Artigo A percepção do consumidor: uma estratégia de marketing Autor: Vladimir Nunes Brandão Administrador formado pela UFRRJProprietário da Czar Marketing e Mídia Professor de Marketing e Mídia 'O objetivo desse artigo é informar que o assunto Percepção do consumidor é de extrema importân- Cia para a análise e o planejamento de produtos'. Todo consumidor tem um jeito próprio de observar tudo que o rodeia e analisar quando interessar, ou não analisar, quando não interessar. Existem fatores emocionais que determinam o modo como o cérebro reage aos estímulos no confronto de consumidor e produto; são os códigos auditivos, visuais e cinestésicos que sugerem ao cérebro a perceber aquele determinado produto atendendo assim o seu desejo de consumidor no ponto de venda, ou levando-o até ele através de propaganda que também foi criada observando esse critério. Para a empresa conseguir sucesso de produto, tangível e intangível no mercado deve-se observar a forma como o consumidor percebe o dia-a-dia faz uma projeção desse momento: do consumidor no ponto de venda observando ou comprando um produto que desperte seu desejo e sua atenção. É relevante para o sucesso de marketing, o lançamento de produto com pesquisa e análise da percepção do consumidor para o qual o produto está direcionado. A priori, é assim que se concebe um produto, no seu planejamento e no seu desenvolvimento, onde de fato exista a preocupação de não fugir da idéia principal: o tipo de consumidor baseado no seu código perceptivo formando assim uma cadeia com sucessivos acréscimos de valor passando por fabricante, atacadista, varejista e consumidor final. Todos nós aprendemos por fluxo de informações que recebemos através dos nossos cinco sentidos: audição, visão, paladar olfato, tato. Contudo, nós percebemos, organizamos e interpretamos essas situações sensoriais de maneira individual. Percepção é o processo pelo qual as pessoas selecionam, organizam, e interpretam informações para formarem uma imagem significativa do mundo. Um mesmo estímulo pode causar diferentes percepções, devido a três processos perceptivos: atenção, distorção e retenção seletivas. A pessoa comum pode ser exposta a mais de 1500 propagandas por dia, mas não conseguem prestar atenção a todos esses estímulos. Atenção seletiva, a tendência de rejeitar a maioria das informações às quais a pessoa é exposta sua mensagem será inútil para a maioria daquelas que não participam do mercado de um determinado produto. Porém, se a mensagem é bem direcionada com apelo e impacto bem esclarecido e percebido, a mensagem se destacará no meio de muitas outras. Alguns estímulos notados pelo consumidor nem sempre chegam até eles da forma desejada. Cada pessoa tenta ajustar informações recebidas através de um padrão mental já existente. Distorção seletiva é a tendência a interpretar as informações, dando-lhes um significado pessoal. O cliente poderá ouvir o vendedor mencionar pontos positivos e negativos sobre um produto de outra marca, mas como ele tem uma forte inclinação pela marca mais famosa poderá distorcer esse e chegar a uma conclusão de que a marca mais famosa é a melhor. A percepção em seus códigos de absorção de uma mensagem diminui essas distorções mentais, porque o cliente é atraído pelo produto que tem como característica a sua programação de leitura. Existe um termo chamado retenção seletiva que faz com que os produtos analisados e não adquiridos fiquem armazenados na mente. Isso significa que o que nos interessa a gente armazena para adquirir posteriormente. Vendo uma propaganda do produto ou de determinada marca, com certeza o consumidor comprará esse mesmo produto com uma enorme chance de ser da marca anunciada. Devido a esses três fatores perceptivos: exposição, distorção e retenção, o profissional de marketing tem de trabalhar com inteligência para conseguir agregar valor em estímulos visuais, auditivos e cinestésicos aos seus produtos e em suas campanhas publicitárias. Os teóricos do aprendizado postulam que a maior parte do comportamento humano é aprendida, e que o aprendizado ocorre através da inter-relação de impulsos, estímulos, sugestões, resposta e reforço. O impulso é um forte estímulo interno de auto-realização que exige ação, e impulso do cliente, torna-se um motivo quando é mencionado para um objeto do estímulo específico para sua programação. Sua idéia de comprar um produto é condicionada pela sugestão a sua volta. Sugestões são pequenos estímulos que determinam quando, onde e como o cliente irá responder, se esses estímulos são determinados para a percepção do cliente, o sucesso de venda é certo. Ver produtos bem dispostos em vitrines, ouvir falar de promoções de produtos e preços e ser influenciado pela esposa, são sugestões que influenciam na tomada e decisão do cliente podemos estabelecer a demanda para um produto associando-o a fortes impulsos, quanto a sugestões motivadoras e oferecendo um esforço positivo do vendedor no ponto de venda. Por meio de ações ou aprendizado as pessoas formam suas crenças e atitudes, assim por sua vez, influenciam o comportamento de compra. Crença é um pensamento descritivo da pessoa sobre alguma coisa. O cliente pode acreditar que um produto de ótima qualidade e bem resistente custa caro. Esta crença pode basear-se em comportamento real, opinião e fé, podendo ou não ser acompanhada de larga emoção. O marketing interessa-se pela crença dessas pessoas quanto a produto e serviços específicos, porque essas crenças constituem imagens de marcas e produtos que afetam o comportamento de compra. Quando algumas dessas crenças são erradas e impedem a compra, esse profissional de marketing tem de promover uma campanha para corrigi-las. As pessoas têm atitudes quanto à religião, política, roupas, música, comida e quase