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Acabo de ler o último e ótimo post da Pat Wadors, <a href="https://www.linkedin.com/pulse/when-your-last-stupid-bold-moment-pat-wadors?trk=prof-post" target="_blank" rel="noreferrer noopener">&#8220;When Was Your Last Stupid Bold Moment</a>&#8220;, sobre as suas experiências em assumir riscos. Wadors descreve os “stupid bold moments” (momentos ousados de estupidez) como momentos nos quais as informações são escassas, o custo de esforço não é conhecido e há um curto período para decidir. Ela conclui o post dizendo o quanto estes momentos a ensinaram a “abraçar o estar desconfortável”.
E, é sobre isto que este artigo vai falar: a importância de se sentir desconfortável.
 O problema de se sentir desconfortável
Se sentir confortável é bom e certo. Muitos querem empregos confortáveis, casas confortáveis, férias confortáveis, amigos confortáveis e, claro, muitos querem se sentir confortáveis em suas peles.
Mas existe um problema com todo este conforto. Estar confortável diminui a atenção e a performance &#8211; isto lhe dá a sensação de que não há mais pressão e que você pode relaxar. Isto me faz pensar em William Samuelson e Richard Zeckhauser e em suas pesquisas inovadoras sobre o <a href="http://web.mit.edu/curhan/www/docs/Articles/biases/1_J_Risk_Uncertainty_7_%28Samuelson%29.pdf" target="_blank" rel="noreferrer noopener">viés do status quo </a>e outros tópicos relacionados como a<a href="http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Fprofile%2FRichard_Thaler%2Fpublication%2F4730791_The_Endowment_Effect_Loss_Aversion_and_Status_Quo_Bias_Anomalies%2Flinks%2F09e4151030d3ea82e9000000.pdf&amp;sa=D&amp;sntz=1&amp;usg=AFQjCNGFwmTeXGDNDOJqW_l40reEhW0URw" target="_blank" rel="noreferrer noopener"> aversão à perda</a>. Ver a mudança do momento atual é sentida como um dano e existem sentimentos associados a essa perda em potencial. Dessa forma, isso pode ser bastante desconfortável.
Mas precisamos ir além desses sentimentos desconfortáveis e perceber que eles nos ajudam a crescer e até mesmo nos dão significado. Eu irei mais fundo: muito conforto torna a criatividade impossível, e eu não estou sozinho em pensar assim, como <a href="http://cgu.edu/pages/4751.asp" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Mihaly Csikszentmihalyi</a>[1], autor do livro <a href="http://www.amazon.com/gp/product/0061339202/ref=pd_lpo_sbs_dp_ss_1?pf_rd_p=1944687682&amp;pf_rd_s=lpo-top-stripe-1&amp;pf_rd_t=201&amp;pf_rd_i=9401790876&amp;pf_rd_m=ATVPDKIKX0DER&amp;pf_rd_r=1ZSCQW7DRZSFQQPJ8F8E" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Flow</a>, que argumenta que uma “certa quantidade de dificuldade” é crucial para a criatividade.
Abraçando do desconforto
Eu me lembro de “abraçar” o desconforto quanto era jovem ainda. Eu viajei em torno de 48 estados quando tinha meus 20 e poucos anos com pouco além de meu carro e uma muda de roupas. Eu me encontrei em situações que foram fantásticas (ex.: conhecer literalmente centenas de pessoas e todas com histórias fascinantes), mas também inacreditavelmente desconfortáveis (ex.: dormir em condições às vezes absurdamente precárias). Neste caminho, eu cresci e aprendi que eu poderia fazer e ser mais do que eu originalmente pensava.
