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O conceito biopsicossocial origina-se da Medicina Psicossomática, que propõe uma visão integrada do ser humano: a camada biológica, a camada psicológica e a camada social.
A visão biopsicossocial integrada no trabalho norteia os padrões de relações de trabalho, carga física e mental requeridos para cada atividade. Atinge desde o significado do trabalho em si até o relacionamento e satisfação das pessoas no seu dia-a-dia.
As respostas de somatização são fortemente influenciadas pelas condições de vida dos indivíduos, pela qualidade de suas interações e pelas características ergonômicas do ambiente físico. São um sinal de alerta e diagnóstico para as mais diversas intercorrências relativas à vida no trabalho, especialmente quanto a pré-requisitos, capacidade e competências esperadas e riscos ocupacionais.
Os estudos sobre psicossomática partem da premissa de que os processos psíquicos influenciam muito mais a dinâmica do corpo do que se tem conhecimento. Devemos considerar um processo de interação mente-corpo-ambiente; interação essa na qual, simultaneamente, estão ocorrendo processos mentais, físicos e ambientais.
Nessas reações (mente-corpo-ambiente) podem ocorrer as somatizações, que representam disfunções físicas, visíveis ou não, cujas sensações são de dor, mal-estar ou doença.
Os sintomas decorrentes dessas manifestações (respostas psicossomáticas) têm como terminologia mais recente somatizações, que correspondem a indisposições, dores generalizadas, disfunções orgânicas etc. Estas incorporam os atributos de reações a estímulos externos ou necessidades intrínsecas, objetivadas em sintomas ou apenas em relatos, e são expressões decorrentes da interação biopsicossocial nas situações do viver.
Dentro da interação cérebro-mente se desencadeiam processos adaptativos que, dependendo da tensão gerada, desencadeiam o stress, que pode ser desde sensações de desconforto até lesões de órgãos ou sistemas.
Uma forma de burlar as respostas psicossomáticas é desenvolvendo atividades de relaxamento, descontração e interação, como brincadeiras, jogos e teatro. Essas modalidades de atividades trazem benefícios aos colaboradores que voltam ao trabalho com redução significativa de stress, trabalham mais satisfeitos e geram menos conflitos. Porém, é válido lembrar que os efeitos são de curtíssimo prazo, desaparecendo gradativamente em poucos dias.
Artigo escrito com base no livro: Psicologia do trabalho – Psicossomática, valores e práticas organizacionais. Autor: Ana C. L. Franca

Psicossomática e práticas organizacionais

Além do corpo, a mente também sente os impactos que o ritmo de trabalho, as inovações, a tecnologia e a globalização causam. Nos manifestamos de maneira psicossomática, com nossas reações biológicas, psicológicas e sociais que correspondem ás nossas condições de vida

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Rafaela Laurencini

Sucessão nas empresas familiares: aprenda a conduzi-las, com Barbara Quercetti | Café com ADM 468

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