leadership

LEADERSHIP

negociacao-2

NEGOCIACAO

gestao-3

GESTAO

consultoria-2

CONSULTORIA

falandobem

FALANDOBEM

financasessenciais

FINANCASESSENCIAIS

Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

Administradores PREMIUM

Falar sobre os efeitos negativos do COVID-19, que preocupam o mundo, é falar o que lemos e ouvimos 99% do nosso tempo há semanas aqui no Brasil. Sem dúvida, um dos primeiros impactos da pandemia para as empresas e, consequentemente, para os seus colaboradores, foi o isolamento. Com isso, vieram as adaptações para o trabalho remoto (home office). Esse é um ponto que também não preciso entrar em detalhes, afinal, aprendemos muito sobre nas últimas semanas. Meu ponto aqui é, finalmente temos um tempo extra para aproveitar para aprender algo novo ou, simplesmente, não fazer nada. Afinal, não temos que nos deslocar até o trabalho e ficar horas no trânsito como é o caso de algumas cidades. E o que fazer com isso?
Estamos vivendo uma crise de FOMO (Fear of Missing Out), que significa medo de perder oportunidades, de ficar de fora de algo. Trata-se de uma condição mais contemporânea bastante característica da lógica de consumo que nos traz a ideia de que ser feliz, validar a existência, consumir ou ser igual ao padrão, é uma ordem. É a cultura do excesso que nos faz crer que consumindo, produzindo, e desta forma, sendo &#8220;felizes&#8221; é que a nossa existência é validada. Estamos sofrendo de ansiedade causada pelo custo de oportunidade. Estamos nos questionando sobre nossas vidas em relação à vida das outras pessoas. As escolhas dos outros, cada vez mais estampadas nas redes sociais, servem como espelho.
E, neste momento, estamos vivendo algo que remonta tudo isso: &#8220;Faça yoga!&#8221;, &#8220;Faça exercícios em casa!&#8221;, &#8220;Medite!&#8221;, &#8220;Estude um idioma novo!&#8221;, gerando a lógica de que a vida confinada precisa ser aproveitada o máximo possível e que existe uma fórmula mágica para o sucesso tanto em nível pessoal como profissional em tempos de quarentena.
O que devemos fazer é entender as demandas individuais e validá-las independente de seu grau de &#8220;produtividade&#8221;. Para além das lives e conteúdos sobre produtividade, se você é líder, principalmente, é preciso ouvir os colaboradores, acolhê-los neste momento de incertezas e ser transparente.
As empresas precisam criar um plano de contingência e definir estratégias de comunicação, bem como treinar e orientar os líderes, melhorar a conexão entre coordenadores e coordenados. Mas é preciso traçar um plano também para as pessoas. Algumas dicas:
1 &#8211; A comunicação e a transparência devem ser os novos pilares do trabalho em equipe, para executar o plano de contingência com menos impedimentos e medos;
2 &#8211; Em seguida, cuidar da infraestrutura para trabalhar é preciso. Não são todos do time que possuem uma internet super veloz e uma cadeira confortável para trabalhar;
3 &#8211; Crie novos rituais, abrindo espaços para as pessoas compartilhar como estão lidando com o isolamento, compartilhando suas rotinas e interesses pessoais;
4 &#8211; Dê suporte psicoterapêuticos para seus colaboradores. Existem diversas plataformas que possibilitam consultas virtuais à psicólogos e terapeutas;
5 &#8211; Crie canais e fomente atividades físicas em grupo, compartilhamento de dicas de filmes, séries, livros e cursos;
