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O cartoon, a charge e as tiras de quadrinhos são criações tradicionais no espaço jornalístico e editorial. Há algum tempo têm perdido espaço, notadamente o cartum, mas estas formas de expressão alcançaram outros fins e áreas de inserção. Assim, é comum a republicação dessas variações do desenho de humor em livros didáticos, em provas de avaliação como vestibulares etc.
Na consultoria onde atuo na área de comunicação, encontrei um espaço novo para trabalhar o desenho de humor. Inicialmente, criamos no site uma página exclusiva para a publicação regular de cartuns sobre temas relacionados ao mundo corporativo. Tenho tratado de assuntos como liderança, comunicação, o trabalho em equipe etc., tocando em especial os aspectos do comportamento, do convívio em escritórios. Depois, passei a fazer desenhos a partir de temas abordados nos cursos realizados. Criados durante as aulas, surpreenderam os alunos e motivaram mais debates e comentários sobre os temas enfocados. Isso significa unir o lúdico, a partir do humor, ao didático e, sem perder a seriedade dos objetivos, permitir informalidade ao ambiente &#8211; estimulando a socialização e integração dos participantes.
O uso do desenho de humor &#8211; e até mesmo da caricatura &#8211; foi incorporado à estrutura de um seminário organizado anualmente pela empresa. Os desenhos fortaleceram a atenção e envolvimento dos participantes. Estou certo de que contribuiram para uma nova visão dos temas relacionados aos processos de mudanças nas empresas e tratados durante o seminário. Ao final do evento, temos uma série de cartuns que acabam por ser publicados na seção já referida do site da consultoria.
O humor sempre abre caminho para o autoconhecimento – que forma de “exposição” pessoal é maior do que o riso ou o sorriso? Autoconhecimento é reposicionar-se e enxergar os outros pelo viés do humor abre o caminho crítico, a troca de experiências, uma interação. Sim, é claro, é preciso espírito esportivo e encontrar o padrão de linguagem, o estilo. O humor pode quebrar paradigmas já que&#8230; é para ser engraçado. Se questionado, se gerar constrangimentos ou indignação carrega, automaticamente, algo positivo: o diálogo, a ponderação, o reconhecimento de um erro ou a aceitação de uma mudança de postura.
Acredito que o uso de humor deve ser avaliado pelas áreas de comunicação, marketing, recursos humanos das empresas &#8211; algumas já começam a perceber que o recurso é sempre atraente ao público, mas tem utilizado apenas em grandes eventos, especialmente a caricatura. E, eventualmente, descobrir ou despertar talentos dentro das equipes, por que não? Usar o cartum ou a charge &#8211; seja sobre temas corporativos ou não &#8211; em boletins internos ou newsletters para o mercado; cursos internos de capacitação, eventos comemorativos internos ou voltados para o mercado; usar os desenhos em murais ou outras formas de comunicação interna pode ser estimulante e renovar o ambiente de trabalho &#8211; não importando qual o porte da empresa.
O humor com toda a certeza contribuirá para a renovação da cultura da empresa. Humor tem tudo a ver com mudança. Só não tem a ver com mau humor.

O desenho de humor e o mundo corporativo

O desenho de humor, criação tradicional no espaço jornalístico e editorial, começou a ser percebido como importante recurso de comunicação por algumas empresas - tanto com seu público interno como para sua ligação com o mercado

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O desenho de humor e o mundo corporativo

Sizenando Alves Silveira

IA e Cibersegurança: como a Kaspersky está redefinindo o setor, com Roberto Rebouças

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