Isto criou um processo de propositalmente procurar e criar situações desconfortáveis. De sobreviver à base de massa instantânea e manteiga de amendoim durante um semestre da universidade (não escolhi, na verdade, mas cara, isto foi desconfortável), vender kits de detecção de gases nocivos de porta em porta (eu sou introvertido, logo isto foi muito desconfortável), de decidir obter meu PhD (um exercício de desconforto), de me mudar para Itália (pense em uma cultura diferente, uma língua diferente e toneladas de burocracia, então, muito mais desconfortável), de começar minha própria empresa de comunicação científica, a <a href="https://www.melioravit.com/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Melioravit </a>(onde eu tenho que fazer várias coisas que me deixam desconfortável), e até de decidir ter três filhos (uma grande quantidade de desconforto aqui).
A maioria das pessoas teria dito “não, obrigado” para a maior parte destas escolhas, mas eu sabia/sei, que essas experiências desconfortáveis me tornaram, ou me tornarão, mais forte, mais consciente e mais vivo.
 Desconforto e o topo
Tudo isto é similar a um excelente post de um blog que eu li no verão passado, post de <a href="https://www.linkedin.com/in/joelg87" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Joel Gascoigne</a>, fundador e CEO da Buffer, onde ele fala sobre as virtudes de se estar <a href="https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fopen.bufferapp.com%2Ffeel-uncomfortable%2F&amp;sa=D&amp;sntz=1&amp;usg=AFQjCNGjwZKo2FsOSNqBo-C9pl1AkuVVjg" target="_blank" rel="noreferrer noopener">desconfortável</a>. Neste post, Joel comenta sobre a ideia de <a href="https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fopen.bufferapp.com%2Ffeel-uncomfortable%2F&amp;sa=D&amp;sntz=1&amp;usg=AFQjCNGjwZKo2FsOSNqBo-C9pl1AkuVVjg" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Seth Godin</a> de que as pessoas frequentemente buscam um topo local, mas isto é um caminho para chegar ao topo máximo. Porém, você deve passar por um local de desconforto – <a href="https://media.licdn.com/mpr/mpr/shrinknp_500_500/AAEAAQAAAAAAAADQAAAAJDNiYWJlZWE1LTZiNzMtNDk0YS1iYWFkLTVkZTIyMWE5OTY3Mw.jpg" target="_blank" rel="noreferrer noopener">como neste exemplo</a>, o ponto C.
 Você e o seu desconforto
Isto não requer muito esforço, mas você também pode seguir em frente se sentindo desconfortável. Você não precisa escalar o Monte Kilimanjaro ou apresentar um show de comédia Stand-up, mas você pode passar um dia <a href="http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.huffingtonpost.com%2Ftim-ferriss%2Fno-complaint-experiment_b_5610433.html&amp;sa=D&amp;sntz=1&amp;usg=AFQjCNFwmM_-xCegel91jgSUQcDWwFF6Kw" target="_blank" rel="noreferrer noopener">sem reclamar</a> ou fisicamente <a href="http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.telegraph.co.uk%2Fculture%2Ftvandradio%2F5998253%2FOne-in-six-Britons-too-lazy-to-get-up-to-change-TV-channel.html&amp;sa=D&amp;sntz=1&amp;usg=AFQjCNHz6kP3oqQ4duhR2iAUfgA5LrE6Bw" target="_blank" rel="noreferrer noopener">se levantar</a> e trocar o canal de sua TV ao invés de usar o controle remoto ou ainda ir <a href="http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.fastcompany.com%2F3025957%2Fwork-smart%2Fwhat-happens-to-our-brains-when-we-exercise-and-how-it-makes-us-happier&amp;sa=D&amp;sntz=1&amp;usg=AFQjCNE-8acpRopQveakL1FjSzCTdynMBw" target="_blank" rel="noreferrer noopener">fazer exercícios</a>, mesmo que por 15 minutos.
Então, o que você está fazendo para se sentir desconfortável? Você busca o desconforto, propositalmente, a fim de crescer e chegar ao seu próximo topo máximo? Se sim, o que você acha que funciona melhor para você para que isto aconteça?
Autor: John L. Dennis. Artigo original &#8220;<a href="https://www.linkedin.com/pulse/importance-feeling-uncomfortable-john-l-dennis" target="_blank" rel="noreferrer noopener">The Importance of Feeling Uncomfortable</a>&#8220;
Tradução: André Luiz Maurer
[1] Autor do livro Flow, que em português se chama &#8220;A descoberta do fluxo: a psicologia do desenvolvimento na vida cotidiana.&#8221;

