As empresas são organizações sociais que utilizam recursos para atingir objetivos. Quanto aos objetivos, existem empresas lucrativas, quando o objetivo final é o lucro, e empresas não lucrativas, quando o objetivo final é a prestação de algum serviço público, independentemente do lucro. Lucro é o excedente entre a receita obtida e a remuneração do empreendedor que assume os riscos de um negócio. Toda empresa existe para produzir algo: produtos (bens) ou serviços. As empresas que produzem bens são chamadas empresas industriais, enquanto as empresas que produzem ou prestam serviços são chamadas empresas prestadoras de serviços. Além da produção, as empresas precisam colocar seus produtos ou serviços no mercado. Aí surge a comercialização. Recursos são os meios ou ativos de que dispõem as empresas para poder produzir. Quanto mais recursos as empresas tiverem ao seu alcance, tanto melhor o seu funcionamento e resultados. Quanto menos recursos, tanto maiores as dificuldades no alcance dos objetivos. Porém, excesso de recursos significa uma aplicação pouco rentável deles. A administração procura a máxima rentabilização dos recursos necessários à obtenção dos objetivos. Existe uma variedade de recursos empresariais, porém os recursos mais importantes são os seguintes: Recursos materiais: são os recursos físicos, como edifícios, prédios, máquinas, equipamentos, instalações, ferramentas, matérias-primas etc. Recursos financeiros: são recursos monetários, como capital, dinheiro em caixa ou em bancos, créditos, investimentos, contas a receber etc. Recursos humanos: são as pessoas que trabalham em todos os níveis da empresa, desde o presidente até o mais humilde dos operários. Na verdade, as pessoas são os únicos recursos vivos e inteligentes de uma empresa, capazes de lidar com todos os demais recursos empresariais. De certa forma, os economistas denominam os recursos empresariais como fatores de produção. Para eles, a produção de riqueza somente ocorre quando três fatores de produção estão presentes: a natureza, o capital e o trabalho. Natureza: representa os meios que proporcionam matéria-prima, máquinas e equipamentos. Capital: representa os meios que financiam a produção. Trabalho: representa a mão de obra que transforma a matéria-prima em produto acabado ou serviço prestado, com a ajuda de máquinas e equipamentos. Modernamente, dois outros tipos de recursos passaram a integrar os recursos básicos da empresa: os recursos mercadológicos e os administrativos. Recursos mercadológicos: são os recursos comerciais que as empresas utilizam para colocar seus produtos ou serviços no mercado, como vendas, promoção, propaganda, pesquisa de mercado, definição de preços etc. Recursos administrativos: são os recursos gerenciais que as empresas utilizam para planejar, organizar, dirigir e controlar suas atividades. A falta de um desses recursos impossibilita o processo de produção e colocação dos bens e serviços e colocação dos bens e serviços no mercado. Assim, todos os recursos empresariais são importantes. Todavia, são os recursos humanos – as pessoas – os únicos recursos que proporcionam inteligência, conhecimentos, competências e decisões que põem em ação todos os demais recursos empresariais, que são inerentes, estáticos e sem vida própria. Para administrar cada um dos recursos empresariais, existe uma área específica na empresa que é dirigida, em princípio por um diretor, conforme mostra abaixo: Diretor presidente → Diretor industrial (Recursos materiais e tecnológicos) Diretor financeiro (Recursos financeiros) Diretor de marketing (Recursos mercadológicos) Diretor de RH (Recursos humanos e competências) Contudo, o conceito de empresa está mudando radicalmente. No decorrer da Era Industrial, as empresas eram conceituadas como conjunto integrados e articulados de recursos no sentido de alcançar objetivos empresariais. Essa é a abordagem mais frequente ainda nos dias de hoje. Todavia, com a entrada da Era da Informação, as empresas estão passando a ser conceituadas como conjuntos integrados, articulados e sempre atualizados – em função das mudanças e transformações que ocorrem no mundo dos negócios – de competências, sempre prontas e disponíveis para serem aplicadas a toda e qualquer oportunidade que surja, antes que os concorrentes o façam. E surge a primeira pergunta: onde residem as competências? Elas não estão nos recursos, mas nas pessoas. E aí surge a segunda pergunta: e onde foram para os recursos nessa nova conceituação de empresas? Os recursos – por serem estáticos, físicos, passivos e sem ação própria – estão constituindo, hoje, a plataforma ou a infraestrutura sobre a qual agem as competências. Estas passam a ser o elemento ativo, inteligente e criador que impulsiona ou direciona a utilização dos recursos.