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O EMPREGADO É UM CLIENTE, PARA O EMPREGADOR.
A relação de empregado e empregador, nos dias atuais, nos remete a considerações mais amplas das técnicas de relacionamento a serem adotadas pelo empregador, em relação ao empregado.
Nos tempos anteriores, especificamente, no Brasil, no séc. XX – início da década de 70, a &#8220;administração&#8221; empregava técnicas de relacionamento voltadas para a preocupação com as relações humanas, a criatividade, a participação, a inovação, entre outros.
Era um tempo de disponibilidade de mão-de-obra, relativa, com uma demanda relativamente superior à oferta, impulsionada pelo crescimento econômico da década, em que o Brasil empregava uma tecnologia pouco desenvolvida no seu parque industrial, recém desenvolvido.
De certo, que, as relações desenvolvidas pelos empregados e empregadores, tinham uma preocupação pautada na satisfação do individuo, enquanto participante de uma coletividade, então, modeladora da busca de uma &#8220;administração&#8221; mais refinada.
Entretanto, as mudanças ocorreram, com a crise econômica do início da década de 80 e a globalização do Brasil na década de 90.
A partir desse momento, a &#8220;administração&#8221; no Brasil enfrentou grandes desafios para encontrar um equilíbrio que atendesse aos novos interesses das partes, empregados e empregadores.
Surgiu uma nova categoria, que passou a deter uma parcela significativa na composição da riqueza brasileira, o setor de serviços, até então, de pouca significância.
A entrada do Brasil no mercado globalizado, levou à reorganização das técnicas aplicadas na &#8220;administração&#8221;, com a implementação de novas tecnologias de produção, de última geração, novos conceitos de produção, orientados para um público mais exigente, tanto em termos de qualidade, como de direitos.
Surgiu a partir desse momento, o incremento do setor de serviços, alimentado pelo deslocamento dos profissionais alijados das suas posições, no antigo mercado brasileiro, em detrimento da ausência de uma capacitação desses profissionais, independente do pontuamento da culpabilidade da inexistência de um programa preventivo que pudesse evitar esse quadro, o que não é o objetivo deste artigo.
O mercado brasileiro adaptou-se às novas culturas produtivas, com a criação de profissionais preparados para as novas exigências.
Não obstante, independente das crises momentâneas enfrentadas pelo mercado global, como a crise financeira de 2008, o mercado global nesta primeira década do séc. XXI, vem crescendo de uma forma vertical, considerando-se uma média geral, principalmente em alguns mercados em desenvolvimento, como os chamados &#8220;BRIC´s&#8221;.
É nesses mercados que temos a nova análise de relacionamento dentro das organizações, entre empregadores e empregados.
A partir de agora, o empregado, colaborador da organização no crescimento e conquista de mercado, passa a ter um valor diferenciado para o empregador, a organização.
O colaborador, profissional preparado para as novas exigências globalizadas, é uma &#8220;jóia&#8221;, que conforme o avanço de capacitação, atualização profissional pelas diversas modalidades ofertadas e disponibilizadas, tanto pelo mercado como pela própria organização, empregador, passa a ter uma valorização imensurável de seu potencial.
Dessa maneira, assim como o cliente/comprador, propriamente dito, tem um valor potencializado para o vendedor/fornecedor de produtos e serviços, o empregado/colaborador passa a ter um valor potencializado para o empregador/organização.
A &#8220;administração&#8221; não pode mais utilizar técnicas convencionais e padrões, para incentivar a motivação nos profissionais, deve sim, aplicar técnicas semelhantes às aplicadas na construção da cativação e permanência de clientes, enquanto compradores.
Para a organização a conquista e manutenção de um profissional preparado para as novas exigências do mercado, é tão ou mais custosa do que as estratégias para a conquista de novo cliente/comprador.
A &#8220;administração&#8221; deve aliar as técnicas de &#8220;marketing&#8221; ao incentivo dos seus colaboradores, de modo que, esses possam acreditar que aquele &#8220;produto&#8221;/organização em que atuam, é o melhor que o mercado disponibiliza e, assim, esses colaboradores empregaram toda a motivação para um crescimento continuo, com qualidade, da organização.
Assim como na relação de consumo pura, a organização deve criar códigos de ética e conduta nas relações com seus colaboradores, de modo que, esses possam sentir-se seguros quanto à garantia de que a confiança depositada naquela organização lhes trará retornos concretos.
Ainda, não podemos esquecer que esse conceito é uma mão de via dupla, porquanto, a organização também cresce com essa técnica &#8220;administrativa&#8221;, pois ela se aprimora no desenvolvimento dessa tecnologia, importantíssima, tanto quanto o desenvolvimento de um novíssimo equipamento, o equipamento &#8220;humano&#8221;, que agrega valor patrimonial à organização de forma potencializada.
Nos atuais dias e, daqui em diante, esses profissionais serão cada vez mais escassos no nosso mercado, em decorrência das políticas públicas de ensino e capacitação, considerando-se o crescimento econômico previsto para as próximas décadas.
Por: José Augusto de Sousa Machado

O empregado é um cliente, para o empregador

A "administração" deve aplicar uma nova técnica nas relações "empregado x empregador". O colaborador passou a agregar valor ao patrimônio da organização, portanto, investimento.

