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Quero iniciar este artigo com o 
olhar de uma educadora que vem percebendo uma deficiência na aprendizagem 
básica, sim, aquela que aprendemos há tempos, escrever, pensar, refletir, 
emitir opiniões que no meu tempo de escola aprendíamos, com relação a situações 
muito simples do cotidiano de nossos 
educandos. Por atuar com educandos de cursos profissionalizantes e 
universitários, na maioria jovens em busca de um espaço no mercado de trabalho, 
há algo que vem me preocupando, tenho identificado e compartilhado com colegas 
professores, sérios problemas na elaboração de textos, pensamentos reflexivos, quando 
sugiro ao educando a elaboração de um texto, percebo o “desespero” para elaborá-lo. Claro que alguns por não terem 
sido orientados para isso, pois não 
posso ser hipócrita e não entender que a educação hoje, por ser um grande 
“negócio” perdeu seu foco, que deveria ser a aprendizagem em detrimento do 
interesse econômico, e outros por 
acomodação, ou seja, o jovem realmente não demonstra interesse em aprender, 
querer fazer algo diferente. 
O que me surpreende é quando solicito texto 
manuscrito, a insatisfação torna-se ainda maior o que aí já quer dizer que não 
escrevemos mais, só digitamos, lembro-me que pesquisávamos “palavras” no 
dicionário enquanto hoje com o advento do computador e, sobretudo da internet, o 
que se pesquisa são “textos prontos” a percepção que tenho é de total dependência, 
eles não conseguem mais raciocinar por conta própria e a internet passou a ser 
“ferramenta fundamental” tudo o que sabem fazer, na maioria das vezes é 
pesquisar no google, e o pior, muitos não se dão ao trabalho nem de entender o 
que estão pesquisando, já vivenciei trabalhos acadêmicos entregues com 
hiperlink (que dá acesso a outras páginas, se clicados) o que identifica que o 
“pesquisador” não leu nada do que estava escrito. Nunca fui contra a pesquisa 
virtual, sempre permito que façam, mas com critérios, confesso que também faço 
pesquisas on line, claro que existem sites confiáveis, porém, não consigo 
conceber um aprendizado onde apenas “copia-se” e “cola-se” algo sem entendimento 
do mesmo. 
Para finalizar trago algumas reflexões: Que profissional é este que 
estamos formando? Que diferencial competitivo ele conseguirá ter no mercado de 
trabalho? Como as empresas irão lidar com estes profissionais? São apenas 
algumas questões que me intrigam, porém, como educadora por formação e 
convicção quero acreditar que teremos dias melhores, que nossos educandos irão 
“cair na real” e perceber que precisamos ser seres pensantes, reflexivos e 
assertivos. Gostaria muito que meus alunos opinassem sobre este artigo.

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Que profissional é este que estamos formando? Que diferencial competitivo ele conseguirá ter no mercado de trabalho? Como as empresas irão lidar com estes profissionais?

