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As pessoas estão cada vez mais aceitando, e entendendo, que o meio ambiente possui um limite. A pauta da sustentabilidade vem crescendo, e não é de hoje, à medida que vemos a natureza dando sinais de alertas, como grandes enchentes, furacões e até o registro de altas temperaturas nos pólos gélidos do planeta.
Engana-se que a sustentabilidade é apenas plantar uma árvore ou mesmo deixar de jogar lixo na rua. É mais do que isso. Envolve, claro, o lado ambiental, mas a parte social e econômica são fundamentais para a pauta seguir em frente. Não há como só pensar em preservar os recursos naturais sem mencionar as condições de vida das pessoas e a produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
A terceira perna desse tripé é o maior desafio. O paradigma de produção, distribuição e consumo precisa ser quebrado, e de forma urgente, pois novos métodos são criados e estão à disposição para fortalecer ainda mais a conexão sadia entre a economia e a natureza. Empresas com estoque grande, sem escoamento, são grandes impactadoras do meio ambiente, pois podem ter aumento de desperdício e geração de resíduos. É necessário fazer a distribuição, girar o produto de forma consciente. A permuta multilateral, como um exemplo, nasceu justamente para esse feito. 
O empresário, seja ele de grande ou pequena empresa, ou mesmo autônomo, precisa monetizar sua capacidade ociosa. É um personal trainer que está sem aluno em determinado horário, ou mesmo advogado sem cliente, e até um lojista que tem muita mercadoria no estoque e não sabe como vender. A permuta multilateral permite a união de todos eles em um só lugar, no meio digital, e facilita a transação, diferente da permuta tradicional, em que apenas duas pessoas trocam serviços.
A monetização dessa ociosidade rende a troca, que vai dar ao empresário crédito, que acaba preservando o caixa, principalmente em tempo de crise financeira, quando o consumo das pessoas tende a cair, por falta de dinheiro. A substituição do papel monetário pelo escambo gera impacto num todo, pois a ociosidade de um é o que o outro precisa. E, assim, sucessivamente. 
Outro ponto fundamental promovido pelas permutas multilaterais é a economia circular. Nas plataformas, existe um grande número de empreendedores que se beneficiam de poder adquirir itens que não estavam sendo usados por outros, como móveis, itens de decoração e até utensílios como vitrines, etc. Dessa forma, a sustentabilidade é estimulada, tanto no sentido socioeconômico, pois existe uma ajuda mútua para os que dispõem do item, tanto para os que adquirem sem necessitar retirar valor em reais de seus caixas; quanto no sentido ecológico, pois quando reaproveitamos um item e damos destinação a ele, evitamos que mais madeira, minério e outros produtos sejam extraídos da natureza. 
Destacamos também a contribuição das permutas para minimizar desperdícios. Com essa ferramenta, é possível evitar desperdício de tempo, de recursos econômicos já investidos e até de insumos utilizados na fabricação de itens, que, se não forem comercializados, serão descartados no meio ambiente. 
Esse conjunto de práticas financeiras e administrativas desenvolve a economia, sem deixar de lado o meio ambiente e garantindo a nossa sobrevivência econômica, social e ambiental.

A permuta e o tripé da sustentabilidade

A permuta é essencial para reduzir desperdícios de tempo, de recursos econômicos já investidos e até de insumos utilizados na fabricação de itens, que, se não forem comercializados, serão descartados no meio ambiente