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A arte da docência, a reinvenção diária do ensino.O professor foi o “herói” de uma idealização de sociedades evoluídas, aquele que indicava o caminho a ser trilhado pelos indivíduos que são o elemento fundamental da formação do “homem” e, do crescimento cultural de um povo.O Brasil esqueceu deste “herói”, diante de um desvirtuamento da função pedagógica instituída pelo Estado, na aplicação de matrizes pedagógicas em que o professor é dito como um “mero” facilitador de uma política de educação baseada, apenas, tão e somente, em quantidades, em detrimento de uma qualidade fundamental á sobrevivência do avanço cultural da nossa sociedade.Sou professor de ensino superior e, vivenciei a mudança da importância do docente no contexto educacional, do nosso sistema educacional. O aluno não precisa entrar na sala de aula, com paúras daquele indivíduo que o aguarda na sala de aula, de pé, de frente para um grupo de “amedontrados” com o novo, não, apenas precisa acreditar, confiar naquele que o aguarda com a esperança de poder transmitir confiança e credibilidade, em poder tornar aquele indivíduo, o mote de mudanças que estão por vir, tornar aquele discente no principal elo de transformação social, de evolução cultural.Não resta dúvida, nos primórdios, o professor foi o elemento social mais influenciador de toda a transformação de uma sociedade, assim como o foi Aristóteles, professor de Alexandre “O Grande”.As palavras de um professor irradiavam uma verdade incontroversa, claro, em um período de nossa história em que tudo era novidade, os conhecimentos brotavam como flores em um jardim, a formação cognitiva era o alimento de sociedades desprovidas do conhecimento evolutivo, pois, a sala de aula era tida como um lugar sagrado, destinado a poucos “eleitos”, ditos como “Deuses”, por tanta superioridade intelectual, que acresciam ao seu conhecimento.Os tempos foram esvaindo-se nos séculos, os povos multiplicando-se de forma exponencial, uns sobrepondo-se aos outros, tudo de acordo com a importância que cada sociedade norteou à educação, principalmente, a valorização que o professor teve em cada uma dessas sociedades, como visto no século XVIII, na revolução francesa.No Brasil também tivemos um crescimento e evolução social relativamente importante, pois, podemos notar que o professor foi elemento chave no sistema educacional implementado pelo Estado nos séculos 19 e 20, claro, com algumas lacunas de vazio de evolução, mas, de um modo ou de outro, reconhecendo a importância do docente nesse processo.Contudo, com a evolução da tecnologia, a era digital, no início do século 21, com a introdução da educação digital em sala de aula, o Estado não soube delegar ao papel do professor a importância devida, excluindo-o do processo, como elemento fundamental à progressão dos indivíduos nesse processo.Ocorreu uma massificação da educação no Brasil, sem atribuir a devida importância ao papel do educador, que foi “minguando” na sala de aula, saindo da frente da sala, ao centro, para um canto da sala, acanhado e acuado pela falta de renovação pedagógica que possa ter-lhe permitido um acompanhamento tecnológico, no exercício da docência.O professor perdeu o carisma, a credibilidade da sua palavra e, sem dúvida, este é o mote da mudança, da recuperação da importância do professor diante da sociedade carente de conhecimento, uma cognição de confiança, de olho no olho, aquele tipo que não é transmitido por uma tela, por uma aula digital.O Professor precisa voltar à sala de aula, esperar os seus alunos na frente da sala de aula, com confiança e esperança de transformação, carreando no seu semblante a certeza do caminho a trilhar, carregando toda a tecnologia no conteúdo cognitivo a transmitir, utilizando essa tecnologia da era digital a seu favor, transformando o aluno em um futuro professor, não um docente, mas um professor de ideais, de multiplicador cognitivo no seu meio social, pois, é esse movimento que transforma as sociedades, a multiplicação do conhecimento.O ideal de uma sociedade, seja ela dos primórdios ou da era contemporânea, é que todos os alunos possam transformar-se em professores, multiplicadores da efusão de conhecimento de uma sociedade, porquanto, tal resultado somente será alcançado com a renovação do professor, com a uma repaginação, atualização, aceitação de que ele é parte de um “maior”, mas, que poderá ser o principal elemento desse conjunto.Assim, creio, que o primeiro dia de um aluno em sala de aula, tem que ser cercado de uma “dor de barriga”, “medinho do novo”, “dúvida da escolha”, tudo isso sendo transformado ao final do primeiro dia da aula, na sua saída, em “ALEGRIA”, “SATISFAÇÃO”, CERTEZA DA ESCOLHA CERTA”, “CERTEZA DE TER ENCONTRADO NA FRENTE DA SALA DE AULA UM NOVO AMIGO, UMA NOVA REFERÊNCIA SOCIAL, UM NOVO INDIVÍDUO QUE PODERÁ SER O SEU CONSELHEIRO PARA TODAS E INÚMERAS DÚVIDAS QUE SURGIRAM NO TRANSCORRER DESSA FASE EVOLUTIVA DESSE ALUNO”, pois, é certo, que, esse processo de sala de aula TRANSFORMA TODOS OS ENVOLVIDOS, professores e alunos, esta é a única certeza do processo, cabendo ao professor levar essa transformação à positividade, para a melhoria e evolução desse aluno e, principalmente de sua metodologia de ensino, transformando-a e atualizando-a, passo a passo, tempo a tempo, paciência a paciência, credibilidade e confiança em cada palavra trocada no meio inserido.

