Comunicação Empresarial Comunicação Comunicação é um campo de conhecimento acadêmico que estuda os processos de comunicação humana. Entre as subdisciplinas da comunicação, incluem-se a teoria da informação, comunicação intrapessoal, comunicação interpessoal, marketing, propaganda, relações públicas, análise do discurso, telecomunicações e Jornalismo. Também se entende a comunicação como o intercâmbio de informação entre sujeitos ou objetos. Deste ponto de vista, a comunicação inclui temas técnicos (por exemplo, a telecomunicação), biológicos (por exemplo, fisiologia, função e evolução) e sociais (por exemplo, jornalismo, relações públicas, publicidade, audiovisual e meios de comunicação de massa). A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações, e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. Estão envolvidos neste processo uma infinidade de maneiras de se comunicar: duas pessoas tendo uma conversa face-a-face, ou através de gestos com as mãos, mensagens enviadas utilizando a rede global de telecomunicações, a fala, a escrita que permitem interagir com as outras pessoas e efetuar algum tipo de troca informacional. No processo de comunicação em que está envolvido algum tipo de aparato técnico que intermedia os locutores, diz-se que há uma comunicação mediada. Dinamismo da Comunicação Comunicação é uma palavra de sentido amplo e como tal abre um leque de possibilidades em vários segmentos. Com o surgimento de novas tecnologias, além da sofisticação e aprimoramento de métodos de comunicação já existentes, afloram a cada dia novas alternativas tornando mais dinâmicas as possibilidades de comunicação. Essa evolução na área de comunicação é parte integrante da própria evolução do homem e da sociedade, mesmo porque é sabido que a comunicação está diretamente ligado aos sentidos humanos. Então basta dizer que hoje é impossível o homem deixar seus sentidos de lado simplesmente ignorando-os e deixando de comunicar-se, ou seja, é impossível o homem viver isolado a margem da sociedade. Na verdade as pessoas e a sociedade em si estão procurando aprimorar esses sentidos. Para despertarmos o interesse das pessoas em algum serviço ou produto há a necessidade de algum estímulo nestes sentidos e para tanto, necessitamos de alguma forma/meio de comunicação. Se estes sentidos estão evoluindo e se aprimorando, vale dizer que para despertarmos interesse das pessoas e da sociedade como um todo está cada dia mais difícil e técnico. O óbvio é que tudo conspira contra as organizações, independentemente do tamanho dessas. É sabido que para despertar interesses há a necessidade de se comunicar de alguma forma. Os segmentos de mercado correspondem a minúsculas parcelas dessa sociedade e essas pequenas parcelas estão cada dia mais sensíveis e por conseqüência exigentes. Daí vem a necessidade de usarmos não só todas as possibilidades de comunicação existentes mas fazer isso de forma correta no sentido de busca pertinente e individual de acordo com cada ramo de atividade, ou seja, atingir o segmento de mercado correto. Buscar não só os meios de comunicação corretos mas também utilizarmos a linguagem correta para cada tipo de mídia. Buscar não só o universo correto desses meios de comunicação mas também saber dosar as inserções em cada um deles. Com a evolução das novas tecnologias a palavra comunicação amplia ainda mais seu significado, chegando a níveis de dinamismo que transcendem as eras. Apesar disso, as decisões ainda são individuais dentro dessa sociedade. Comunicação Empresarial A Comunicação Empresarial (Organizacional, Corporativa ou Institucional) compreende um conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos para reforçar a imagem de uma empresa ou entidade (sindicato, órgãos governamentais, ONGs, associações, universidades etc) junto aos seus públicos de interesse (consumidores, empregados, formadores de opinião, classe política ou empresarial, acionistas, comunidade acadêmica ou financeira, jornalistas etc) ou junto à opinião pública A Comunicação Empresarial tem assumido, nos últimos anos, maior complexidade, tendo em vista a necessidade de trabalhar com diferentes públicos (portanto diferentes conteúdos, discursos ou linguagens) , o acirramento da concorrência, a segmentação da mídia e a introdução acelerada das novas tecnologias. Hoje, exige-se do profissional da área não apenas conhecimentos e habilidades nas práticas profissionais, mas também uma visão abrangente do mercado e do universo dos negócios. Mais do que um simples executor de tarefas (bom redator de releases, bom relacionamento com a mídia, excelente editor de house organ), o profissional de comunicação empresarial deve ser um executivo, um gestor, capaz de planejar, estrategicamente, o esforço de comunicação da empresa ou entidade. O mercado brasileiro e internacional já dispõe de empresas especializadas na realização deste