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Não seja um Polvo na sua operação de E-commerce: por que acumular funções pode afundar sua operação digital?
Se você já gerencia um e-commerce enquanto toca outras frentes do seu negócio, deve se sentir, em muitos momentos, como um polvo: com cada um dos seus braços segurando uma função diferente.
Um braço cuida da operação do e-commerce, outro do financeiro, um terceiro está resolvendo problemas com fornecedores, enquanto mais um tenta responder clientes no WhatsApp. E, claro, ainda sobram braços para lidar com marketing, logística, contratação e tudo mais que aparece no dia a dia. Parece familiar?
O problema é que, na vida real, um polvo não tem braços infinitos. E um empresário que tenta segurar tudo ao mesmo tempo acaba com um e-commerce estagnado, sem estratégia e sem crescimento.
O risco de ser um polvo no e-commerce
Quando você tenta cuidar de tudo, o que acontece na prática é:
Decisões reativas, não estratégicas – Você está sempre apagando incêndios, sem tempo para pensar no crescimento do negócio.
Falta de especialização – Marketing digital exige conhecimento profundo, assim como logística, atendimento ao cliente e tecnologia. É impossível dominar tudo sozinho.
Dificuldade em escalar – O tempo é limitado. Se tudo depende de você, o crescimento do e-commerce também fica limitado.
Esgotamento pessoal – Acúmulo de funções leva à exaustão, e um empresário cansado toma decisões ruins.
Como sair desse ciclo?
1 &#8211; Delegue e automatize – Ferramentas de automação ajudam a reduzir tarefas operacionais, e um time (ou parceiros especializados) permite que você foque no que realmente importa.
2 &#8211; Crie processos claros – Um e-commerce sem processos depende do improviso, o que gera mais trabalho e erros.
3 &#8211; Invista em conhecimento, mas sem querer ser especialista em tudo – Ter noções de marketing digital, logística e atendimento é essencial, mas isso não significa que você precise executar todas essas funções.
4 &#8211; Contrate profissionais especializados – Seja um estagiário, analista, coordenador ou gerente, contar com profissionais que dominam suas áreas faz toda a diferença. O investimento em pessoas capacitadas acelera o crescimento do e-commerce e reduz o peso nas suas costas.
5 &#8211; Defina prioridades – O que só você pode fazer? O que pode ser terceirizado ou delegado? O crescimento vem quando você foca no estratégico e deixa a operação rodar com eficiência.
Você é o dono do e-commerce, não um polvo.
Se quiser que sua operação digital cresça, precisa largar algumas funções e permitir que o e-commerce se torne um negócio independente, e não mais um peso sobre os seus ombros.
O que está impedindo você de deixar de ser um polvo no seu e-commerce? Me conta nos comentários!

Não seja um "gestor polvo" no seu E-commerce

Não seja um Polvo na sua operação de E-commerce: por que acumular funções pode afundar sua operação digital?Se você já gerencia um e-commerce enquanto toca outras frentes do seu negócio, deve se sentir, em muitos momentos, como um polvo: com cada um dos seus braços segurando uma função diferente.Um braço cuida da operação do e-commerce, outro do financeiro, um terceiro está resolvendo problemas com fornecedores, enquanto mais um tenta responder clientes no WhatsApp. E, claro, ainda sobram braços para lidar com marketing, logística, contratação e tudo mais que aparece no dia a dia. Parece familiar?O problema é que, na vida real, um polvo não tem braços infinitos. E um empresário que tenta segurar tudo ao mesmo tempo acaba com um e-commerce estagnado, sem estratégia e sem crescimento.O risco de ser um polvo no e-commerceQuando você tenta cuidar de tudo, o que acontece na prática é:Decisões reativas, não estratégicas – Você está sempre apagando incêndios, sem tempo para pensar no crescimento do negócio.Falta de especialização – Marketing digital exige conhecimento profundo, assim como logística, atendimento ao cliente e tecnologia. É impossível dominar tudo sozinho.Dificuldade em escalar – O tempo é limitado. Se tudo depende de você, o crescimento do e-commerce também fica limitado.Esgotamento pessoal – Acúmulo de funções leva à exaustão, e um empresário cansado toma decisões ruins.Como sair desse ciclo?1 - Delegue e automatize – Ferramentas de automação ajudam a reduzir tarefas operacionais, e um time (ou parceiros especializados) permite que você foque no que realmente importa.2 - Crie processos claros – Um e-commerce sem processos depende do improviso, o que gera mais trabalho e erros.3 - Invista em conhecimento, mas sem querer ser especialista em tudo – Ter noções de marketing digital, logística e atendimento é essencial, mas isso não significa que você precise executar todas essas funções.4 - Contrate profissionais especializados – Seja um estagiário, analista, coordenador ou gerente, contar com profissionais que dominam suas áreas faz toda a diferença. O investimento em pessoas capacitadas acelera o crescimento do e-commerce e reduz o peso nas suas costas.5 - Defina prioridades – O que só você pode fazer? O que pode ser terceirizado ou delegado? O crescimento vem quando você foca no estratégico e deixa a operação rodar com eficiência.Você é o dono do e-commerce, não um polvo.Se quiser que sua operação digital cresça, precisa largar algumas funções e permitir que o e-commerce se torne um negócio independente, e não mais um peso sobre os seus ombros.O que está impedindo você de deixar de ser um polvo no seu e-commerce? Me conta nos comentários!

