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Hoje vou escrever sobre futuro. Não é profecia ou algo místico, mas uma tendência – e talvez nem mais tendência, mas uma realidade. Há um tempo vem sendo bastante citado o tal da big data. O que seria isso? Antes de tudo deixar claro que a big data não é apenas enxugar um conglomerado de dados e condensar tudo em um relatório. Estamos na superficialidade da mineração de dados, existe algo muito mais profundo que isso.
Estamos passando pelo processo de &#8220;algoritmização&#8221; dos serviços, no qual são equacionados os resultados para que sejam mais assertivos. Temos algoritmos de busca, robôs que cotam no pregão da bolsa de valores, que fazem análises semânticas, que coletam seu estado físico/emocional por meio de uma pulseira e interfaces digitais que sabem melhor do que você das suas próprias preferências.
Algumas empresas conhecidas têm encontrado verdadeiras pepitas de ouro nessa Serra Pelada da informação, empresas que já estão avançadas nessa empreitada, Google, SAP e Amazon, por exemplo. Que elas nos sirvam de inspiração para trabalharmos mais e encontrarmos nossa Eldorado nessa garimpagem de dados.
Acredito que muitos dados não estão sendo identificados devido ao volumoso e rápido fluxo de informações. Quando tais informações forem automatizadas com inteligências artificiais capazes de entender dados cognitivos em uma velocidade quântica, prosseguiremos conseguindo processar mais e mais volumes de dados, num crescente exponencial. Por isso sou a favor de APIs de códigos livres que possibilitam cruzar informações de diferentes aplicações digitais, possibilitando a criação de algoritmos mais robustos e de melhor detalhamento de dados.
Quando cruzamos dados de mundos correlatos para identificar padrões habituais, temos a oportunidade de adquirir novos insights e aprender hoje a como analisá-los nos possibilitará conquistar o futuro. Com os avanços da big data e em paralelo da inteligência artificial, teremos clusters consolidados de dados que trarão a capacidade de analisar e prever o futuro, numa verdadeira business intelligence.

Economia Preditiva: Big Data e o Business Intelligence

Estamos passando pelo processo de "algoritmização" dos serviços, no qual são equacionados os resultados para que sejam mais assertivos.

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Administradores | Conhecimento para Resultados

Comecei a poupar alguns recursos financeiros com o intuito de realizar projetos pessoais de médio e longo prazo. Eu não tenho lá muito conhecimento em finanças e economia, então passei a pesquisar a respeito e encontrei alguns sites, livros e grupos com bons conteúdos sobre o tema. Outra coisa que me ajudou muito foi o jogo de celular, Sim City, que me ensinou alguns fundamentos. Para quem não o conhece, é um jogo para gerir uma cidade. O jogador é o prefeito e para completar as tarefas precisa solucionar problemas semelhantes ao de uma cidade real e manter a satisfação dos seus cidadãos, chamados de Sims.
Conforme fui produzindo recursos para atender as necessidades no jogo, percebi algo interessante e que tinha relação com os meus ativos. Tratava-se do minério de ferro. Coincidentemente assisti na ocasião ao episódio 8 da temporada 24 de Os Simpsons. Hommer ficara viciado em um jogo semelhante ao Sim City. Em uma das cenas em que está jogando ele diz, na versão em português: "Minério de ferro nunca é demais".
A partir daí comecei a me interessar mais no assunto e cheguei na revolução industrial de 1780 que foi até 1860 e na segunda, de 1860 até 1914. Em ambas o minério de ferro e o aço foram importantíssimos no processo de industrialização. Após tantas transformações nos processos produtivos, ainda assim o ferro e o aço continuaram importantes e resistem ao tempo. Encontramos esses materiais em quase tudo o que se refere à construção da vida moderna. Desde os aviões e dos alicerces para nossas casas, passando pelos carros e toda sorte de ferramentais criados pelo homem, até culminar nos móveis da nossa sala e na geladeira lá da cozinha.
Passei então a procurar por mineradoras e metalúrgicas listadas na Bolsa de Valores e criei uma tabela com as mais relevantes pagadoras de proventos periódicos e com ótima saúde financeira, e aproveitei para incluir também instituições financeiras com relações em obras de infraestrutura e mineração. E assim montei minha carteira variável. Havendo um crescimento nas produções que dependem de ferro e aço como componente, certamente haverá empréstimos sendo feitos para suprir a demanda.
Essa estratégia está sendo testada e obviamente requer análises preditivas e técnicas. Com as informações consigo montar um modelo para análise de mensuração dos resultados. A intenção dessa reflexão é sugerir atenção aos inputs comportamentais de economia provindos de diferentes fontes. No meu caso o input veio por meio do entretenimento. Foi com o Sim City e com o Hommer (que diria?) que obtive bons aprendizados que coloquei em prática.
A nossa cultura nos permite identificar oportunidades baseado em nossas referências, e se beneficiar disso pode se tornar um grande diferencial.