trabalho e, internamente, as empresas ou entidades também têm experimentado gradativa profissionalização. Hoje, a Comunicação Empresarial já desempenha papel fundamental, definindo-se como estratégica para as organizações, superada a fase anterior, em que suas ações , produtos e profissionais eram vistos como acessórios, descartáveis ao primeiro sinal de crise. A literatura na área cresce vertiginosamente, com a contribuição de profissionais do mercado e das universidades (a Comunicação Empresarial, em seus múltiplos aspectos, tem, cada vez mais, sido objeto de trabalhos na graduação e na pós-graduação em Comunicação no Brasil). Muitas universidades, como a USP e a UNESP, para só citar duas instituições de ensino tradicionais na área de Comunicação no País, mantêm linhas de pesquisa em Comunicação Empresarial em seus programas de pós-graduação e já contabilizam mais de uma centena de dissertações e teses já defendidas. Da mesma forma, multiplicam-se os eventos sobre Comunicação Empresarial, destacando-se, dentre outros, os Congressos promovidos pela Comtexto Comunicação e Pesquisa, pela Mega Brasil e pela ABERJE, entidade mais representativa da área. Comunicação Interna Entende-se por Comunicação Interna o esforço de comunicação desenvolvido por uma empresa, órgão ou entidade para estabelecer canais que possibilitem o relacionamento, ágil e transparente, da direção com o público interno (na verdade, sabe-se que há vários públicos internos em uma organização) e entre os próprios elementos que integram este público. Deve ficar claro, portanto, que a Comunicação Interna não se restringe à chamada comunicação descendente, aquela que flui da direção para os empregados, mas inclui, obrigatoriamente, a comunicação horizontal (entre os segmentos deste público interno) e a comunicação ascendente, que estabelece o feed-back e instaura uma efetiva comunicação. Nas organizações em que se pratica apenas a comunicação descendente, talvez nem seja apropriado mesmo falar-se em comunicação, porque, como um processo, ela precisa realizar-se nos dois sentidos. Tradicionalmente, a comunicação interna tem sido relegada a um segundo plano no planejamento de comunicação das empresas, órgãos ou entidades, certamente porque falta aos empresários e executivos a consciência de que a comunicação (na verdade, a boa comunicação – transparente, ágil, democrática e participativa) é vital para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações. É um equívoco imaginar que a comunicação interna se restringe à circulação periódica de um jornal para os funcionários, mesmo porque os jornais empresariais, com raras exceções, têm uma pauta acentuadamente burocrática e não incluem , necessariamente, os empregados como sujeitos ativos do seu processo de produção. Nos últimos anos, em função do esforço para aumento da produtividade e da qualidade, a comunicação interna tem sido mais valorizada nas empresas, mas é preciso ainda derrubar uma série de tabus e, sobretudo, democratizar a estrutura formal das organizações, que se caracterizam (evidentemente, há poucas e boas exceções) por uma hierarquia rígida e autoritária. O maior desafio das empresas: a comunicação interna Toda empresa é única, como todo ser humano. Cada empresa tem sua história, sua cultura, seus valores, sua missão. A comparação com o ser humano é absolutamente justificável e óbvia. Afinal, as empresas são compostas essencialmente de pessoas. E como são compostas de pessoas sofrem – incrível! – do mesmo mal. O mal da falta de comunicação. E eu disse t-o-d-a-s as empresas. Sem exceção. Pode até soar falso ou ingênuo a generalização. Por favor, não façam julgamentos precipitados. Antes de concluir, vamos mergulhar um pouco mais nesse imenso mar de águas profundas. Vamos mergulhar além das espumas das ondas.Essa constatação – de que todas as empresas sofrem de um mal chamado comunicação – não é nova e nem eu sou o dono dela. Existem vários livros sobre o tema, muita gente vem apontando e estudando o que talvez seja o desafio mais sério das empresas neste final de milênio. Um dos estudiosos do assunto, o guru empresarial norte-americano Peter Russell, chegou a dizer que atualmente cerca de 90% dos problemas das empresas giram em torno da comunicação (da ausência dela). E que a tendência para o próximo milênio é dessa porcentagem aumentar muito mais. Tudo isso eu sabia; tinha, portanto, o conhecimento. Mas ter conhecimento não é o mesmo do que ter a experiência. Com a experiência você vive e, portanto, sabe. Nos últimos três anos tenho prestado mais atenção a esse dilema da comunicação dentro das empresas. Com a consciência mais desperta para o tema, a gente vive as experiências de maneira mais presente. Com isso se aprende lições fundamentais – exatamente porque passamos a ter consciência do que estamos vivendo. E é impressionante constatar…realmente Peter Russell e outros gurus