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deixando as coisas, as suas tarefas, os seus sonhos, objetivos, metas sempre para depois.É preciso entendermos que cada vez mais somos responsáveis pelo nosso destino, portanto sejamos responsáveis cada um pelo seu crescimento seja ele pessoal ou profissional, tenho conversado com algumas pessoas, inclusive alunos dos cursos em que ministro, sejam eles na graduação, profissionalizante ou até mesmo destes programas sociais como pro jovem e fico bastante triste ao ver como essas pessoas se contentam com tão pouco, totalmente acomodados, sei que nada deve ser fácil, sobretudo para pessoas que muitas vezes trabalham para conseguirem cursar uma faculdade por exemplo ou até mesmo aqueles jovens dos programas sociais.Outro dia estava ministrando um curso profissionalizante e me deparei com uma aluna de 23 anos que estava inserida em um programa social na qual recebia uma bolsa de R$ 100,00 reais, conversando com a mesma questionei o que ela pensara em fazer após o término daquela bolsa e a mesma disse-me que no momento não queria pensar nisso até porque estava indignada porque acabara de descobrir que não poderia mais ser inserida em outro programa. Fiquei me perguntando o que esta jovem espera da vida? Porque não aproveitou esta bolsa de R$100,00 para investir em algo que pudesse trazer algum retorno seja financeiro ou acadêmico, e você deve estar se perguntando, como utilizar um valor tão pequeno para investir em uma universidade por exemplo? Pois bem, costumo dizer aos meus alunos de cursos profissionalizante que na minha humilde opinião por termos uma demanda muito grande de universidades particulares isso faz com que qualquer pessoa, independente de classe social conseguirá mesmo com um trabalho informal custear seus estudos, claro que quando estamos inseridos em um curso de nível superior, vários horizontes despontam para uma melhoria de vida pois passamos a conviver em um universo novo, diferente tanto de discentes quanto de docentes nos deparamos com um mundo novo, basta que queiramos ser sujeitos dessa mudança e não apenas expectadores. Sabemos que em nosso País há uma grande inversão de valores, mas como educadora preciso acreditar na mudança a partir do conhecimento, embora a nossa sociedade tente nos mostrar outra realidade, isso fruto de uma sociedade totalmente capitalista onde o TER tenta se sobrepor ao SER a todo custo.E para quem achar que isso a que me refiro é algo utópico, posso garantir-lhe que tudo o que falo é algo que vivenciei na prática, ao longo da minha vida acadêmica, pois trabalhei também na informalidade muitas vezes para custear meus estudos.

Não espere pelos outros, faça você mesmo!

Flexibilidade: Competência essencial para o Profissional do Século XXI.
 
Inicio este texto a partir de uma reflexão, mas, sobretudo de experiências vivenciadas ao longo da minha vida como docente e gestora.
Percebo que existe hoje no profissional uma resistência à mudança, claro que entendo que toda mudança gera um desconforto uma vez que nos sentimos "ameaçados", ou seja, ainda não conhecemos o "novo" e por isso nos acomodamos inclusive se não temos nada à reclamar, se entendemos que está tudo certo e que vale aquele velho chavão " não se mexe em time que está ganhando" o que precisamos entender é que se o time está ganhando poderemos na realidade aumentar este placar, claro que trazendo isso para a nossa realidade profissional, precisamos perceber que o ideal é provocarmos esta mudança justamente quando tudo está indo bem pois teremos mais oportunidades para avaliar onde poderemos melhorar, o que precisamos fazer para nos tornarmos pessoas melhores, profissionais mais criativos, preparados enfim seres humanos mais realizados.
A importância de ser flexível está associada a história da humanidade em todos os tempos como questão de sobrevivência: saber o que queremos, onde pretendemos chegar, flexibilidade na execução. O mundo atual aguça muito esta observação histórica. Na era industrial, aquelas pessoas cujo comportamento linear e previsível era positivo, uma vez que tínhamos uma coisa mais uniforme, estática, refiro-me as linhas de produção onde tudo era previsto, rotineiro. Mas na sociedade do conhecimento, da informação, da internet, nossos projetos não estão mais esquematizados com início meio e fim.
É preciso que entendamos que ser flexível não significa sermos pessoas manipuladas, que não temos opiniões, não expomos nossas idéias e pensamentos, ao contrário, ser flexível serve para que possamos nos expor de diversas formas, questionando, articulando, sugerindo, reinvidicando sem é claro nos deixarmos levar pelos outros , não podemos permitir que as pessoas nos façam de marionetes impedindo que possamos alçar vôos cada vez maiores.
Cada momento que resistimos as mudanças, ficamos estagnados, vamos imaginar que ser flexível é ir em busca não só do novo, mas do suspense, do inesperado, imaginem como seria a nossa vida se não tivéssemos a expectativa de algo novo, de um objetivo a ser alcançado, se não tivéssemos desafios, que graça teria? Não vamos permitir que o medo, a insegurança nos bloqueiem ao contrário vamos enxergar além, saber que o novo pode até não ser tão bom, porém, eu preciso conhecê-lo, pois acreditem ele irá deixar algo diferente, uma sensação, um aprendizado. Converso muito com meus alunos sobre a importância de quebrarmos paradigmas, sair do lugar comum, uma coisa que me encanta é perceber que aos poucos consigo fazê-los entender que a mudança se faz necessária, comparo sempre essa questão da flexibilidade, da mudança com uma estrofe de uma canção do inesquecível Raul Seixas que apesar de não ser recente continua sempre atual, e tem tudo a ver com o que estamos contextualizando: "Prefiro ser essa Metamorfose Ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo" esta canção retrata bem a importância que a mudança poderá nos proporcionar. Após identificarmos as necessidades de transformação, concluo este texto com mais uma estrofe de uma canção do grupo O Rappa que diz: "Valeu a Pena Êh! Êh! sou Pescador de Ilusões", acho esta frase singela pois devemos sempre ser "Pescador de Ilusões".
Não vamos nos deixar abater, não permitamos que o medo nos paralize!
 Diana Ramalho
 Administradora e Pedagoga
 professoradiana@hotmail.com