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Não seja um &#8220;gestor polvo&#8221; no seu E-commerce

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Peter Drucker, um influente pensador e autor em administração, considerado o "pai da gestão moderna", introduziu diversos conceitos em sua área de atuação. Entre seus diversos conceitos, vou destacar apenas 3. São eles:1. Descentralizar: Distribuição do poder decisório dentro da empresa, dando autonomia a diferentes níveis e áreas para agirem rapidamente e de forma mais eficiente.2. Valorizar o capital humano: Valorização das pessoas como o principal ativo da empresa, reconhecendo que colaboradores motivados e capacitados impulsionam o sucesso da empresa.E por fim, um dos mais importantes, o que me inspirou a fazer este texto:3. Faça aquilo que você faz melhor e terceirize todo o resto.Neste terceiro e último conceito, Drucker sugere que as empresas devem concentrar seus recursos e esforços nas atividades onde possuem mais vantagem competitiva e mais experiência. As tarefas secundárias, mas não menos importantes, que podem ser feitas de forma bem mais eficientemente por terceiros, devem ser terceirizadas para que a empresa possa otimizar sua performance e reduzir custos. Isso permite que a empresa tenha mais agilidade e mais eficiência, sem perder a qualidade nas áreas principais.Em uma operação de E-commerce, este terceiro conceito é extremamente importante e um dos seus pilares de sustentação é a operação logística. E aí vem a questão: terceirizar ou não? Minha resposta: SIM (na maioria dos casos).Como eu disse no título deste texto, é impossível ser excelente em tudo, e deixar a operação logística com quem realmente entende do assunto, no final das contas, traz muito mais benefícios do que problemas. Porém, muitos empresários insistem no erro de querer internalizar o que é extremamente complexo e, principalmente, caro.Abaixo, cito 10 desvantagens e riscos ao internalizar uma operação logística:1 - Altos custos de implementação e manutenção: Criar e manter uma operação logística própria exige investimentos significativos em infraestrutura, como armazéns, veículos, sistemas de gerenciamento e contratação de pessoal especializado. Além disso, os custos operacionais, como manutenção de frota, salários e seguros, podem ser substancialmente maiores.2 - Complexidades operacionais: Gerenciar uma operação logística internamente é complexo, especialmente para empresas que não têm expertise nessa área. Isso pode resultar em ineficiências, erros operacionais, e dificuldades em lidar com variações na demanda.3 - Falta de flexibilidade: Empresas de logística terceirizadas geralmente possuem recursos mais amplos, podendo oferecer maior flexibilidade em termos de escala, geografia e capacidade de resposta. Internalizar a logística pode reduzir essa flexibilidade, dificultando a adaptação a mudanças rápidas no mercado ou nas necessidades dos clientes.4 - Riscos de tecnologia: A logística é um campo em rápida evolução, com constantes inovações tecnológicas. Empresas especializadas em logística geralmente estão mais preparadas e antenadas para investir em novas tecnologias, enquanto empresas que internalizam essa operação podem enfrentar dificuldades para acompanhar essas mudanças.5 - Falta de foco no Core Business: Se a logística não é o core business da empresa, dedicar recursos e atenção a essa operação pode desviar o foco de atividades essenciais, impactando negativamente o desempenho geral da empresa.6 - Sobre-capacidade ou Sub-capacidade: Estimar incorretamente a demanda pode levar a uma capacidade logística subutilizada (gerando custos desnecessários) ou insuficiente (resultando em atrasos e insatisfação dos clientes).7 - Dependência de expertise interna: A operação logística requer conhecimento especializado. Se a empresa não possui ou não consegue nem contratar e/ou reter talentos qualificados, isso pode comprometer a eficiência e a eficácia da logística interna.8 - Localização: A localização da operação logística precisa ser muito bem escolhida, pois isso pode impactar negativamente os prazos de entrega.9 - Fluxos e Processos internos: Empresas especializadas em logística já possuem fluxos operacionais e processos extremamente bem definidos para que suas equipes possam trabalhar de forma organizada e gerar bons resultados.10 - Perda de eficiência: A soma de todos os riscos e desvantagens citados acima, resultarão na perda de eficiência e, certamente, na insatisfação dos clientes, ainda mais se a sua operação logística envolver clientes B2B e B2C simultaneamente.Conclusão: Se você tem muito tempo, muito dinheiro e muita disposição para assumir riscos para construir uma operação logística própria, ignore este texto.E como eu disse no título deste texto, é impossível ser excelente em tudo, mas é possível ser excelente no que você faz de melhor.