têm razão! Quase a totalidade das dificuldades das empresas hoje batem na comunicação. Problemas tecnológicos existem, claro. Mas eles são facilmente detectáveis e rapidamente solucionados. Os problemas de comunicação, no entanto, muitas vezes, nem são considerados ou lembrados – e são eles, exatamente eles, que estão na base dos grandes conflitos dentro das empresas, sabotando decisões, ações e metas. Só que as pessoas – por não terem consciência da magnitude do desafio – acham que as dificuldades de comunicação são problemas menores, não relevantes. E passam a apontar os “grandes dramas” da empresa. Investem grandes doses de energia, dinheiro, treinamento, atenção, preocupação nas… conseqüências! A causa do conflito, da dificuldade, nem é lembrada. A falta de comunicação, na verdade, se dá em vários níveis, alguns muito sutis. Quando a empresa resolve seus problemas mais grosseiros de comunicação acredita piamente que essa dificuldade deixou de existir. Sim, daquela maneira grosseira, deixou de acontecer. Talvez a providência de um jornal interno tenha solucionado o conflito, junto com mais duas ou três ações. Só que a comunicação é um mundo submarino, imenso. Quando as relações interpessoais dentro da empresa não são muito claras e/ou não resolvidas, a falta de comunicação prolifera de maneira invisível, como um grande saboteador. Comunicação Integrada Comunicação Integrada consiste no conjunto articulado de esforços, ações, estratégias e produtos de comunicação, planejados e desenvolvidos por uma empresa ou entidade, com o objetivo de agregar valor à sua marca ou de consolidar a sua imagem junto a públicos específicos ou à sociedade como um todo. Tradicionalmente, a Comunicação Empresarial tem sido trabalhada como a somatória de atividades realizadas independentemente por departamentos, divisões ou assessorias que, necessariamente, não se articulam, ou seja, não há uma unidade, tendo em vista objetivos, valores e uma missão comum. Na prática, o que é pior, além da falta de um planejamento comum, estes departamentos ou assessorias competem entre si, definindo instâncias particulares de decisão dentro das empresas ou entidades, seguindo a velha fórmula de ” aqui quem manda sou eu”. A comunicação interna fica entregue à área de Relações Públicas, os jornalistas editam os house organs, a propaganda/publicidade é responsabilidade dos profissionais de marketing, existe alguém para cuidar das relações governamentais (por que não um advogado ou um ex-político que tem trânsito em Brasília? ) e assim por diante. Reunir todos eles numa mesa para um diálogo produtivo, é uma dificuldade (ou algo impossível) em muitas (talvez na maioria) das organizações. A Comunicação Integrada, praticada com competência, subverte este situação e remete para um novo paradigma: a comunicação/marketing de uma empresa ou entidade não pode ser o resultado de esforços individuais, ainda que bem intencionados, porque a imagem da organização deve ser una, qualquer que seja o público com que ela se relaciona. Uma empresa ou entidade não pode ser descontraída em suas campanhas publicitárias e burocrática ou autoritária na sua comunicação interna; não pode proclamar o seu desenvolvimento tecnológico no seu esforço de marketing e andar de carroça internamente, privando os seus profissionais e executivos do acesso integral às novas tecnologias. A Comunicação Integrada pressupõe não apenas um diálogo produtivo, mas um planejamento conjunto. O processo de tomada de decisões, que deve incluir outras instâncias da empresa ou entidade que não as vinculadas especificamente à comunicação/marketing, deve ser compartilhado, ainda que haja um chefe, um superintendente ou diretor geral a que todos se reportam. Embora a realidade do mercado ainda não seja essa, não há outra opção para o futuro, se a empresa ou entidade pretende manter-se atuantes e desfrutar de todas as vantagens oriundas da concentração de esforços e do seu poder de fogo em comunicação/marketing. Os feudos estão com os dias contados, ainda que devam resistir, bravamente, a esta nova postura, que retira poder e distribui responsabilidades. A utilização das novas tecnologias, a presença na Web, as formas múltiplas de relacionamento com os públicos (SAC, Marketing de Relacionamento, CRM, Webmarketing etc ) devem integrar este composto maior de Comunicação, porque a experiência revela que, quando todos gritam juntos, o som fica mais forte e, sobretudo, que, quando todos combinam e ensaiam o grito, ninguém desafina. Cultura empresarial Cultura empresarial ou organizacional compreende um conjunto ou sistema de significados que são compartilhados por uma determinada empresa ou entidade num tempo específico. Ela inclui valores e crenças, ritos, histórias, formas de relacionamento, tabus, tipos de gestão , de distribuição da autoridade, de exercício da liderança e uma série de outros elementos. Na