Flexibilidade:  Competência  essencial para o Profissional do Século XXI.

Neste artigo tenho como objetivo fazer algumas considerações sobre as conseqüências do estrangeirismo para a nossa língua portuguesa. Pesquisando sobre o assunto, NÃO encontrei explicações que justifiquem o uso excessivo de estrangeirismo que se tem observado na língua portuguesa, minha pretensão é criar uma discussão a respeito deste assunto, levar à uma reflexão sobre como estamos sendo invadidos pelo estrangeirismo, para que pensemos cinco vezes antes de aderir a um estrangeirismo durante o processo de construção de textos. 
Basta andar pelas ruas de nossa cidade para deparar-mos com o enorme número de estrangeirismo, ou seja, palavras que são escritas em idioma que não é o nosso e nós sem percebermos estamos nos “acostumando” e perdendo um pouco a nossa identidade, até cultural, sei que com o advento da internet algumas palavras estão praticamente “incorporadas” a nossa linguagem como é o caso do MOUSE, E-MAIL, etc, porém devemos ficar atentos para não perdermos completamente a nossa identidade. 
HAMBURGUER, CHEESEBURGUER, HOT DOG, OPEN, CLOSE, MEGAHAIR, CATCHUP, dentre muitas outras estão por toda parte , Jornais, Capas de Revistas. Livros, Cartazes, enfim fazem parte de nosso cotidiano, não há dúvida de que poderemos de certa forma conviver com o estrangeirismo, o que precisamos é estarmos conscientes de que a nossa língua-mãe é o português e por isso precisamos valorizá-la pois está havendo um exagero no uso destas palavras. Então me pergunto o porque desta avalanche de estrangeirismo na língua portuguesa será que é uma adoração pela cultura do outro? Ainda há tempo de mudarmos esta história, cabe a cada um de nós nos preocuparmos em diminuir este tal de Estrangeirismo em nosso País. 
É tão grande esta avalanche que o Deputado Federal Aldo Rebelo , criou um projeto de lei em defesa da língua portuguesa e contra o estrangeirismo “ segundo ele será que estamos diante de uma descaracterização da nossa língua?” A propósito durante a minha pesquisa, encontrei uma canção que retrata bem o uso do estrangeirismo. 
Estrangeirismo (Carlos Silva) 
Outro dia me convidaram para irmos ao MC DONALD'S comermos CHEESEBURGER. 
O salão estava lotado e fizemos os pedidos através de um tal de DRIVE THRU. 
Os colegas percebendo a minha irritação disseram: se tu tiver com pressa eles tem um sistema de DELIVERY, maravilhoso. 
Desacostumado com este linguajar chamei os cabras: vamos simbora. 
Seguimos pela avenida HENRIQUE SCHAUMANN, onde pude observar um OUT DOOR, estava escrito: CHINA IN BOX, e uma seta indicativa PARKING., nós não paramos por lá não. 
Seguimos mais adiante avistamos um restaurante bonito e luxuoso e na porta de entrada uma luz neon piscando escrita OPEN. 
Quando olhei pro chão, pude ver estampado um capacho com a bandeira americana me convidando: WELLCOME. Ao adentrarmos naquele recinto eu pude observar na sua decoração, e nas paredes estavam escrito assim: ICE CAKE, CHEESE EGG, CHEESE BURGER e FAST FOOD. 