A reinvenção do professor

A Educação (docência), a mãe da sociedade de um legado perdido no tempo... Todos os dias as mídias noticiam sobre o achatamento da pirâmide social, resultante de um fardo extremamente pesado que é lançado às costas da sociedade brasileira, pelo Estado. Seja qual o for o regime, forma ou sistema de governo, o partido ou o mandatário da Nação, em todas as ocasiões, sem exceção, constatamos que todas as soluções possíveis e executadas para amortizar as deficiências e ineficiências do Estado, elevam ao passivo da sociedade brasileira. Ora, de certo, isto não é uma situação exclusiva do Brasil, podendo visualizar situações semelhantes, em países com similaridade política, como quase toda a América Latina, em que as sociedades locais vivem os problemas que a nossa sociedade depara-se diuturnamente. A fragilidade da nossa sociedade advém de um histórico mais profundo, de um portfólio cultural, que provém de um modo de governar, em que não ensina-se o pescador a pescar, mas, tão somente, damos a isca ou a vara, nem sempre os dois ao mesmo tempo, mas não ensinamos a técnica para utilizar essas ferramentas. O Povo sempre recebeu “esmolas”, disfarçadas em distribuição de riqueza, sem permitir que esse Povo possa valorizar aquilo que recebe, mas, que, efetivamente nunca tiveram eficácia, pois não resultam em crescimento cultural da sociedade, servindo, apenas, para encobrir as mazelas dos desmandos daqueles que dizem-se representantes do Povo, mas, que na realidade não fazem a política, aquela em que os representantes preocupam-se com os seus representados, mas uma politicagem, a ação que preocupa-se somente com os interesses particulares desses indivíduos de interesses duvidosos. Poderíamos discorrer ilimitadamente sobre o assunto, mas dirigindo-me ao mote do tema, podemos afirmar, que, deparamo-nos hoje com uma sociedade órfã, sim, não uma ausência voluntária, mas uma ausência imposta pelo Estado, em que aquela que é a mãe dessa sociedade, esta gerada nas entranhas dos valores morais mais intrínsecos de uma Nação, é tolhida do convívio com aquela que pode acolher em seu colo e ensinar, mostrar, aconselhar os caminhos de crescimento e evolução, o professor, a docência, a nobre e mais antiga linha segura, trincheira de defesa de qualquer sociedade. Proliferam dezenas, centenas e até milhares de escolas que não têm qualquer compromisso com essa sublime e basilar estrutura, acolhimento do individuo, ensinar, trocar experiências, aconselhar, mostrar os caminhos possíveis e as escolhas, que, então, preocupam-se somente com resultados numéricos e cifras, a produção de milhares e milhões de indivíduos culturalmente “analfabetos”, que são produzidos em série, sem controle de qualidade, como uma linha de produção de baixo custo e mão de oba desqualificada. Hoje, o Estado faz vistas grossas a esse pesadelo que envolve a nossa sociedade, que acuada por um desemprego sem precedentes, depara-se com situações inóspitas, para conseguir uma nova colocação profissional, desesperada, apega-se a todas as vias ofertadas, como qualificações através de um ensino fadado ao tempo do Taylorismo, em que a administração baseava-se em obter o resultado pelo menor tempo e esforço despendido, para a produção de máquinas, sim, é como a pessoa, o ser humano, o cidadão é visto hoje pelo Estado, pela via capitalista, apenas, tão e somente, como uma fonte de renda, em que, o livre arbítrio passou a ser desestimulado e quase que proibido, produzindo pessoas baseadas em engrenagens de interesses espúrios desses agentes negativos. Assim, a docência passou a ser relegada a um simples instrumento de realização dos objetivos e interesses dessa estrutura de “poder”, podendo atestar tais fatos nas diversas formações profissionais exclusivamente lastreadas em um sistema digital, em que os discentes são identificados somente por um sistema binário (0 e 1), sem a