verdade, a cultura empresarial ou organizacional tem sido contemplada com um número grande de definições, mas, se não em todos eles, pelo menos na maioria, aceita-se a idéia de que ela pode sofrer mudanças (às vezes radicais) ao longo do tempo, ainda que, quase sempre, a organização (e seus integrantes) resista a elas. A cultura empresarial pode ser vista como resultado de um aprendizado coletivo e que identifica ou singulariza as instituições. Nos últimos anos, tem sido comum contrapor as empresas tradicionais e as empresa da nova economia, conferindo-lhes traços culturais distintivos: as primeiras, injusta e adequadamente, consideradas jurássicas, pesadas e fadadas ao desaparecimento; e as segundas, vistas como inovadoras, ágeis e comprometidas com o futuro ( o que, convenhamos, nem sempre é verdade). Ainda que esta distinção (entre empresas da nova e da velha economias) venha , pouco a pouco, sendo contestada, ela reorça a idéia de que as empresas, vistas isolada ou conjuntamente, professam uma cultura e que ela está em permanente mudança. Estudiosos da cultura organizacional chamam a atenção para a interferência da cultura nacional na cultura empresarial, de tal forma que, em princípio, a segunda plasma a primeira, como se existissem permanentente dedos invisíveis costurando formas de relacionamento, padrões de conduta e tipos de administração. Invocam-se a este respeito o famoso jeitinho brasileiro, a afetividade e o sensualismo nas relações e o personalismo. A vaidade no ambiente empresarial Não são só as modelos e manequins que fazem da vaidade o seu dia-a-dia. Para elas, não tem o que se discutir. Afinal, faz parte da profissão. Mas quando a mesma competição que acontece nos concursos de beleza chega às organizações, é tempo de parar para pensar até que ponto vale a pena ser o melhor. O que se vê no comportamento empresarial hoje é um empregado querendo ser mais bonito que o outro, mais cheiroso, mais dinâmico, uma verdadeira disputa pela liderança. Assim como as “top models”, quem é que revelaria os segredos do sucesso com medo de perder seu lugar no ranking? Muitas das falhas na comunicação empresarial acontecem justamente porque, entre os funcionários, um tem medo de que o outro descubra o que seu setor está fazendo. Pior ainda, é quando o seu trabalho depende de outras áreas e nada é divulgado. A vaidade, no ambiente empresarial, assume, então, uma outra conotação. Que atire a primeira pedra aquele que foi o primeiro a saber de uma informação divulgada em primeira mão para o chefe do seu setor. Diariamente, somos surpreendidos com novidades que, às vezes, nem acreditamos que estejam acontecendo. Isso porque o departamento do seu lado, que deveria ter comunicado as mudanças ao seu setor, simplesmente não se mexeu e saiu por aí divulgando as boas novas para os clientes. Agora é tarde. Não se julgue culpado se for pego dando uma informação errada ou se for questionado por algo que você nem sabia. Afinal de contas, aquele chefe do setor vizinho impediu que a comunicação acontecesse de forma eficiente. Uma solução seria levar para dentro das salas de reunião a discussão sobre os males de uma comunicação interna ineficaz. Não dá mais para ficar olhando para o próprio umbigo. Empresa moderna é aquela em que há integração entre os diversos setores dela e sem o medo de que um tome o lugar do outro. A preocupação com a comunicação deve ser encarada como requisito para assumir um cargo de liderança. Porque não dá mais para se ter um chefe que fique fechado em seu gabinete e não divulgue suas ações para os demais colegas. Há de se discutir e, acima de tudo, compreender que sem a divulgação das informações internas não se chega ao sucesso coletivo. A busca por um ambiente empresarial equilibrado pode ser uma utopia. Mas se não começarmos por promover as mudanças, estaremos sempre inertes e, em conseqüência disso, insatisfeitos com tudo e com todos. E essa mudança não deve partir somente do departamento de comunicação. Ela deve, sim, ser preocupação de todo o quadro funcional. Não se iluda de um dia trabalhar numa empresa em que todos aqueles conceitos teóricos aprendidos em sala de aula funcionem corretamente. Porém, passe a sonhar em ter orgulho de contribuir na promoção de um sistema de comunicação eficaz dentro de sua organização. Relacionamento Empresarial O Homem precisa comunicar-se bem tecer a palavra e o gesto;buscar a harmonia dos sons; lapidar a forma e a beleza das imagens; colocar-se no lugar do outro; pulverizar idéias antigas; reavaliar crenças e valores; transmutar-se e escolher os caminhos mais viáveis, para alcançar a mente e o coração dos ouvintes. Quanto mais penso nisso, mas acho que vale a pena resgatar o papel fundamental da comunicação no contexto empresarial. A comunicação é um processo inexorável, verbal ou não verbal, intencional ou não intencional, a comunicação acontece. Certamente, a