6 &#8211; Cuide da jornada de trabalho, pois é comum nesse momento de adaptação, os colaboradores se perderem no horário e trabalhar mais do que o de rotina;
7 &#8211; Faça pesquisa de pulso, ligando para seus colaboradores e perguntando se tudo que está acontecendo na empresa está claro, se essa pessoa está bem e se colocando à disposição para ouvir e ajudar no que for preciso;
8 &#8211; Cuidado redobrado para pessoas que moram sozinhas e estão longe dos familiares, pois tendem a sentir mais desconforto e ansiedade nesse momento de isolamento;
9 &#8211; Inclua como lidar com os desafios familiares. Filhos fazendo homeschooling, cônjuge estressados, pais inquietos, e todos se sentindo impotentes contra a pandemia.;
10 &#8211; Aceite e desconsidere momentos de estresse dos colaboradores, todos estamos sob pressão.;
11 &#8211; Treine seu time de liderança para fazer boas reuniões individuais (1-1), sabendo lidar com a dificuldade de leitura corporal que as reuniões virtuais trazem;
12 &#8211; Preservar empregos tem que ser a prioridade. As pessoas estão com medo de serem impactadas por essa crise, portanto se sua empresa vai conseguir passar por essa crise sem demitir, deixe isso claro e traga segurança para seu time. Caso contrário, tente fazer os desligamentos da maneira mais humana possível, com ligações individuais, apoio na recolocação, investindo em cursos de capacitação e extensão do plano de saúde (se houver) como benefício.
Segundo pesquisa da Deloitte, o equilíbrio emocional é o principal desafio da população chinesa atualmente, após a crise do coronavírus se instalar no país. Nunca vi nada parecido, por isso, a necessidade de adaptação ao cenário é inevitável para profissionais e empresários. Entender a importância dos seus colaboradores e também as prioridades da empresa é primordial.
Fortalecer a saúde mental do time precisa estar nas tarefas diárias dos líderes, afinal, um time que se sente seguro está mais apto a desempenhar um bom papel no plano de contingência e um bom desempenho possibilitará uma perspectiva positiva do futuro da empresa.
E quando tudo isso voltar ao normal? Ou melhor, qual será o &#8220;novo normal&#8221;? No cenário pós-corona, empresas precisarão de um outro modelo mental. A transformação digital de muitas empresas veio a força e provou para muitos líderes que dá sim para produzir e crescer trabalhando de forma remota. Então, será que os escritórios gigantes ainda serão necessários depois de tudo isso? Minha aposta é que o modelo de trabalho híbrido (misturando virtual e presencial) vai ganhar muita força, pois o presencial ainda será necessário para que a cultura seja fortalecida, as relações humanas intensificadas e as fronteiras geográficas não sejam mais um problema de crescimento.
Depois de tudo que estamos passando é preciso promover espaços para que isso seja debatido, conversado e não agir como se nada tivesse acontecido, pois as pessoas precisam falar para poder ressignificar o que passou. Inevitavelmente, as pessoas voltarão diferentes. Terão confrontado uma série de sentimentos, estarão com emoções afloradas, ressignificando uma série de questões, e tudo isso impacta no trabalho, então para que possamos &#8220;superar&#8221; isso de forma saudável, precisaremos dialogar a respeito de tudo.
E você, o que está fazendo na sua empresa para preservar a saúde mental do seu time?

