As TGAs e a Reengenharia: características e implicações desta abordagem

Carlos Rafael Coelho Barros

artigo de

28/05/2012
5 min leitura

Resumo

Resumo: No decorrer da evolução das organizações, vários métodos e procedimentos foram criados, objetivando o aperfeiçoamento das atividades executadas e a competitividade das empresas no mercado. Dentro deste universo, nos anos 90, surge a reengenharia, tendo com autores principais Michael Hammer e James Champy, que adota conceitos revolucionários, em virtude de ter, em sua essência, a reinvenção, a novidade, a reestruturação e mudança de toda a estrutura organizacional das empresas, com foco nos processos, visando a redução de custos, tempo e qualidade das atividades desempenhadas, com a finalidade de atender às necessidades dos clientes. Contudo, esta teoria têm algumas implicações, uma vez que acarreta no chamado downsizing, ou seja, um enxugamento no quadro de funcionários, análogo às situações de fusões entre corporações, bem como a ruptura drástica de toda a organização, incluindo valores, cultura organizacional, métodos, e demais fatores, gerando uma grande resistência por parte das pessoas envolvidas no processo.

INTRODUÇÃO

As empresas modernas têm heranças singulares, únicas. Dentre os fatores históricos que antecederam estas organizações, estão as influências dos filósofos, da organização da Igreja Católica, organização militar, Revolução Industrial, dos economistas liberais e dos pioneiros e empreendedores que transformaram a forma de produção e prestação de bens e serviços à sociedade[1].

No decorrer deste processo, as ciências tiveram um papel fundamental. Neste cenário, as Teorias Gerais da Administração revolucionaram a forma de pensar, agir, organizar, dirigir e controlar todo o processo organizacional, levando as empresas a uma posição de solidez e renovação das suas estratégias.

No entanto, todo o processo, independentemente da sua área de atuação, há uma gênese. A TGA se inicia com a abordagem clássica, tendo com autores Frederick Taylor, com a sua Administração Científica, o qual se preocupava com a otimização das tarefas, com o intuito de se reduzirem custos e a elevação da produtividade e Henri Fayol, com sua teoria clássica, focada na estrutura organizacional.

Em seguida, há a abordagem humanística, através de Elton Mayo, com a experiência de Hawthorne, onde via nas pessoas, o grande diferencial competitivo, pois com a integração das equipes de trabalho, com a informalidade nas relações, chegava-se a uma grande produtividade, evidenciada nos resultados da experiência supracitada.

Ademais, vem a Neoclássica, onde faz a integração das abordagens anteriores, com ênfase nos objetivos traçados e nos resultados a serem alcançados, estabelecendo os conceitos de eficiência e eficácia, bem como as funções do administrador e a Administração por Objetivos, onde a partir disso, surgem a decorrência desta teoria, que adota os conceitos de departamentalização e a tipologia da estrutura que a organização deverá empregar.

Outra teoria de suma importância foi a Abordagem Estruturalista, tendo como principal autor o sociólogo Amitai Etzioni. Ela integra as características da teoria burocrática, de Max Weber, e das Relações Humanas. Esta, como mencionado, cuida das pessoas; aquela, trata da burocracia como forma que otimiza as relações de trabalho, tendo como resultados uma maior eficiência operacional, organização das atividades e da empresa, além da redução de custos.

Com base em todas as teorias mencionadas, eis que surge a que lida com o comportamento das pessoas. Esta trata dos aspectos que motivam as pessoas para o alcance dos objetivos organizacionais. Dentre os autores, destacam-se A. Maslow, com sua hierarquia de necessidades, através de uma pirâmides, fatores motivacionais e higiênicos de Herzberg, Teoria X e Y, dentre outras.

O Desenvolvimento Organizacional (DO), como as outras, também busca melhorar as organizações, que salienta a necessidade de uma mudança na organização, estabelecendo etapas para a concretização deste processo, análise SWOT (pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças) da empresa.

Na sequência de análise das teorias, chega-se ao estudo dos sistemas, como forma de solucionar e melhorar as atividades desenvolvidas nas empresas. Neste sentido, a teoria sistêmica diz que os sistemas (conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre dados, energia e matéria, para fornecer as informações, através de inputs – entradas e outputs – saídas) são a forma de resolver os impasses que as organizações têm no decorrer da sua evolução, sendo o desenvolvimento da informação a força motriz deste processo. Além das supracitadas, existem outras, tais como a da matemática, Balanced Scorecard, e assim, por diante.

A Reengenharia, desenvolvida na década de 90. vem para tentar mudar a realidade das organizações, haja vista que trata de uma profunda e radical mudança. Seus conceitos são bastante discutidos. Suas características, origem, vantagens e implicações serão expostas a seguir.

ORIGEM E CONCEITO DA REENGENHARIA

Diante da necessidade de melhoria do desempenho e de uma maior participação nos mercados a que pertenciam, as empresas começaram a repensar suas estratégias, visando a competitividade, com o intuito de obterem êxito quanto à satisfação das necessidades dos clientes. Neste sentido, precisavam ser mais proativas e flexíveis quanto às mudanças que aconteciam.

A revolução no mundo das tecnologias da informação modificou a forma de se pensar porque a tecnologia tem como base a aproximação das pessoas, divulgação simultânea dos resultados e redução de custos.

A partir disso, há uma preocupação maciça com a qualidade das atividades, ou seja, não somente fazer o certo, mas da melhor maneira possível, otimizando os capitais disponíveis, tais como o humano, de infraestrutura, financeiro e de relacionamento. Isto é, deve-se ter competência para a execução das atividades, com a aplicação de valores agregados a todo o processo.

É nesse momento que surge, na década de 90, mais precisamente, nos Estados Unidos, a reengenharia, como ferramenta para solucionar questões como economia de custos, tempo e qualidade nas tarefas desempenhadas. Assim, Caravantes (

Instituição de ensino

Logo café com ADM
Logo café com ADM
Imagem de destaque do podcast
Imagem de destaque do podcast

#466

Como formar líderes na sua empresa, com Luis Vabo

Como formar líderes na sua empresa, com Luis Vabo

Sobre o autor

Carlos Rafael Coelho Barros

Carlos Rafael Coelho Barros

Graduado em Administração pela Faculdade de Balsas - UNIBALSAS; Servidor Público do Tribunal de Justiça do Maranhão; Técnico em Agronegócio pelo SENAR; e Coach, formado pelo Instituto BCC.

Graduado em Administração pela Faculdade de Balsas - UNIBALSAS; Servidor Público do Tribunal de Justiça do Maranhão; Técnico em Agronegócio pelo SENAR; e Coach, formado pelo Instituto BCC.

Logo do programa Café com ADM

#466 Como formar líderes na sua empresa, com Luis Vabo

#466 Como formar líderes na sua empresa, com Luis Vabo

00.0000.00