Gamificação: Teoria dos jogos em ação - Parte 1

Quando eu era adolescente, li numa revista de curiosidades a respeito de um projeto chamado My Life Bits. Achava muito interessante esse projeto, o participante Gordon Bell registrava tudo ao seu redor, eram momentos, conversas, documentos e outras coisas. Tudo era capturado por uma câmera Sense Cam da Microsoft e um microfone de gravador empunhados por ele. O material era armazenado e organizado de maneira inteligente para servir como a memória expandida de uma vida inteira.
Para quem não conhece o My Life Bits, trata-se de um projeto baseado no conceito publicado em 1945 pelo engenheiro Vannevar Bush, um americano que idealizou um dispositivo hipotético chamado de Memex, no qual um indivíduo poderia armazenar seus registros e consultá-los quase instantaneamente. Parecido com o que temos hoje no conceito de indexação de hiperlinks dos motores de buscas do Google ou de plataforma wiki, como a Wikipédia.
A meu ver, uma nova derivação do projeto My Life Bits surgiu com a chegada da câmera Google Clip, uma evolução da Sense Cam. Coletando dados audiovisuais do cotidiano com o auxílio da Google Clip e outros aplicativos, como o IFTTT e o Google Photo, conseguimos armazenar dados com suplemento íntimo ampliado para memória, e baseado no nosso conhecimento pessoal. Tudo isso fica mais interessante com os avanços da inteligência artificial e resulta nos assistentes de voz (Siri, Cortana e Google Assistente), que fazem várias tarefas organizacionais: processam e-mails, folheiam noticiários, enviam mensagens... Chegamos nesse resultado com uma combinação de memória expandida digital organizada por uma rede neural artificial.
A memória digital expandida, além de ser uma ampliação da memória convencional do ser humano, tem a mesma importância que um artefato arqueológico encontrado em escavações, ou uma enciclopédia pessoal que reúne conhecimentos humano ordenado por acontecimentos. Estudar as transformações sociais das civilizações requer dados de memória.
Em seu livro Small Data, Martin Lindstron conta um pouco de como faz para adquirir insumos para suas pesquisas e encontrar soluções para problemas mercadológicos. Ele consegue chegar aos seus resultados com a vivência em um grupo social. Observando esse grupo, Martin identifica comportamentos latentes e os analisa para chegar em um conhecimento e transformar isso em uma inteligência. O que Martin faz é organizar sua memória para obter insights. Com o My Life Bits o trabalho de Martin seria armazenar um registro histórico essencial para as ciências sociais do futuro realizarem estudos e descobertas históricas.
Eu poderia ter realizado na adolescência meu próprio experimento... Talvez hoje eu tivesse uns bons dez anos de memória armazenada e poderia relembrar acontecimentos ou simplesmente guardá-los para consultas futuras ou mostrar para os filhos.
Talvez daqui a cem anos haveria um cientista estudando o comportamento do adolescente do começo do século XXI baseado nas minhas memórias. Isso não vai acontecer... No entanto, Gordon Bell será um ícone e suas memórias serão o elo fundamental da história no futuro.