COVID-19 e saúde mental: momento pede adaptação de empresas e cuidado com os colaboradores

O que está fazendo na sua empresa para preservar a saúde mental do seu time?

COVID-19 e saúde mental: momento pede adaptação de empresas e cuidado com os colaboradores | Administradores

https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2022/01/28215601/images2Fposts2FHq8n4wKYa5MVJ8YjcV38-pk48dz0upj4wo-scaled.jpeg

Home

Artigos

Informação e Educação para líderes e suas equipes. Notícias, artigos, cursos, palestrantes, mentorias e treinamentos personalizados para profissionais e empresas

Administradores

https://cdn.administradores.com.br/app/uploads/2023/06/06200454/Logo-administradores.png

Administradores | Conhecimento para Resultados

As startups são empresas que chamam a atenção, seja por conta do ambiente de trabalho descontraído, criativo e flexível ou pela inovação. Hoje em dia, muita gente quer conquistar uma vaga em uma startup. Mas, quais as razões para trabalhar em uma?De acordo com uma pesquisa realizada pela Gama Academy, escola que capacita estudantes e profissionais para atuar no mercado digital, mais de 20 mil alunos/candidatos que já passaram pelos processos seletivos da Edtech falaram sobre o que mais os atraíam para trabalhar em startups. O CEO, Guilherme Junqueira, listou essas razões e explicou um pouco mais sobre cada uma delas. Confira:1 - PropósitoOs profissionais modernos querem cada vez mais se conectar a marcas e empresas que tenham porquês reais de existirem e que saibam deixar isso muito claro em suas culturas, especialmente no dia a dia. Trabalham com motivação quando os propósitos se conectam aos seus valores de forma genuína, não focando somente em lucros e vendas, mas também em contribuir de forma positiva para fazer o bem e para mudanças construtivas na sociedade.2 - AutonomiaLiberdade para se desenvolverem como protagonistas dos negócios, compreendendo e fazendo parte dos planos da empresa de forma estratégica. É muito fácil perceber que no mercado de hoje, para desmotivar pessoas, basta colocá-las somente na execução dos projetos, fazendo com que se sintam como meras peças de uma engrenagem, sem compreensão do macro e mirando suas evoluções. Todos querem fazer parte de algo grande, é do ser humano contribuir para a sua comunidade.3 - FlexibilidadeAqui pode se falar sobre a humanização nos ambientes de trabalho. É muito mais leve trabalhar com foco total quando sabe que está em um lugar humano. É natural que vez ou outra as questões da vida pessoal precisem ser resolvidas no horário de trabalho, mas normalizar horário flexíveis com confiança trará trocas importantes e muitos mais compromisso com as necessidade da empresa quando necessário.

3 razões para trabalhar em uma startup

A entrevista de emprego é um processo que começa antes mesmo da conversa com o recrutador. E com isso, é necessário que o candidato se prepare com antecedência para realizar o pitch. A busca por um novo emprego se inicia desde a análise das vagas. O candidato deve escolher efetivamente quais oportunidades têm mais conexão com seu perfil, acreditar no propósito da empresa, além de estudar profundamente tudo sobre a companhia.&#13;
O pitch se tornou um termo bem conhecido e usado no mundo dos negócios, seja para apresentar sua empresa/produto com maior precisão ou até mesmo para se apresentar de forma efetiva durante uma entrevista de emprego. A crise causada pela pandemia levou a um aumento na busca por novas oportunidades e as pessoas precisam se destacar neste cenário e preparar um discurso objetivo para as entrevistas virtuais. Confira cinco dicas para realizar um pitch perfeito durante a entrevista de emprego.&#13;
<h2>1. Seja natural</h2>&#13;
Durante a conversa, entenda que sentir nervosismo é normal, mas busque manter a calma e ser o mais natural possível. Não tente ser a pessoa que o recrutador quer ouvir e sim você mesmo.&#13;
<h2>2. Seja objetivo</h2>&#13;
Tenha um interesse genuíno na conversa, procure ouvir bastante e com atenção o que o recrutador perguntar. Não dê voltas, não conte a sua história desde quando era criança. O que o recrutador perguntar, diga! Não significa ser extremamente sucinto, mas sim, ir direto ao ponto.&#13;
<h2>3. Seja transparente</h2>&#13;
Em perguntas que realmente falem de coisas mais delicadas, como os seus pontos fracos ou o que aconteceu na empresa anterior, procure ser o mais transparente possível. Não seja um personagem e nunca fale mal da outra empresa que você passou, mas deixe claro o que aconteceu sem expor de alguma forma pessoas ou a própria empresa.&#13;
<h2>4. Fale seus pontos fracos e fortes</h2>&#13;
Tenha de fato na ponta da língua as questões de autoconhecimento, que são coisas que você precisa desenvolver, tanto do aspecto técnico quanto comportamental. Traga exemplos de experiências anteriores, boas e ruins, e apresente ao recrutador quando ele perguntar sobre esses pontos.&#13;
<h2>5. Esteja disposto a aprender</h2>&#13;
Mostre-se uma pessoa totalmente disposta a aprender mesmo sabendo de todas as coisas ou não. Demonstre entusiasmo com a oportunidade e que irá se dedicar ao máximo, independente das skills que já tem conhecimento.&#13;
A grande missão de uma primeira entrevista é conseguir uma segunda.Então, brilhe e faça um pitch perfeito!