Eu pensei comigo FOOD na Bahia a gente USA numa outra situação. 
Do meu lado esquerdo uma garota tomava uma cerveja numa lata vermelha e azul cuja marca era BUDWISSER. O camarada que lhe acompanhava tomava sua LONG NECK, HEINIKENN. Do me lado direito uma loira bonita peituda falava pro cabra com voz sensual assim: Eu trabalho numa RELAX FOR MAN. 
E ele pergunta prá ela: Fica próximo do Motel MY FLOWERS? e ela lhe responde: 
Não BABY, fica junto a NIGHT CLUB, WONDERFUL PENETRACION. 
A fome aumentava juntamente com a raiva e eu não sabia se pedia um HOT DOG, ou um simples cachorro quente. 
Imputecido mais uma vez com aquela situação chamei os caboclos:vamos simbora. 
Na saida o manobrista nos recebe e nos entrega as chaves do nosso possante veiculo:Um fusca sessenta e oito fabricado em Volta Redonda na epoca do presidente JUSCELINO KUBITSCHEK, 
Ele olha prá mim e me diz: THANK YOU SIR AND HAVE A GOOD NIGHT. E eu usando toda minha simplicidade e educação que aprendi no sertão da Bahia, eu olhei prá ele e lhe disse: 
VÁ PRÁ PUTA QUE LHE PARIU! 
(MúSICA) 
Eu gostaria de falar com o presidente 
prá cuidar melhor da gente que vive neste pais. 
Nossa gramática está tão diidida, tem gente falando HAPPY, pensando que é feliz. 
Acabaria com esse tal estrangeirismo que deturpa nossa lingua e muda tudo de uma vêz. 
E os mendigos que hoje vivem nas calçadas ensinaria ao brasileiro, que aqui se fala o português. 
Sou simples sou composto,oculto indeterminado,participio eu sou gerundio, sou fonema sim senhor, Adjetivo,predicado eu sou sujeito, ainda trago no meu peito este País com muito amor. 
Lá no centro da cidade quase que morri de fome tanta coisa tanto nome e eu sem saber pronunciar. É FAST FOOD DELIVERY SELF-SERVICE HOT DOG CATCHUP só queria almoçar. 
Lá no centro da cidade quase que morri de fome tanta coisa tanto nome e eu sem saber pronunciar. 
É FAST FOOD DELIVERY SELF-SERVICE HOT DOG CATCHUP meu Deus onde é que eu vim parar. 
LEI NUMERO 1676/99 
No artigo 3º diz que e obrigatório o uso da língua portuguesa por brasileiros natos e naturalizados, e por estrangeiros que estejam residindo em nosso país a mais de um ano. *FABIO FERNANDO DE ASEVEDO Graduando do curso de Gestão de Recursos Humanos da FPPD 
(Faculdade Paraibana de Processamento de Dados) e-mail: fabiofernando.asevedo@gmail.com 
Aluno da Professora Diana Ramalho na disciplina de Técnicas de Negociação (último período)

OXENTE  QUE LÍNGUA É ESTA?

Olhando para o futuro, reafirmamos nossa convicção: a Administração continuará sendo não apenas relevante, mas vital para o país



A carreira em Administração, ao longo das últimas seis décadas, consolidou-se como um dos pilares do desenvolvimento brasileiro. A regulamentação da profissão, em 1965, trouxe dignidade, reconhecimento e parâmetros claros para o exercício de uma atividade que influencia diretamente o crescimento econômico, a gestão pública e a eficiência das organizações. Foi um marco civilizatório que garantiu espaço e legitimidade a uma ciência essencial para estruturar empresas, governos e instituições.