É impossível ser excelente em tudo

Eric Rossati, VP da ServiceNow para North Latam, revela como C-Levels estão usando inteligência artificial para validar premissas estratégicas e navegar mercados em crescimento acelerado



Eric Rossati é Vice-Presidente de Vendas da ServiceNow para a região de North Latam, responsável por liderar a estratégia comercial e de transformação digital em mercados como México, Colômbia, Caribe e América Central. Com 25 anos de experiência no setor de tecnologia e quase duas décadas em posições de liderança, construiu sua carreira em companhias globais como IBM, SAP e DocuSign, sempre com foco em inovação, cloud e aplicações de negócio.



Ao longo de sua trajetória, viveu e atuou em diversas cidades no Brasil, acumulando uma visão ampla sobre o mercado latino-americano. Há oito anos está baseado no México, onde tem liderado operações regionais e promovido a adoção de Inteligência Artificial como alavanca de produtividade e liderança. Reconhecido por sua visão estratégica e por integrar propósito humano e tecnologia, Eric tem se dedicado a impulsionar resultados sustentáveis em clientes e equipes de alta performance.





<h2 class="wp-block-heading">1. Validação de premissas: a nova fronteira da tomada de decisão</h2>



Pergunta: Como você diferencia uma boa decisão estratégica de uma aposta no escuro quando tem dezenas de oportunidades batendo na sua porta?



Insight de Eric: “Eu uso IA para validar premissas. Claro que uso para e-mail, e consultas simplesa. Mas uso muito&nbsp; mas mais para validar premissas e validar visoes. E me dar Insights de situacoes , potenciais e sempre validando decisoes e tem me ajudando bastante. Quando se torna líder, eu tive que aprender a falar não, ainda mais se você tem muitas demanda e movimento&nbsp; . O mercado na América Latina cresce muito, então ainda mais você precisa tomar boas decisões. Com o portfólio enorme que eu tenho na Servicenow, a primeira coisa é pensar por que não vou ou onde nao vou investir o tempo. A IA me traz dados e teorias para me ajudar nessas decisões, para definir estratégias e analisar clientes.”



A diferença entre líderes que prosperam e os que se afogam em oportunidades está na capacidade de dizer “não” estrategicamente. Rossati descobriu que a IA funciona como um consultor de dados 24/7, oferecendo frameworks teóricos e análises quantitativas que transformam intuição em decisão fundamentada. Em mercados de crescimento acelerado como a América Latina, onde as oportunidades se multiplicam rapidamente, essa validação prévia de premissas se torna o diferencial entre expansão sustentável e crescimento caótico.