Como fazer um pitch perfeito durante a entrevista de emprego

Ter nas mãos um diploma universitário é o sonho de uma parcela considerável da população. Mas será que hoje, com tudo que temos acesso, principalmente a internet, ter um diploma é um divisor de águas nas decisões de contratações? Em um mundo que está vivendo revoluções tecnológicas, o que afinal fará diferença para a geração de profissionais do futuro? E como as escolas, universidades e o governo estão se preparando para este cenário exponencial de mudanças? Foi buscando compreender mais a fundo o que será essencial para um alto desenvolvimento no mercado de trabalho nos próximos anos que o WEF - World Economic Forum - realizou uma pesquisa citando as dez habilidades que o profissional deve ter para não ficar para trás. Eu, particularmente, gostei muito, porque todas elas entram em habilidades comportamentais conhecidas como Soft Skills, algo que bato na tecla há pelo menos seis anos. Essas dez habilidades citadas são: Flexibilidade cognitiva, negociação, orientação a serviço, julgamento e tomada de decisões, inteligência emocional, coordenação, gestão de pessoas, criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas. E o que vai acontecer nos próximos anos? A diferença entre uma pessoa formada e o cargo ocupado vai aumentar, e, na minha visão, o diploma vai se tornar cada vez mais obsoleto. Além disso, os problemas que enfrentamos dentro do mercado de trabalho serão menos lineares, aumentando a necessidade de equipes multidisciplinares, multiconectadas e preparadas para cenários imprevisíveis. Nos próximos anos, para conseguir um trabalho, você não será mais avaliado pelo diploma e, sim pelo portfólio, ou seja, pela sua capacidade e histórico de resolução de problemas. Dentro deste cenário acredito que muitos profissionais irão estranhar essa mudança, pois continuam buscando meios tradicionais para crescerem no mercado e encontrarem vagas de emprego. É claro que temos que considerar profissões regulamentadas, como medicina, direito, entre outras que você precisa de fato da formação e credenciamento para exercer a profissão, mas quando falamos de Economia Criativa e Mercado Digital, essa necessidade muda completamente. Somente uma pequena minoria vai abrir os olhos para esta crise e começar a buscar métodos alternativos para aumentar suas skills e consequentemente seu salário, e alcançar o sucesso em suas carreiras não lineares. Porém, grandes empresas brasileiras de tecnologia como Nubank, iFood, Creditas e Loggi, já seguem o modelo e não exigem mais diploma universitário para nenhuma vaga. Bravo! Antigamente, era muito comum vermos nossos pais e avós buscando estabilidade em suas profissões, hoje isso mudou, pois a lógica de trabalho digital não é linear. Somos obrigados a nos reinventar todos os dias porque os conteúdos que estudamos na universidade tem um prazo de validade muito curto. A questão é, como você está encarando o desafio de se preparar para alcançar seus objetivos profissionais? Sabemos que os ensinos tradicionais não preparam os alunos para o mercado digital. Há uma enorme lacuna entre a teoria, o conteúdo absorvido e a aplicação real no mercado de trabalho.Mas afinal, ter ou não um diploma na era digital? Acredito que mais que um diploma, as pessoas devem ter vontade de aprender e sede de crescimento. O fim do diploma já chegou. Se você espera que somente ele te dê um lugar ao sol, pode ser que fique esperando na sombra por muito tempo. Faça você mesmo a sua própria trilha!

Ter ou não diploma na era digital?

O novo jogo da tributação: como a Reforma vai transformar o profissional tributário em estrategista digital do futuro 



A maior transformação tributária em mais de 50 anos não muda apenas as regras do jogo. Ela muda o jogador. Com a transição até 2033, a Reforma Tributária inaugura uma nova era em que contadores, advogados e consultores deixam de ser meros executores de normas para se tornarem protagonistas de decisões de negócio na era do IVA dual. É uma convocação para que os profissionais tributários assumam o protagonismo como líderes de mudança, estrategistas de impacto e construtores do futuro fiscal do Brasil.&nbsp;