No entanto, não podemos ignorar os riscos que persistem. A burocracia, em vez de se tornar aliada, muitas vezes engessa a prática administrativa e afasta o gestor de sua verdadeira vocação: liderar pessoas e transformar organizações. Some-se a isso o fato de que nossos cursos de Administração ainda falham em promover uma mentalidade empreendedora sólida. No imaginário nacional, reforçado por novelas, filmes e narrativas populares, o empresário ou administrador segue sendo representado como vilão, distante do papel fundamental que exerce na geração de empregos, inovação e prosperidade.



Esse quadro revela um desafio urgente: reposicionar a imagem e a prática da Administração no Brasil. O futuro nos mostra que, em um mundo cada vez mais automatizado e orientado por inteligência artificial, a figura do administrador será ainda mais indispensável. Máquinas podem processar dados, mas apenas pessoas são capazes de articular visões, liderar equipes e tomar decisões que equilibram eficiência e humanidade.



O administrador do futuro precisará dominar competências críticas: pensamento estratégico em cenários complexos, inteligência emocional para lidar com equipes diversas, flexibilidade cognitiva para se adaptar a mudanças rápidas e, sobretudo, visão empreendedora para transformar crises em oportunidades. Serão líderes aptos a construir pontes entre tecnologia e pessoas, assegurando que a inovação seja instrumento de progresso coletivo.



Olhando para o futuro, reafirmamos nossa convicção: a Administração continuará sendo não apenas relevante, mas vital para o país. É a ciência que estrutura negócios, organiza o setor público e impulsiona o desenvolvimento. Cabe a nós, enquanto sociedade e comunidade profissional, garantir que essa carreira siga seu caminho de grandeza. O administrador não é o vilão da história brasileira — é o protagonista do futuro que queremos&nbsp;escrever.

Editorial: o caminho é pela Administração

Nem todo “ainda não” significa “nunca”. Nem toda opinião é neutra. Nem todo líder enxerga potencial onde há silêncio. E às vezes, estar pronto é simplesmente se dar permissão para tentar



Já ouviu essa frase: “Você ainda não está pronto para isso”?



Ela costuma vir em momentos cruciais da carreira, especialmente quando decidimos almejar algo maior. Às vezes, essa frase é um alerta justo. Mas, em outros casos, ela pode ser apenas uma projeção uma forma de transferir limites emocionais ou estratégicos de quem a diz para quem a escuta. Enquanto lia “O Príncipe”, de Maquiavel, percebi como o jogo do poder depende, acima de tudo, de percepção. E muitas vezes, o que parece um conselho é, na verdade, uma estratégia de contenção embalada em boas intenções.



Com o tempo, aprendi que crescer profissionalmente nem sempre depende só da performance técnica. Às vezes, depende de percepção. E quem controla essa percepção pode ter seus próprios interesses. O líder que dá o feedback também tem uma agenda às vezes consciente, às vezes não. Pode ser o medo de perder um talento da equipe. Pode ser a dificuldade de lidar com alguém que avança mais rápido do que ele avançou. Pode ser a pressão silenciosa de “controlar” a ambição dos seus subordinados para manter o jogo sob controle. E claro: pode ser também que ele esteja certo, e que de fato haja lacunas de preparo. Livros como “O Animal Social”, de David Brooks, e “Armas da Persuasão”, de Cialdini, me ajudaram a enxergar isso com mais clareza. Neles, percebi como emoções, vieses e agendas ocultas moldam decisões que, na superfície, parecem racionais.



Mas como separar uma crítica técnica de um julgamento emocional? Como saber se você não está pronto mesmo ou se apenas disseram isso porque era conveniente que você acreditasse?



