecido pela eficiência. Ao lidar com um profissional que opta por este formato de carreira, a empresa precisa ter em mente que não é um cargo de gestão que o motivará. Ele precisa ter autonomia para propor mudanças e liderar projetos. Também precisa do reconhecimento interno de que é, sim, um profissional valorizado – aqui falamos de retorno financeiro, incentivos e reconhecimento. Não só neste cenário, mas em toda relação profissional, o diálogo franco é essencial para o sucesso da relação entre a empresa e o profissional. Neste caso específico, é uma boa saída para a corporação, que atualmente precisa lidar com a competitividade interna extremamente acirrada. Afinal, uma empresa não precisa somente de líderes. Sua sobrevivência de mercado está atrelada à qualidade dos serviços ou produtos que entrega. Neste ponto, o profissional de carreira em Y é, certamente, uma das chaves do sucesso. Carlos Contar é diretor regional da Business Partners Consulting.