A Reforma Tributária não muda apenas tributos. Ela reinventa carreiras.&nbsp;Promulgada pela Emenda Constitucional 132/2023 e consolidada com a Lei Complementar 214/2025, a transformação fiscal mais profunda em mais de 50 anos inaugura uma década de transição até 2033. Nesse período, impõe uma curva de aprendizado inédita com regimes sobrepostos, ajustes técnicos sucessivos e desafios aos profissionais tributários que terão de abandonar o papel de meros “apagadores de incêndio” para assumir funções estratégicas que unem legislação, tecnologia e negócios para a eficiência tributária.&nbsp;&nbsp;





As novas competências que decidirão quem lidera esse jogo



O futuro exigirá novas competências, como:&nbsp;



-Capacidade analítica avançada para interpretar cenários e simulações fiscais para o planejamento tributário.&nbsp;



-Visão tecnológica, com ERP robusto, automação via APIs, business intelligence e inteligência artificial passam a integrar o arsenal cotidiano.



-O domínio de ferramentas digitais aplicada à tributação compatíveis com a nova dinâmica proposta pelo governo.



-Pensamento estratégico, participando da definição de precificação, expansão internacional e tomadas de decisão empresariais. Profissionais devem ser capazes de traduzir dados em estratégias para o crescimento e redução de risco para o compliance.&nbsp;



-Habilidade de comunicação clara, traduzindo impactos fiscais complexos para a linguagem dos executivos e investidores.&nbsp;



Em resumo, esse novo profissional terá de construir pontes entre legislação, tecnologia e estratégia empresarial.&nbsp;



Assim, os profissionais que souberem extrair insights desses recursos, traduzindo-os em recomendações práticas para gestores, estarão na frente e poderão ser disputados a peso de ouro em um mercado com escassez de mão de obra especializada.&nbsp;



A transição tributária também estimula a procura por especialistas temporários: PMOs tributários, consultores jurídicos e gestores fiscais voltados a projetos específicos de adequação. A flexibilidade torna-se diferencial vital em um ambiente de transformação constante.&nbsp;



No novo tabuleiro da tributação, não há espaço para espectadores. O futuro já começou — e só terão lugar de protagonismo aqueles que souberem transformar complexidade em estratégia e se posicionarem como líderes dessa revolução fiscal.&nbsp;



Reforço que a Reforma Tributária não é apenas uma mudança de leis, mas a reinvenção de toda uma carreira. O futuro já começou — e os profissionais precisam decidir se serão protagonistas ou espectadores desta transformação histórica.&nbsp;



*Victória Sanchez é Chief Product Officer da NFe.io&nbsp;

A Reforma Tributária não é apenas da área fiscal

A verdade é que não somos maus exemplos, somos sobreviventes. Estamos todos tentando



Vivemos uma era curiosa. Pais dizem aos filhos para largarem os celulares, enquanto respondem mensagens no WhatsApp. Professores pedem silêncio, mas lutam para silenciar a própria mente acelerada. Líderes falam em foco, mas pulam de tarefa em tarefa sem conseguir terminar o que começaram.



Estamos educando uma nova geração enquanto ainda tentamos reaprender a viver. Tentamos ensinar o que não conseguimos praticar com constância. A verdade é que não somos maus exemplos, somos sobreviventes. Estamos todos tentando.



A ansiedade digital não é um desvio de comportamento. É o novo normal da sociedade hiperconectada. E quanto mais a gente normaliza esse cansaço mental, mais difícil fica enxergar que ele está nos dominando.



Pense com honestidade: Quantas vezes você tentou focar e sua atenção foi sequestrada por notificações? Quantas vezes prometeu não usar o celular na frente dos filhos e não conseguiu? Quantas conversas importantes foram interrompidas por um scroll distraído?



Somos a geração que vive entre duas pontes: A que destruiu a solidão, por medo de encarar o próprio silêncio. E a que ainda não aprendeu a construir presença verdadeira.



Falta-nos presença. Falta-nos respiração profunda. Falta-nos o treino da paciência. Falta-nos o que muitos chamam de alma — aquilo que a pressa digital tem esmagado.



Educar exige algo que a tecnologia não entrega: tempo de qualidade, vulnerabilidade e escuta. E tudo isso depende da nossa saúde emocional.



Por isso, o caminho não é excluir a tecnologia. É&nbsp;recuperar o controle da mente. É transformar o caos digital em consciência. É olhar para dentro antes de tentar ensinar alguém a olhar para fora.