A permuta e o tripé da sustentabilidade | Administradores

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Se pararmos e perguntarmos para as pessoas ao nosso redor sobre qual é a causa das suas maiores preocupações, certamente muita gente vai responder que são as dívidas. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada no final de janeiro de 2023, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a cada 100 famílias, 78 contraíram dívidas de várias modalidades como cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro, financiamento de casa e outros. Foi o maior número desde 2010, superando até mesmo o período da pandemia.&nbsp; Em 2020 e 2021, o percentual de endividados foi de 66,5% e 70,9%.Sim, as dívidas vem tirando o sono e a tranquilidade de muita gente. Para muitas famílias tem sido desesperador ter um débito a quitar e não ter renda suficiente para quitá-lo. Segundo dados de janeiro de 2023 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existem 9 milhões de desempregados no Brasil. O primeiro mês do ano iniciou com o pior resultado de número de novas vagas formais de trabalho (83.297) para o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), iniciado em 2020.&nbsp;Com a situação de alerta econômico por que o mundo vem passando após os gastos públicos com pandemia, as perspectivas para a geração de riqueza, de renda e de emprego estão mais desafiadoras, sendo importante abrir-se para a nova economia, que traz outros formatos de negócios.&nbsp;Por isso, é preciso buscar alternativas para auxiliar a população e uma delas&nbsp; começará a funcionar no próximo mês,&nbsp; a Central da Negociação, que será uma ferramenta que fará a mediação de dívidas entre credores e devedores.&nbsp;A Central da Negociação incluirá como opção o uso das permutas multilaterais para quitar a dívida. Os devedores poderão oferecer serviços ou produtos em uma plataforma de negócios para pagá-la. Essa plataforma é integrada por uma comunidade de empreendedores que poderão comprar esses produtos e serviços, pagando-os com a moeda digital própria do sistema – que é equivalente ao Real. O pagamento é direcionado ao credor, que poderá utilizar o crédito para adquirir outros produtos e serviços ofertados na mesma plataforma.&nbsp;A plataforma é inspirada na XporY.com, que opera desde 2014 e vem revelando como uma alternativa para profissionais e empresas alavancarem seus negócios em momentos de crise e falta de dinheiro. Na pandemia, o número de participantes aumentou 314%. A iniciativa hoje está presente em todo País, contando inclusive com a parceria do Sebrae nacional como uma opção de economia compartilhada entre empreendedores.&nbsp;Agora, só resta que credores e devedores permitam-se experimentar essa nova forma de fazer negócios que, aliás, não é tão nova assim. Ele é uma releitura do escambo feudal, mas renovado e otimizado pela tecnologia, que permite que se continue gerando valor com o que se tem, pavimentando um caminho para se resgatar o negócio e a dignidade de muita gente.&nbsp;**Rafael Barbosa, empresário, especialista em inovação, em empreendedorismo e em economia colaborativa, em conjunto com Daniel Pedroso, Melanie Tonsic e Tatiane Forte, que são sócios-diretores da Central da Negociação

Brasil, país dos endividados

Neste final de 2022, muitos estão me perguntando sobre o futuro do empreendedorismo no próximo ano, por conta dos momentos difíceis que a economia enfrentou recentemente e ainda enfrenta. A apreensão dos veteranos e dos calouros do mundo econômico é normal, tendo em vista a continuidade da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que refletiu aqui no Brasil; o cenário internacional, como um todo; a inflação ainda alta, além das indefinições típicas da fase de início de um novo governo.Mesmo com o cenário de incertezas, o empreendedorismo vai continuar em ascensão no próximo ano. Em 2022, segundo o painel Mapa de Empresas, levantamento do governo federal, o Brasil teve mais de 3,3 milhões de&nbsp; empresas abertas. Tudo o que aconteceu e o que vai acontecer não serão barreiras, mas sim um trampolim para os empreendedores, pois as dificuldades vão fazer as pessoas arriscarem ideias e projetos novos para solucionarem os problemas financeiros, como ocorreu com a crise provocada pela pandemia da Covid-19. Nos momentos difíceis é quando mais se busca alternativas de inovação.&nbsp;A internet, certamente, vai continuar sendo a locomotiva, pois, como foi possível observar nos últimos três anos, a rede mundial de computadores se tornou o melhor lugar para empreender. Vimos as pessoas migrarem das lojas físicas para as digitais, a ascensão das redes sociais como ponto de vendas, e os recordes dos e-commerces, que neste ano fez o Brasil ficar em primeiro lugar, tendo o maior crescimento da américa latina, com&nbsp; US$ 49,2 bilhões em receita.Ao mesmo tempo, as ferramentas que auxiliam na economia, como a economia colaborativa, as moedas digitais e as permutas multilaterais, também tiveram e têm relevância e devem continuar sendo uma base sólida para os que já estão no mercado e principalmente para os que vão entrar, tendo em vista que muitos que começam a empreender não têm capital para expandir seu projeto e esses modelos econômicos facilitam a realização de negócios e o giro do negócio, sem exigir que se retire dinheiro do caixa.&nbsp;Observando esse cenário, reforço sempre uma fala do empreendedor e engenheiro mecânico estadunidense, Henry Ford, que diz: “Quando tudo parece estar indo contra você, lembre-se que o avião decola contra o vento, não a favor dele”.*Rafael Barbosa, empresário, especialista em inovação, em empreendedorismo e em economia compartilhada e sócio-fundador da plataforma de permutas XporY.com.