A importância de se sentir desconfortável

Decidi traduzir este post pois, quando o li, percebi que eu estava com medo do desconforto que as situações nas quais vivia estavam me trazendo

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Com isso, surge um questionamento: estes profissionais da geração Y que estão finalizando seus cursos superiores e construindo sua carreira profissional no mercado reconhecem e valorizam quais aspectos na carreira e na vida pessoal?Para responder esta pergunta, o presente estudo teve como objetivo identificar as âncoras de carreira de um grupo de estudantes da Universidade de Santa Cruz do Sul, pertencentes à geração Y, formado por 37 acadêmicos, nascidos entre 1978 e 1994. A maioria dos respondentes cursa Administração (91,9%), é do sexo feminino (56,8%) e reside na cidade de Santa Cruz do Sul (73,0%). Os resultados revelaram que no âmbito das Âncoras de Carreira desta geração há como base, em sua maioria, a âncora Segurança e Estabilidade (21,6%). No âmbito do trabalho estas pessoas preferem estar seguras e estáveis em uma empresa tradicional e em um cargo com atividades rotineiras e bem definidas, e esperam um salário compatível à sua atuação e com promoções de cargo previsíveis. Buscam organizações que ofereçam um bom leque de benefícios, nas quais possam vislumbrar uma futura carreira. No entanto, nota-se um aspecto diferente quando analisados os dados da pesquisa por gênero, já que as respondentes do sexo feminino têm como âncora principal Desafio Puro, (28,6%). Neste caso, então movidas pela busca de desafios, procuram superar-se, gostam de resolver problemas quase insolúveis e o projeto ou tarefa que seus colegas podem considerar difícil ou até impossível as motiva e as desafia. Também gostam de ser reconhecidas pelo mérito, recompensadas e são competitivas por natureza. Já os respondentes do sexo masculino repetem o resultado da maioria, Segurança e Estabilidade, (25%).240Ainda que o estudo tenha sido realizado com um pequeno número de indivíduos, conclui-se que o grupo analisado, que pertence à geração Y, valoriza o quesito segurança em sua carreia profissional, porém sentem-se seguros quanto ao futuro e estáveis em relação à sua atual atuação profissional e sua organização. Alguns autores entendem que isso se deve a um cenário econômico instável e mutável, no qual muitos profissionais seguem para o serviço público ou procuram organizações tradicionais e/ou que apresentem uma sensação de estabilidade. Para tanto, como demostrou este grupo, tendem a procurar por cursos de graduação que ofereçam ampla gama de possibilidades profissionais, por exemplo, o curso de Administração. Como limitador deste estudo está o fato de que somente analisou-se uma geração, a Y, assim, sugere-se que futuros estudos sejam realizados com a comparação entre gerações.A contribuição desse estudo está em demonstrar aos gestores das organizações que é necessário que eles atentem e compreendam que os seus profissionais podem vir a responder de maneira diferente aos mesmos estímulos organizacionais, ou seja, os pertencentes da geração Y possivelmente agem e entendem a carreira profissional, aspectos pessoais e profissionais diferentemente de profissionais de outras gerações.<a href="http://online.unisc.br/acadnet/anais/index.php/salao_ensino_extensao/article/view/10426" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Link da publicação em anais.</a>

Geração Y: as âncoras de carreira de um grupo de estudantes de graduação de uma IES comunitária do Rio Grande do Sul

A importância de se sentir desconfortável

André Luiz Maurer

Como se tornar um executivo fora de série, com Marília Fiuza | Café com ADM 474

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