Porque no fim, o exemplo que mais educa é o nosso estado emocional diante da vida.



<h2 class="wp-block-heading">Leitura recomendada</h2>



<a href="https://amzn.to/472FUg3" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Ansiedade Digital – Como enfrentar o mal do milênio</a>, de Augusto Cury Publicado pela Benvirá, o livro propõe uma reflexão sobre os impactos da hiperconexão, a síndrome do pensamento acelerado e o resgate da saúde emocional em tempos caóticos.



<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://cms-prd.administradores.dev/app/uploads/2025/10/71CE3BMvvLL._SL1500_-680x1024.jpg" alt="" class="wp-image-422901"/></figure>

A geração que tenta ensinar o que ainda não aprendeu: educar em tempos de ansiedade digital

A essência da resiliência mental é a capacidade de transformar pressão em propósito, mantendo o foco quando tudo parece desmoronar



Em 2008, enquanto os mercados financeiros globais desabavam como castelos de cartas, Indra Nooyi, então CEO da PepsiCo, permanecia firme, como um capitão navegando em um navio em alto-mar durante uma tempestade. Diante da crise, com concorrentes como a Coca-Cola hesitando e equipes internas questionando o futuro, ela manteve a calma e redirecionou a empresa para produtos mais saudáveis — sucos naturais e snacks integrais —, enfrentando ceticismo de acionistas e executivos. Sua visão levou a PepsiCo a um crescimento de 80% no valor de mercado entre 2006 e 2018, segundo a Bloomberg. Essa é a essência da resiliência mental: a capacidade de transformar pressão em propósito, mantendo o foco quando tudo parece desmoronar. A ciência está desvendando como líderes como Nooyi constroem essa força interior, oferecendo ferramentas para que qualquer um prospere em um mundo de desafios implacáveis.



Então, como podemos desenvolver essa mente inabalável? O que permite a um líder enfrentar crises com serenidade, tomar decisões lúcidas e inspirar equipes sob pressão? É um dom reservado a poucos ou uma habilidade que todos podem cultivar?&nbsp;



O cérebro pode se transformar em uma máquina de resiliência. No coração da resistência mental está o BDNF (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro), proteína que age como um “fertilizante” para o cérebro, nutrindo o crescimento de novos neurônios e fortalecendo as conexões entre eles, como pontes que tornam uma cidade mais funcional. Produzido em áreas cruciais como o hipocampo, responsável pela memória e aprendizado, e o córtex cingulado anterior, que regula emoções, o BDNF é a chave da neuroplasticidade, a habilidade do cérebro de se adaptar a novos desafios, como um músculo que se fortalece com treino. Estudo de 2023 publicado na Frontiers in Molecular Neuroscience revelou que níveis elevados de BDNF estão ligados à melhor memória, aprendizado mais rápido e controle emocional, formando a base da resiliência mental.



A ciência mostra que o BDNF é sensível ao nosso estilo de vida. Atividades como corrida matinal, uma boa noite de sono ou aprender uma nova habilidade, como tocar violão ou analisar dados, aumentam sua produção, como regar uma planta para que floresça. Por outro lado, o estresse crônico, como prazos intermináveis ou noites mal dormidas, reduz o BDNF, enfraquecendo a capacidade do cérebro de se adaptar.&nbsp;





O exercício físico é o motor mais potente para aumentar o BDNF, como uma usina que abastece o cérebro com energia. Atividades aeróbicas, como correr ao amanhecer ou pedalar em um parque, já são ótimas, mas exercícios que unem corpo e mente, como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) ou ioga, oferecem um impulso extra.&nbsp;



Países como a Dinamarca ilustram o poder coletivo do exercício. Lá, ciclovias lotadas e políticas públicas que incentivam esportes criam uma cultura de movimento: é comum ver executivos pedalando para o trabalho, com mochilas nas costas e o vento no rosto. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o país tem uma das menores taxas de transtornos de ansiedade na Europa, com apenas 4% da população afetada, em parte graças a essa rotina ativa. Em contraste, nos Estados Unidos, onde 40% dos adultos são sedentários, segundo a American Psychological Association, os custos com saúde mental chegam a US$ 300 bilhões por ano, sobrecarregando empresas e sistemas de saúde. A ioga, praticada por 300 milhões de pessoas no mundo, também brilha como ferramenta de resiliência.&nbsp;