Memória digital: A enciclopédia de todos uma vida

Em 1999 era exibido um filme que virara fenômeno e até hoje seu roteiro e efeitos visuais são elogiáveis. Uma obra de ficção que retratava a dominação das máquinas sobre os humanos. Estou falando de Matrix, o filme. Quem assistiu sabe que o protagonista é um hacker, um sujeito que, em síntese, descobre que sua percepção de mundo era na realidade fruto de induções em sua mente de uma pseudorrealidade feitas por máquinas.
Vários elementos da cultura popular estão presentes na história. Alguns desses elementos são futuristas, mas já estão presentes no nosso atual cotidiano. Bom exemplo é a chamada “inteligência artificial”, tema de filmes de ficção há décadas, e que hoje em certa medida é uma realidade em constante fomento.
Mas o que vale destacar é o posicionamento do protagonista, que a partir do mundo físico vai guiando a galera dentro da Matrix. Agindo como uma espécie de "quant" (cientista de dados) ele interpreta os dados raqueados das máquinas e desvenda a linguagem dos códigos para identificar informações valiosas que servem para guiar os personagens na matrix.
Existe ali um conjunto de sequência finita de regras e procedimentos lógicos perfeitamente definidos, os algoritmos, e dentro da matrix tudo são estruturas de códigos, extremamente complexos, e qualquer ação é registrada e disponibilizada em uma interface exemplificada por telas de prompt de comando com linhas flutuantes com dados dinâmicos em quantidade inimaginável, e que vão sendo exibidos em tempo real, o que deixa bem clara a possibilidade de orientação por esses dados (data-driven).
Contextualizando para nossa realidade atual, pode-se afirmar que nenhum de nós está dentro de uma matrix, mas não há como negar que os algoritmos têm uma influência sobre nós, fato facilmente percebido quando usamos os buscadores de site, as redes sociais e em diversas aplicações digitais e estatísticas da internet.
A nossa matrix é, digamos, um ecossistema inorgânico que vem sendo organizando para nos colocar, dentro de pouco tempo, permanentemente conectados. Acontecerá primeiro com a cobertura da internet democraticamente distribuída e barata, gratuita em locais públicos; depois a escalada da internet que virá embutida nas coisas (que não computadores ou smarts), e finalizará com a automação de grandes volumes de dados auxiliados por redes neurais artificiais e processamento quântico.
Tudo isso já vem acontecendo e evoluindo simultaneamente, e está relacionado aos "algoritmos comportamentais" dos seres humanos. Em vez de pensarmos nos algoritmos como códigos-linguagem de computador, melhor entendê-los como um conjunto de procedimentos lógicos, que no caso do ser humano estariam associados aos hábitos, rotinas e decisões. Os grandes volumes de dados (Big Data) são coletados e fornecem as atividades dos indivíduos que interagem com plataformas digitais, mensuráveis em métricas numéricas automatizadas por ferramentas com modelos estáticos e matemáticos, que por sua vez são auxiliadas por uma alta capacidade de processamento e interpretadas por máquinas.
Ufa! Assusta? Pois saiba o leitor que temos a ciência dos dados, hoje e agora, direcionando incalculáveis esforços nesse sentido.
Além dos grandes volumes de dados, os pequenos dados (Small Data), encontrados em estudos sociológicos e registros de atividades neurais de um grupo social, servem para mensurar qualitativamente os padrões e as necessidades amostrais de uma população; e a ciência comportamental tem contribuído para esses resultados, de forma que ambas as ciências se inter-relacionam e se complementam com informações quantitativa e qualitativa.
É como se estivéssemos hoje naquele momento do filme Matrix em que um plugue é inserido na nuca do sujeito para conectar seu cérebro à máquina, de forma a fazer com que ambos trabalhem simultaneamente para cuspir informações que irão guiar cada um de nós.
O nosso fim não vai ser o apocalipse de máquinas, como nos filmes do Stanley Kubrik dos anos 60 e 70, mas possivelmente uma descoberta científica da capacidade da integração da máquina criada pelo homem e da nossa própria humanidade biológica.
Aposto que agora você vai assistir Matrix com outro olhar.

Economia Preditiva: Big Data e o Business Intelligence

Filipe Gandine Tollotti

Como se tornar um executivo fora de série, com Marília Fiuza | Café com ADM 474

Como se tornar um executivo fora de série, com Marília Fiuza | Café com ADM 474

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