necessidade de comunicação é inerente ao ser humano, assim, o processo de interação está presente em toda a organização e é o que mais influi no rumo das atividades e nos seus resultados. A interação entre as pessoas afeta o funcionamento de cada um e de todos gerando um clima emocional muito próprio daquela empresa ou daquele grupo, criado a partir das relações entre seus membros, levando-os à atitudes de colaboração e cooperação ou de competição e conflitos. Trabalhar em equipe, formar grupos, falar e ser entendido, propor idéias e ser acolhido parecem desafios ainda a serem vencidos neste milênio. Nosso cotidiano é preenchido por pequenos atos comunicativos que refletem o ser humano que somos. Falhas na comunicação provocam conflitos e improdutividade e espalham ressentimentos. Traduzir bem nossas mensagens, realizar ligações coerentes entre o pensar, planejar, transmitir e agir nos torna mais preparados para a solução de conflitos interpessoais. No campo das organizações, a comunicação é matéria prima essencial ao sucesso de qualquer empreendimento. O que mais parece dificultar a compreensão do comportamento humano nas organizações é a insistente tendência de abordagem predominantemente racional. Incontestavelmente os seres humanos não funcionam à feição de máquinas isoladas dispostas lado a lado. Não se pode mais relegar a um plano inferior a importância do diálogo, da coerência verbal e não- verbal. Um excelente comunicador não é necessariamente um líder, mas, com certeza, um líder precisará desenvolver recursos para a utilização correta do processo comunicativo. Competência interpessoal parece ser a chave para o sucesso do entendimento e da eficácia para se atingir resultados através das pessoas. Assim…comunicar-se com eficácia é viabilizar relações autênticas pautadas na compreensão e no diálogo. No entanto, as palavras são secas e estéreis até que possamos transformá-las em idéias vivas, expressas através da lógica e da emoção. Essencialmente existem dois tipos comunicação: a objetiva e a subjetiva. A comunicação objetiva transmite dados, informações, números, diagramas, gráficos proporcionando ao outro melhores condições de análise, julgamento e ação. A comunicação subjetiva trata de questões intangíveis e expressa os sentimentos que temos a respeito da pessoa com quem falamos, a respeito da situação que está sendo vivida ou a respeito do assunto que falamos. Na prática, os aspectos subjetivos da comunicação têm um peso muito maior do os objetivos para determinar a boa recepção da mensagem. No entanto, a maioria de nós não se preocupa com os aspectos subjetivos da comunicação. Tentamos ser claros, diretos, objetivos, planejamos o que vamos informar mas, geralmente deixamos de lado qualquer cuidado com que vamos transmitir a respeito de nós mesmos. Em resumo: a comunicação eficaz é a combinação da capacidade de cativar e obter credibilidade do ouvinte, através da comunicação subjetiva consciente e da capacidade de informar e argumentar, através da comunicação objetiva. O segredo do relacionamento empresarial eficaz, gerando, gerindo e mantendo uma rede de relacionamentos produtivos está na busca da coerência entre verbo e ação. Está na sinceridade com que cada um se coloca diante da empresa, do trabalho, da equipe, dos clientes enfim, do mundo à sua volta…está em VOCÊ! A poderosa cultura empresarial, Ame-a ou deixe-a Em 12 anos como consultor e mais de 20 trabalhando dentro das empresas, nunca vi nada mais poderoso do que a cultura de uma organização. Ela é capaz de enfeitiçar as pessoas. De transformar empregados em soldados fiéis – kamikazes da batalha empresarial – ou mesmo em zumbis corporativos, sem razão ou emoção. Para consultores e analistas, a cultura empresarial é sempre responsável pelo que acontece de bom e de ruim nas empresas. Ao tentar implementar uma mudança, logo ouvimos: – Não vai dar certo… – Já vi esse filme antes… – Aqui!? Não muda nada… – Com esse chefe que nós temos! Hummm! – Comportamentos suficientes para minar os esforços de mudança de qualquer organização. Quando uma mudança dá certo, o mérito é do big boss que teve determinação, coragem e visão. Quando não dá, é a cultura que não permite. Mas o que é cultura organizacional senão conseqüências da maneira como a empresa é administrada? E quem administra? São as lideranças. É um presidente – empregado – pois eleito por um Conselho. São os executivos, escolhidos pelo presidente – ou quase isso -. São as chefias intermediárias – conhecidas como “salsicha do cachorro quente” -. São os empregados. Todos no mesmo barco fazendo a cultura da empresa. Querem mudar, mas dizem que a cultura – que eles cultivam – não permite. Então, pode-se concluir que eles, na verdade, não querem mudar… Ou sair de suas zonas de conforto. Creio que existem razões autênticas para tais comportamentos muito comuns nas organizações: Primeiro, a