<h2 class="wp-block-heading">2. O abismo entre potencial e prática: por que 90% usa IA como Google</h2>



Pergunta: Se todo mundo tem acesso às mesmas ferramentas de IA, por que alguns líderes extraem insights estratégicos enquanto outros apenas fazem pesquisas sofisticadas?



Insight de Eric: “A maioria não sabe usar ainda. É uma hype muito grande, ainda bem superficial, usando como um Google. Por exemplo, pegar um texto do WhatsApp para analisar o perfil da pessoa e ver o que fazer, ou para ir em board e ver as perguntas que fariam.”baseado na caracteristica das pessoas que formariam parte desse board .



O gap não está na tecnologia, mas na sofisticação do uso. Enquanto a maioria trata IA como um mecanismo de busca avançado, líderes como Rossati a utilizam para análise comportamental e preparação estratégica , validacao de conteudo e decisoes analiticas. A diferença está em fazer perguntas mais inteligentes: em vez de “o que é isso?”, perguntar “como isso impacta minha estratégia?”&nbsp; ou “que padrões comportamentais isso revela?”. Essa mudança de perspectiva transforma a IA de ferramenta de pesquisa em instrumento de inteligência competitiva.



<h2 class="wp-block-heading">3. DNA cultural: como brasileiros, americanos e mexicanos processam liderança</h2>



Pergunta: Por que um mesmo estilo de liderança funciona no México, falha no Brasil e é neutro nos EUA?



Insight de Eric: “O Brasil tem síndrome de vira-lata. Nós somos muito bons em negociação, nao temos medo exagerado do risco&nbsp; e isso se torna uma caracteristica super positiva em posicoes. E tempos que temos que correr riscos de mudancas de cenarios&nbsp; e decisoes agressivas , mas não somos tão diretos como argentinos que acaba sendo uma vantagem competitiva . O brasileiro é muito destemido, o pessoal da língua espanhola aqui na América Latina já é bem mais comedido algumas vezes conservador. O mexicano aceita muito bem o estrangeiro&nbsp; é bem normal os cargos altos estrangeiros. O brasileiro tem muito receio que o gringo veio para roubar o trabalho, já no México o cara pensa: esse cara pode ter coisas interessantes para aprender.”



A liderança eficaz na América Latina exige fluência cultural, não apenas linguística. Brasileiros combinam destemor com insegurança institucional - são capazes de grandes saltos estratégicos, mas precisam de validação constante. Mexicanos demonstram abertura natural à diversidade de liderança, vendo estrangeiros como oportunidade de aprendizado. Americanos operam com pragmatismo direto. Líderes que ignoram essas nuances culturais desperdiçam o potencial de suas equipes e criam resistências desnecessárias.



<h2 class="wp-block-heading">4. O paradoxo da liderança moderna: ser humano com resultado</h2>



Pergunta: Como você equilibra a pressão por performance com a necessidade de manter conexão humana em uma era cada vez mais digital?



Insight de Eric: “Precisa ser humano. Precisa ter noção da motivação para balancear a forma de lidar com cada um… foi um dos grandes aprendizados dos últimos anos. Os CRMs estão cada vez melhores na parte analítica, cada vez a tecnologia traz bem isso, o lado humano continua sendo super necessário. O time pode te subir ou te derrubar. Nas últimas 3 empresas o meu time acabou me acompanhando. O grande desafio é conseguir cobrar por performance sem perder a humanidade, é ser humano com resultado.”



A tecnologia está resolvendo a parte analítica da liderança, mas amplificando a importância do fator humano. Rossati identifica que, enquanto CRMs e ferramentas de análise se tornam mais sofisticados, a capacidade de motivar, inspirar e conectar-se genuinamente com equipes se torna o diferencial competitivo definitivo. O fato de suas equipes o acompanharem através de três empresas diferentes demonstra que liderança autêntica cria lealdade que transcende organizações.



<h2 class="wp-block-heading">A revolução silenciosa que está mudando o jogo</h2>



Empresas como Microsoft, Salesforce e ServiceNow não estão apenas implementando IA - estão redefinindo como líderes C-Level processam informações e tomam decisões. A diferença entre organizações que “usam” IA e aquelas que “são” orientadas por IA está na integração dessas ferramentas nos processos de validação estratégica, não apenas na automação operacional.



