No papel do mentor, o gerente deve dedicar-se ao desenvolvimento das pessoas, mediante orientação cuidadosa e empatia. Esse profissional deve ser solícito, atencioso, afável, aberto e justo, escutando reivindicações, transmitindo apreciação e distribuindo elogios e reconhecimento. Além de conhecer as emoções, virtudes e limites de cada pessoa é importante saber o que motiva o comportamento do indivíduo e o que influência as reações de cada pessoa em cada caso. Para que o gerente seja um bom mentor é indispensável que possua certa dose de compreensão de si mesmo e dos outros, pois terá que identificar as habilidades de cada funcionário e avaliar qual a contribuição de cada um para a organização. Um dos aspectos que as pessoas são diferentes uma das outras são nas competências específicas de cada tarefa. O fator-chave da competência de si mesmo e dos outros é a autocompreensão que expõe três dimensões, a consciência emocional que refere-se ao reconhecimento das emoções, a autoavaliação que requer o conhecimento das virtudes e limites, bem como a receptividade, e a autoconfiança que refere-se à consciência do próprio valor e possibilidades. Um dos principais fatores que influencia o comportamento humano é a personalidade. A personalidade de um indivíduo é um conjunto de atributos psicológicos e comportamentais que o distingue dos demais. Para se avaliar a personalidade, indica-se o Modelo dos Cinco Fatores e o Indicador de Tipos de Myers-Brieggs. No Modelo dos Cinco Fatores é descrito o grau de neurose, a extroversão que refere-se ao grau de sociabilidade, a receptividade a novas experiências, a agradabilidade e conscienciosidade que está relacionada ao grau de organização e persistência de cada um. No Indicador de Tipos de Myers-Brieggs é analisado a introversão-extroversão que refere-se ao grau com que cada um tende a buscar ideias para decisões e atos dentro ou fora de si. Os introvertidos são reflexivos e valorizam a privacidade, já os extrovertidos, apreciam a variedade e a ação e sentem-se estimulados na companhia das pessoas. Depois é analisada a sensação-intuição, uma vez que aborda o que as pessoas prestam atenção nas coletas de dados. As pessoas que valorizam a sensação são mais propensas a concentra-se em fatos e detalhes e os intuitivos tendem a enxergar o quadro geral e a concentrar-se mais em ideias abstratas. A segunda competência do papel de mentor é a comunicação eficaz. A comunicação constitui um processo composto de elementos como o emissor ou fonte que é a pessoa, o processo que emite a mensagem para alguém, portanto é a fonte de comunicação, o elemento transmissor ou codificador que é o equipamento que liga a fonte ao canal, o canal que por sua vez é a parte do sistema que separa a fonte do destino, o receptor ou codificador que é o equipamento situado entre o canal e o destino que decodifica a mensagem para torná-la compreensível ao destino e o destino que é a pessoa, coisa ou processo para o qual a mensagem é enviada. Um ponto a ser analisado na comunicação é a escuta reflexiva, pois é uma ferramenta que se baseia na empatia e ajuda a experimentar os pensamentos e sentimentos alheios. Escutar é mais do que ouvir o que os outros têm a dizer. Para escutar, é preciso entender o que o interlocutor está falando. Não deve-se avaliar, julgar nem aconselhar, apenas refletir sobre o que se ouve. A terceira competência do papel de mentor é o desenvolvimento dos empregados que visa melhores maneiras dos funcionários aprimorarem suas competências e habilidades para assumirem mais responsabilidades. No papel de mentor, a avaliação de desempenho é encarada como uma ferramenta para facilitar o aprimoramento dos empregados, elucidar expectativas e incrementar o desempenho. A delegação envolve três elementos essenciais: responsabilidade, autoridade e prestação de contas, pois mesmo depois de delegar, é preciso supervisionar o que está sendo feito, pois o gerente continua sendo o responsável pelo resultado final. As avaliações de desempenho também podem acabar sendo utilizadas para documentar comportamentos negativos em casos de demissão ou como fonte de dados para a estruturação de programas de treinamento, estratégias de desenvolvimento e planejamento pessoal, porém a organização deve tomar cuidado para que possa fornecer aos colaboradores um feedback significativo, caso contrário a organização fica suscetível a problemas jurídicos. Na atualidade, em um mercado tão competitivo, onde as pessoas não tem tempo para muita coisa, o papel do mentor é fundamental para o desenvolvimento de uma equipe sinérgica. É preciso reconhecer o que cada um tem de melhor, para explorar e fomentar sua vontade de crescer como pessoa e como profissional, mas para isso, é importante ouvir e se colocar no lugar do próximo. O papel do mentor é aconselhar e fazer com que as pessoas confiem nele, e a avaliação de desempenho faz com que aumente as expectativas acerca do que está sendo executado, mas sempre cuidando para que o objetivo do mentor seja alcançado, e isso deve estar claro. O mentor deve desenvolver a equipe para desafios, treinar, orientar, preparar e informar os colaboradores, mas também tem o papel de manter a equipe atualizada e envolvida com os negócios, do estratégico ao operacional. O mentor compartilha informações e ideias em todos os níveis e ao mesmo tempo confere o grau de compreensão do interlocutor. Observa-se que o mentor é uma figura muito importante para a implementação bem-sucedida do processo. Sem o mentor, o processo fica sem condução e, em muitos casos, isso significa que a implementação de todo o processo pode falhar. Esse é um problema comum. Portanto, o papel de mentor deve ser planejado dentro da organização.