INFLUÊNCIA DO POSITIVISMO NO PROCESSO EDUCACIONAL Antonio José Silva Costa* Resumo O presente artigo pretende discutir a influência do método positivista no meio educacional apresentado como mentor do método Comte. Dessa maneira explana a contribuição do positivismo na educação brasileira. Então fez-se necessário deter-se de uma literatura que seguisse a mesma linha de raciocínio capaz de concatenar a idéia de cada autor que discute o assunto em estudo. Procurando enfatizar a relevância da filosofia proposta por Augusto Comte e para a análise das relações do positivismo no meio educacional Para tanto é necessário discutir a participação dessa doutrina na instituição escolar. Palavras-chave: Método positivista. Comte.educação.contribuição abstract This article discusses the influence of the positivist method in the education presented as mentor method Comte. Thus explains the contribution of positivism in Brazilian education. So it was necessary to hold up a literature that followed the same line of reasoning can concatenate the idea of every author who discusses the subject under study. Therefore, it is necessary to discuss the participation of teaching in schools. Keywords: Method positivist. Comte.educação.contribuição 1 INTRODUÇÃO No Brasil a corrente positivista só veio a culminar a partir do século IX. Antes disso o País preocupava-se com outras fontes de pesquisas como: estudos literários, por exemplo. Nesse contexto, os estudos de cunho positivista eram pouco conhecido e, por isso, veio a retardar o seu estudo aqui.Daí então, diz-se que método positivista é uma doutrina que tem como mentor Comte, em que se reforça que o homem procura analisar a explicação das coisas através da observação cientifica. impossível O Positivismo pregava a cientifização do pensamento e do estudo humano, visando a obtenção de resultados objetivos e ligado ao que é correto. Os seguidores desse movimento acreditavam num ideal de neutralidade, isto é, na separação entre o pesquisador/autor e sua obra. Nesse âmbito, os positivistas crêem que o conhecimento se explica por si mesmo, necessitando apenas seu estudioso recuperá-lo e colocá-lo à mostra com o auxilio do empirismo. Segundo Comte (apud Mesquita, 2001, p.27) “Uma vez que nosso conhecimento está uniformemente fundado em observações, a direção de nossos interesses espirituais deve ser entregue ao poder da ciência positiva”. Em complemento pode-se afirmar que a corrente positivista está intimamente ligada ao campo filosófico e tem um caráter concreto dentro do estudo das ciências, e nega também tudo que seja ligado ao teológico e metafísico e só crer naquilo que o ser humano é capaz de observar. Quando recusa a teologia como fonte de explicação, argumenta que o ser humano para ter certeza da existência de alguma teoria, recorre ao poder supremo e na metafísica, sublinha que se recorre a outros meios sobrenaturais. Sendo assim o positivismo pede uma análise empírica e reforça que o homem só pode crer na existência de alguima coisa física capaz de ser observada. Myers ( 1996) explica que o positivismo é uma visão que tem um caráter científico que pra ser levado a sério não se deveria procurar motivos que levam a derivar de fontes externas mas sim restringir-se a análises de relações existentes e que são tidas como fontes dispostas a observação. Na visão do autor o conhecimento, por exemplo, para comprovação de sua existência baseava-se em fatos concretos adquiridos através de experiências. Para deter-se de tal informação acerca da influência da corrente positivista no ensino, realiza-se um estudo bibliográfico, tendo com embasamento teórico a discursão de vários pesquisadores que trabalham nessa linha, vale ressaltar também que as informações aqui discutidas servirão também como objeto de reflexão sobre o assunto em estudo 2 PARCIPAÇÃO DO POSITIVISMO NA ESCOLA . Saint-Simon (apud Iskandar e Leal 2002 ) foi quem deu início ao uso do termo positivismo na ciência, ele argumenta que o raciocínio deveria se basear nos fatos concretos observados e discutidos. O positivismo pelos meados do século XIX a XX, teve suma importância como fator participativo no ensino e isso porque várias ciências deram sua contribuição para a análise de estudos na área pedagógica, dentre elas pode se destacar a psicologia e sociologia não esquecendo de se fazer menção também a outras ciências, como a Matemática, por exemplo. Lins (1964) aponta que como sistema filosófico, político, social, educativo ou religioso propõe-se, no que é de fato real, o Positivismo passa a reestruturar a sociedade sem Deus nem Rei, através de métodos científicos e da manifestação da fraternidade universal. Convém explicitar que o método positivista só crê nas leis científicas e dessa forma, passa a deixar de lado o poder supremo, pois explica-se que esse não tem como comprovar a manifestação de sua existência e a sociedade de precisa de formulas comprováveis dento da base científica. Oliveira (2010) A educação jesuítica baseada no Ratio Studiorum, espécie de doutrina rígida em que o professornão se afastavaem matéria filosófica de Aristóteles, e teológica de Santo Tomás de Aquino, existiu no Brasil mesmo após a expulsão dos jesuítas em 1759. isso por causa das mudanças promovidas por Marquês de Pombal, pois, embora este houvesse anulado o sistema educacional jesuítico não colocara nada em seu lugar. Dessa forma não restou aos professores leigos outra alternativa senão continuar,apesar de pequenas mudança ocorridas no sistema educacional, o método jesuítico que esteve presente no Brasil