velha hierarquia do poder. Datada de milênios a estrutura hierárquica submeteu o homem a uma condição de inferioridade, subordinação, manipulação e submissão. Não há nada mais que reluza aos olhos de um indivíduo do que o sentimento de poder sobre alguém. Shakespeare falou: “Dê poder ao homem e descobrirás quem realmente ele é”. Parece que não, mas a regra ainda é: Manda quem pode obedece quem tem juízo. São investidos milhares de reais em treinamento de liderança para os chefes para dar-lhes autonomia, mas, na prática, os resultados são pífios. O que essa turma vê nos cursos de liderança são histórias “para inglês ver”. Competência não se compra, se adquire com experimentação, observação, estudos e pesquisas; errando e acertando. Segundo, a incompatibilidade de interesses. Do “dono da empresa” tem-se a imagem de egoísta, voltado somente para o lucro, que demite por prazer e tem atitudes impessoais e antipáticas. Os executivos são meros reprodutores deste modelo. Os funcionários, alimentados pelo sindicato, têm a imagem dos empresários como tubarões à espreita, prontos para tirar-lhes algo. A história tem demonstrado isso ao longo do tempo. Esse comportamento de arrogância do patrão e de submissão dos funcionários tem passado de pai para filho. Se você, leitor, quer comprovar esse fato, observe como o pessoal mais jovem se dirige a um chefe. Essa incompatibilidade tem diminuído, mas a passos lentos. De qualquer forma, ainda é um fator inibidor para o estabelecimento de uma cultura empresarial sadia. Terceiro, a comunicação precária. A grande vilã do cenário empresarial. Pesquisas revelam que 90% dos problemas de uma empresa são provocados por falhas na comunicação. Jornais, murais, videoconferências, e-mails, intranet, extranet e internet são excelentes recursos de comunicação. Mas o verdadeiro veículo é o indivíduo. São as pessoas, os líderes. Gasta-se muito dinheiro em veículos de comunicação impresso e virtual, e quase nada no “veículo humano”. Os espaços vazios deixados pela comunicação institucional são ocupados por boatos e fofocas que tiram a energia das pessoas. Perde-se muito tempo querendo saber coisas do próprio trabalho – para fazer melhor – ou do próximo dono da empresa que pode ameaçar os empregos. Quando a comunicação não está presente, as pessoas enchem suas mentes com fantasmas, desviando a atenção para o que realmente importa. A comunicação, quando bem trabalhada, é um fator por excelência de produtividade. Mas… Continuam fazendo jornalzinho e colando papéis em murais, alheios ao que realmente se passa na empresa. O quarto e último são os processos e as tecnologias de trabalho. Como existem empresas no mercado oferecendo produtos e serviços com tecnologia ultrapassada e processos de trabalho desatualizados! Fazem um bom marketing, criam uma imagem de seriedade e competência, mas na hora de entregar o produto ou serviço começa a dor de cabeça do consumidor. Sem contar que processos de trabalho indefinidos ou confusos, responsabilidades pouco claras e tecnologia ultrapassada são fatores de stress e retrabalho para todos os funcionários. A vida útil – emocional – de um funcionário que trabalha num ambiente deste tipo é curta. É como uma pilha sem recarga. Acabou, trocou. A única saída destas empresas é aumentar a rotatividade do pessoal e com isto todos os custos decorrentes. Esta é a maneira mais rápida de matar um negócio a médio ou longo prazo. É insanidade corporativa. Cultura empresarial é coisa séria. Neuroses e psicoses da vida moderna são levadas para dentro das organizações e, nesses ambientes, são exercitados os jogos territoriais. Uma “cultura” fértil para situações de submissão, agressividade, desconfiança, rebeldia, conflitos – característicos de ambientes tóxicos de trabalho – que minam a energia e a produtividade das pessoas. A sobrevivência dos empregos passa a ser prioridade número 1 das pessoas. Um dos maiores desafios empresariais da atualidade é a gestão do clima e da cultura organizacional. Ou melhor, da qualidade do gerenciamento das relações com empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, sociedade, governo etc. O gerenciamento pontual dos vários públicos os quais a empresa se relaciona, irá determinar a eficácia dos métodos de gestão adotados. A maneira como a organização é percebida por estes públicos – ética, coerente, cumpre o que diz – determinará a qualidade das trocas comerciais realizadas. A falha de pesquisas de clima e cultura organizacionais comumente aplicadas pelas empresas é a de desconsiderar os fatores externos à organização e que fatalmente influencia a percepção do público interno. Para corrigir esta distorção, sugerimos uma avaliação mais completa onde incluímos alguns indicadores que visam captar as percepções externas e informações de mercado onde a empresa está inserida: O profissional de Recursos Humanos tem muito mais a fazer