Uma boa reflexão começa com três perguntas: estou realmente me preparando para o que desejo, ou apenas desejando? O feedback que recebi veio com argumentos claros ou apenas com autoridade? E por fim: estou analisando tudo isso com frieza, ou estou querendo validar minha própria urgência de crescer?



Nem sempre a resposta é simples, e às vezes o nosso próprio ego também atrapalha. É preciso maturidade para entender que algumas críticas doem porque são verdadeiras. Mas também é preciso lucidez para perceber quando o limite que colocaram em você não é sobre você é sobre o outro.



No fim das contas, o maior erro é acreditar que alguém externo vai ser o único sinal verde da sua evolução. Pessoas que crescem são aquelas que se colocam em movimento antes de estarem completamente prontas. Que se arriscam. Que erram. E que aprendem no caminho.



Nem todo “ainda não” significa “nunca”. Nem toda opinião é neutra. Nem todo líder enxerga potencial onde há silêncio. E às vezes, estar pronto é simplesmente se dar permissão para tentar.



Você está esperando alguém te dizer que é hora? Ou está criando as condições para que a hora chegue?

Você não está pronto, será mesmo?

A verdadeira gestão não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas pela capacidade de deixar marcas positivas nas pessoas, nas organizações e no mundo



Quando pensamos em Administração, muitas vezes imaginamos gráficos, planilhas e relatórios. Mas administrar é muito mais do que lidar com números: é compreender pessoas, gerir diferenças, construir culturas e tomar decisões que moldam destinos. Nesse sentido, até uma série como Wandinha, com seu universo sombrio e enigmático, pode nos oferecer lições valiosas para o mundo da gestão.



Wandinha é uma jovem que não se deixa guiar pelas expectativas externas. Enquanto todos ao seu redor seguem padrões estabelecidos, ela prefere trilhar um caminho próprio, marcado pela autenticidade e pela coragem de ser quem é. Essa postura nos lembra que, em Administração, um verdadeiro líder não busca agradar a todos, mas sim conduzir com firmeza, mesmo quando isso exige ir contra a corrente. A essência da liderança está justamente em sustentar convicções e inspirar confiança em meio à adversidade.



A escola Nevermore (Nunca Mais), palco principal da história, é um microcosmo de qualquer organização real. Ali convivem personagens com habilidades, histórias e personalidades muito distintas. Essa diversidade, ao mesmo tempo que gera conflitos, também é fonte de inovação e crescimento. E aqui surge uma lição poderosa: administrar não é tentar apagar diferenças, mas aprender a valorizá-las. Uma empresa saudável é aquela que enxerga na pluralidade a sua maior riqueza, transformando contrastes em colaboração e criatividade.



Outro aspecto marcante é a forma como Wandinha lida com crises. Em vários momentos, ela se vê diante do desconhecido, cercada por ameaças e desafios que poderiam paralisar qualquer um. Mas sua resposta é sempre a mesma: determinação, estratégia e resiliência. Ela não foge do problema, não espera soluções prontas. Pelo contrário, cria caminhos, assume riscos e mobiliza quem está ao seu redor para alcançar resultados. Essa é a essência da gestão em tempos de incerteza: ser capaz de se reinventar diante do caos sem perder a clareza de propósito.



No fundo, o que a trajetória de Wandinha nos mostra é que administrar vai além de planejar metas e executar tarefas. É sobre liderar com autenticidade, construir culturas sólidas e enfrentar desafios com a confiança de que cada crise pode se transformar em uma oportunidade.



Assim como Wandinha, que encontra força em sua singularidade para transformar o ambiente ao redor, nós, administradores, também precisamos ter coragem de sermos fiéis à nossa essência. Porque a verdadeira gestão não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas pela capacidade de deixar marcas positivas nas pessoas, nas organizações e no mundo. Essa talvez seja a maior lição da série: a verdadeira administração nasce quando unimos estratégia e humanidade, razão e sensibilidade, gestão e inspiração.

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Diana Ramalho

Empreendedorismo: como construir um legado, com Raquel Teixeira e Cleusa Maria | Café com ADM 461

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