por mais de duzentos anos.Assim mostra que as idéias acerca de mutações no campo educacional apresentam-se ainda muito lento Na versão de Ghiraldelli Jr. 1994, p. 20) explica que o pensamento laico longe se torrnar firme o que se percebe é a incapacidade de professores laicos em suparar a organização da cultura forjada pela igreja católica brasileira A presença do positivismo nas instituições de ensino, na luta contra a escola tradicional ligado ao clero, foi vista com algo marcadamente importante para lançamento do novas idéias que serviram para contribuição do ensino leigo no ensino das ciências, pois como se sabe a educação comandada pela igreja repassava somente conteúdos restritos afim de não tornar o indivíduo um descobridor de novos conceitos ligados as descobertas da ciências e, assim sendo, o aluno afastava-se da descobertas de métodos científicos servindo-se apenas como depósitos de conteúdo religiosos beneficiando, dessa forma, tento a igreja como a classe elitizada, pois para alguns essas idéias positivistas iriam tornar os jovens pessoas pensantes e isso era algo inaceitável pelo clero. Para Oliveira(2010) O objetivo maior do positivismo pretendido inicialmente por Augusto Comte e posteriormente por seus seguidores era promover uma reforma intelectual da sociedade, a reforma positiva do modo de pensar uma vez que a filosofia positiva era a única capaz de responder às exigências que o saber científico impunha à sociedade como um todo ( p. 07) […]. Em complemento, Rogel ( 1995,p. 131) argumenta que na idade média a “igreja detinha todos os poderes, garantia a obediência, controlava a vida intelectual e artística”.Dessa maneira, os jovens por não ter acesso a outros tipos de conhecimentos nas aulas, ficavam impedidos de explorar seus aspectos cognitivos e assim os impossibilitava de conhecer os métodos da cência e colaborar com descobertas de con ceitos científicos. Hoje com a participação incessante do positivismo muita coisa já mudou a esse respeito , Iskandar e Leal ( 2002) explicam: Com um currículo voltado para as ciências exatas e para a engenharia, a educação se distancia da tradição humanista e acadêmica, havendo uma certa aceitação das formas de disciplina típicas do positivismo. As palavras “ordem e progresso” que fazem parte da bandeira brasileira indicam claramente a influência positivista. Na década de 70 deste mesmo século, a escola tecnicista teve uma presença marcante. A valorização da ciência como forma de conhecimento objetivo, passível de verificação rigorosa por meio da observação e da experimentação, foi importante para a fundamentação da escola tecnicista no Brasil. Löwy (1998), complementa: […] As ciências da sociedade, assim como as da natureza, devem limitar-se à observação e à explicação causal dos fenômenos, de forma objetiva, neutra, livre de julgamentos de valor ou ideologias, descartando previamente todas as prenoções e preconceitos. (p. 17) Nesse aspecto, o estudo das ciências dentro do processo escolar devem ser analisados separadamente dos processos pedagógicos, pois assim se terá um esclarecimento maior nas mudanças da influência do positivismo no conceito do ensino. O positivismo privilegia apenas o que é verdadeiro, concreto ou inquestionável, ou seja, tudo aquilo em que baseia na experiência. As ideologias criadas a partir dessa premissa passaram a influenciar a prática pedagógica atraindo pesquisadores educacionais a participarem dessas idéias. Acerca desse assunto, novamente Iskandar e Leal ( 2002) admitem que: A educação influenciada pelos ideais positivistas carece de incentivo ao desenvolvimento do pensamento crítico. A educação tecnicista apoiada nos ideais positivistas não deve reduzir-se apenas ao ensino técnico, mas deve preocupar-se também em buscar a razão do próprio procedimento técnico. Aceitar a ciência como o único conhecimento, como queria o positivismo, é algo reducionista que perde uma considerável parcela de conhecimento que não estão no dado fica prejudicada tanto a criação como a dedução (p. 05). O processo educacional precisa receber não só idéias positivistas, principalmente na educação técnica, mas está sempre a procura de novas idéias que concretize não só o ensino técnico, bem como envolver a educação como um todo e isso é um dos ideais positivistas. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS A influência do positivismo comtiano no processo educacional veio como fator de suma importância nesse âmbito e isso como foi posto anteriormente, aos jovens eram repassados conteúdos de natureza religiosa deixando de lado a ciência. O Positivismo tem sido abordado de vários ângulos, mas em geral, de modo a apreciá-lo como método que teve bastante importância também no campo pedagógico. Diz-se aqui que o essencial de tudo não é olhar para a doutrina positivista como método desestruturador do pensamento da sociedade, mas como fator sistematizador de métodos científicos para que se perceba a extensão de sua influência no rumo da educação brasileira. REFERÊNCIAS GHIRALDELLI Jr, Paulo. História da Educação. 2ª ed. São Paulo Cortez, 1994. LINS, Ivan. História do positivismo no Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1964. OLIVEIRA, Claudemir Gonçalves de. A matriz positivista na educação Brasileira: uma análise das portas de entrada no período Republicano.V 01, N 01. edições outubro/janeiro 2010.h…………………….. . Acessado em: 10 de janeiro de 2010 LOWY, M. As Aventuras de Karl Marx contra o Barão de Munchhausen. Marxismo e Positivismo na Sociologia do conhecimento. 6 ed. São Paulo: Cortez, 1998.