intervenção do docente, sem os “olhos nos olhos” dos indivíduos, sem a troca de experiências, sem os conflitos de uma sala de aula, estes salutares ao crescimento cognitivo de todos os envolvidos, o crescimento e evolução social de todos os envolvidos, relegando todos a um frio toque de tela, a perguntas e respostas padrões, sem variáveis, sem usufruir do mais puro e importante sentido, a consciência humana, aquela que norteia à avaliação do certo e do errado, da escolha, do livre arbítrio. Docente..., passou a ser apenas uma nomenclatura na estrutura da organização, sim, organização, pois são escassas as “instituições de educação” no teor da interpretação literal, pois do modo como operou-se a mudança cultural na sociedade brasileira, orquestrada pelo Estado e pelo segmento capitalista arcaico e extremista, que instalou-se em nossa sociedade, pouca esperança resta de restaurar-se o mote do crescimento da sociedade brasileira, nas próximos 20 (vinte) anos. Tudo isto é corroborado pela grave crise que vive a área de pesquisa cientifica no Brasil, às vésperas de ver por “água” trabalho de décadas, jogado no “ralo”, de acordo com o orçamento aprovado para 2019, será impossível a continuidade do programa acadêmico-científico a partir de agosto de 2019, sendo interrompido o repasse de verbas à pesquisa a partir desse momento, com prejuízos imensuráveis, pois a retomada de tais atividades, não são analógicas a um simples “ligar e desligar” de um botão, é sepultar a esperança de desenvolvimento social de nosso Brasil, em benefício do quê? de um desmando jamais constatado nos anais de nossa história, por nossos mandatários, por nossos representantes políticos, travestidos de lamentações perversas, que majoram os seus rendimentos de forma leviana, usam o erário de modo ineficaz e ilícito e utilizam o “estado”, como “cofre” pessoal. Creio, sem dúvida, que não devemos, simplesmente, aceitar esses termos imposto-nos de forma dolosa, como se não tivéssemos saída a esse caminho escuro. Pelo contrário, devemos combater esses “BÁRBAROS” sociais, principalmente, na mais tenra oportunidade que se eleva sobe nossa consciência, as próximas eleições, tantos majoritárias quanto proporcionais, impondo a resposta que devemos sedimentar ao caráter daqueles que querem representar-nos, principalmente, sejam eles quem forem, seja qual for a origem e ideais partidários, mas, principalmente, sejam eles, verdadeiramente, envolvidos e imbuídos do mote mais sagrado à nossa sociedade, a aplicação de um plano educacional verdadeiro, simples e efetivo, que, necessariamente, tenha previsão da valorização daquele que representa o elo da concretização do crescimento de uma sociedade, o “PROFESSOR/DOCENTE”. Chega de promessas, todos que apresentam-se como baluartes de uma nova era política e social, trazem em suas palavras vazias, mega planos de desenvolvimento social, com um novo modelo de Educação. Não precisamos de nada disso, pois sabe-se que o Estado está “falido” e, assim, necessitamos de uma plano efetivo de desenvolvimento educacional continuo e eficaz, com ações paralelas de contenção de dispêndios do erário em “falcatruas e armações” políticas, enxugamento da máquina estatal, e outras ações do conhecimento de todos, ações que tragam benefícios sociais, ainda que, inicialmente, possam penalizar a sociedade, mas, principalmente e intuitivamente, iniciem a mudança que vai transformar o status social brasileiro em oportunidades verdadeiras de crescimento e evolução, certos que não temos mais lugar no “seio” social para dar de “mamar” a indivíduos inescrupulosos e sem caráter. Não é mais questão de forma, regime ou sistema de governo, mas, forma, regime e sistema de valorização do POVO brasileiro, que forma uma sociedade cheia de esperança de dias melhores, através de uma EDUCAÇÃO efetiva e eficaz, pois a maior riqueza de uma Nação, é a sua cultura, é o investimento na EDUCAÇÃO.