hoje, que no passado. O sucesso empresarial está estreitamente relacionado com a capacidade da organização estabelecer forte elo de interdependência entre os públicos internos e externos. Um dos facilitadores deste processo é o profissional de RH. Comprometer-se com os principais desafios da organização, estabelecer a “cola” entre todas as pessoas, funções e departamentos; fornecendo os meios para que as competências essenciais da empresa transformem-se em ações efetivas. Reconhecer que a gestão da cultura organizacional é responsabilidade de todos, que ela é capaz de superar barreiras físicas e psicológicas, de perpetuar uma organização e, acima de tudo, facilitar o alinhamento dos interesses pessoais e empresariais é o primeiro passo para a transformação necessária. O fato é que as empresas gastam muita energia envolvidas com situações de insatisfação, desmotivação, desencontros, conflitos não resolvidos, jogos de poder; quando deveríamos estar concentrados naquilo que realmente importa. A sinergia organizacional para resultados. Radicalizando, poderíamos dizer que quando se trata de cultura e clima organizacionais não existe meio termo. Fica cada vez mais difícil para uma empresa navegar em mares turbulentos com pessoas remando a favor e outros contra. Isto atrasa o ritmo da empresa e o que mais precisamos hoje é de velocidade e competência. A mobilização da empresa para resultados superiores naturalmente separará o joio do trigo . Relacionamentos são sempre difíceis. Mas dentro das empresas eles são agravados quando as pessoas, por exemplo, não sabem porquê estão ali trabalhando. Ficam mais complicado também quando acreditam que trabalhar é um mal necessário e, portanto, estão na empresa para sobreviver, para ganhar dinheiro. Nestes casos e em outros, a empresa transforma-se numa arena, no qual as pessoas buscam preservar seus espaços, manter seus poderes – e acreditam que podem se manter nos seus cargos segurando informações, controlando a comunicação. A empresa transforma-se numa arena de grandes e pequenos medos, de grandes e pequenas intrigas. O assunto vale um livro, não um artigo. Mas o fato concreto é que não há programa de comunicação que funcione se as pessoas não estão afinadas com a missão da empresa. Impossível qualquer ação de comunicação eficaz quando a missão das pessoas não está alinhada com a missão da empresa. Como para se comunicar basta abrir a boca, todo mundo acha que sabe se comunicar – mais do que isso, acha que entende de comunicação. Claro, um pouco todo mundo entende. Agora entender mesmo, pouquíssimas. Porque não basta ensinar em cursos de comunicação que “existe um receptor e um emissor”, etc e tal. É importante explicar o be-a-bá da comunicação, mas não só isso, pelo amor de Deus. Muita gente, porém, ensina o be-a-bá como se aquilo fosse invenção superior a da roda. Entre estas pessoas, não conheço nenhuma que tenha, ao menos, se aproximado dos grandes gargalos de estrangulamento da comunicação dentro da empresa. Tenho visto muitas louváveis tentativas. É que os problemas de comunicação não se resolvem somente com programas de comunicação. Muitos paradigmas comportamentais precisam ser transmutados para haver fluidez na comunicação, a matéria-prima mais valiosa das empresas de hoje e do próximo século. É preciso ir além da comunicação e ajustar os focos das pessoas que compõem a empresa. Fluidez nas comunicações pode ser traduzida por relacionamentos saudáveis. Quanto mais a equipe estiver afinada com a missão e com as metas da empresa, mais a comunicação fluirá — e fluindo a comunicação, mais a empresa será competitiva. Mas como as empresas são compostas de pessoas, os problemas de comunicação nunca deixarão de existir. Ficarão, claro, cada vez mais sutis, sofisticados. O importante, portanto, é ter a consciência clara desse desafio permanente. E com a consciência despertada começar a perceber que por trás de muitas dificuldades existe apenas uma causa: a comunicação. E que as falhas na comunicação escondem, na maioria das vezes, sérios problemas de relacionamento, de desajuste de foco.Como, no próximo século, a tendência é a do ser humano imperar cada vez mais absoluto dentro das empresas, os conflitos e as dificuldades com a comunicação deverão crescer…em quantidade e também em sofisticação. A empresa que, contudo, equacionar e equalizar sua comunicação com competência e velocidade, ampliará seu poder no mercado. A comunicação, porém, como a qualidade, é um assunto que não terminará nunca dentro da empresa. Está e estará sempre em processo, como, aliás, a qualidade. As empresas já têm muita consciência do processo da qualidade, em contínuo aprimoramento. Precisam tomar consciência agora da comunicação. 