<h2 class="wp-block-heading">O sono pode ser a arma secreta para uma mente inabalável</h2>



O sono é a fundação invisível da mente inabalável, mas frequentemente sacrificado em culturas corporativas que celebram o “trabalhar até cair”. Imagine o cérebro como um computador: sem uma noite de sono, ele fica lento, com falhas no sistema. Empresas como a SoftBank, no Japão, estão começando a mudar isso, oferecendo salas de descanso e incentivando pausas, inspiradas por evidências de que o sono aumenta a produtividade em até 20%. Mesmo assim, a cultura de longas jornadas persiste: 20% dos trabalhadores japoneses dormem menos de 6 horas por noite, segundo o Japan Times, enfrentando cansaço crônico. Já na Finlândia, onde a média de sono é de 7,8 horas, trabalhadores chegam ao escritório revigorados, contribuindo para uma produtividade per capita entre as mais altas do mundo, de acordo com o World Economic Forum.



Para otimizar o sono, especialistas sugerem ações simples: manter um horário fixo, como ir para a cama às 22h; evitar cafeína após o meio-dia; e desligar telas uma hora antes de dormir, trocando a luz azul do celular por um livro ou uma conversa. Essas práticas são como lubrificar as engrenagens da mente, permitindo que líderes enfrentem pressões com clareza.



<h2 class="wp-block-heading">Estratégias práticas para líderes: um roteiro para a resiliência</h2>



A ciência do BDNF oferece um mapa para construir uma mente inabalável, mesmo com agendas lotadas. Aqui estão cinco estratégias práticas, respaldadas por evidências, para líderes incorporarem ao dia a dia:



<ol class="wp-block-list">
<li>Exercício Regular: Dedique 20 minutos, três vezes por semana, a um treino de HIIT (ex.: 30 segundos de burpees, 30 segundos de descanso, repetidos por 8 ciclos) ou uma sessão de ioga com posturas como “guerreiro” e “árvore”. </li>



<li>Sono Priorizado: Estabeleça rotina de 7 a 9 horas de sono, indo para a cama em um horário fixo (ex.: 22h) e acordando às 6h ou 7h. Crie um ambiente propício: use cortinas blackout, mantenha o quarto a 18-20°C e evite cafeína após o meio-dia. Uma hora antes de dormir, troque o celular por um livro ou prática de relaxamento. </li>



<li>Aprendizado Contínuo: Reserve 15 minutos diários para aprender algo novo, como um idioma ou uma habilidade profissional. Pratique à tarde, quando a energia está alta, e anote progressos em um caderno. Por exemplo, aprenda cinco palavras novas por dia ou pratique uma fórmula de planilha. </li>



<li>Exposição ao Frio: Comece com banhos frios de 30 segundos após o banho quente, aumentando gradualmente para 2 minutos. Use uma ducha a 10-15°C ou mergulhe os pulsos em água gelada durante as pausas no trabalho. Pratique três vezes por semana, respirando profundamente para controlar o desconforto. Um cronômetro pode ajudar a manter a consistência. Evidências preliminares sugerem que isso melhora a tolerância ao estresse, como temperar o aço para torná-lo mais forte.</li>
</ol>



* Charles Betito é fundador da MIND station e especialista em educação corporativa e saúde mental

COVID-19 e saúde mental: momento pede adaptação de empresas e cuidado com os colaboradores

Guilherme Junqueira

Como formar líderes na sua empresa, com Luis Vabo

Como formar líderes na sua empresa, com Luis Vabo

Sobre o autor

Guilherme Junqueira

Seja Premium e tenha acesso ao nosso arsenal de cursos

Mais artigos deCarreira e Performance

A Reforma Tributária não é apenas da área fiscal

A geração que tenta ensinar o que ainda não aprendeu: educar em tempos de ansiedade digital

Descubra o poder do seu cérebro para superar crises de esgotamento