A educação: o mote do crescimento da sociedade

Temos convivido com decisões de alguns juízes, no sentido de negarem a gratuidade judiciária aos cidadãos que ingressam em juízo, seja qual for a demanda específica, apenas “achando”, que a auto declaração emanada pelo respectivo cidadão não expressa a verdade ali apresentada.
Ora, vivemos uma verdadeira inversão de valores, pois o próprio judiciário, pela sua representação em alguns magistrados monocráticos, “joga no lixo” a boa fé dos cidadãos que ali apresentam-se com o status de “pobreza”, para arcar com todas as despesas processuais que possam ser demandadas no tramite processual.
Como análise inicial, devemos ressaltar que a pobreza que expressa-se nas leis, não é a miserabilidade total, mas, sim, a situação momentânea que encontra-se o demandante, como por exemplo, o desemprego, porquanto, independente do mesmo ter um automóvel e um imóvel, naquele momento quaisquer despesas não previstas podem afetar a subsistência do mesmo e dos demais que dependem de sua renda. Ainda, a situação econômica do país, atualmente, é a pior que podemos registrar nos tempos contemporâneos, aliada essa situação à “explosão” dos escândalos com o “roubo” do dinheiro do povo, que escorreu e escorre por entre os corredores dos prédios públicos que parece não ter fim. É vergonhoso que um cidadão ingresse no judiciário, amparado por todas as Leis que fazem previsão sobre a gratuidade, como: Constituição Federal - Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Lei 1060/50 atualizada pela Lei 7510/86 Art. 4º A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
Art 98 CPC A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Art. 99 § 3º CPC Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
e seja acusado de “mentiroso”, por alguns juízes monocráticos, que entocados em suas salas lotadas de um ego de soberba, jogam na lama a verdade das palavras de um cidadão, exigindo-lhe provas de sua pobreza, em um ato totalmente ilegal e constrangedor, pois um simples “achismo”, julgam antecipadamente toda uma vida de um cidadão que busca o judiciário, certamente, por uma situação que agravou-lhe a sua situação social, pelo que, alguém na sociedade aviltou-lhe um direito líquido e certo, a priori. Assim, temos assistido a verdadeiras devassas nas vidas dos cidadãos que buscam os benefícios da justiça gratuita, por alguns juízes monocráticos, pois esses mesmos juízes, à interpretação fria dos permissivos legais, está agindo de forma ilegal, contrário ao que determina a lei, cabendo aqui, sem dúvida, a aplicação do abuso de autoridade, se o projeto de lei já tivesse sido aprovado e promulgado, porquanto, podemos adaptar tal conduta ao Art. 319 do CP, da prevaricação:
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
De certo que nesses casos o Juiz monocrático está praticando ato contra disposição expressa em lei. Apenas para ilustrar a narrativa acima, em um caso concreto, uma cidadã ingressou com uma ação em direito de vizinhança, requerendo a justiça gratuita para o tramite processual, pois a mesma está desempregada, tendo apenas um imóvel, de valor diminuto, apresentando a declaração de pobreza, a sua carteira profissional e extrato da movimentação financeira do último trimestre, demonstrando um movimento inferior a um salário mínimo e meio mensal, pelo estado financeiro momentâneo, requerendo o benefício. De plano, sem qualquer embasamento que justificasse o ato, o juiz monocrático requereu que a demandante apresentasse a sua declaração de imposto de renda, sendo que a mesma não está inserida nos contribuintes que devem fazê-lo, não a tinha, gerando o indeferimento do pleito da gratuidade judiciária pela falta da referida declaração, mesmo explicando a impossibilidade legal de exigibilidade da declaração, em verdadeiro arroubo de “achismo” e “soberba”, lançou no lixo a boa fé e verdade da demandante, inferindo-lhe a simbologia de “mentirosa” e “má-fé”.... Por isso tudo devemos levantar-nos contra os impropérios desses senhores, que julgam-se “deuses”, estando os cidadãos à exposição de suas vontades infundadas, com decisões que são contrárias à lei e contra os direitos dos cidadãos de boa fé, pois essas mesmas Leis estão à disposição dos cidadãos, devendo os mesmos utilizá-las naquilo que lhes convier, através dos seus patronos (causídicos), pois a Lei é clara na igualdade das partes em juízo (Lei 8906/94):
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.

O empregado é um cliente, para o empregador

José Augusto de Sousa Machado

Como se tornar um executivo fora de série, com Marília Fiuza | Café com ADM 474

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