todo mais. Atitudes são avaliações, sentimentos e tendência relativamente consistentes quanto a um objeto ou idéia. As atitudes levam as pessoas a gostar ou desgostar de coisas, aproximar-se ou afastar-se delas. Assim, o consumidor poderá ter atitudes do tipo 'compre o melhor', 'os brasileiros têm o melhor produto do mundo' 'criatividade e auto-expressão são as coisas mais importantes da vida'. As atitudes seguem um padrão, e é difícil mudá-las. Mudar uma atitude pode exigir ajustes difícil em muitas outras. Portanto, a empresa deve tentar adequar seu produto a atitudes já existentes, a não ser que o custo de tentar mudar essa atitude seja compensador. Podemos agora entender as várias forças que atuam no comportamento do consumidor, levando em conta que os códigos de percepção são decisivos para o desenvolvimento de atenção do desejo e da satisfação do cliente. Sua escolha resulta da complexa interação entre fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Embora muito desses fatores não possam ser influenciados pelo marketing, hoje se sabe que nas ciências exatas e da computação são onde estão os melhores profissionais de percepção visual, e nas ciências biológicas e médicas os auditivos e nas ciências humanas e sociais os cinestésicos. Partindo desse fato podemos traçar o perfil do consumidor para qualquer produto. O profissional de marketing considera pesquisas motivacionais sem sentido, e que seus enfoques apresentam certos problemas; as amostras são pequenas e a interpretações dos resultados, quase sempre subjetivas o que causa explicações umas tanto exóticas sobre comportamento de compra que são na verdade bastante comum. Porém, outros crêem que esses enfoques podem proporcionar interessantes insights das relações entre os consumidores e suas marcas preferidas. O profissional de marketing que utiliza a pesquisa motivacional acredita que através dessa técnica flexível e variada chega-se a novas descobertas sobre as motivações misteriosas e profundas por trás do comportamento do consumidor. Cada vez mais os profissionais de marketing se valem de abordagens ligadas a sensações e emoções para sondarem a psique do consumidor e desenvolverem melhores estratégias de marketing. Muitas agências de propaganda têm psicólogos e antropólogos e outros cientistas sociais desenvolvendo pesquisas motivacionais. Uma dessas agências faz rotineiramente entrevistas individuais, tipo terapia, para estudar os motivos subjacentes dos consumidores. Outras pedem que os consumidores descrevam suas marcas favoritas se fossem animais ou carros e a partir daí fazem uma análise desses fatos. O profissional de marketing que se utiliza de pesquisas motivacionais acredita que através dessa técnica flexível e variada chega-se a novas descobertas sobre as motivações misteriosas e profundas por trás do comportamento do consumidor. 'A motivação projetista dos estímulos Da percepção do cliente é considerada co- Mo a melhor forma de avaliar o desejo e a Satisfação do consumidor onde são obser- Vados os índices de maior percepção pelos Consumidores'. Os códigos perceptivos formam a personalidade do consumidor, sendo assim, um produto elaborado para o consumidor auditivo terá em sua base de idéias construtivas a referência de percepção do meio externo ao seu corpo através da audição que passa códigos auditivos para o cérebro e são enviados estímulos auditivos em forma de desejo para o corpo atender aquele estímulo. A gama de produtos para esse consumidor é concebida a partir de idéias ligada à saúde, vida e beleza. O visual é o consumidor que percebe o meio externo através da visão. A visão desse consumidor é programada para receber e perceber estímulos visuais, desenvolvendo assim o desejo do consumidor visual, se atendido o desejo, o corpo entra em estado de repouso, se não atendido o corpo entre em estado de estress que transforma o desejo em uma vontade e termina por ser arquivado no cérebro. O consumidor visual prioriza o padrão de qualidade por ser detalhista e metódico. O cinestésico tem percepção do meio externo a seu corpo através dos sentidos de Audição, visão, paladar, olfato e tato. A criação de produtos para esse consumidor é a partir da percepção das vontades. Os cinestésicos são homens e mulheres de formação por isso, formam opinião e são de extremo interesse do marketing. Nota: O autor desse artigo ainda enfatiza a percepção do consumidor no planejamento e no desenvolvimento de produto como forma eficaz de alcançar o sucesso de vendas. O consumidor também, pode ser influenciado através de estímulos transmitidos por sua profissão somada ao estímulo no ponto de venda, ou seja, o visual ou auditivo assume momentaneamente o papel e características de cinestésico. Essa é uma estratégia de marketing para elaboração de produtos e apelos em propaganda desenvolvida e apresentada no briefing do produto. Referências de Pesquisa FORGUS, R. Percepção: o processo básico do desenvolvimento cognitivo. São Paulo: Herder: EDUSP, 1971. HOLLAND, B; SKINNER, B. F. Análise do comportamento. São Paulo: EPU, EDUSP, 1974. KOTLER, P. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, c1999. A percepção do cliente: uma estratégia de marketing. Disponível em http://www.via6.com/vladimirbrandao. Acesso em: julho de 2008. O comportamento do consumidor: um estudo de mercado. Disponível em <http://www.via6.com/vladimirbrandao>. Acesso em julho de 2008. Vladimir Nunes Brandão é Administrador com habilitação pública e empresa e atua em marketing e mídia, e dispõe de Pré-projeto ligado a esse artigo e cujo tema é: Percepção de compra e material para apresentação em palestras, docência e desenvolvimento empresarial. Contatos: 21 97945783 – 21 3781 1567 vladimirbrandao@gmail.com www.via6.com/vladimirbrandao tonjobim@homail.com