Empreendedorismo vai continuar crescendo em 2023

No mercado financeiro desde 2004, o conceito ESG (Environmental, Social and Governance), se refere às boas práticas empresariais que se preocupam com critérios ambientais, sociais e parâmetros de excelência em governança corporativa.&nbsp;O conceito ESG é formado por três pilares que abrangem diversas ações. A letra “E” do termo refere-se à palavra inglesa “environmental”, que significa ambiental em Português e está relacionada a todas as ações para proteger o meio ambiente. A letra “S” corresponde à palavra social, que compreende a relação da empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo, visando o bem-estar coletivo. Por último, a letra “G”, de “governance”, em inglês, significa governança e está relacionada às práticas de gestão empresarial responsável e ética, acima de tudo, visando sempre o bem comum.&nbsp;A sigla substitui a palavra sustentabilidade no universo corporativo e já se faz presente em diversas ações e pode ser vista desde ações de grandes corporações como de médias e pequenas, além de ser um conceito que pode ser adotado como prática em outras áreas da vida em sociedade. No Brasil temos uma propagação maior desse conceito entre as grandes empresas, mas as pequenas e até os autônomos podem fazer a diferença e contribuir com relações comerciais justas e ambientalmente e socialmente benéficas.&nbsp;Tenho participado de rodas de conversa a respeito, como especialista e incentivador dos modelos de economia compartilhada e colaborativa, e percebo muitas dúvidas das pessoas sobre como adotar essas práticas nas negociações do dia a dia. Penso que de diversas formas isso pode acontecer, quando praticamos uma gestão correta de resíduos, uma gestão responsável de recursos humanos e naturais e ainda mais quando nos preocupamos com o social e com a promoção do desenvolvimento igualitário da sociedade. Por isso, gerar oportunidade para que todos possam ter acesso a bens e serviços de necessidade é, sim, uma ação que se relaciona diretamente à ESG.&nbsp;Diante da diminuição do poder de compra das famílias e da capacidade de investimento das empresas, quando facilitamos o acesso à alimentação, à saúde, à educação, ao vestuário, ao lazer, dentre outros, estamos contribuindo com o social e, muitas vezes, com a diminuição da capacidade ociosa de empresas e prestadores de serviço. É aí que entram também as permutas multilaterais, como ferramenta para promover o desenvolvimento de negócios, gerar empregos e facilitar o acesso a esses serviços tão necessários. Pois, se alguém não tem dinheiro em espécie, mas tem um serviço ou um produto a oferecer em troca e, assim, consegue satisfazer sua necessidade, essa é uma importante contribuição social.&nbsp;Por meio da permuta também é possível negociar um bem e oferecê-lo a quem precisa ainda em sua validade, evitando o desperdício e geração de resíduos. Pois muitas vezes, uma parte da produção pode ficar sem comprador.&nbsp; Além disso, por meio das permutas, promove-se o desapego e circulação de mercadorias antes paradas. E, por fim, elas auxiliam em uma gestão sustentável, gerando uma nova fonte de recursos para que um empreendedor possa investir e reinvestir em seu negócio.&nbsp;Essa forma de fazer negócios traz equilíbrio para o estoque e permite acessar bens e serviços sem ser necessário mexer no fluxo de caixa. Isso pode ajudar qualquer empresário que esteja com mercadorias sem perspectivas de negociação e fazer a engrenagem voltar a funcionar, diminuindo gastos e impacto ambiental, melhorando a gerência e garantindo empregos e o bem-estar de todo o setor em que a empresa está inserida. Traduzindo, é o ESG em prática.Daqui para frente, a tendência é que as plataformas multilaterais se expandam em todos os nichos empresariais. Muitos irão ver a importância do uso do formato para fortalecer sua imagem perante as boas práticas cada vez mais exigidas pela sociedade.&nbsp;&nbsp;*Rafael Barbosa, empresário, especialista em inovação, em empreendedorismo e em economia compartilhada e sócio-fundador da plataforma de permutas XporY.com

A permuta e o tripé da sustentabilidade

Rafael Barbosa

Revolucionando sua empresa por meio do Marketing, com Luciana Lancerotti | Café com ADM 476

Revolucionando sua empresa por meio do Marketing, com Luciana Lancerotti | Café com ADM 476

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