O framework que emerge combina metodologias estruturadas com análise preditiva de IA, criando um novo modelo de liderança baseada em dados mas executada com sensibilidade humana. Enquanto a maioria dos executivos ainda trata IA como uma ferramenta de eficiência, os verdadeiros inovadores a utilizam como amplificador de inteligência estratégica.



O erro mais comum é implementar IA sem redesenhar os processos decisórios. Líderes eficazes não apenas adotam a tecnologia - eles reconstroem sua metodologia de tomada de decisão em torno dela, mantendo sempre o elemento humano como centro da estratégia.



<h2 class="wp-block-heading">A pergunta que vai tirar seu sono</h2>



Sua equipe seguiria você para a próxima empresa?

A IA está transformando líderes em máquinas de decisão?

Por que admitir erros, medos e limites deixou de ser fraqueza para se tornar ativo estratégico de líderes admirados.



&nbsp;Durante décadas, a liderança foi associada a uma imagem quase inalcançável de perfeição. O líder que nunca falha, que sempre sabe a resposta certa, que mantém uma postura inabalável diante das adversidades. Essa narrativa, no entanto, foi perdendo espaço para uma visão mais humana, mais real e muito mais poderosa, a liderança que se permite ser vulnerável.



Assumir vulnerabilidade não significa fragilidade. Ao contrário, é justamente no ato de revelar limites, dúvidas ou medos que o líder abre espaço para a confiança. Colaboradores se conectam com quem se mostra humano, não com quem veste uma armadura inquebrável. A vulnerabilidade cria proximidade, inspira coragem e dá legitimidade às decisões, porque mostra que não se trata de perfeição, mas de verdade.





Nas organizações, líderes que praticam a vulnerabilidade criam ambientes mais seguros psicologicamente. Nessas culturas, os erros deixam de ser silenciados e passam a ser tratados como aprendizados coletivos. Isso não só fortalece a inovação, mas também promove engajamento, pois as pessoas sentem que podem contribuir de forma autêntica sem medo de julgamentos.



Admitir que não se tem todas as respostas, pedir ajuda quando necessário ou compartilhar um aprendizado difícil não reduz a autoridade. Pelo contrário: aumenta o respeito e a admiração. A vulnerabilidade se torna, assim, um ativo estratégico porque abre espaço para a confiança, a colaboração e a verdadeira liderança transformadora.



Em tempos de incerteza e mudanças rápidas, não há mais espaço para líderes que se sustentam apenas na rigidez da hierarquia. O poder está em liderar com humanidade, e a vulnerabilidade é a chave que conecta pessoas a pessoas. No fim, é isso que torna um líder inesquecível.

Liderar com vulnerabilidade é poder

Empresas que subestimam esse ponto crítico expõem-se não apenas a vazamentos de dados e perdas financeiras, mas também a responsabilização jurídica sob a LGPD e o Código Penal



O recente caso ocorrido em Piracicaba (SP), em que um ex-funcionário do iFood foi apontado como suspeito pelo vazamento de dados internos da empresa, reacendeu o alerta sobre uma vulnerabilidade silenciosa presente em muitas organizações: a falta de controle eficaz sobre os acessos digitais após o desligamento de colaboradores.



Segundo a apuração divulgada, o ex-colaborador manteve credenciais ativas que lhe permitiram acessar sistemas corporativos e expor dados sensíveis de clientes e parceiros. O incidente, além de manchar a imagem institucional, levanta uma questão jurídica central: até que ponto a empresa responde por falhas em sua própria governança de acessos e proteção de dados?



Este artigo analisa os deveres legais e técnicos das empresas no gerenciamento de credenciais e acessos de ex-funcionários, à luz da LGPD, da CLT e de normas de segurança da informação, propondo boas práticas para evitar incidentes semelhantes.



O momento da rescisão contratual é, paradoxalmente, um dos mais sensíveis para a segurança da informação.É comum que empresas formalizem o desligamento trabalhista antes de revogar credenciais de e-mail, acesso remoto, plataformas de clientes ou sistemas de ERP. Essa lacuna temporal, mesmo que de poucas horas, pode permitir a extração, cópia ou manipulação de dados corporativos.



