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Erros que destroem o valor em fusões e aquisições: a visão de finanças

Adriano Braz
Adriano Braz
19 dez 2025 às 10:55
Última atualização: 19 dez 2025
5 min leitura
19 dez 2025 às 10:55
5 min leitura
Última atualização: 19 dez 2025
Erros que destroem o valor em fusões e aquisições: a visão de finanças

Créditos: Adobe Stock

Em um cenário onde a maioria das fusões destrói valor, a competência técnica em finanças é uma importante linha de defesa para a estabilidade econômica sustentável

As estatísticas sobre o sucesso de fusões e aquisições (M&A) são consistentes — e desanimadoras. Revisões amplamente citadas, incluindo publicações da Harvard Business Review, indicam que 70% a 90% das transações falham em criar o valor esperado. Estudos da KPMG e da Bain & Company reforçam que a maioria dos deals não entrega o business case prometido e, em análises recentes com milhares de transações, mais da metade destruiu valor ao acionista no pós-fechamento.

O ponto central que precisamos entender é que o valor raramente se perde no dia da assinatura do contrato. Ele se dissipa silenciosamente nos meses seguintes, quando a integração perde a disciplina financeira e operacional.

O Silêncio da Destruição no Pós-Fechamento

A falha em uma fusão costuma ser uma combinação de decisões estratégicas mal calibradas, controles frágeis e premissas financeiras que não resistem à execução. O impacto vai muito além do resultado do trimestre: a produtividade cai, projetos vitais são interrompidos, talentos retidos por anos deixam a companhia e toda a cadeia de valor — clientes, fornecedores e parceiros — sente o efeito erosivo.

Muito do que se perde não aparece imediatamente no balanço patrimonial: conhecimento tácito, complementaridade de competências e o alinhamento entre estratégia e estrutura de capital. Essa “mágica” das sinergias desaparece quando a governança e os incentivos não são desenhados para proteger o que foi comprado.

Por que M&A falha? A ótica financeira

Um Especialista em Recursos humanos apontará cultura e retenção; o de Marketing apontará posicionamento e execução comercial. Sob a ótica financeira, o fracasso é visto como a incapacidade de traduzir a ambição estratégica em metas mensuráveis, identificar onde o desvio começa e criar disciplina para corrigi-lo enquanto ainda há liquidez.

O papel de finanças em M&A é atuar como o antídoto para a incerteza. Ele reduz a “zona cinzenta” da subjetividade ao transformar intenções em números auditáveis e rotinas de governança. Além disso, exerce um papel sistêmico: previsibilidade e transparência fortalecem a confiança do mercado de capitais, sustentando o fluxo de investimentos em fusões e aquisições que por seguinte promove crescimento econômico.

Onde o Valor se Dissipa: Os Pontos Críticos

1. Integração de Sistemas e Tecnologia

Subestimar a tecnologia cria “pontos únicos de falha”. Conectar ERPs e bancos de dados sem uma arquitetura de segurança e continuidade gera impactos financeiros imediatos: paralisações operacionais, atraso de faturamento e custos extraordinários de remediação. A conta chega rápido ao Demonstrativo de Resultados (P&L) e ao fluxo de caixa.

2. Erosão da Eficiência Operacional: O Cálculo da Perda

A incerteza do pós-fechamento gera dissonância organizacional. Quando o capital humano perde o foco, o dreno financeiro é matemático e severo.

Exemplo simples: uma planta com 300 pessoas ao custode $50/hora perdendo apenas 1,5h/dia de produtividade → perda de S$22,5 mil/dia ou $450 mil/mês.
Com margem de 10%, seriam $4,5 milhões em vendas adicionais apenas para empatar. Em escala nacional, isso explica bilhões desperdiçados.

3. Receita que não vem: Cross-selling e Earn-outs

Assumir que o cross-selling acontece organicamente é um erro clássico. Sem integração de portfólio e processos de crédito e faturamento, a sinergia de receita não se materializa.

Além disso, os Earn-outs (pagamentos vinculados a metas) mal desenhados agravam o problema: metas subjetivas geram conflitos, judicialização e paralisia. Finanças deve garantir que as métricas sejam cegas e puramente ligadas à criação de valor real.

4. Goodwill, Fair Value e Intangíveis

Grande parte do prêmio pago em M&A reside em ativos intangíveis: marcas, patentes e carteiras de clientes. Quando finanças falha em identificar esses ativos através de um PPA (Purchase Price Allocation) rigoroso, tudo é lançado como Goodwill.

O risco é duplo:

• Piora a eficiência fiscal: Intangíveis identificados podem ser amortizados, reduzindo impostos; o Goodwill não.

• Risco de Impairment: Se a empresa não performa, o Goodwill sofre baixa contábil, eliminando lucros e abalando a credibilidade perante investidores.

5. Reporting, Controles e Governança

Priorizar a velocidade e esquecer os controles internos cria “buracos” no reconhecimento de receita e provisões. O impacto vai além do ajuste contábil: gera atrasos de fechamento, custos de auditoria elevados e perda de confiança de credores. A integração financeira é uma atividade de caminho crítico; os sistemas precisam falar a mesma língua para que as sinergias sejam medidas em tempo real.

6. Gestão de Caixa e Tesouraria

A unificação do caixa é uma das poucas frentes que gera ganhos rápidos. Eliminar estruturas bancárias redundantes e implementar o netting (compensação interna) reduz custos financeiros e libera liquidez. Contudo, executar isso sem um mapeamento rigoroso pode “congelar” o caixa em subsidiárias e criar rupturas operacionais graves.

O Tempo de Decisão como Ativo Econômico

No ambiente de fusões, o tempo é dinheiro. Estruturas duplicadas e papéis pouco claros atrasam decisões vitais. Cada dia de hesitação tem um custo: receita perdida, custos mantidos e sinergias postergadas. Quando a organização entra em “modo espera”, o business casecomeça a apodrecer antes mesmo de ser executado.

Conclusão: A Relevância Sistêmica da Disciplina Financeira

M&A falhar também por falta de execução financeira disciplinada. O valor se perde quando os números deixam de refletir a realidade e a governança falha em proteger o patrimônio investido.

Na função de finanças, garantir o sucesso de uma integração não é apenas uma tarefa corporativa; é um ato de preservação de valor econômico. Ao evitar a destruição de capital em grandes fusões, protegemos empregos, asseguramos a saúde do mercado de capitais e garantimos que os recursos da nação sejam alocados de forma produtiva. Em um cenário onde a maioria das fusões destrói valor, a competência técnica em finanças é uma importante linha de defesa para a estabilidade econômica sustentável.

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    Adriano Braz

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    Adriano Braz é Controller Financeiro atuando nos Estados Unidos, com experiência em gestão corporativa e integração pós-aquisição em ambiente multinacional. Atua na governança e no alinhamento de práticas financeiras entre operações nos EUA e na Europa, com interface frequente com o Brasil. Seu foco é fundamentar decisões de negócio com disciplina financeira, melhoria de controles, indicadores financeiros e gestão de riscos.

    Adriano Braz é Controller Financeiro atuando nos Estados Unidos, com experiência em gestão corporativa e integração pós-aquisição em ambiente multinacional. Atua na governança e no alinhamento de práticas financeiras entre operações nos EUA e na Europa, com interface frequente com o Brasil. Seu foco é fundamentar decisões de negócio com disciplina financeira, melhoria de controles, indicadores financeiros e gestão de riscos.

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