10 Regras para uma boa comunicação A responsabilidade da comunicação é sempre do comunicador.Se você quer tornar-se um comunicador melhor, o texto que você vai ler é muito importante para você. Ele vai apresentar sugestões para ajudá-lo a identificar e evocar as suas melhores qualidades, mostrando que você é a mensagem: o composto pessoal que envolve as palavras, a face, os olhos, a atitude, o tempo, as pausas. Essas coisas juntas formam um composto que é você. Você se torna a mensagem. As pessoas não podem distinguir entre as palavras e quem as pronuncia. Tudo está mesclado. Portanto, você tem que reconhecer que você é uma mensagem ambulante.Seja falando com uma só pessoa ou um grupo grande de pessoas aqui vão 10 dicas ou mandamentos essenciais a um bom comunicador. 1º) Seja simpático, agradável e cativante. Se você fosse dominar apenas um elemento da comunicação pessoal seria esse. Se sua audiência gosta de você, ela perdoará qualquer coisa que você fizer errado. Então, se você for simpático você já começa com o pé direito. 2º) Comunique com energia. A energia de um bom comunicador é percebida como força vital, vitalidade, entusiasmo. Isto é fundamental. Se você não tem energia, você não terá platéia. Você pode gerar energia através do seu tom de voz, seus gestos, seu olhar, dos seus movimentos e da sua presença.Uma dica para elevar o nível de energia: “Lembre de um momento em que você esteve se comunicando muito bem porque você acreditava no que estava dizendo. Lembre-se como você se sentiu. Utilize esse poder e você se comunicará bem”. 3º) Aprenda a pintar imagens com palavras em vez de apenas usar palavras. Se você for falar sobre um derramamento petróleo de mais de 100.000 litros, você pode falar que houve um derramamento de um Maracanã cheio de petróleo. Use metáforas e analogias que ajudem o ouvinte a criar uma imagem do que você está falando. 4º) Esteja preparado. Você não precisa ser a maior autoridade do mundo sobre o assunto, mas seus ouvintes precisam sentir que você sabe mais sobre o assunto do que eles. Eles têm que sentir que você fez o trabalho de casa, que você traz algo um pouco diferente do que eles já sabem. Se os seus ouvintes sentem que você investiu tempo e reflexão no seu discurso, as chances são maiores de avaliarem você como um bom orador. 5º) Esteja confortável e assim torne os outros confortáveis. O conforto e a descontração do orador passam para a platéia. Então, quando você levantar, você tem que aparentar que está confortável. Leve o seu trabalho a sério, mas se leve tão a sério. Mantenha o bom humor. Converse com a sua audiência e a descontraia e, assim você também ficará confortável. 6º) Seja comprometido. Você precisa deixar a audiência perceber que você realmente leva a sério aquilo que você está falando. Eles não precisam acreditar no que você está dizendo. Eles têm que acreditar que você acredita no que está dizendo e, se esse for o caso, você os tocará. Pessoas comuns tornam-se oradores extraordinários quando se tornam acesas pelo comprometimento. Se a audiência sente que você não é sincero, ela não vai se importar com que você está falando e você vai perdê-la. Você deve fazer o que fala e falar o que faz. E tudo isso com convicção e energia. 7º) Seja interessante. Oradores entediantes não deveriam ter permissão de falar. A vida é emocionante e interessante e, eles não deveriam ter permissão de tirar a alegria da vida da gente. Ser comprometido ajuda. Aumentar o nível de energia e contar histórias ajuda muito. Uma boa dica é você fazer pelo menos 30% de suas leituras em um campo fora do seu. Isso vai lhe dar uma base e torná-lo mais interessante. Se você não tem nada a dizer, fique quieto. Se você tem, fale bem. 8º) Utilize sua voz como um instrumento. Abra a boca para falar. Fale para fora. Pronuncie bem cada palavra, principalmente, os seus finais. Afirme a sílaba tônica das palavras. Varie o seu tom de voz. Fale alto, fale baixo, fale devagar, às vezes depressa. Faça pausas. Fale com ressonância, projetando a voz. Fale com congruência passando o sentimento daquilo que você está falando. 9º) Fale com propósito. A audiência precisa saber desde o início o seu propósito e sobre o que você vai falar. Isso contribui para facilitar a compreensão e manter o interesse. O seu discurso deve ter um início, um meio e um final. Você pode começar falando o que você vai falar. Em seguida, você fala o que você tem a falar e você termina resumindo o que você falou e, assim a audiência reterá os pontos-chave do seu discurso. Se você quiser pode terminar com uma frase impactante que sintetize a essência do seu discurso. 10º) Esteja presente. Reconheça-se falando. Sinta seu corpo e seus pés no chão. Ouça o que você fala. Observe sua postura e seus gestos. Esteja junto das suas emoções e das suas palavras. Mantenha o contato ocular com a platéia e perceba isto. Veja a platéia e se veja. Abra o olhar. Olhe somente em olhos. Reconheça-se como sujeito da sua fala. Esteja amorosamente presente, observando com os olhos do coração, na paz e na neutralidade.