Além disso, muitos colaboradores — especialmente em cargos de confiança ou tecnologia — possuem múltiplos níveis de acesso, inclusive a dados sensíveis e estratégicos. A ausência de inventário atualizado de permissões é o primeiro indício de falha de governança digital.





<h2 class="wp-block-heading">Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709/2018)</h2>



A LGPD estabelece, no art. 46, que os agentes de tratamento devem adotar medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados.Quando o incidente decorre da omissão em desativar credenciais, a empresa pode ser responsabilizada como controladora negligente, ainda que o ato final tenha sido praticado por um ex-funcionário.



A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) entende que o dever de segurança é contínuo e independe da fase da relação contratual, exigindo protocolos internos que assegurem eliminação de acesso, sigilo pós-contratual e rastreabilidade das ações de usuários.



<h2 class="wp-block-heading">Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)</h2>



O art. 482 da CLT prevê a possibilidade de dispensa por justa causa em casos de violação de segredo da empresa. Contudo, se a falha for da instituição — por exemplo, manter logins ativos —, a responsabilidade recai sobre o empregador, que deve zelar pelo sigilo das informações conforme o dever de segurança e de boa-fé objetiva.



<h2 class="wp-block-heading">Código Penal e responsabilidade criminal</h2>



Dependendo da gravidade, o acesso indevido por ex-funcionário pode configurar o crime previsto no art. 154-A do Código Penal, introduzido pela Lei nº 12.737/2012 (Lei Carolina Dieckmann):



“Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança.”



A pena é agravada se o agente obtiver, modificar ou destruir dados sem autorização, podendo chegar a 4 anos de reclusão. Ainda assim, a empresa poderá ser civilmente responsabilizada se restar demonstrado que a falha de controle facilitou o crime.



<h2 class="wp-block-heading">Normas técnicas e diretrizes de segurança</h2>



As normas da ABNT NBR ISO/IEC 27001:2022 e 27002:2022 tratam expressamente do ciclo de vida de acessos e identidades digitais, determinando que as organizações implementem políticas de:



Identificação e autenticação individualizada;



Revisão periódica de permissões;



Desativação imediata de credenciais após desligamento;



Registro de logs e rastreabilidade;



Monitoramento de tentativas de acesso indevido.



O não cumprimento dessas diretrizes, mesmo que não legais por si só, serve de parâmetro técnico para aferição de culpa ou negligência empresarial em auditorias e perícias digitais.



Política de desligamento digital imediato – Revogação de credenciais e tokens no exato momento da rescisão contratual.



Inventário de acessos atualizado – Lista de todos os sistemas, softwares e dispositivos sob credenciais individuais.



Integração entre RH e TI – O processo de desligamento deve envolver comunicação direta entre os departamentos, evitando lacunas administrativas.



Termo de confidencialidade pós-contratual (NDA) – Assinado no momento da contratação e revalidado no desligamento.



Auditoria de logs e trilhas de acesso – A análise contínua de registros permite detectar uso indevido mesmo após a saída do colaborador.



Treinamento periódico – Sensibilizar gestores e colaboradores sobre a importância do sigilo e consequências legais de violação.



O caso de Piracicaba é um retrato fiel da negligência empresarial no controle de acessos, problema recorrente e amplificado pelo crescimento da digitalização corporativa. Empresas que subestimam esse ponto crítico expõem-se não apenas a vazamentos de dados e perdas financeiras, mas também a responsabilização jurídica sob a LGPD e o Código Penal.



Mais do que uma questão de tecnologia, trata-se de governança corporativa e cultura de segurança.



BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).



BRASIL. Decreto nº 10.474, de 26 de agosto de 2020. Estrutura regimental da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).



BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).



BRASIL. Lei nº 12.737, de 30 de novembro de 2012. Dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos (Lei Carolina Dieckmann).



ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO/IEC 27001:2022. Sistemas de Gestão da Segurança da Informação.



ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO/IEC 27002:2022. Controles de Segurança da Informação.



M&amp;A SEGURANÇA DIGITAL. Vazamento de dados no iFood em Piracicaba revela falha interna. Disponível em: . Acesso em: out. 2025.

Não seja um "gestor polvo" no seu E-commerce

Gustavo Erlichman

Além da Ideia: como o networking pode transformar sua empresa, com Reginaldo Pereira | Café com ADM 467

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